quinta-feira, setembro 30, 2010

BANDIDO VOTA EM DILMA PARA MANTER ESQUEMA DE CORRUPÇÃO

JOSÉ DIRCEU 
O GERENTE DA QUADRILHA DO MENSALÃO (O CHEFE É LULA),
APOIA DILMA DE OLHO NUM MINISTÉRIO.
VOCÊ PODE DESMONTAR ESSE ESQUEMA COM O SEU VOTO

DORA KRAMER

Do alto do salto 
Dora Kramer 
O Estado de S.Paulo - 30/09/2010 

Em 2006 o presidente Luiz Inácio da Silva errou ao faltar ao debate da TV Globo. João Santana, o conselheiro de marketing presidencial, logo depois da reeleição atribuiu a isso - mais que ao escândalo dos aloprados - a insuficiência de votos para a vitória no primeiro turno.

Agora Lula errou ao ter pesado a mão além dos limites do aceitável até para personalidades que tradicionalmente estiveram ao lado dele e que estão acima de qualquer querela partidária. D. Paulo Evaristo Arns, por exemplo, o primeiro signatário do manifesto em defesa da democracia, simbolicamente lido no Largo de São Francisco (SP) por Hélio Bicudo.

Lula achou que era preciso uma reação forte para tentar neutralizar os possíveis efeitos das notícias sobre as negociatas de Erenice Guerra e companhia a partir da Casa Civil.

Acabou exagerando na visão do público que se sensibiliza com roubalheiras e dando a ele, o público, a impressão de que ele, Lula, estava se achando o dono do mundo e da vontade alheia.

Comprou uma briga inglória e deu margem à manifestação de contrariedade de muita gente que estava politicamente inerte. Por vários motivos, entre eles ausência de entusiasmo em relação à candidatura de José Serra.

O resultado apareceu nos índices da candidata Dilma Rousseff. Haveria outra forma de o presidente administrar o problema que surgiu a 15 dias da eleição?

Seria muito arriscado fazer como de outras vezes e ignorar a história cabeludíssima. Mas era preciso, ao mesmo tempo, construir alguma justificativa para se contrapor aos fatos tão eloquentes.

O presidente convocou a culpada de sempre, a imprensa, e caprichou no contra-ataque. Esperto, não deu nomes a esses nem àqueles. Protestou genericamente contra entidades conspiratórias (ao molde das "forças ocultas", de Jânio Quadros) e achou que assim apagaria as evidências.

Uma pessoa menos autoconfiante, ou em crise menos aguda de exacerbação da autoconfiança, teria tomado as providências, demissões, pedido de investigações, condenação dos atos e daria por entregues os "lamentáveis fatos à polícia".

Não teria achado que pode tudo contra todos e se arriscado a, de novo, produzir um indesejado segundo turno. Que, aliás, se acontecer, fará o PT encerrar a primeira etapa da eleição na condição de vencedor, mas com jeito de derrotado.

Parado no ar. Os argumentos dos ministros do Supremo fazem sentido. A exigência de dois documentos para votar restringe mesmo o acesso às urnas. Mas, como o Congresso aprova algo assim, como o PT apoia (depois alega inconstitucionalidade) e Lula sanciona?

Falta de atenção institucional. No caso do presidente, falta de Casa Civil profissional e competente.

Uma ou outra. Não dá para o PSDB ao mesmo tempo defender a liberdade de expressão e pedir censura para pesquisas de intenção de votos, como fez o tucano Beto Richa no Paraná com o Datafolha.

Há "democratas" - no sentido adjetivo, não de nome próprio do partido - que justificam o pedido de interdição de pesquisas dizendo que elas muitas vezes são usadas indevidamente e que influenciam o eleitor.

Pois é, a liberdade é assim, irrestrita: por isso também dá margem a deformações, causa desconforto e contraria.

Para resolução de insatisfações como essa da divulgação de pesquisas às vésperas das eleições e até mesmo da dupla jornada de alguns institutos que trabalham para campanhas, a solução é via Congresso.

Quem tiver força política e argumentos convincentes que tente aprovar alguma regulação legal.

Ocorre que políticos não fazem isso porque nem sempre é uma questão de princípio, mas de circunstância. Têm receio de que amanhã ou depois possam ser favorecidos por aquilo que criticam hoje.

Só não dá para querer resolver os problemas na base da censura. É mais fácil, mas custa caríssimo.

MÔNICA BERGAMO

WANESSA E O CASAMENTO GAY 
MÔNICA BERGAMO
FOLHA DE SÃO PAULO - 30/09/10

Wanessa se prepara para fazer um show no sábado na boate gay Flexx, em SP, com um figurino que inclui uma regata com a frase "Todo Mundo É Igual". É que a cantora decidiu apoiar publicamente a união civil de homossexuais. "Acredito que em breve a lei sobre união civil entre iguais seja aprovada em nosso país. Será um exemplo de cidadania. O amor não tem raça, cor ou sexo, o amor simplesmente te arrebata", diz ela, que acaba de alongar os cabelos. Ela também negocia com outra casa noturna gay, a The Week, uma temporada de shows.

BEM LONGE DA GRANDE ÁREA
Apesar do bumbo batido em torno do novo estádio do Corinthians para sediar a abertura da Copa de 2014, em SP, o governador Alberto Goldman considera que nada está resolvido. E afirma que a arena do Timão está hoje em pé de igualdade com o Morumbi, embora tenha o apoio da CBF. "Eles ainda não têm assegurados recursos para um estádio de 68 mil lugares, como exige a partida de abertura", diz o governador. O projeto para o qual o Corinthians já tem recursos garantidos é de 48 mil lugares.

PRETO NO BRANCO
Goldman considera, no entanto, que a marca Corinthians tem mais apelo e condições que a do São Paulo de atrair eventuais investidores para a construção de uma arena maior. Resta que isso aconteça.

VITÓRIA NA DERROTA
O vereador José Luiz Penna (PV-SP), presidente nacional do Partido Verde e espécie de patrono da campanha de Marina Silva (PV) à Presidência, diz que, se o crescimento da candidatura da senadora forçar o segundo turno da eleição, "já será uma grande vitória", ainda que ela fique em terceiro lugar.
"Não poderíamos aceitar o Fla/Flu na eleição. O que [o presidente Lula e o PT] fizeram, de juntar todo mundo sem critério, era um acinte." Penna faz parte da base de apoio da prefeitura tucano-demista de SP.

NA MOSCA
Quando Marina ainda relutava em sair do PT, no ano passado, Penna levou a ela uma pesquisa do instituto Ipespe que dizia que, depois que se tornasse conhecida, a verde poderia chegar a 12% dos votos. Com possibilidade de subir a até 17%. Ninguém acreditava. "O resultado mostra que fizemos um cálculo político certíssimo."

PORTAS FECHADAS
Isabela Capeto decidiu fechar sua primeira loja em SP, na rua da Consolação, a partir de hoje. A estilista carioca optou por ficar apenas com o ponto no shopping Iguatemi.

MEMÓRIA
Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB que hoje acusa o BB (Banco do Brasil) de quebrar seu sigilo bancário, também foi envolvido em caso semelhante quando era secretário-geral do governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 1996, uma lista explosiva com o sigilo de nove deputados extraída do Banco do Brasil circulou no Congresso. Apontado como autor, o então ministro Luiz Carlos Santos, da Coordenação Política, resolveu investigar. Concluiu, e divulgou, que o responsável por ela era Eduardo Jorge.

CASO ENCERRADO
EJ negou que patrocinara a quebra. Investigação do próprio banco não apontou responsáveis, inocentou autoridades do governo e deu o caso por encerrado.

PAIS DO APRENDIZ
O publicitário Roberto Justus será o entrevistado de João Doria Jr. no programa "Show Business" que vai ao ar neste sábado, na Band. Os dois são concorrentes: Justus, atualmente no SBT, era o apresentador de "O Aprendiz" (Record) antes de Doria assumir a função.

EIXO MONUMENTAL
O arquiteto Oscar Niemeyer, 102, não sairá de casa para votar no próximo domingo. Ele mora no Rio e seu título é de Brasília.

OURO DE MINAS
Milton Nascimento será homenageado pela Feira Música Brasil, em dezembro, em Belo Horizonte. Os cantores Luiz Melodia, Arnaldo Antunes, Lenine e Margareth Menezes participam do tributo ao compositor mineiro.

