domingo, novembro 30, 2008
PARA...HIHIHIHI
Eu disse a meu marido que estaria de volta à meia-noite.
'- Prometo!'- eu disse.
Mas, as horas passaram rapidamente e a champanhe estava rolando solta. Por volta das 3 da manhã, bêbada feito um gambá, eu fui para casa. Mal entrei e fechei a porta, o cuco no hall disparou e 'cantou' 3 vezes. Rapidamente, percebendo que meu marido podia acordar, eu fiz 'cu-co' mais 9 vezes. Fiquei realmente orgulhosa de mim mesma por ter uma idéia tão brilhante e rápida (mesmo de porre) para evitar um possível conflito com ele.
Na manhã seguinte, meu marido perguntou a que horas eu tinha chegado e eu disse a ele meia-noite.
Ele não pareceu nem um pouquinho desconfiado.Ufa! Daquela eu tinha escapado!
Então, meu marido me disse: '- Nós precisamos comprar um novo cuco.'
Quando eu perguntei porque, ele respondeu:
'- Bom, de madrugada nosso relógio fez 'cu-co' 3 vezes, depois não sei porque soltou um
'c a r a a a a a l h o o o o !'
Fez 'cu-co' mais 4 vezes, pigarreou. Fez mais 3 vezes, riu, e fez mais 2 vezes.
Daí, tropeçou no gato, derrubou a mesinha da sala, peidou, deitou e dormiu...
ANCELMO DE GOIS
Ponto para Lula
O Globo - 30/11/2008 |
Quarta, numa recepção no Rio para o presidente russo, Dmitri Medvedev, Sérgio Cabral explicava ao visitante que o governo Lula tem quase 80% de apoio da população. Em tempo... De mãos dadas |
ILIMAR FRANCO
Em pé de guerra
Panorama Político |
O Globo - 30/11/2008 |
Pressionado pela bancada ruralista, o governo adiou a assinatura de uma portaria revendo os índices de produtividade que balizam a desapropriação de terras para reforma agrária. Os índices são os mesmos há 20 anos. Esse é um compromisso de campanha do presidente Lula. Também foi cancelada a reunião do Conselho Nacional de Política Agrícola, amanhã, para discutir o assunto. Ruralistas não aceitam negociar Na defesa |
ÉLIO GASPARI
Papai Ali Babá
O Globo - 30/11/2008 |
Está na pauta de votações da Câmara dos Deputados um projeto de emenda constitucional (130-B) que altera o rito processual do julgamento dos parlamentares acusados de malfeitorias. Hoje eles são denunciados ao Supremo Tribunal Federal. Uma vez aceita a denúncia, o STF os julga, sem direito a recurso. |
JOÃO UBALDO RIBEIRO
VELHOTES MUNICIPAIS
O GLOBO 30.11.08
Como se sabe, ter uma bela qualidade de vida na velhice depende fundamentalmente de se ter uma péssima qualidade de vida na juventude e na maturidade. Nenhum relacionamento com comida, por exemplo, pode ser prazeroso e livre, mas fiscalizado com desconfiança.
Claro, com o tempo o sujeito é até sincero, quando descreve como delicioso um milk-shake de leite de soja, castanha-do-pará e capins de diversas espécies, sem gelo ou adoçantes e nada “químico” (palavra cujo emprego nunca entendi direito, pois tudo o que existe é, de certa forma, químico). A gente se acostuma a qualquer coisa e não se deve dizer “esse milk-shake eu jamais tomarei”. O mesmo com exercícios físicos e mentais. Aqueles são antinaturais e estes requerem que se goste de fazer palavras cruzadas ou resolver problemas matemáticos, atividades que, se eu dependesse delas para viver, já estaria na cova faz muito. E por aí vamos, a vida da pessoa com qualidade de vida não é moleza, depende de muito esforço, não é assim para qualquer um, como eu.
Agora mesmo, me chegam pela internet diversos e-mails denunciando virulentamente o leite. Se vocês pensam que o ovo, em passado recente, era o pior vilão imaginável, com sua carga fatal de colesterol, não sabem nada do leite agora. O leite e seus derivados, ou qualquer alimento que os contenha.
Ou seja, esquecer iogurte, queijo, biscoito, bolo, sorvete e não sei mais quantas comidas que levam queijo. Nem um parmesãozinho ralado em cima do macarrão, perigo, perigo. (Por sinal, não se esqueça de checar se o macarrão tem glúten.) Diz aqui que uma paciente de câncer praticamente terminal teve a idéia de abolir o leite e seus nefários derivados de sua dieta e, em pouquíssimo tempo, a doença regrediu sem deixar rastro.
Daí para asseverarem que brigadeiro dá câncer e leite condensado pode matar subitamente, se ingerido em doses elevadas, como as obtidas mamando na lata, é um pequeno passo.
