Camaleão
Camaleão inquieto, porte mutante
Despista o concreto, de gesto inconstante
Buscando o seu contraditório adapta-se amiúde
Beleza selvagem de bicho, contínua amplitude
Camaleão de olhos verdes tempestade de cor
Inebrio-me neste verde onde sua íris esconde dor
Mas camaleão elege sua máscara e nos presenteia com seu mantra
Baila consigo mesmo, baila com seus sonhos, nos encanta e canta
Besta-fera, é a bela e a fera e coração humano
Do silencio faz zoeira, encontra inocência no profano
Tem abraço estreito, tem aberto o peito e o ombro de irmão
Reinventa melodia, faz música, borda poesia, canta samba em alemão
Camaleão me arrebata, me enlaça e depois se vai
Moleque travesso, faz do errado o avesso depois diz: - Don’t cry
Amigo, amante errante, disfarça sua dor que é a dor dela
Ama os cavalos! Faz de coisa mais simples como coisa mais bela
Camaleão é pássaro, fênix ferida
Nasceu pra ser livre dentro de sua loucura
Hei de esperar-te sempre, sempre com ternura
Criatura de si mesmo, nesta infindável aventura
Elizabeth Paes Jardim é de Brasília.
Esse poema é igual a descisão do STF, ninguem discute.
Só curte.
Obrigado pela colobaração
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