A CAPITAL NA PAREDE
A exposição "As Construções de Brasília", com 140 fotografias do acervo do Instituto Moreira Salles, foi inaugurada nesta semana na galeria do Sesi, na avenida Paulista. A mostra conta com obras de Marcel Gautherot, Peter Scheier, Thomaz Farkas e Cildo Meireles, entre outros.

O LIVRO DE RUTH
A ex-primeira-dama Ruth Cardoso, morta em 2008, ganhou uma biografia assinada por Ignácio de Loyola Brandão. O lançamento de "Ruth Cardoso -Fragmentos de Uma Vida" aconteceu anteontem, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o filho, Paulo, foram ao evento.

CURTO-CIRCUITO

Carlos Ramos Stroppa lança hoje, às 18h30, o livro "Figuração", na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.
Acontece hoje, às 19h30, o coquetel de abertura da exposição "Smirnoff@Nightlife", sobre a história da vida noturna paulistana, no Castelinho (av. Brigadeiro Luiz Antônio, nº 826). 18 anos.
A Sanrio, criadora da Hello Kitty, abre hoje, no shopping Iguatemi, exposição comemorativa de seus 50 anos, com releituras de seus personagens feitas por 25 artistas.
O escritório de advocacia Décio Freire & Associados inaugura hoje suas novas instalações, com coquetel a partir das 18h30.
Ronie Lima lança hoje, às 19h, o livro "Os Caminhos Espirituais da Cura", na livraria Saraiva do shopping RioSul, em Botafogo, no Rio.

com DIÓGENES CAMPANHA e LÍGIA MESQUITA

BANDIDO VOTA EM DILMA PARA MANTER ESQUEMA DE CORRUPÇÃO

O CANALHA SARNEY
ESTE BANDIDO CORRUPTO, APOIA DILMA!
VOCÊ TAMBÉM?

SEU VOTO PODE FREIAR ESSE ESQUEMA DE CORRUPÇÃO

JOSÉ SIMÃO

Ueba! Dona Roriz bombou!
JOSÉ SIMÃO
FOLHA DE SÃO PAULO - 30/09/10


Coitada, devia estar vendo novela e o Roriz falou: arruma o cabelo que tem debate e você é candidata!



BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador-Geral da República! Ereções 2010! Chega de debate! Eu quero sexo, sangue e Baconzitos com Coca-Cola. Eu quero saber quem comeu quem! Eu quero debate com o Plínio, o Tiririca e a dona Weslian. A mulher do Roriz!
Ela bombou no debate em Brasília. Já começou desorientada: "Eu quero toda essa corrupção que está aí". Rarará! Ato falho! E aí perguntaram: transporte público. E ela: "Tudo tem sua hora e seu lugar". Principalmente com ÔNIBUS LOTADO! Rarará. E essa: "Eu não quero responder, quero perguntar".
Também, coitada, ela devia estar assistindo à novela e o Roriz falou: arruma o cabelo que tem debate e você é candidata. Rarará! Parecia que ela tava vendendo produtos Avon e Jequiti! E falava que nem guia de Ouro Preto papapapapa. E a mediadora: "Mas ainda faltam 57 segundos". E ela: "Terminei!" Rarará! E diz que ela vai fazer escova progressiva nas estátuas do Niemeyer! A Ana Maria Braga do Cerrado!
E sabe em quem eu vou votar? No Valdir Virgens. Candidato de Pau Grande, no Rio. VALDIR VIRGENS DE PAU GRANDE! Ou então no André Esqueleto do PV. Sendo que o único esqueleto do PV que eu conheço é a Marina! Que vai lançar o projeto Minha Casa! Minha Árvore! E ainda vai trocar o Aerolula pelo AEROCIPÓ! E acaba de sair o novo slogan da Marta: "Botox não é pecado! Marta no Senado". Rarará!
E um militante petista estava no restaurante, pediu a conta e a caixa gritou: "Encerra?" "Não! Em Dilma!" Rarará! E faltam quatro dias pra eleição e eu ainda não sei o que é "aparelhamento do Estado". E eu acho que que vivi nos últimos dez anos num universo paralelo: aborto ainda é tema de campanha? É! Por isso que os candidatos tão virando carola na última hora. O Serra virou beato, a Dilma virou barata de igreja e a Marina? A Marina virou uma iguana. Rarará!
A Galera Medonha! A Turma da Tarja Preta! Agora eu não sei se voto no Valdir Virgens de Pau Grande, no Porreta da Mata Escura, na Shana Dias, no Bombom, no Edicles o Transformista, na Maria Chupetinha, no André Sacco, no Ivan Sai da Fila, no Keith Marrone ou vou pro Havaí e voto no Bobby Bunda. E ainda reclamam de falta de opção! Rarará! A situação tá ficando psicodélica. Ainda bem que nóis sofre, mas nóis goza.

MERVAL PEREIRA

Diferenças e tendências 
Merval Pereira 
O Globo - 30/09/2010


Essas diferenças entre os institutos de pesquisa vão ter que ser estudadas quando acabarem as eleições.

O resultado do Ibope/CNI dá Dilma estável com 50% dos votos, enquanto o Datafolha deu a ela 46%, em queda. A única explicação está nos dias em que foram feitas as pesquisas. O Datafolha fez a sua integralmente no dia 27, uma segunda-feira. O Ibope fez a sua nos dias 25 e 26 (sábado e domingo) e 27, mil entrevistas a cada dia. E o Sensus, nos dias 26, 27 e 28 (domingo, segunda e terça).

Embora o Instituto Sensus também mantenha a indicação de vitória de Dilma no primeiro turno, ele capta uma queda da candidata oficial de 3 pontos e uma subida igual de Marina.

As próximas pesquisas até sábado, véspera da eleição, é que mostrarão o que está acontecendo, se Dilma vem realmente caindo, um processo que teve seu início no dia 27 e não foi detectado pelo Ibope, que fez a maior parte de sua pesquisa nos dias 25 e 26, mas foi captado pelo Datafolha e em parte pelo Instituto Sensus.

Tudo indica que a mudança dos ventos é contra Dilma, mas não há indicações seguras de que essa tendência vai se manter, se vai se intensificar o crescimento da candidata do Partido Verde, Marina Silva, ou se as providências da campanha oficial serão suficientes para garantir sua vitória no primeiro turno, estancando esse processo.

A reunião de Dilma com lideranças católicas e evangélicas para tentar desmentir uma posição a favor do aborto, por exemplo, é uma dessas medidas que visam a conter um processo de desgaste nesse setor do eleitorado.

Dilma ontem disse que é contra o aborto e que não defenderá um plebiscito — como faz a candidata do PV, Marina Silva — e que, mesmo com o PT defendendo uma discussão maior sobre o tema, não proporá nenhuma medida ao Congresso para descriminalizar o aborto.

Mas em maio de 2009, em entrevista à revista “Marie Claire”, que defende o aborto, a já então candidata não oficial Dilma Rousseff deu a seguinte resposta sobre o assunto: “Abortar não é fácil pra mulher alguma.

Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto.

Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização.

O aborto é uma questão de saúde pública. Há uma quantidade enorme de mulheres brasileiras que morre porque tenta abortar em condições precárias.” Portanto, a informação de que Dilma é a favor do aborto, que sua campanha está tratando como uma calúnia com objetivos eleitorais, tem base em declarações da própria.

Se, em campanha eleitoral, ela mudou de ideia justamente para não chocar esse nicho do eleitorado, é uma questão política que está sendo discutida pela internet e nas igrejas, e está lhe sendo prejudicial. E provocou uma dura declaração de Marina, que afirmou: “Não faço discurso de conveniência. A ministra Dilma já disse que era a favor e depois mudou de posição.

Não acho que em temas como esse se deva fazer um discurso uma hora de uma forma e outra hora de outra só para agradar ao eleitor.” Boato maldoso com objetivos eleitorais parece ser uma frase atribuída a ela, que garante que não disse: “Nem Cristo me tira esta eleição”, teria dito Dilma em uma entrevista.

Não há, no entanto, nenhuma gravação com essa frase, e não apareceu nenhum jornalista para garantir que a ouviu da boca de Dilma.

Essas questões que mexem com o voto religioso, mais a corrupção entranhada no Gabinete Civil na gestão de sua indicada e braço-direito, Erenice Guerra, seriam os fatores que estariam corroendo a popularidade de Dilma Rousseff em setores distintos do eleitorado, levando a eleição para o segundo turno.