Tudo isso não causaria preocupação em quem pretende continuar a consumir bolos e sorvetes, se não fosse pelo hábito que nossos governantes têm, de meter o bedelho em tudo o que o cidadão faz. Aqui, nem uma boa deserdada num herdeiro detestável o sujeito pode dar, porque há uma parte que forçosamente irá para esse herdeiro.
Há uns poucos anos, um deputado federal teve seus quinze minutos de fama, ao apresentar um projeto proibindo os donos de animais domésticos de pôr nome de gente nos ditos animais. Não duvido nada que haja um ou mais projetos, dormindo na gaveta de alguma comissão, com o objetivo de traçar diretivas para os atos sexuais, com multas para maridos que não levem a mulher ao orgasmo pelo menos uma vez em cada três (a popular uma-em-três) ou mulheres que não cedam a determinados caprichos do cônjuge, outros especificando as normas a que estão submetidos todos os que usarem um banheiro, outros proibindo beber, mesmo em casa, em dias úteis, e assim por diante.
Destarte, na qualidade de residente, contribuinte e eleitor da inigualável cidade do Rio de Janeiro e, ai de mim, na condição oficial de ancião (se bem que eu prefira logo ancião a me classificarem como “na melhor idade”, caso que já é para reagir à bala, aqui pra sua melhor idade), encaro com sentimentos ambivalentes a criação da Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida.
Para os mais distraídos, informo, é isso mesmo que vocês leram, agora vamos ter toda uma secretaria dedicada ao crescente número de coroas que persistem em continuar vivos sem nenhum motivo realmente defensável. Somos, pois, com a óbvia exceção da encantadora leitora, coroas municipais.
À primeira vista, isso pode parecer bom para a categoria, mas estamos no Brasil, onde o Estado não existe para servir ao cidadão, mas o contrário. As atividades básicas dessa Secretaria terminarão por ser uma aporrinhação a mais em nosso juízo. Sou capaz de apostar que o primeiro ato cogitado será o cadastramento de todos os coroas da cidade, mediante o simples preenchimento de um formulário com 115 perguntas, o que pode ser feito em minutos pela internet. Quem não se cadastrar e receber a nova Carteira de Ancião perderá o direito a usufruir de qualquer benefício ou equipamento municipal. Sentou em banco de praça, o fiscal passa, não tem carteira, multa no véio — como parte de um processo educativo gradual. Entrou na fila dos idosos sem a carteira, mais multa. Enfim, todos os idosos vão querer suas carteiras e as incontáveis vantagens que ela certamente oferecerá.
E haverá as áreas onde eles serão protegidos. Por exemplo, podese proibir bares e restaurantes de servir bebidas alcoólicas aos clientes que não provarem ter menos de 70 anos, porque, depois dessa idade, o álcool faz cada vez mais mal ao organismo e, se o velho não sabe proteger-se, protegê-loaacute; a prefeitura.
A mesma coisa com cigarro.
Multa também para coroa que não ande no calçadão ou não freqüente academia ou não tenha personal trainer. Multa para coroa que fume em público. Multa em restaurante que servir a coroas pratos com teor de gordura acima do permitido por postura municipal e não incluírem. Acho que os colegas que me lêem, corôos e coroas do nosso amado Rio de Janeiro, tenderão a concordar comigo que é menos arriscado ficar sem essa secretaria mesmo. No mínimo são menos formulários para preencher.
Bem, não vamos ser pessimistas, pode ser que a nova secretaria traga benefícios inesperados para nossa sofrida categoria. Mas, por via das dúvidas, creio que falo por todos, quando digo que queremos nossa parte em dinheiro. Não é por nada, não, é porque já não estamos mais em idade de acreditar em lerolero. E porque, de qualquer forma, é dinheiro nosso mesmo.
Claro, com o tempo o sujeito é até sincero, quando descreve como delicioso um milk-shake de leite de soja, castanha-do-pará e capins de diversas espécies, sem gelo ou adoçantes e nada “químico” (palavra cujo emprego nunca entendi direito, pois tudo o que existe é, de certa forma, químico). A gente se acostuma a qualquer coisa e não se deve dizer “esse milk-shake eu jamais tomarei”. O mesmo com exercícios físicos e mentais. Aqueles são antinaturais e estes requerem que se goste de fazer palavras cruzadas ou resolver problemas matemáticos, atividades que, se eu dependesse delas para viver, já estaria na cova faz muito. E por aí vamos, a vida da pessoa com qualidade de vida não é moleza, depende de muito esforço, não é assim para qualquer um, como eu.
Agora mesmo, me chegam pela internet diversos e-mails denunciando virulentamente o leite. Se vocês pensam que o ovo, em passado recente, era o pior vilão imaginável, com sua carga fatal de colesterol, não sabem nada do leite agora. O leite e seus derivados, ou qualquer alimento que os contenha.
Ou seja, esquecer iogurte, queijo, biscoito, bolo, sorvete e não sei mais quantas comidas que levam queijo. Nem um parmesãozinho ralado em cima do macarrão, perigo, perigo. (Por sinal, não se esqueça de checar se o macarrão tem glúten.) Diz aqui que uma paciente de câncer praticamente terminal teve a idéia de abolir o leite e seus nefários derivados de sua dieta e, em pouquíssimo tempo, a doença regrediu sem deixar rastro.
