quarta-feira, fevereiro 18, 2009

BRASÍLIA - DF

Pauta preventiva


Correio Braziliense - 18/02/2009
 

Kleber sales/CB/D.A Press
 
 
Na reunião que terá hoje com o conselho político, o governo pretende começar a definir uma série de projetos para votação e, com isso, evitar que o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), termine por colocar em pauta propostas que não gostaria de ver aprovadas, caso do fator previdenciário e da vinculação do reajuste das aposentadorias ao do salário mínimo. E, para atrair os parlamentares a essa empreitada, o Poder Executivo incluiu no pacote iniciativas dos deputados, caso do cadastro positivo, proposto por William Woo (PSDB-SP). No rol, está ainda a nova lei das agências reguladoras, o papel de estados, municípios e União na gestão previdenciária e a licença médica por parte do INSS. A ordem é deixar os deputados tão ocupados que não haverá espaço para análise de algo fora da agenda governamental. Se vai colar, o tempo dirá.


De olho

Para evitar dúvidas no parecer do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre a MP 450, aquela que permite ao Poder Executivo atuar como fundo garantidor para empreendimentos de geração de energia elétrica, o Ministério de Minas e Energia chamou o relator para um encontro hoje cedo. Sabe como é, onde o PMDB do Senado comanda, caso do MME, eles não querem os deputados do partido atuando em carreira solo. 

Assim não

Entidades e conselhos ligados às áreas de saúde e de seguridade social se mobilizam para se opor à aprovação da reforma tributária. Argumentam que o texto do relator Sandro Mabel (PR-GO) deixa descoberta a rede de proteção social, hoje financiada pelas contribuições que seriam extintas com a aprovação da matéria. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), agendou encontro em 4 de março para ouvir as ponderações do setor. 

Só pra contrariar

A ala dissidente tucana na Câmara exerceu ontem pela primeira vez sua autonomia desde a reeleição de José Aníbal (SP) ao posto de líder do PSDB. Em três oportunidades,18 votaram contra a orientação oficial da bancada. Quando era para obstruir, votaram sim e por aí foi. 

Duas versões

A prévia entre Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) começa a dividir ainda mais o PSDB: “Não dá para, neste ano de 2009, com a crise que está aí, tirar os governadores de seus estados para percorrer o país em campanha. A eleição é só no ano que vem. Falo isso como eleitor de José Serra, que está na frente nas pesquisas”, diz o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA). “Isso não é problema para quem tem equipe. O vice-governador não vai assumir no ano que vem? Então, já começa a tomar pé desde já enquanto os dois governadores percorrem o país. Eles devem isso ao partido”, afirma o deputado Nárcio Rodrigues (MG). 

Vai sobrar...

O mesmo PTB que há dois dias brigava com o PSDB pela Comissão de Relações Exteriores do Senado voltou suas bateiras contra o aliado PT, que deseja a Comissão de Infraestrutura. Já tem gente no PT correndo para ver se o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, resolve essa parada. O Senado, realmente, ainda não engatou nesse período pré-carnaval. 

No cafezinho
Hiram Vargas/Esp. CB/D.A Press - 9/9/08
 
 

Ferino/ O deputado Ciro Gomes (foto) decidiu entrar na polêmica da entrevista de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e do seu jeito: “Não sei por que a cúpula do PMDB está aborrecida com Jarbas. Afinal, se eles juntarem 20 políticos decentes e honestos, basta fazer um manifesto protestando contra o que disse o senador, não entendo qual é a dificuldade”, diz com um sorriso pra lá de maroto. 

Gente forte/ Das três comissões que ficaram para os deputados do PMDB, duas têm as bênçãos da bancada do partido no Rio de Janeiro: a de Minas e Energia ficará com Bernardo Ariston ou Edson Ezequiel, a ser decidido pelo grupo. A de Constituição e Justiça (CCJ) ficou para Tadeu Fillippeli (DF), com o apoio da turma do Rio. A terceira, de Seguridade Social, ficará com a deputada Elcione Barbalho (PA), recompensada por ter desistido de concorrer a um cargo na Mesa Diretora, o que ajudou a eleger Michel Temer. 

Ai, que saudade!/ Chegaram a tal ponto de ebulição as disputas em torno das comissões do Senado que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), tem se embananado ao comentar o assunto. “Eu, como presidente da República, não posso ser o coordenador desse processo”, confundiu-se ontem a velha raposa, enquanto falava aos colegas no plenário. 

Tudo em família/ O Democratas da Câmara ofereceu ao deputado Fábio Souto (BA) a presidência da Comissão de Agricultura da Casa. Mais do que atender a um pedido da vitaminada bancada baiana, o gesto tem como destinatário o ex-governador Paulo Souto, há meses alvo de flertes dos tucanos da boa terra que sonham em lançá-lo ao Palácio de Ondina em 2010. 

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