Por mais otimistas que sejam, os estrategistas do PSDB consideram que a realização do segundo turno deve acontecer, mas por uma diferença bastante apertada.

Dilma deve ter, segundo seus cálculos, entre 47% e 49%, muito devido ao crescimento da candidata do Partido Verde, Marina Silva.

Mas seria preciso que esse movimento na reta final da campanha fosse uma “tsunami” e não uma simples “onda verde”, para levá-la para o segundo turno, superando o candidato tucano.

O esforço na reta final parece mais destinado a aumentar a votação de Marina para dar a ela um poder de barganha maior num eventual segundo turno.

Há quem considere a possibilidade de Marina chegar a entre 18% a 20% dos votos válidos no próximo domingo, o que daria ao Partido Verde um poder de barganha excepcional para negociar com Dilma Rousseff ou José Serra.

Para ganhar no segundo turno, o que até o momento parece ser muito difícil, Serra teria que fazer esse grande acordo com o Partido Verde, permitindo que a tese da “transversalidade” da questão do meio ambiente vigore em seu futuro governo, interferindo em questões como o projeto de desenvolvimento ou a agricultura.

O futuro governo, seja ele qual for, terá um forte componente ecológico saído do compromisso programático tornado viável pela atuação do partido no primeiro turno.

Quem estiver mais disposto a se abrir para essa questão terá mais chance de fazer uma aliança com expressiva parcela do eleitorado.

Fora isso, a candidatura oficial terá mais facilidade para atrair boa parte desses eleitores de Marina, que geralmente são petistas desgostosos com os desmandos do PT no governo, mas que, num confronto direto com o PSDB, tendem a voltar às suas origens.


Há ainda uma questão comum a todas as eleições, segundo o cientista político Alberto Carlos de Almeida, que induz a erro as pesquisas eleitorais: o mais comum, segundo ele, é superestimar o percentual de votos do primeiro colocado, fenômeno que se deve ao erro no ato de votar.


Almeida diz que os eleitores realmente querem votar no candidato que apontam na pesquisa, mas acabam errando e anulando o voto.


Este ano haverá o agravante de que o voto para presidente é o último de seis votos. Esse fato pode levar a uma grande abstenção para o voto de presidente e dar ao PT uma votação surpreendente para deputado estadual, que é o primeiro voto na urna eletrônica.


Segundo Almeida, muitos eleitores de baixa escolaridade do PT irão digitar o número 13 na urna eletrônica no primeiro voto pensando que estão votando para presidente

BANDIDO VOTA EM DILMA PARA MANTER ESQUEMA DE CORRUPÇÃO


JADER BARBALHO
ESSE BANDIDO VOTA EM DILMA
DILMA PEDE VOTO PARA ESSE BANDIDO

SEU VOTO PODE BARRAR ESTES CANALHAS!

RENATA LO PRETE - PAINEL DA FOLHA

Com emoção 
Renata Lo Prete 
Folha de S.Paulo - 30/09/2010

O novo Datafolha diminui a zona de conforto de Geraldo Alckmin para definir a eleição no domingo e adiciona temperatura à disputa pelo governo paulista. Além da queda de seis pontos na diferença entre o tucano e Aloizio Mercadante (PT), outro fator passou a ser computado na matemática das campanhas.
Como a linha que separa Alckmin do segundo turno baixou para quatro pontos, a chance de a "onda verde" impulsionar Fábio Feldman (PV) para além do 1%, numa faixa do eleitorado tradicionalmente alinhada ao ex-governador, anima o PT e aflige o PSDB.

Metropolitana Marina Silva (PV) está tecnicamente empatada com José Serra (PSDB) em quatro das sete capitais pesquisadas pelo Datafolha: Rio, Belo Horizonte, Salvador e Recife.

Selvagem Animada por avaliações internas que aplaudem seu desempenho nos últimos debates, Marina está, nas palavras de assessores, decidida a partir "como uma jaguatirica" sobre Dilma e Serra no derradeiro encontro entre os presidenciáveis, hoje, na TV Globo.

Cronômetro Marcado de última hora, o encontro com líderes religiosos tomou quase três horas de Dilma, tempo que seria reservado à preparação para o debate.

Prelúdio Logo após a reunião com a candidata petista, pastores gravaram depoimentos para a internet em que sublinham apoio a Dilma e reforçam o desmentido à boataria que ganhou corpo na rede mundial.

Na tela Mesmo sem consenso, emissoras de TV controladas pelos evangélicos devem reproduzir em programas noticiosos, até domingo, a posição oficial da petista em relação a temas como o aborto. Não por acaso, logo depois do encontro de ontem, Dilma fez o seu mais enfático e direto pronunciamento sobre o assunto.

Mais um A mobilização virtual de José Serra para estimular cada eleitor do tucano a conquistar "mais um voto" em seu círculo ganhou novo bordão: a meta agora é que os simpatizantes "mudem um voto" até domingo.

Daqui eu não saio Erenice Guerra ainda ocupa a residência oficial reservada aos ministros da Casa Civil. Legalmente, ela tem 30 dias para deixar a casa no Lago Sul, em Brasília. O prazo expira no próximo dia 17.

Apelo Contrariado com o acordo que adiou a decisão sobre a validade do Ficha Limpa neste ano, o ministro Ayres Britto telefonou ontem a colegas do STF na tentativa de convencê-los a mudar de ideia antes da sessão.

De olho Com placar favorável de 7 a 0 ao seu pleito, o PT acredita que não haverá clima para Gilmar Mendes, que pediu vista do processo ontem, obstruir a deliberação do Supremo sobre a exigência de dois documentos para votar. O partido espera um voto "técnico" hoje.

Censura seletiva Quando as pesquisas lhe davam vantagem folgada sobre Osmar Dias (PDT) no Paraná, Beto Richa (PSDB) não via nada de errado com a metodologia utilizada, a mesma que ele agora usa como argumento para embargar, na Justiça Eleitoral, a divulgação dos levantamentos.

Deu zebra Candidato ao governo de SP, Paulo Skaf (PSB) se irritou com a ausência do marqueteiro Duda Mendonça no debate da TV Globo. O publicitário preferiu acompanhar Hélio Costa (PMDB) em Minas.

tiroteio

"As declarações de Lula sobre sua própria popularidade nos fazem lembrar de outro presidente popular que o Brasil já teve: Garrastazu Médici."

DO SENADOR DEMÓSTENES TORRES (DEM-GO), sobre o presidente Lula ter dito ontem na Bahia, ao avaliar seus índices de aprovação de mandato favoráveis nas pesquisas, que hoje o colega americano Barack Obama não apenas o chamaria de "o cara", mas de "o cara do cara".

contraponto

Nesta data querida

Às vésperas do primeiro turno de 2002, encerrado o debate na Globo, o alto comando da campanha de Lula seguiu para a Osteria dell'Angolo, em Ipanema, onde o marqueteiro Duda Mendonça presenteou o candidato com a célebre garrafa de Romanée-Conti. Como o jantar se estendeu até depois das 4h, os jornalistas, na saída, perguntaram a Lula, brincando, se ele pretendia superar a fama de notívago de José Serra.
Antonio Palocci ofereceu uma explicação:
-É que nós temos o que comemorar...
Antes que o acusassem de subir no salto, emendou:
-O meu aniversário...

MÍRIAM LEITÃO

O último debate 
Miriam Leitão 
O Globo - 30/09/2010

Numa disputa eleitoral tão cheia de surpresas na reta final, o debate de hoje fica ainda mais emocionante.

Os candidatos se preparam sabendo que do desempenho de cada um dependerá a ocorrência ou não de segundo turno. Dilma chega à reta final mantendo seu favoritismo, mas sem ter enfrentado de fato o calor da campanha. Foi protegida por cercadinhos para jornalistas, e até para o povo.

Em cada debate ou entrevista, correligionários da candidata governista comemoraram o não-desastre, o erro evitado, o jogo na retranca.

Seu principal aliado foi seu adversário, o candidato José Serra. Ele teve alguns bons momentos, mas não conseguiu, até agora, demonstrar que tem um projeto amplo para o país. Não preparou um bom programa que desse ao eleitorado a noção da alternativa apresentada.