Daí para asseverarem que brigadeiro dá câncer e leite condensado pode matar subitamente, se ingerido em doses elevadas, como as obtidas mamando na lata, é um pequeno passo.
Tudo isso não causaria preocupação em quem pretende continuar a consumir bolos e sorvetes, se não fosse pelo hábito que nossos governantes têm, de meter o bedelho em tudo o que o cidadão faz. Aqui, nem uma boa deserdada num herdeiro detestável o sujeito pode dar, porque há uma parte que forçosamente irá para esse herdeiro.
Há uns poucos anos, um deputado federal teve seus quinze minutos de fama, ao apresentar um projeto proibindo os donos de animais domésticos de pôr nome de gente nos ditos animais. Não duvido nada que haja um ou mais projetos, dormindo na gaveta de alguma comissão, com o objetivo de traçar diretivas para os atos sexuais, com multas para maridos que não levem a mulher ao orgasmo pelo menos uma vez em cada três (a popular uma-em-três) ou mulheres que não cedam a determinados caprichos do cônjuge, outros especificando as normas a que estão submetidos todos os que usarem um banheiro, outros proibindo beber, mesmo em casa, em dias úteis, e assim por diante.
Destarte, na qualidade de residente, contribuinte e eleitor da inigualável cidade do Rio de Janeiro e, ai de mim, na condição oficial de ancião (se bem que eu prefira logo ancião a me classificarem como “na melhor idade”, caso que já é para reagir à bala, aqui pra sua melhor idade), encaro com sentimentos ambivalentes a criação da Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida.
Para os mais distraídos, informo, é isso mesmo que vocês leram, agora vamos ter toda uma secretaria dedicada ao crescente número de coroas que persistem em continuar vivos sem nenhum motivo realmente defensável. Somos, pois, com a óbvia exceção da encantadora leitora, coroas municipais.
À primeira vista, isso pode parecer bom para a categoria, mas estamos no Brasil, onde o Estado não existe para servir ao cidadão, mas o contrário. As atividades básicas dessa Secretaria terminarão por ser uma aporrinhação a mais em nosso juízo. Sou capaz de apostar que o primeiro ato cogitado será o cadastramento de todos os coroas da cidade, mediante o simples preenchimento de um formulário com 115 perguntas, o que pode ser feito em minutos pela internet. Quem não se cadastrar e receber a nova Carteira de Ancião perderá o direito a usufruir de qualquer benefício ou equipamento municipal. Sentou em banco de praça, o fiscal passa, não tem carteira, multa no véio — como parte de um processo educativo gradual. Entrou na fila dos idosos sem a carteira, mais multa. Enfim, todos os idosos vão querer suas carteiras e as incontáveis vantagens que ela certamente oferecerá.
E haverá as áreas onde eles serão protegidos. Por exemplo, podese proibir bares e restaurantes de servir bebidas alcoólicas aos clientes que não provarem ter menos de 70 anos, porque, depois dessa idade, o álcool faz cada vez mais mal ao organismo e, se o velho não sabe proteger-se, protegê-loaacute; a prefeitura.
A mesma coisa com cigarro.
Multa também para coroa que não ande no calçadão ou não freqüente academia ou não tenha personal trainer. Multa para coroa que fume em público. Multa em restaurante que servir a coroas pratos com teor de gordura acima do permitido por postura municipal e não incluírem. Acho que os colegas que me lêem, corôos e coroas do nosso amado Rio de Janeiro, tenderão a concordar comigo que é menos arriscado ficar sem essa secretaria mesmo. No mínimo são menos formulários para preencher.
Bem, não vamos ser pessimistas, pode ser que a nova secretaria traga benefícios inesperados para nossa sofrida categoria. Mas, por via das dúvidas, creio que falo por todos, quando digo que queremos nossa parte em dinheiro. Não é por nada, não, é porque já não estamos mais em idade de acreditar em lerolero. E porque, de qualquer forma, é dinheiro nosso mesmo.
AUGUSTO NUNES
Sete Dias
A confusão continua – Depois de Cunha Lima, a Justiça terá de cuidar dos casos de Maranhão
Paulo Pereira da Silva, ou Paulinho da Força, recebeu na tarde de quarta-feira uma notícia ruim e outra, boa. O deputado federal do PDT foi o destinatário da ruim: na reunião da Comissão de Ética da Câmara, o colega Paulo Piau (PMDB-MG), relator do caso que vincula o parlamentar paulista a pilantragens no BNDES, propusera à Comissão de Ética da Câmara a cassação do seu mandato. Paulo Pereira da Silva repetiu que é inocente e fechou a cara.
A boa notícia contemplou o presidente da Força Sindical: estava confirmado o jantar na Granja do Torto que incluía seu nome na curta lista de convidados. Paulinho da Força contou aos parceiros ao lado que passaria algumas horas com Lula naquela noite e abriu um sorriso.
