sábado, janeiro 24, 2009

PANORAMA

REVISTA VEJA

Panorama
Holofote

Felipe Patury

Roriz está de volta

M. Gouthier/Folha Imagem


O ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, do PMDB, avisou à sua patota que quer voltar à política. Pretende se candidatar em 2010 a mais um mandato de governador. Se tiver êxito, dirigirá a capital pela quinta vez. Roriz é um sobrevivente. Em 2007, foi flagrado em uma operação financeira cabeludíssima e acabou renunciando ao Senado para não ser cassado. Já foi um dos mais renhidos aliados do tucanato no PMDB. No ano que vem, pretende engrossar as fileiras da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, provável candidata do PT à Presidência da República.

 

Política compensatória

Leo Caldas/Titular


O Palácio do Planalto já foi informado de que a líder do governo no Congresso, Roseana Sarney, entregará o cargo nos primeiros dias de fevereiro. Dirá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que deixa o cargo para tratar um aneurisma cerebral. É verdade, mas sua decisão tem um benefício evidente para a campanha de seu pai, José Sarney, candidato do PMDB à presidência do Senado. A renúncia de Roseana abre espaço para que Lula compense o PT, caso se confirme que o senador acriano Tião Viana é mesmo o azarão na disputa com Sarney.

 

Sem cheiro de crise

Lailson Santos

Há setores que parecem ignorar a crise. É o caso dos perfumes importados. Dona de marcas como Dior, Givenchy e Kenzo e líder no mercado nacional, a francesa LVMH prevê um crescimento de, no mínimo, 10% em 2009. Pretende obter esse resultado depois de registrar uma expansão de 14% em 2007 e de 28% no ano passado. De acordo com Renato Rabbat, diretor da LVMH no Brasil, o cumprimento das metas deste ano será garantido pelo lançamento de alguns produtos. Entre eles, um novo perfume masculino da marca Givenchy, o Play, e a revitalização do J’Adore, da Dior, a fragrância feminina estrangeira mais vendida no país.

 

 

Ele também quer holofote

Ana Araujo


O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, morre de inveja do seu colega de Minas Gerais, Aécio Neves, e dos prefeitos de São Paulo, Gilberto Kassab, e do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Arruda diz que a imprensa acerta ao elogiá-los quando eles tomam medidas impopulares mas corretas, como o ajuste das contas públicas de Minas, o banimento de publicidade externa em São Paulo ou o choque de legalidade no Rio. Mas reclama que os jornalistas não dão bola para medidas semelhantes que ele mesmo tomou em Brasília. E exibe sua lista: a demissão de 33 500 contratados sem concurso, a derrubada 8 500 casas irregulares, a retirada dos outdoors das ruas, entre outras.

 

Germano Luders

Ele defende passagens internacionais mais baratas


A Gol tornou-se a segunda maior companhia aérea do país fazendo a defesa da livre concorrência no mercado de aviação. Agora, teme que essa imagem seja abalada pela decisão do Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias de lutar contra a liberação do preço das passagens internacionais de longo curso. Ainda mais porque não tem nada a ganhar com a medida. Todos os seus voos internacionais são para a América do Sul, destino para o qual as tarifas já estão liberadas. Em suas conversas com fornecedores, banqueiros, empresários e o governo, o presidente da Gol,Constantino Júnior, se esforça para explicar que está pronto a defender a decisão oficial de liberar os preços das passagens. Só apoia a demanda do sindicato, que beneficia a TAM, por uma questão de procedimento. Segundo ele, a Anac não respeitou as normas legais ao fazer a liberação.

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