segunda-feira, novembro 09, 2009

PAINEL DA FOLHA

Mapa da mina


Folha de S. Paulo - 09/11/2009

O Ministério de Minas e Energia concentrará mais de 90% dos R$ 94,4 bilhões que as estatais federais terão para investir no ano eleitoral de 2010 -alta de 18,4% em relação a este ano. O detalhamento dos gastos foi feito na quinta. Guarda-chuva de todo o setor energético e da Petrobras, o ministério é chefiado pelo peemedebista Edison Lobão.

De acordo com o projeto de Orçamento-2010, em tramitação no Congresso, 64% desse dinheiro irá para obras do PAC. Mas o governo também busca recursos externos. Depois de percorrer Europa e países como o Canadá, o "roadshow" que caça investidores para o PAC passa, neste momento, por Tóquio e Seul.



W.O. Para conter o imenso assédio a Dilma Rousseff, os organizadores do encontro de prefeitos do PT com a ministra, anteontem, repetiam ao microfone que ela voltaria na parte da tarde ao local para atender ao grande número pedidos de fotos dos presentes. Só que ela não apareceu.

Tratamento. O novo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) se referiu à chefe da Casa Civil no evento petista como "a senhora Dilma". Na sequência, foi a vez de ela, sempre em tom de brincadeira, revidar: "Senhora é a vovozinha..."

A favorita. Na sexta, quando o PC do B recebeu a visita da ministra em seu congresso, a cúpula da sigla combinou não exagerar na saudação à convidada ilustre para evitar melindrar Ciro Gomes (PSB), que também foi chamado. Nem a militância obedeceu -recebeu Dilma sob coro-, nem Ciro deu as caras.

Holofote. Punido pela Polícia Federal sob acusação de engajamento eleitoral, o delegado Protógenes Queiroz, candidato a deputado pelo PC do B, deu entrevistas no evento reclamando da PF. A poucos metros, estava o ex-chefe Tarso Genro (Justiça) e Lula.

Bota-dentro. As bancadas do PSDB promoverão um jantar, quarta, na casa do deputado Eduardo Gomes (TO), cujo motivo oficial será dar as boas-vindas a Marcelo Itagiba (RJ), Rita Camata (ES) e Flávio Arns (PR), além de um desagravo ao senador cassado Expedito Júnior (RO).

Foto. Nos bastidores, entretanto, corre que a intenção real é saber qual dos governadores que disputam a candidatura ao Planalto, José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), vai aparecer. Ou nenhum.

Procurados 1. Responsáveis pela pressão sobre Michel Temer (PMDB-SP) para que colocasse na pauta de votações o projeto que atrela o reajuste das aposentadorias ao do salário mínimo, a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas elegeu como "inimigos públicos da categoria" os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP), Henrique Fontana (PT-RS) e João Carlos Bacelar (PR-BA).

Procurados 2. A entidade colocou as fotos dos deputados em seu site, com acusações de que o trio passou uma "rasteira nos aposentados".

Novos tempos. Passou praticamente despercebido o abraço, no meio do plenário da Câmara, dos ex-desafetos Jair Bolsonaro (PP-RJ) e José Genoino (PT-SP), após a aprovação de um projeto que beneficiava taifeiros da Aeronáutica. Chamado de "capacho da ditadura" por petistas, Bolsonaro explica: "Chegamos a um ponto de maturidade. Agora, é daqui pra frente".

Saldão. O Senado anunciou leilão, dia 21, de uma "grande quantidade" de mesas, armários, computadores, fogões, geladeiras, sofás, camas, colchões, além 14 automóveis.

RT. Garibaldi Alves (PMDB-RN) postou em seu Twitter: "Meu gabinete ainda dispõe de publicações como Constituição e códigos. Quem se interessar envie e-mail com nome e endereço".


com LETÍCIA SANDER e RANIER BRAGON

Tiroteio

"Para um partido de elite, não há forma mais analfabeta de fazer política do que comprar cabos eleitorais no atacado."


Do deputado LUIZ SÉRGIO (PT-RJ), sobre o programa do PSDB de contratação de 4.500 "multiplicadores" para atuação no Nordeste.

Contraponto

Time da casa Numa conversa às vésperas da escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016, Márcio Fortes (Cidades) tentava convencer o colega Edson Santos (Igualdade Racial) e o deputado Chico Alencar (PSOL) a assumirem um projeto para mudar as regras de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Fortes elencou dezenas de vantagens.
-Times com grandes torcidas são produtores de dinamismo econômico!-, bradou.
Até que surgiu a pergunta sobre o time do coração do ministro, que, envergonhado, revelou ser torcedor fanático do Fluminense, na zona de degola do campeonato.
-Mas juro que isso não influencia minha opinião...

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