Lula nunca foi de abandonar um companheiro no caminho, garantiram desde sempre velhos companheiros. Depois da vitória em 2002, o presidente tem insistido em mostrar que também não abandona delinqüentes aliados a caminho da cadeia. Seja qual for o pecado, bandidos de estimação são liminarmente absolvidos pelo Grande Pastor.
É provável que, quando decide juntar em torno da mesa mais de 15 bocas, Lula faça à mulher a pergunta formulada freqüentemente pela gente comum. "Adivinhe quem vem para jantar?" A primeira-dama Marisa jamais errará se repetir a mesma resposta: "Pelo menos uns três ou quatro vigaristas".
Lula ficou três horas em companhia de Paulinho da Força e outros donatários das capitanias sindicais. Foi esse o tempo que gastou, no mesmo dia, para sobrevoar a bordo do helicóptero parte da área de Santa Catarina devastada por inundações. "A maior tragédia destes seis anos de governo" mereceu tanta atenção quanto a companheirada.
Paulinho acordou feliz com o jantar. Ficou ainda mais contente ao saber que a Comissão de Ética adiou a votação do parecer de Paulo Piau. E embarcou na euforia com a grande notícia da noite: o governador paraibano Cássio Cunha Lima foi autorizado pelo Superior Tribunal Eleitoral a ficar no cargo de que fora afastado pelo próprio TSE.
Se o país fizesse sentido, todas as ruas e praças de todas as cidades seriam ocupadas por milhões de brasileiros à caça de explicações para dois enigmas. Como pode um tribunal emitir uma ordem de despejo e, cinco dias depois, proibir que seja cumprida? E o que vai pela cabeça do ministro Ricardo Lewandowski, que no dia 20 votou pela cassação do governador no TSE, negou no dia 26 o recurso encaminhado ao STF pelo PSDB e, no dia seguinte, de volta ao TSE, articulou a vitória do tucano da Paraíba por 5 votos a 2? O Brasil já não se espanta com nada.
Quando acionou aquela fábrica de cheques ilegais, Cunha Lima deveria ter assinado uma ficha de inscrição em qualquer partido da aliança governista. Se fizesse isso, teria hoje o presidente como testemunha de defesa. Talvez tenha confiado demais na clemência das instâncias superiores do Judiciário.
Os doutores dubitativos precisam liqüidar o assunto o quanto antes. Logo estarão lidando com o sucessor José Maranhão, senador pelo PMDB. Ele luta por Lula. E luta para escapar de oito processos na Justiça Eleitoral.
Engaiolado por impiedosos espancamentos do Código Penal, o notório Jerominho quase perdeu o mandato na Câmara Municipal por excesso de faltas. Salvou-o a colega Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson e mãe da idéia, apadrinhada pela mesa diretora, de retocar o regimento interno com uma esperteza: "Será compulsoriamente licenciado o vereador que permanecer preso por prazo superior a 31 dias". Eduardo Paes nomeou-a no mesmo dia secretária de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida. Vão acabar redigindo em parceria uma Lei do Vereador Sexagenário. Nenhum escravo do povo será preso depois de completar a dezena dos 50. Liberdade para os escravos do povo
CARLOS EDUARDO NOVAES
O conto da mala
Aconteceu ontem à noite na concentração do Botafogo. Os jogadores estavam reunidos no refeitório, quando um deles percebeu a presença de uma mala solitária encostada em um canto de parede.
– Engraçado. Não tinha reparado naquela mala...
– Onde?
– Ali! – apontou o atacante.
Era uma mala branca, encardida, de tamanho médio e não parecia cheia.
– Alguém trouxe uma mala para a concentração? – berrou um zagueiro.
Ninguém se apresentou. Os jogadores, no entanto, cercaram a mala, curiosos.
– Vamos abrir? – sugeriu um lateral.
– É melhor não! – ponderou um goleiro. – Ninguém sabe que mala é essa. De repente está cheia de explosivos. A gente abre e ela explode. Já vi isso no cinema.
– Você quer dizer que pode ser um atentado terrorista?
– Tem muito torcedor insatisfeito com nossas atuações.
– Quem sabe não é a mala do Bebeto de Freitas? Ele está deixando a presidência do clube. Deve ter limpado as gavetas.
Os jogadores circundavam a mala, intrigados, sem coragem de tocá-la.
– Não será a mala do Renato?
– Minha não! – respondeu o zagueiro Renato Silva, se afastando.
– Estou falando do Renato, técnico do Vasco. Você não lê jornal? Não viu ele declarar que deveriam mandar uma mala para os adversários dos times que estão na zona de rebaixamento junto com o Vasco? O Figueirense é um deles...
– Não entendi. Uma mala vai fazer a gente jogar mais?
– Não é a mala, pô! É o que tem dentro da mala!
– O que tem dentro da mala? – perguntou um mais ingênuo. – Chuteiras?
