Em homenagem ao aniversario de Brasília esse blog publica um poema de
Elizabeth Paes Jardim
Medo X Amor
O seu medo de amar
não nós deixa fluir
Tal qual rio límpido
correndo em fonte de água clara
como o amor deve ser
Paralisa os músculos, os nervos e alegria
trava a garganta em goles de covardia
Refazendo-se noite e dia assim como
epidemia, envenenado o coração
Amor e medo são por si uma contradição
Amor é alento, graça em movimento
dá a alma entendimento
contra-reposta em doação
Medo é ciumento, antagônico a sentimento
ínfimo e lento, no mínimo azarento
do amor tem aversão
Amor dá liberdade, eternamente é novidade
sorriso de mocidade
ofertando admissão
Medo dá medo, que replica o medo,
revida certo medo, com parcelas de medo
retornando confusão
Seu medo de amar
te deixou de mim distante
Sua razão ignorante, tal qual ruminante
Atordoado e arrogante
ruminando acusação
Mantenho-me sóbria e minha alma chora
o que fazer agora, este temor que me espora
me conservo aqui de fora
e agora o que vigora
designa a aflição
Espero e nunca alcanço
por teu amor repleto de culpa
o vazio que me ocupa
Será saudade isto então?
Já não sei se minto ou sinto
amor sem medo está extinto
sobrando de requinto
Perene solidão.
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