terça-feira, outubro 06, 2009

TODA MÍDIA

Das embaixadas

NELSON DE SÁ

FOLGA DE SÃO PAULO - 06/10/09


Governo "cede", destacou a Folha Online, e revoga o decreto que suspendeu liberdade de imprensa, circulação, manifestação. Na manchete da Reuters Brasil, Honduras agora "aguarda a missão da OEA".
Ao fundo, na BBC Brasil, a Associação Nacional de Indústrias, que apoia o golpe, pediu força de paz, mas "o Brasil não entraria, por causa da embaixada", diz seu líder, só "países neutros". Cita a Colômbia.

Por outro lado, deu no venezuelano "El Universal" e ecoou no blog do enviado Fabiano Maisonnave, na embaixada de Tegucigalpa, que estudantes críticos a Hugo Chávez se prenderam a um sofá na embaixada em Caracas, pedindo apoio do Brasil para uma visita da Comissão de Direitos Humanos da OEA.
"Itamaraty terá de reformar embaixadas para tantos hóspedes", observou o blog Da Embaixada.


EUROPA E O PALCO GLOBAL
A Reuters adiantou o comunicado que sai hoje da reunião Brasil-União Europeia, cobrando dos EUA a definição do que quer para concluir a Rodada Doha.
Por outro lado, no "New York Times", votação na Irlanda "abriu caminho para a adoção de um presidente poderoso" para a UE, "visando a elevar seu papel no palco global" ou "equilibrar a influência dos EUA e de potências emergentes como China, Rússia, Índia e Brasil".

MUDA, FMI
Acaba hoje a reunião anual do FMI e do Banco Mundial para ministros e "atores privados", na Turquia. O site da "Economist" ressalta a busca de maior "avanço na redefinição dos votos para os países membros do FMI", como acertado pelo G20.

MUDA, BIRD
Mas a atenção maior, nos títulos de "Financial Times" e agências, desta vez é com o Banco Mundial, para o qual se busca "reforma em troca de capital", com pressão do secretário do Tesouro dos EUA, Tim Geithner, sobre os europeus mais resistentes.

JOGOS & INVESTIMENTO
Por "FT" e outros, as reportagens costumeiras sobre investimento crescente no Brasil agora acrescentam, aos "fundamentos econômicos" e à "credibilidade", a "escolha para sediar os Jogos de 2016, à frente de Madri, Tóquio e Chicago". O "FT" ressalta que o risco de moratória por aqui é hoje "menor que o da Itália", do velho G7.
Já tem banco suíço apostando, no portal Exame, quais empresas cariocas valorizariam mais com os Jogos.

NEM V NEM W
Nouriel Roubini diz que os mercados reagiram "rápido demais" e prevê que vão se reajustar à recuperação lenta, "em U", efeito ainda da crise nos EUA

"OS FINS JUSTIFICAM"
A coluna de Paul Krugman lamentava ontem no "NYT" as reações na mídia republicana à derrota de Chicago. "Aplausos irromperam" na sede da "Weekly Standard", registrados pelo próprio site sob o título "Obama perde!". O radialista Rush Limbaugh se disse regozijante, "gleeful". Na manchete do Drudge Report, "Mundo rejeita Obama".

JOGOS & REALIDADE
No Twitter, José Serra linkou artigo seu no "Globo", em que destaca: "23 anos entre o sonho e a realidade. Lembro que a ideia foi levantada há 16 anos por João Havelange e Roberto Marinho, quando o prefeito era Cesar Maia".
Na Veja.com, na nota "Carona olímpica", "a deputada Solange Amaral, aliada de Cesar Maia, está desde cedo na Mesa Diretora, para protocolar pedido de uma comissão sobre as Olimpíadas" e garantir a presidência.

PROPAGANDA
FHC, em entrevista ao portal RBS, um dia após a escolha: "Lula é incansável propagandista dele e do governo dele. E de bons resultados... Reconheço os bons resultados da propaganda (risos)".

PARABÉNS
Sérgio Guerra, presidente do PSDB, em entrevista ao portal Terra, disse que a escolha do Rio "iria acontecer hoje, amanhã ou depois", mas que "Lula está de parabéns pelo esforço que fez".

SEM BÍBLIA
Em destaque ontem por "NYT" e "Wall Street Journal", a editora Condé Nast decidiu fechar publicações para cortar custos. Entre os títulos, a "Gourmet", descrita como "revista de status quase bíblico no mundo da comida"

CELEB
Na manchete on-line do "FT", "Celebridades enfrentam repressão ao apoio" em comerciais. Comissão dos EUA definiu regras para permitir acionar "celebridades e até blogueiros" que apoiem produtos com "falsas promessas".

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