– Dinheiro, cara! Grana! Money! É um incentivo extra para não ficarmos zanzando pelo campo como almas penadas, como fizemos nos últimos jogos.
– Preferia receber esse incentivo para perder o jogo! É mais fácil para nós.
– Abre logo essa mala! – esbravejou o lateral impaciente, pensando nas dívidas acumuladas pelos salários atrasados.
– Acho melhor não abrir. Isso vai dar rolo. Já imaginou se a imprensa fica sabendo? Depois vem a polícia, vai tirar nossas impressões digitais. Eu não encosto o dedo nessa mala!!
– Deixe de ser cagão!
– Também sou a favor de devolver!
– Devolver para quem? Nada garante que é a do Renato! A mala não tem etiqueta!
– A gente só vai saber se abrir! – voltou o lateral irritado. – Abre logo essa p...dessa mala!
– Vamos abrir então. Talvez tenha uma mensagem, um bilhete dentro...
O atacante deitou a mala no chão, ajoelhou-se, abriu-a e viu um monte de notas de 50 pratas espalhadas. Os jogadores avançaram com uma disposição que não mostram em campo, mas foram contidos por um volante mais sensato.
– Um momentinho – disse ele. – Vamos pegar essa grana...mas e depois? Se não conseguirmos vencer o jogo?
– Aí vamos ter que devolver tudo!
– Então acho melhor nem mexer na mala. Fecha e deixa ela aí!
DOMINGO NOS JORNAIS
- Globo: Vizinhos ameaçam o Brasil com calote de US$ 5 bilhões
- Folha: Mundo terá o pior trimestre desde 80, prevêem bancos
- Estadão: Governo libera gastos das estatais para ativar economia
- JB: Fantasma do desemprego
- Correio: Décimo terceiro - O que fazer com o dinheiro extra
- Valor: Linhas do BC funcionam e exportador quer mais
- Gazeta Mercantil: Fundos sustentáveis excluem Petrobras
sábado, novembro 29, 2008
EDITORIAL:O ESTADO DE SÃO PAULO
TENTATIVA DE INTIMIDAÇÃO
O comportamento autoritário é especialmente aberrante quando adotado por quem sempre se apresentou como inimigo do autoritarismo. O advogado e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, que fez carreira defendendo presos políticos e amealhou polpudos honorários com as milionárias indenizações obtidas para as "vítimas do regime militar", permitiu-se assumir uma atitude flagrantemente contrária à liberdade de expressão - que a Constituição consagra por ser o mais eficiente antídoto que uma democracia pode usar contra a tentação totalitária.
Razões técnico-jurídicas à parte - já que é notória demais para precisar ser comentada a intenção do advogado de confrontar o princípio constitucional do sigilo da fonte, essencial para o livre exercício da atividade jornalística (art.5, XIV) -, cabe examinar os aspectos ético-políticos da questão. Não foram só os setores do Ministério Público que trabalham parar abrir os arquivos oficiais sobre as mortes no Araguaia que estranharam a atitude do advogado e ex-deputado federal pelo PT. Entidades ligadas aos jornalistas e à defesa da liberdade de expressão - como a Associação Brasileira de Imprensa, a Federação Nacional dos Jornalistas, o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal - reagiram com um misto de indignação e incredulidade ao pedido de busca e apreensão na residência do jornalista.
Greenhalgh, aliás, já havia sido recriminado por representantes do PT e assessores do presidente Lula, em 2006, por repassar para jornalistas documentos produzidos por militares que colocavam em questão a conduta do deputado e ex-guerrilheiro José Genoino - com quem disputava votos. Greenhalgh desmentiu tal versão, com a mesma ênfase com que repudiara versões sobre seu envolvimento com a Lubeca, que levara a ex-prefeita Luiza Erundina a demiti-lo de seu secretariado. E, ontem, o Estado publicou carta de uma leitora que afirma que, se há quem queira saber o que ocorreu no Araguaia, também há quem queira a elucidação do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em cujo processo Greenhalgh foi atuante, no sentido de manter uma inconvincente versão do caso.
Em nota à imprensa o advogado alega que o pedido que encaminhou à 1ª Vara Federal de Brasília "não é de busca e apreensão na casa do repórter, simplesmente". Diz que se trata de "requerimento para que se tomem providências judiciais necessárias à execução de decisão que condena a União a abrir os arquivos da ditadura referentes ao episódio denominado ?Guerrilha do Araguaia?". E acrescenta: "O objetivo é que o repórter preste esclarecimentos e auxílio aos autores da ação. O repórter tem condições de contribuir decisivamente com (sic!) a história do País, ao colaborar com (sic!) a localização e fornecimento ao Estado de documentos repassados por Sebastião Curió, autor de inúmeros delitos na ?Guerrilha do Araguaia?. A mencionada ?busca e apreensão? só ocorreria no caso de o repórter recusar-se a prestar informações à Justiça."
