TEMA EM DISCUSSÃO: Previdência A Previdência Social surgiu no Brasil em 1923, quando foram criadas as caixas de aposentadorias e pensões. Em 1931, ela foi reformulada, estendendo seus benefícios a empresas de serviços públicos. Em 1960, foi feita a unificação administrativa da Previdência. O recolhimento de contribuições sobre os salários era feito para um cofre único. Sabia-se que a contribuição efetuada por todo trabalhador e empregador serviria para o seu sustento 35 anos após. Quando deixasse de trabalhar, receberia um valor compatível com as contribuições efetuadas.
Com o correr do tempo, o contribuinte constatou a quebra do trato inicial: os reajustes não correspondiam ao aumento do custo de vida. O que deveria ser uma caixa única, administrada com seriedade, passou a ser utilizada por sucessivos governos para aplicações em outros setores, movidos por diferentes interesses políticos.
Milhares de agricultores foram incluídos como beneficiários da Previdência Social sem nunca terem contribuído, recebendo um valor simbólico. Com a Constituição de 1988, esse valor passou a ser um salário mínimo.
Enquanto isso, os aposentados que recolhiam acima de um salário mínimo, de 1980 a 2000, hoje têm uma perda considerável em seus ganhos, comparados aos da época de sua aposentadoria. Aqueles que contribuíram na faixa mais elevada, hoje com 55 a 80 anos, estão sendo penalizados pelo que não fizeram. O achatamento para eles continua, pois o último reajuste foi de 9% para quem recebia um salário, e de 5% para os da faixa mais alta.
É verdade que é tarefa difícil para o atual governo equilibrar a Previdência, diante dos desmandos de governos passados. Mas os contribuintes lembram que suas contribuições foram destinadas a obras, construções de pontes etc. Enfim, áreas totalmente diversas de sua destinação inicial. Resta a esses cidadãos, que ainda têm dignidade, lucidez e o desejo de viver em paz, a esperança de uma reparação, ainda que tardia, por parte da Previdência oficial. |
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