Sua propaganda está baseada no que ele fez, no que ele foi. Em nenhum momento ele ajudou a trazer de volta à memória o maior feito do seu grupo político que foi a vitória sobre a inflação, que atormentava os brasileiros com índices que chegaram a 84%, filas nos postos de gasolina, desabastecimento, sequestro do dinheiro no banco. Isso sem falar da falta crônica de telefone.

Mesmo os mais jovens já ouviram falar daquele tempo de economia de guerra que o Plano Real encerrou. Claro que uma campanha tem de falar do futuro, mas o recall de uma grande vitória daria mais substância ao que ele falasse em seguida.

Há quem considere que a popularidade do presidente Lula o transformou numa entidade mítica. Ele não é.

Sem negar sua capacidade de comunicação, o que está sendo aprovada é a sensação de conforto econômico criada pela manutenção da inflação baixa, pelo crescimento deste ano e pela expansão do crédito. Depois de consolidada a estabilização, seria mesmo a hora de expandir o crédito, e o governo soube fazer isso.

Quem está hoje comprando bens que não comprava antes sustenta a aprovação do presidente.

Mas houve também um fenômeno circular da campanha: uma propaganda maciça do governo realçando seus feitos, muitas vezes com números falsos ou exagerados, foi aumentando a popularidade do presidente e alimentando as intenções de voto numa candidata que continua, ainda agora, desconhecida do eleitorado.

Até para os seus, que temeram o tempo todo que ela fosse apanhada em alguma explosão de mau humor. Por isso, o cercadinho que manteve a imprensa à distância.

Seu humor volátil não resistiria ao quebra-queixo, como são definidas aquelas entrevistas de dezenas de jornalistas com suas pautas e microfones. O silêncio de Serra sobre as vitórias do seu grupo político ajudaram a convalidar o “nuncantismo” do governo Lula, como se esse tivesse sido o governo inaugural do Brasil.

Dilma não deu, até agora, resposta boa a duas questões que a abalaram nessa reta final. O uso abusivo, desrespeitoso e perigoso do aparelho do Estado para espionar adversários. O PT comemorou o fato de que a quebra de sigilo não retirou votos da sua candidata, mas retirou, certamente, qualidade da democracia brasileira. Num país onde fatos como o da quebra de sigilo e acesso a contas de adversários políticos ocorrem com essa sem-cerimônia é um país onde a democracia corre riscos. Pode não sensibilizar a maioria do eleitorado, mas está no capítulo dos direitos e garantias individuais.

Dilma também não tem resposta para Erenice Guerra.

O distanciamento que ela tentou criar com sua ex-braço direito é falso. A rede de tráfico de influências e nepotismo foi montada enquanto Dilma Rousseff estava na Casa Civil. Se ela viu é grave, se ela não viu é assustador, porque, caso seja eleita, terá de escolher milhares de gestores públicos.

Em qualquer ministério podem acontecer problemas.

Mas Dilma fez uma comparação indevida entre Erenice e os casos ocorridos no Ibama que levaram à prisão de servidores na época da candidata Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente. Não houve um caso dessa complexidade entre assessores diretos de Marina. Dilma usou um truque: era a última a falar naquele jogo de réplica e tréplica e lançou sobre Marina uma comparação despropositada.

Explicar Erenice, ela ainda não explicou.

Apenas repete respostas treinadas para escapar do que salta aos olhos.

São fracas e bisonhas as explicações dadas por Serra para a ausência de Fernando Henrique da campanha e a imagem de Lula no programa eleitoral. “Foram três segundos apenas”, costuma dizer José Serra. Mas marcaram pelo inusitado.

Ele deveria refletir sobre o fato de a pergunta ser tão recorrente. É obsessão dos jornalistas ou erro crasso de sua campanha? Marina ficou tão preocupada em não ser a candidata de uma nota só que não conseguiu passar para todos a visão positiva de como se pode crescer caminhando para uma economia de baixo carbono. Ela não tem conseguido tornar concreto para todos o que está falando. Não basta dizer que a oposição entre economia e ecologia é uma visão do século XX. Ela precisava explicar melhor que mundo novo é este e por que é ela que o representa. Afinal, todos dizem que são a favor da sustentabilidade e a palavra foi ficando vazia.

O único momento de sinceridade de Dilma nesse tema talvez tenha sido o ato falho que ela cometeu em Copenhague: “O meio ambiente é obstáculo ao desenvolvimento sustentável”, disse ela na ocasião. O trator que a Casa Civil passou sobre o Ibama para dar a licença de Belo Monte é totalmente compatível com a frase que escapou por descuido na Conferência do Clima.

Hoje, passado, presente e futuro estarão em debate.

Que vença a pessoa mais capaz, e não a que decorou melhor as frases e truques dos marqueteiros.

DEMÉTRIO MAGNOLI

De Pomona a Marte
Demétrio Magnoli 
O Estado de S.Paulo - 30/09/10


A estátua de Pomona, a deusa romana dos pomares, símbolo da abundância, está fincada bem à frente do Hotel Plaza, em Nova York. Um quarto de século atrás, em setembro de 1985, representantes dos EUA, da Alemanha Ocidental, do Japão, da França e da Grã-Bretanha assinaram ali o Acordo do Plaza, que promoveu a desvalorização do dólar em 50% ante o marco e o iene. Hoje, novamente, a economia global necessita de um dólar mais fraco. Inexiste, contudo, uma vontade comum capaz de propiciar a coordenação das políticas monetárias das potências.

O ciclo de expansão encerrado pela quebra do Lehman Brothers evoluiu sob o signo do desequilíbrio. A poupança compulsória de chineses pobres financiava o consumo exuberante da classe média americana, um paradoxo que se reflete no espelho financeiro pelo colossal superávit em conta corrente da China e pelo déficit insustentável em conta corrente dos EUA. A crise em curso pode ser interpretada como uma longa correção desse desequilíbrio, com a redução do nível de consumo americano e a ampliação do consumo chinês. A China, porém, não parece propensa a reproduzir o comportamento de alemães e japoneses no Plaza.

Pequim protege a sua moeda com um zelo historicamente justificado. Yuan, a palavra que nomeia a unidade de conta do renminbi, é uma contração originada da expressão "moeda redonda estrangeira". Introduzida no final do século 19 como mimese dos antigos pesos de prata mexicanos, difundidos a partir das Filipinas espanholas no Sudeste Asiático, o renminbi conviveu com os cartões de racionamento maoistas e só ganhou uma taxa de câmbio unificada em 1994.

Hoje, o governo chinês teme que uma apreciação cambial aqueça o fluxo de investimentos especulativos e provoque um colapso financeiro similar ao da crise asiática de 1997. O precedente da apreciação de 11% do renminbi, a partir de outubro de 2007, que gerou a falência de empresas comerciais e perda de empregos, em nada ajuda os raros defensores de uma nova tentativa. Além disso, a tese predominante no país assegura que uma forte valorização não reduziria o déficit comercial americano, mas apenas transferiria exportações para os tigres asiáticos.

Melífluos, os dirigentes chineses usam "sim" para dizer "não". Em junho, simulando ceder às pressões de Washington, o banco central da China emitiu um comunicado ambíguo que fingia sinalizar o relaxamento dos controles cambiais. O texto carecia de substância - e o renminbi quase não se moveu. "Todos estamos concluindo que eles não acreditam que sejamos sérios", queixou-se o senador Jack Reed ao secretário do Tesouro americano, Tim Geithner. De fato, a autoridade monetária chinesa compra dólares em ritmo alucinante, sabotando as tentativas de Geithner de produzir um choque expressivo na taxa de câmbio bilateral.

Os chineses não estão sós. Há pouco, após uma longa ausência, o banco central japonês voltou ao mercado de câmbio para vender 2 trilhões de ienes, interrompendo a trajetória de valorização da moeda. A Suíça agiu bem antes, na mesma direção, e quadruplicou suas reservas internacionais. A zona do euro é um caso à parte. O Banco Central Europeu (BCE) aferra-se ao dogma do euro forte, mas nem mesmo a máquina exportadora alemã pode conviver com a continuidade da valorização cambial dos três anos anteriores à crise global. Uma depreciação moderada ajudaria a reativar as economias mais fracas do bloco e um aumento controlado da inflação reduziria os déficits que atormentam Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália. Um relatório do FMI indica que o BCE já promove a desvalorização do euro diante do dólar.