É realmente difícil explicação menos convincente e com mais cinismo. Sem rubor nas faces, Greenhalgh traveste de propósitos "históricos" o que não passa de uma reles tentativa de intimidação, na falta da "colaboração" do jornalista. E não hesita em agredir os fundamentos da liberdade de imprensa, certamente por supor ser o jornalista a parte mais vulnerável na questão. Afinal, sabendo que, se o repórter Leonencio Nossa possui realmente os documentos que podem enriquecer a história, ele os obteve do coronel Sebastião Curió, por que o advogado não vai diretamente a este?
PARA...HIHIHIHI
Dois séculos depois, inspirado no grande general,
Lula só usa calça marrom.'
ANCELMO DE GOIS
Filme antigo
O Globo - 29/11/2008 |
Todo ano, como diria Lula, é a mesma marola. A votação do Orçamento 2009 foi marcada pela comissão que trata do tema para 22 de dezembro, quase véspera de Natal. Ingrid no Brasil Voando Pegou mal Ponto Final A direção da Petrobras, que até outro dia fazia a maior farra com dinheiro, parece até a cigarra daquela fábula atribuída a Esopo e recontada por Jean de La Fontaine. É que, na época da abundância, a estatal não guardou reserva para uma hora destas. |
ILIMAR FRANCO
Foi 3 x 2
Panorama Político |
O Globo - 29/11/2008 |
Sobrou para o ministro Tarso Genro (Justiça) decidir sobre o pedido de extradição de Cesare Battisti. O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) negou o pedido de refúgio, mas o placar foi apertado: 3 a 2. Sua defesa vai recorrer ao ministro. A extradição foi pedida por Romano Prodi (ex-primeiro-ministro, de centro-esquerda), e o processo é acompanhado de perto pelo atual primeiro-ministro, Silvio Berlusconi (direita). Democratas cria editoria de crise Abrindo o voto |
ANDRÉ PETRY
André Petry
O câncer que some
"Desde que a pesquisa foi publicada, minha caixa de e-mail estourou. São imunologistas dizendo que já desconfiavam da cura espontânea do câncer"
Acaba de sair do forno uma pesquisa sobre câncer de mama que dá o que pensar. Publicado pelo Archives of Internal Medicine, o estudo sugere que alguns cânceres de mama, mesmo agressivos e invasivos, podem simplesmente desaparecer. Sem tratamento. O corpo dá conta de eliminá-los. Os oncologistas já sabiam que alguns cânceres podem regredir sem tratamento, mas a pesquisa de agora sugere que a freqüência com que isso acontece pode ser muito maior do que se imaginava. Se isso for confirmado, terá tremendas implicações. Vai mudar a forma como encaramos um diagnóstico de câncer e a freqüência com que nos submetemos a exames de câncer.
A pesquisa acompanhou dois grupos, cada um com mais de 100 000 mulheres, durante seis anos, antes e depois da adoção da mamografia na Noruega, em 1996. Um grupo foi monitorado de 1992 a 1997 – e, portanto, só fez mamografia nos últimos dois anos. O outro, de 1996 a 2001, sempre fazendo mamografia. No grupo que fez mamografia regularmente, 1 909 mulheres foram diag-nosticadas com câncer de mama invasivo. No grupo que fez mamografia só ocasionalmente, a doen-ça apareceu num número menor, 1 564. Por que a diferença de 345 mulheres? Várias hipóteses foram examinadas (do uso de hormônio na menopausa à qualidade dos mamógrafos). Só uma parou de pé: 345 mulheres, ou um número próximo disso, podem ter tido um câncer de mama que se curou sozinho. Sumiu.
Falei por telefone com H. Gilbert Welch, um dos três médicos responsáveis pela pesquisa. Atencioso e didático, o doutor Welch não demonstrou nenhum entusiasmo por ter – quem sabe? – tocado num ponto que pode revolucionar a pesquisa sobre câncer no mundo. Ao contrário: estava sereno e cuidadoso. Fez questão de esclarecer duas coisas. A primeira é que a pesquisa é uma hipótese, não uma certeza, e, mesmo que venha a ser confirmada, provará que a cura espontânea de câncer de mama afeta uma pequena quantidade de mulheres. A segunda é que a mamografia permanece útil e recomendável. Faz bem, precisa ser feita e salva vidas.
Feitos os alertas, o doutor Welch sentiu-se autorizado a voar. "Desde que a pesquisa foi publicada, minha caixa de e-mail estourou. São imunologistas dizendo que já desconfiavam da cura espontânea do câncer." Welch é autor de um livro que questiona os exames invasivos, a febre pelo diagnóstico precoce, essa procura incessante pela célula cancerosa. Seu livro chama-se Should I Be Tested for Cancer? Maybe Not and Here’s Why (algo como "Será que devo fazer exame de câncer? Talvez não, e aqui está o porquê"). Welch diz que quem procura acha e, ao achar, acaba se preocupando com o que talvez não devesse. "Não deveríamos estar empenhados em achar todos os cânceres, mas em achar o câncer certo."
