Uma dupla do PV –Fernando Gabeira, no Rio, e Micarla de Sousa, em Natal— impôs a Lula um incômodo par de derrotas.
Gabeira empurrou Marcelo Crivella (PRB), dodói de Lula na disputa carioca, para fora do segundo turno da disputa.
O êxito de Gabeira deixou a Lula duas alternativas, ambas muito desagradáveis:
1. Ficar ausente do segundo round da campanha carioca;
2. Apoiar Eduardo Paes (PMDB), um ex-tucano que, em 2005, achicalhava o presidente, o governo e o petismo na bancada da CPI dos Correios.
Micarla, eleita já no primeiro turno, atravessou na traquéia de Lula um aliado dela: José Agripino Maia (DEM).
Afora São Paulo, Natal foi a única capital em que Lula fez campanha franca e aberta. Foi ao palanque de Fátima Bezerra (PT).
Menos para apoiar a candidata petista, mais para desancar Agripino Maia, seu algoz no Senado e um dos artífices da derrubada da CPMF.
Deu chabu. Micarla derrotou, além da rival petista, toda a claque de estrelas que se formou em torno dela.
Além de Lula, foram arrastados, por exemplo: a governadora Wilma de Faria (PSB); o presidente do Senado, Garibaldi Alves; e o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves.
São os riscos que corre o presidente ao descer do Planalto para a planície de uma refrega meramente municipal.
Noutras praças, candidatos petistas e de legendas governistas que não tiveram a “ventura” de recepcionar Lula em seus palanques saíram-se melhor.
Foi o caso de Luizianne Lins (PT), reeleita prefeita de Fortaleza. Ou de João Coser (PT), reeleito em Vitória.
Ou ainda de João Henrique (PMDB) e Walter Pinheiro (PT), que foram ao segundo turno em Salvador, alijando da disputa ACM Neto (DEM).
JOSIAS DE SOUZA-FOLHA
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