Na falta de uma ação coordenada, aos solavancos, as intervenções unilaterais dos bancos centrais produzem um alinhamento cambial em taxas similares às vigentes há duas décadas. O cenário convida à conclusão tranquilizadora de que a economia global escapou do espectro caótico das desvalorizações competitivas. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não caiu nesse conto, como evidenciam suas declarações recentes. De um lado, persiste a anomalia central do renminbi fraco. De outro, os fluxos de capitais de curto prazo pressionam para cima as moedas de algumas grandes economias emergentes - entre as quais, notadamente, o Brasil. No lugar da correção do desequilíbrio estrutural prévio, caminha-se rumo à criação de novos desequilíbrios.

A raiz do impasse é geopolítica. O sistema monetário do pós-guerra perdeu a âncora da paridade dólar/ouro em 1973, mas conservou o norte da liderança americana, que se expressava pelo G-5 e propiciava acordos transparentes de coordenação cambial. No Acordo do Plaza, as cinco potências provaram que o leme da política podia substituir o mecanismo das paridades semifixas adotado em Bretton Woods. De lá para cá, o leme emperrou. O sistema monetário atual é um edifício heteróclito de regimes de câmbio ancorados, flexíveis e administrados, que abrange ainda uma vasta união monetária e alguns currency boards. A erosão da hegemonia americana e a ascensão da China destruíram a unidade política do centro de decisões, que se transferiu do G-5 para o G-20. Pomona, a abundância, cede lugar a Marte, a guerra.

Até agora, o Brasil opera na mesma linha de japoneses, suíços e chineses, evitando uma forte apreciação do real pelo recurso a ousadas investidas no mercado de moedas. A tática defensiva destina-se a impedir a explosão do déficit na conta corrente do balanço de pagamentos. Mas a acumulação incessante de reservas em dólares tem um custo financeiro, que logo será proibitivo. As alternativas são a redução dos juros internos, o que exige cortes de gastos públicos, e a imposição de controles sobre os investimentos estrangeiros de curto prazo, o que implica contrariar as altas finanças.

A estação de calmaria chega ao fim. Fará o próximo governo o oposto exato do que fez Lula?

SOCIÓLOGO, É DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP. E-MAIL: DEMETRIO.

GOSTOSA COM MUITO COLESTEROL

ANCELMO GÓIS

Calma, gente 
Ancelmo Góis 

O Globo - 30/09/2010

Hoje, às 10h, muçulmanos, judeus e integrantes da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) vão protestar em frente à Delegacia do Meio Ambiente, no Rio, durante o depoimento do sacerdote de candomblé Fernando Maurício, acusado de sacrificar bichos em seus trabalhos espirituais.

Para Ricardo Rubim, do CCIR, “é preciso garantir a todos os brasileiros liberdade de culto”.

O outro lado...
O delegado de Meio Ambiente do Rio, Marcos Cipriano, diz que a Constituição protege as crenças. Mas, segundo ele, este direito não pode ser absoluto: — O direito existe desde que não se cometa crime. Imagina se aparecer uma seita que permita estuprar virgens? Não pode.

É. Pode ser.

Aliás...
A CCIR entra hoje com ação no Ministério Público contra panfleto distribuído no Dia de São Cosme e Damião, no Rio.

No papel, a Igreja de Nova Vida afirma que “os santos são amigos do diabo”.

Festa francesa
A Total tem novo presidente aqui: Denis Palluat de Besset.

A francesa detém 20% do campo BM-S-54, no pré-sal, cuja descoberta de óleo foi anunciada ontem pela Shell.

Grande família
Ivan de Souza Monteiro, vice do Banco do Brasil e integrante do Conselho da Previ, foi preterido para presidir o fundo.

Mas sua mulher, Simone Monteiro, foi escolhida gerente de Comunicação da Previ.

O INSTITUTO NACIONAL do Câncer deve reunir seus 18 endereços no Rio num só lugar a partir de 2014. Veja as reproduções do projeto. Ficará nas redondezas da Praça da Cruz Vermelha e ocupará a área onde hoje funciona o Iaserj, cedida pelo governo do estado. O Iaserj será transferido para o prédio atual do Into, ali perto, que será desocupado com a transferência do hospital para a nova sede, na Avenida Brasil 500. O projeto de arquitetura do Inca, antes mesmo de sair do papel, recebeu o prêmio Local do American Institute of Architects, nos EUA, na categoria Obra Não Construída. Vamos torcer, vamos cobrar para que saia do papel

Voo demais
A Anac notificou a Gol da emissão de autos de infração por excesso de horas de voo por mais de 400 funcionários seus.

Pela Lei do Aeronauta, por segurança, tripulantes de jatos não podem exceder 85 horas de voo por mês.

Viva o consumidor!A 9ª Vara Federal do DF atrapalhou a vida dos fabricantes de celulares que não queriam trocar, na mesma hora da queixa, aparelhos defeituosos dentro do prazo de garantia, como determinara o Ministério da Justiça.

O juiz Márcio Moreira não atendeu a pedido da associação das indústrias.

Viva a Rosana!
A TV Globo decidiu homenagear as secretárias com um especial de fim de ano (aliás, hoje é dia delas).

Será estrelado por Ingrid Guimarães. Vai se chamar “Batendo ponto”.

Mata-mosquito
Em outubro, a Secretaria municipal de Saúde do Rio vai voltar a usar o fumacê antidengue.

Será a primeira vez que o veículo irá para às ruas fora do período endêmico. O secretário Hans Dohmann vai contratar ainda 1.200 agentes de saúde.

Crime e castigoA 2ª Vara Cível da Barra, no Rio, condenou três jovens de classe média a indenizarem em R$ 30 mil Shana Regina Guedes, atacada por eles, em 2007, com jatos de extintor nos olhos.

São eles: Luciano Filgueiras da Silva Monteiro, Fernando Mattos Roiz Jr. e Valéria Cascão Barreto.

Lei da remelaTramita da Câmara do Rio projeto do vereador Carlos Eduardo que obriga os cinemas a higienizarem os óculos 3-D para evitar doenças nos olhos.

Jazz e samba
Jon Hendricks, 89 anos, o grande músico de jazz dos EUA, estava terça na plateia do show de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho no Teatro Carlos Gomes.

Chope da saudadeOs 30 dias de “morte” do “Jornal do Brasil” em sua versão de papel serão lembrados amanhã com chope e performances no anexo do Capela, na Lapa.

Casa feiaUma senhorinha que se locomove em cadeira de rodas tentou visitar o Casa Cor, no Rio, e... não conseguiu.

Descobriu, desapontada, que o evento, com os maiores arquitetos nativos, não tem acesso para cadeirantes. É pena.

MARJORIE ESTIANO, a atriz toda linda, enfeita a festa de lançamento do filme “Malu de bicicleta”, de Flávio Tambellini, no Cine Odeon, na programação do Festival do Rio, terça

SÃO PAULINHO da Viola troca um chamego com a filha Beatriz, também cantora, depois de gravarem participação no DVD do bamba Monarco

Ponto Final
Ciro Gomes, depois de um debate na TV Globo do Ceará, terça, bateu boca com adversários e desferiu, aos gritos, palavras como “vagabundo”, “bandido” e “caralho”.

É mais um que confirma a máxima do Barão de Itararé, quando disse: “De onde menos se espera, é daí que não sai nada mesmo.”

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Por maior retorno, eólica busca equipamento chinês 
Maria Cristina Frias 

Folha de S.Paulo - 30/09/2010

Preocupado com a queda cada vez maior do preço final do megawatt nos leilões de energia eólica, Otávio Silveira, presidente da Galvão Energia, pretende pesquisar na China equipamentos necessários para suas usinas.
A empresa, que arrematou a concessão de quatro usinas de geração de energia eólica a serem implantadas no Rio Grande do Norte, no mês passado, tem de investir R$ 1,5 bilhão em equipamentos, segundo Silveira.
"Na China, o valor da compra cairia de 15% a 20%, mas seria R$ 1,5 bilhão que poderia estar investido no Brasil e vai para fora, gerando emprego para chineses", diz.
"Diferentemente de americanos e europeus, não trazem a fábrica para o Brasil. O emprego fica lá e eles vendem com uma solução de financiamento acoplada", afirma Silveira.
"Ficamos entre pensar no país e na sobrevivência da empresa."
A Galvão Energia vendeu cada MW pouco acima dos R$ 134,50, dentro do preço médio atingido no primeiro leilão de 26 de agosto, o LFA (Leilão de Fontes Alternativas), enquanto as empresas que participaram do segundo leilão ocorrido no mesmo dia, o LER (Leilão de Energia de Reserva), venderam a mesma energia por cerca de R$ 122,00 em média.
A queda de quase 10% sobre os preços médios do primeiro leilão- que já representaram um patamar inferior ao leilão feito em 2009 e à expectativa do mercado- provocada pela forte concorrência no setor, começa a inviabilizar empreendimentos.
"Não acreditamos que esse preço vá se sustentar, mas, como empreendedores, não podemos esperar", afirma.