Dá o que pensar. Mas, como o "talvez" significa a diferença entre a vida e a morte, ouça seu médico, faça mamografia e siga o tratamento que for prescrito.
ROBERTO POMPEU DE TOLEDO
Roberto Pompeu de Toledo
Tristes trópicos
Claude Lévi-Strauss, que na última sexta-feira, em Paris, completou 100 anos na glória de ser tido como sábio de uma estirpe que não existe mais, devemos a revelação de que somos tristes. Ela está no título do seu livro mais famoso: Tristes Trópicos. O etnógrafo/antropólogo/
filósofo franco-belga morou no Brasil entre 1935 e 1939, como integrante do time de professores franceses contratado para dar início à Universidade de São Paulo. Tristes Trópicos, um livro que, além de etnográfico/antropológico/filosófico, é também – e sobretudo – uma obra-prima da literatura, constitui-se no relato, escrito vinte anos depois, da experiência brasileira do autor.
Por que seriam tristes estes nossos trópicos? O livro não o explicita. Em entrevistas, Lévi-Strauss contou muitas vezes que, ao voltar do Brasil, começou a escrever um romance – abandonado quando se convenceu de vez da falta de talento para a ficção – que se chamaria Tristes Trópicos. Como nunca explicou por que o romance, por sua vez, teria esse título, ficamos na mesma. Viria a tristeza das boçais truculências, contadas no livro, sofridas em suas relações com o Brasil? Uma vez, em Salvador, ele fotografava meninos negros quando foi abordado por dois policiais e levado preso. "Essa fotografia, utilizada na Europa, poderia acreditar a lenda de que existem brasileiros de pele preta e de que os garotos da Bahia andam descalços", escreveu.
De outra vez – pior, muito pior –, já de volta à França, e querendo escapar do sufoco de ser judeu no regime pró-nazista de Vichy, esbarrou com a indecência do Estado Novo de Getúlio Vargas ao recorrer à Embaixada do Brasil em busca de um visto. O embaixador, Luís de Souza Dantas, que era seu amigo, já suspendia no ar o carimbo para aplicá-lo no passaporte quando foi interrompido pelo alerta de um conselheiro da embaixada – judeus não eram bem-vindos pelo regime brasileiro. Escreve Lévi-Strauss: "Durante alguns segundos, o braço permaneceu no ar. Com um olhar ansioso, quase suplicante, o embaixador tentou obter de seu colaborador que desviasse os olhos enquanto o carimbo se abaixasse. Nada aconteceu, o olho do conselheiro continuou fixado sobre a mão, que finalmente caiu ao lado do documento. Eu não teria o meu visto, o passaporte me foi devolvido com um gesto de tristeza".
Estamos numa falsa pista. Não seria por razões pessoais que um espírito como o de Lévi-Strauss chamaria de tristes os trópicos. Além disso, a permanência no Brasil, rica de contatos com os povos indígenas, forneceu-lhe a base de uma carreira de etnógrafo e de antropólogo que o elevaria à condição de um dos maiores pensadores do século XX. O Brasil foi um ponto luminoso, não de sombra, em sua centenária vida.
É preciso lembrar, corrigindo o início deste artigo, que Lévi-Strauss não foi o primeiro a farejar tristeza por estas paragens. O livro Retrato do Brasil, de Paulo Prado, de 1928, abre com a frase: "Numa terra radiosa vive um povo triste". Paulo Prado cita testemunhas tão remotas quanto o padre Anchieta, para quem esta era uma terra "desleixada e remissa e algo melancólica". Como é que pode? Não somos a terra do sol, da natureza em festa, do Hino Nacional que, caso único no mundo, tem duas vezes o adjetivo "risonho" em sua letra ("céu, risonho e límpido" e "risonhos, lindos campos") e do povo identificado universalmente como o que injetou doses supremas de alegria no carnaval recatado e no futebol brutamontes dos europeus? Estamos diante de algo incongruente, algo que não bate. Por que tristes trópicos?
Se Lévi-Strauss abandonou o romance que estava escrevendo, não abandonou o título. Tristes Trópicos, com seu "tri" que se enlaça no "tro", brinca na língua e soa como verso, era bom demais para ser esquecido. Mas não o julguemos leviano a ponto de conservar um título só por sua qualidade literária. Talvez o título lhe tenha sido sugerido pelo assombro – presente, no livro, tanto quanto na época de Colombo e de Cabral – diante do encontro entre dois mundos e duas humanidades, com o resultado, para os europeus do Velho Mundo para aqui transplantados, da nostalgia do desterro, e, para os indígenas que aqui viviam, da opressão e do aniquilamento.
Ou talvez a benemérita intenção do autor tenha sido apenas investir contra o estereótipo. Atenção: nem tudo o que é ensolarado é alegre, nem tudo o que é gelado é triste. Esse seria o aviso do grande filósofo.