"O governo produz tanta competição na geração de energia eólica que isso começa a comprometer a saúde do setor"

"Com 2.000 MW por ano comercializados pelas empresas, R$ 6 bilhões em equipamentos podem deixar de ser comprados no Brasil"
OTÁVIO SILVEIRA
presidente da Galvão Energia

Cartão de crédito lidera reclamações de produto não solicitado no Procon

Os Procons de todo o país receberam 2.304 reclamações por envio de serviço ou produto não solicitado entre julho de 2009 e junho deste ano, segundo o Sindec (Sistema de Informações de Defesa do Consumidor), do Ministério da Justiça.
Os cartões de crédito estão no topo da lista, com 1.323 reclamações, seguidos pelos bancos, com 367.
O envio de cartões não pedidos não é o único problema, segundo Renata Reis, técnica do Procon-SP.
"Consumidores que nem receberam os cartões entram em sistemas de proteção ao crédito por dívidas. Se possuem cartão, recebem fatura com seguro e título de capitalização não contratados."
Apesar dos números altos, as demandas da área parecem cair no Procon-SP. No primeiro semestre, o órgão recebeu 285 reclamações do tipo, ante 779 em todo o ano anterior, segundo o órgão.

Saúde Os planos exclusivamente odontológicos cresceram 1,8% no segundo trimestre, informa o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. O aumento é de 242 mil beneficiários. A modalidade avançou menos que os planos médicos. Os planos por adesão caíram 0,6%. Houve alta de 3,8% na faixa acima de 59 anos.

Construção O projeto de revitalização do Largo da Batata, em São Paulo, vai receber o empreendimento DNA Pinheiros, que está sendo desenvolvido pela Lucio Engenharia. A incorporadora prevê investimentos de cerca de R$ 30 milhões no projeto, voltado ao público solteiro de poder aquisitivo elevado.

REUNIÃO DE CONDÔMINOS

O Bradesco lança nesta semana uma linha de crédito voltada para reformas de condomínios residenciais e comerciais no país.
O Secovi-SP (Sindicato da Habitação) afirma que o projeto de financiamento corresponde a um antigo pleito dos condomínios de São Paulo.
Os recursos serão usados para financiar obras como reformas de fachadas, modernização de elevadores, individualização de água, entre outros, segundo o Secovi, que se reuniu com banco para discutir o projeto.
Para ter o empréstimo, o condomínio deve ser correntista do banco e representado legalmente pelo síndico.

PILHADO

Depois do Nordeste e do Estado de São Paulo, as pilhas alcalinas Red Force chegam ao Sul. A empresa, com sede em Campinas (SP), abriu neste mês uma filial em Santa Catarina.
A meta é atingir 25 mil pontos de venda nos três Estados até o fim do ano.
O próximo passo, para o início de 2011, é começar a distribuição nos demais Estados do Sudeste.
"Vamos entrar forte na região com a expansão da nossa linha, para pilhas comuns, baterias e lanternas", diz Renato Maudonnet Jr., sócio da empresa.
As pilhas Red Force são fabricadas na China. "O país produz 90% do produto comercializado no mundo. O custo lá é menor. Há incentivos governamentais e mão de obra mais barata."
A empresa planeja abrir até o final do ano uma filial em Recife. "O Nordeste representa 60% das nossas vendas. Só Pernambuco é responsável por 35%", diz.
A tendência do mercado é crescer, segundo o empresário. "Com o aumento da renda das classes C e D, um número maior de pessoas tem acesso a aparelhos de TV, de som e DVD, todos com controle remoto que usam pilhas."

PT :VAGABUNDOS E CORRUPTOS


CELSO MING

No foco, o câmbio 
Celso Ming 
O Estado de S.Paulo - 30/09/2010

Em quase oito anos de mandato na presidência do Banco Central, é a primeira vez que Henrique Meirelles admite que há um problema grave no câmbio que não seja apenas volatilidade.
Nem precisou ser mais explícito. Meirelles está admitindo a existência de uma excessiva valorização do real que precisa ser revertida, numa situação em que alguns países, como Estados Unidos e Japão, estão manobrando para desvalorizar suas moedas. Por isso é que Meirelles passou a falar em um aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), hoje de 2%, na entrada de capitais.
Até agora, Meirelles vinha batendo no seu tambor que, num regime de câmbio flutuante, a intervenção do Banco Central se limitava a impedir esses trancos episódicos; que o Banco Central não tem nem piso nem teto para cotação e muito menos meta cambial.
A partir do momento em que admite que o setor produtivo brasileiro vai perdendo competitividade e que é preciso mais intervenção no câmbio (desta vez por meio da elevação do IOF), terá também de aceitar a existência de um piso, ainda que móvel, que servirá de referência não só para definir o que seja valorização excessiva, mas também para construir mecanismos de defesa do real contra a ação dos predadores.


Parece improvável que apenas apelos aos senhores do mundo no âmbito do Grupo dos 20 (G-20) mais aumento de dose do IOF na entrada de capitais que aqui desembarquem para ganhar com especulação com juros sejam providências suficientes para reverter "o problema" a que Meirelles esteja se referindo.

Na coluna de ontem ficou dito que a especulação com a diferença entre juros internos e externos (arbitragem) não se faz somente com entrada de capitais. Faz-se também com capitais que deixam de sair. Talvez seja preciso mostrar melhor como isso acontece.

Qualquer importador, por exemplo, pode deixar de remeter dólares ao exterior para pagar seu fornecedor. Poderá, por exemplo, levantar um financiamento lá fora a juros camaradas (operação relativamente comum quando se trata de dar cobertura a exportações), usá-lo para saldar seus compromissos com o fornecedor e, enquanto isso, aplicar os reais do seu caixa no mercado financeiro interno e tirar proveito da diferença entre os juros.

Ou seja, nesse caso, a procura de dólares também será menor e contribuirá para a derrubada das cotações no câmbio, com efeito semelhante ao provocado pela entrada de capitais. Só que o IOF não incide sobre a falta de saída de moeda estrangeira. Daí a limitação do uso desse mecanismo de controle.

Afora isso, também o cacife enorme em reservas internacionais do Brasil contribui para trazer mais dólares e, consequentemente, para valorizar o real, porque solidifica a percepção de que a economia brasileira está blindada contra crises.

Assim, novo aumento do IOF deverá produzir efeitos limitados na sua função de evitar a valorização do real. Para que o País possa ter maior capacidade de intervenção no câmbio e reduzir substancialmente a especulação com juros não há saída senão melhorar as finanças públicas. No dia em que as autoridades proclamarem, de maneira crível e consistente, que em três ou quatro anos será obtido o déficit nominal zero das contas públicas, os juros despencarão quase espontaneamente e a especulação com juros será fortemente desestimulada.

CARLOS ALBERTO SARDENBERG

Lulambança
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
O GLOBO - 30/09/10



O presidente Lula gosta de elogios
.

Na verdade, acha até que os "elogiadores" têm sido modestos. Ele quer mais, como disse ontem em comício em Salvador: "Obama falou que eu era 'o cara' há dois anos e nem conhecia as pesquisas que estão saindo agora. Se ele soubesse, ia falar: 'Pô, não é que esse cara é o cara do cara?'" É verdade que políticos, especialmente aqueles no governo, apreciam as boas palavras. Podem reparar: se um governante pede a opinião de dez pessoas sobre sua administração e ouve nove críticas e um elogio, é com este último que fica. "Bela análise", dirá, genuinamente convencido.

É por isso que políticos realmente espertos mantêm críticos nas proximidades.

É por isso que governantes realmente competentes colocam ministros e assessores fortes, com razoável grau de independência, para que façam o contraponto e coloquem limites.

Não é o caso do governo Lula. Não que o time seja todo ele incompetente, mas é evidente que todo o pessoal do governo e do partido entregou-se inteiramente ao "cara de todos os caras".

Isso resulta de uma mistura de sentimentos: genuína veneração do líder, medo de se contrapor a ele, oportunismo e pragmatismo. De modo que temos, de um lado, um presidente com elevada autoconfiança, admiradíssimo com ele mesmo, achando que pode tudo, e, de outro, ministros e assessores que ou concordam com ele ou não o enfrentam por medo ou por achar que não vale a pena. É o caso daqueles que dizem que o PT vai voltar ao poder quando Lula se for.

Mas há outra atitude que pode ser a mais prejudicial ao país: o comportamento dos membros do governo que consideram ter o mesmo poder ou o mesmo direito de fazer o que bem entendem.

São os que se acham os verdadeiros "subcaras".

Acontece direto na área econômica.

Lula mandou a Petrobras turbinar seus investimentos, mesmo contrariando pareceres técnicos, mandou tocar as usinas lá do Norte, como a de Belo Monte, apesar de enormes restrições técnicas, ambientais e econômicas, mandou avançar com o caríssimo e inútil trem-bala e por aí vai.

A pergunta ingênua aqui seria esta: mas como é que passa? Não tem ninguém para alertar? Passa porque esses programas despertam enormes interesses e cobiças.

Quem tem uma empreiteira acha ótimo que o governo se comprometa a fazer obras gigantescas, com financiamento subsidiado e risco do próprio governo.

Na gestão de política econômica propriamente dita, a orientação de Lula foi clara: vamos gastar. No início de seu primeiro mandato, pressionado pelo mercado, alvo de desconfianças, Lula foi obrigado a concordar com um programa de austeridade e contenção do gasto público. Foi quando o governo fez expressivos superávits primários (economia para pagar juros), bem superiores aos da era FHC.

Depois da saída de Palocci do Ministério da Fazenda, a orientação foi mudando.

A recuperação do crescimento econômico - empurrada pela espetacular expansão global, especialmente da China - abarrotou os cofres do governo de dinheiro novo. Depois, na crise, firmou-se a tese mundial de que os governos deveriam gastar para estimular a economia.

"Política anticíclica", repetia o ministro Mantega. Mas quando a crise passou e o Brasil voltou a crescer, o governo continuou a elevar seus gastos. Se o argumento "anticíclico" fosse uma regra de fato e não uma desculpa, o comportamento da administração pública neste momento seria o contrário. Se as empresas e as pessoas voltaram a tomar crédito e a gastar, o governo passa a poupar, inclusive para fazer caixa para os anos ruins.

Números e contas públicas aceitam desaforo até certo ponto. Já as atuais autoridades econômicas, como funcionárias do "cara do cara", acham que não estão fazendo nenhum desaforo, mas inaugurando uma contabilidade nunca jamais vista na história da humanidade.

Por exemplo: tiram do nada uma receita de pelo menos R$ 25 bilhões para o Tesouro. É quanto o governo vai "lucrar" com a capitalização da Petrobras.

Reparem a operação, em termos simples: o governo vendeu para a Petrobras 5 bilhões de barris de petróleo que estão enterrados em algum lugar do pré-sal. Cobrou por isso, em números redondos, uns R$ 72 bilhões. Logo, a Petrobras ficou devendo essa grana, pelo direito de, lá na frente, pesquisar, perfurar, explorar e finalmente retirar o óleo do fundo do mar.

Em seguida, a Petrobras abre seu capital e oferece ações ao mercado. O governo central (Tesouro) compra parte dessas ações, pelas quais deveria pagar à estatal uns R$ 45 bilhões. Mas como tem um crédito, pelos barris "a futuro", apenas abate o valor da conta e continua credor da Petrobras, em uns R$ 27 bilhões.

Você pensou que o negócio fecha com a estatal mandando um cheque nesse valor para o caixa do governo? Se pensou, está na contabilidade da era pré-Lula.

A Petrobras não vai despachar o dinheiro, mas o Tesouro vai registrar como receita - e assim vai fazer neste mês o maior superávit já visto na história.

E ainda vai pegar uma parte desse dinheiro escritural e emprestar para o BNDES fazer o quê? Pagar por ações da Petrobras. Resumo: o governo não colocou um centavo de verdade, mas comprou mais ações da Petrobras, aumentou sua participação e ainda recebeu um troco de 27 bilhões.

Não é o máximo? Nada nesta mão, nada nesta outra e... eis 27 bilhões.

O problema é que investimentos insensatos e essas mágicas econômicas cobram um preço, mais cedo ou mais tarde. Ficam esqueletos pelo caminho e buracos nas contas públicas, tudo a ser pago com dinheiro do contribuinte. E aí não tem mágica: o dinheiro não sairá da cartola, mas do seu bolso.

CARLOS ALBERTO SARDENBERG é jornalista.

ILIMAR FRANCO

Polícia política? 
Ilimar Franco 
Globo - 30/09/2010

Agentes da Polícia Civil de Barueri, sem mandado judicial, tentaram na terça-feira entrar na casa do candidato ao Senado Netinho de Paula (PCdoB), em Alphaville (SP). A quatro dias da eleição, eles queriam fotografar o interior da residência do cantor. Uma representação foi feita ontem na Corregedoria da Polícia paulista pedindo para averiguar a conduta dos policiais. A campanha de Netinho vai levar o caso ao governador Alberto Goldman e ao ministro Luiz Paulo Barreto (Justiça).

Ciro em campanha contra TassoO deputado Ciro Gomes (PSB) está usando todo seu prestígio e popularidade para tentar derrotar o senador Tasso Jereissati (PSDB). Ciro não perdoa Tasso pelo fato de sua emissora de TV ter exibido vídeo de Raimundo Morais acusando o seu irmão, governador Cid Gomes, de ser corrupto.

Além disso, o presidente Lula gravou, para uso na TV e no telemarketing, mensagem pedindo o voto casado em Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT) para o Senado.

Tasso está na frente nas pesquisas, mas sua situação já foi mais confortável. A família Gomes sonha entregar a cadeira de Tasso para um aliado do presidente Lula.

" O povo aprecia a lealdade e detesta a ingratidão” — José Anibal, deputado federal (PSDB-SP), sobre o engajamento de Geraldo Alckmin na campanha de Serra

O GRANDE VENCEDOR. Na oposição, as pesquisas indicam que o grande vencedor das eleições será o ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB). Ele está fazendo o sucessor e se elegendo para o Senado ao lado do ex-presidente Itamar Franco (PPS). Os tucanos paulistas apostam suas fichas em outro jovem político, Beto Richa (PR), mas sua campanha entrou em parafuso desde que Osmar Dias (PDT) chegou ao empate técnico nas pesquisas.

Bancada federalA projeção do Instituto GPP para a eleição de deputado federal, por coligação, no Rio: PP/PMDB/PSC, 12 a 13; DEM/PPS/PSDB, 5 a 6; PR, 6 a 7; PMN/PSB, 4 a 5; PT, 4 a 6; PTB/PSDC, 1 a 3; PDT, 2 a 3; PV, 1 a 2; PSOL, 1 a 2; e, PCdoB, 1 a 2.

InformadoA pesquisa CNT/Sensus, divulgada ontem, constatou que a maioria, 81,2% dos entrevistados, sabe que no dia da votação precisa levar o título de eleitor e um documento com foto.

O STF deve derrubar a lei dos dois documentos.

Dilma quer recato dos aliados
A candidata Dilma Rousseff (PT) pediu aos dirigentes dos partidos aliados que evitem dar declarações, depois da eleição, sobre a divisão de cargos no seu eventual governo. A petista pretende ampliar sua base parlamentar, mesmo que as previsões indiquem que a coligação que a apoia, terá maioria constitucional na Câmara e no Senado. Os aliados, discretamente, dizem que primeiro devem ser atendidos os que venceram e só depois ampliar o apoio político para o novo governo.

No Pará tem o voto MateneApesar de estar coligado com a governadora Ana Júlia Carepa (PT), que disputa a reeleição, uma parcela do Partido Verde está fazendo campanha para Simão Jatene (PSDB). Os verdes têm até adesivo que diz: “Sou verde, sou Marina, sou Jatene”.

O tucano Simão Jatene lidera a disputa para o governo do estado. Em todo o país a mesma cena se repete: os eleitores e até mesmo os cabos eleitorais formam suas próprias chapas à margem das decisões das cúpulas partidárias

ESPECIALISTAS em pesquisa garantem que a esta altura os entrevistados que se declaram indecisos representam o contingente que não pretende votar.