DIOGO MAINARDI
REVISTA VEJA
Diogo Mainardi
2 789 toques
"Para o colunista, o essencial é eliminar qualquer sombra de ambigüidade. Dou um jeito de solucionar a crise da economia mundial numa única coluna, com um único argumento. Paul Krugman também"
Paul Krugman, o Nobel de Economia, recomenda gastar alopradamente. Eu recomendo o oposto: cortar gastos alopradamente. Quem está certo? O Nobel de Economia ou o Jabuti de 1990?
Paul Krugman é colunista do New York Times. Eu sei o que acontece com ele, porque é o mesmo que acontece comigo. Uma coluna tem mecanismos próprios. A gente aprende a esgotar todos os assuntos numa tacada só, limitando-os a um determinado número de toques. Meus pensamentos restringem-se a 2 789 toques. Menos do que isso, me embanano. Mais do que isso, eu murcho. O assunto pode ser Aristóteles ou uma torneira gotejante na pia do banheiro: o que tenho a dizer sobre eles se encerra rigorosamente depois de 2.789 toques. Para o colunista, o essencial é eliminar qualquer sombra de ambigüidade. Dou um jeito de solucionar a crise da economia mundial numa única coluna, com um único argumento. Paul Krugman também. Um colunista é um Cafuringa, que corre olhando para a bola até sair pela linha de fundo. Daí a receita peremptória do Nobel de Economia: gastar alopradamente. Daí a receita peremptória do gordinho indolente: cortar gastos alopradamente. Quem está certo? Nenhum dos dois. Um colunista nunca pode estar certo.
Em outubro, num artigo sobre o estado calamitoso da economia americana, Paul Krugman afirmou: "Somos todos brasileiros". Ele se referia ao fato de agora os Estados Unidos sofrerem o contágio dos mercados, como um país do Terceiro Mundo, como o Brasil. Se os Estados Unidos real-mente se transformaram num Brasil, Paul Krugman, com seus planos espalhafatosos, é o Luiz Gonzaga Belluzzo deles. E os brasileiros sabem que um Luiz Gonzaga Belluzzo sempre acaba encontrando seu Dilson Funaro. O Dilson Funaro americano só pode ser Lawrence Summers, o principal conselheiro econômico de Barack Obama. Ele concorda com Paul Krugman que a saída para a crise é inundar a economia com dinheiro público. Ele concorda igualmente que é melhor gastar de mais do que gastar de menos, sem dar a menor pelota para o rombo nas contas.
Assim como Paul Krugman, Lawrence Summers também se tornou um colunista. No caso, do Financial Times. Nessa economia gerida por colunistas, aboliram-se todos os conceitos mais simples e, por isso mesmo, intelectualmente mais enfadonhos: corte de gastos, disciplina fiscal e aumento de impostos, que implicam um período de ajuste, com arrocho salarial, desemprego em massa e quebradeira generalizada. É complicado comparar um lugar ao outro. Os Estados Unidos tomam dinheiro emprestado com juros iguais a zero, o Brasil paga 15%. Eles planejam gastar em investimentos, a gente gasta com custeio. Mas, se Paul Krugman está certo e os Estados Unidos de fato se transformaram num Brasil, o futuro da economia mundial está garantido: sairemos, com bola e tudo, pela linha de fundo.
SÁBADO NOS JORNAIS
- Globo: CEF não ouviu auditores no socorro jumbo à Petrobras
- Folha: Ação terrorista mata 160 na Índia
- Estadão: Desmatamento avança 12 mil Km² na Amazônia
- JB: Chuvas deixam 800 desabrigados no Rio
- Correio: Cuidado! Bandidos estão de olho no seu cartão
- Valor: Linhas do BC funcionam e exportador quer mais
- Gazeta Mercantil: Fundos sustentáveis excluem Petrobras
- Estado de Minas: À espera de um prefeito
- Jornal do Commercio: Comércio sente os efeitos da crise
sexta-feira, novembro 28, 2008
MÓNICA BÉRGAMO
MUY AMIGOS
Folha de S. Paulo - 28/11/2008 |
NA PISTA |
DORA KRAMER
Rolando Lero
O Estado de S. Paulo - 28/11/2008 |
Período compreendido entre o balanço de perdas e ganhos de uma eleição e a apresentação das cartas em jogo no próximo pleito, a entressafra eleitoral é a fase das floradas do recesso. |
APOSENTADOS
GOVERNO NEGOCIA MUDANÇA NAS REGRAS DA APOSENTADORIA
PRESSIONADO, GOVERNO NEGOCIA MUDANÇA NO CÁLCULO DA APOSENTADORIA |
Autor(es): Isabel Sobral e Rosa Costa |
O Estado de S. Paulo - 28/11/2008 |
Acuado pelos projetos que beneficiam aposentados, mas aumentam o rombo da Previdência Social, o governo admite, pela primeira vez, negociar o fim do fator previdenciário em troca da exigência de idade mínima nas aposentadorias. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), informou ao Estado que, além disso, outra proposta está sendo costurada: a de substituir os projetos que reajustam valores das aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por um programa de recuperação dos benefícios de valor mais baixo. |