A CAMPANHA de Marina Silva (PV) comemorava ontem o seu crescimento em Belo Horizonte. Ela teria ultrapassado José Serra. O comando da campanha de Aécio Neves (PSDB) nega a existência da onda verde

OS PETISTAS também dizem que não há onde verde na capital mineira, mas avaliam que se houvesse mais tempo de campanha ela poderia superar Serra

GOSTOSA

SONIA RACY - DIRETO DA FONTE

Tempo e velocidade
Sonia Racy 
O Estado de S.Paulo - 30/09/10

Saíram, essa semana, três pesquisas diferentes sobre a corrida presidencial: Sensus, Ibope e Datafolha. Só uma delas sinaliza a possibilidade de haver um segundo turno. Todas, no entanto, confirmam o crescimento de Marina.
Se ela continuar subindo neste ritmo, há consenso de que as eleições presidenciais não terminarão no domingo.

Dízimo?
O PSDB estadual decidiu confiscar 5% do que é arrecadado via diretório, pelos políticos que disputam estas eleições, para pagar custos do partido. Os candidatos não gostaram nem um pouquinho.

Pirata
Vereadores, como Gilson Barreto e Evandro Losacco, estão usando imagens de outros candidatos a deputado para alavancar suas campanhas.
Nada de errado se não fosse o fato de não terem pedido permissão aos próprios

Martelo
Pelo jeito, não há mais dúvidas sobre quem substituirá Sérgio Rosa na presidência do conselho da Vale. Ricardo Flores, atual dirigente da Previ, é líder de ponta caso Dilma vença as eleições.

Repetindo
Recado do governo Goldman para Aloizio Mercadante. Mesmo com a progressão continuada no ensino médio das escolas estaduais - nota insuficiente não significa repetir o ano -, dados do Sistema Estadual de Análise de Dados mostram que a repetência é menor nas redes municipal e privada...
Em 4 anos, o Estado teve média de 14% de reprovação, municípios 11% e particular 4,1%.

Samba no pé
Por essa, a Sapucaí não esperava. Ingrid Betancourt foi embora do Brasil sem realizar um desejo: conhecer o Rio.

Wagnão verde
Wagner Moura foi parar em segundo lugar no Twitter depois da participação no Roda-Viva, segunda. Como o ator declarou voto à Marina, os eleitores-verdes ficaram em polvorosa.

Parem as máquinas
Palestra bombástica ontem, promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Tema? "Documentação das formas assobiadas e instrumentais das línguas gavião e suruí de Rondônia."

Delicadeza
Carla Bruni agradeceu, de próprio punho, a seleção de maiôs Lenny presenteada pela estilista. Poucos no mundo, com a notoriedade da primeira-dama francesa, se dão ao trabalho de se portar assim.
Carolina Herrera, centro de festa oferecida por Lenny Niemeyer, dia 6 em sua casa no Rio, dirá "thanks" de que maneira?

All set
Agora vai. O marroquino Desmond Pinto, "project manager" do Amanyara em Turks and Caicos Islands, se mudou para o Brasil para tocar a criação do primeiro hotel da cadeia Aman na América Latina. Projeto pronto, Pinto monta concorrência para escolher uma construtora em dezembro.
A ideia é que o hotel, em Angra dos Reis, fique totalmente pronto em meados de 2012.

Para (muito) maiores
Para quem tem mais de 60 anos: o Ministério do Turismo monta cruzeiro exclusivo para terceira idade. Sai de Santos em janeiro.

Na frente

Antonio Matias, da Fundação Itaú Social, comanda seminário internacional de avaliação econômica de projetos sociais. Em SP, dia 7.

A partir de hoje, o grafiteiro Jey tem 15 dias para encher o espaço anexo à Micasa. Transformado em sua residência artística.

Osvaldo Golijov, compositor residente da Osesp, dá aula hoje na Sala São Paulo. Convite de Arthur Nestrovski.

Registrado: Celso Russomanno mandou tchauzinho para Goldman no debate da TV Globo. Ficou sem resposta. 

ALEXANDRE BARROS

Liberdade na internet também
Alexandre Barros 
O Estado de S.Paulo - 30/09/10


A discussão sobre a liberdade de informação é ótima, mas está centrada na mídia tradicional. Sem liberdade de circulação de ideias tudo para, dos pequenos prazeres às grandes inovações.

Mas pouco espaço tem sido dedicado à manutenção da liberdade na internet. Como ela é livre, poucos se lembram da importância de preservá-la assim.

Quem cresceu sem internet acha-a interessante, mas a maioria não explora todas as suas virtudes e liberdades. Quem cresceu com ela é mais audaz em buscar seus meandros mais interessantes e ousados, mas a estes falta a noção de como era o mundo sem internet.

A internet livre é o que mais se aproxima do mercado perfeito de Adam Smith, John Stuart Mill e Milton Friedman. Na internet você acha tudo o que quiser e faz praticamente o que bem entender, do mais interessante ao mais enjoativo. Se todos concordassem a respeito do que é interessante ou enjoativo, não teríamos apostas nem discussões.

Há muitas gente poderosa que quer censurar a internet. O controle pode ocorrer, acabando com a neutralidade da rede (que permite que todas as ideias circulem com a mesma velocidade e amplitude) ou censurando-a por acharem que ela é um depósito de informações perigosas.

Mas perigosas para quem? Se levarmos em conta as diversidades culturais, a internet serve tanto para defender o direito de Sakineh de não ser apedrejada quanto para defender a cultura que acredita que ela deva ser apedrejada.

Da diversidade e do embate das ideias é que surgem novidades criativas. Com censura as pessoas não podem informar-se sobre alternativas nem discuti-las.

Muitos acham inútil e perigoso que adolescentes passem horas sem fim navegando ou jogando com alguém do outro lado do mundo. Quem inventou a internet não pensou nisso, nem em que as pessoas poderiam comprar, vender, discutir, debater, namorar, casar ou encontrar almas irmãs para compartilhar os mais esdrúxulos (não necessariamente malévolos) gostos e preferências.

Dito assim parece chocante, mas a diversidade dos interesses humanos é muito maior do que imaginamos. Pessoas que visitam países "exóticos" porque tiveram dinheiro e interesse em lá ir comentam achar estranho que na Coreia se coma carne de cachorro ou que na China se cozinhe com gordura de iaque.

A internet permite-nos tudo isso de graça. Mais importante do que apenas preferências, a internet oferece a oportunidade a um enorme número de pessoas, que nunca teriam acesso a mais informações do que seus cinco sentidos e seus recursos econômicos permitem, de andar por caminhos impensados há 30 anos.

Nos início da internet a coleção de artes do Vaticano ficou famosa e competia em pé de igualdade com receitas para fazer bombas, como uma vez disse um senador da República, justificando a necessidade de censurar a internet.

Mas não nos esqueçamos de que a excentricidade tem livre trânsito na internet e dela surgem grandes invenções.

Foi preciso que Ford e outros excêntricos atinassem com a solução de colocar um motor na carruagem para as pessoas pararem de pensar que a solução para transportes mais rápidos seriam cavalos mais rápidos.

Outro excêntrico, menos conhecido porque muitas de suas ideias circularam limitadamente num mundo que ainda não estava pronto para elas, foi Nikola Tesla. Ele foi o inventor da corrente alternada que sai da sua tomada e alimenta todos os seus eletrodomésticos, das lâmpadas aos computadores. Tesla ficaria no anonimato, restrito a poucos entusiastas, se não fosse pela internet. Interrompi este artigo e busquei Tesla no Google: 14,7 milhões de referências. Sem ela poucos saberíamos que Tesla sequer existiu.

Prepare-se para as invenções dele. Estão sendo aplicadas no carro elétrico da marca Tesla, já lançado em mercado restrito. Tem a performance de uma Ferrari, sem consumir combustível fóssil. Daqui a alguns anos a sua tomada elétrica ficará obsoleta porque a transmissão da eletricidade se dará sem fios. Adeus àquela confusão das casas nas quais os fios se embaraçam pelo chão e dão choques nos cachorros (que retornaram, no Google, 37 milhões de resultados).

Falei só do pitoresco, mas quem gosta de ir ao cinema e pouco se interessa por internet não imagina que os jogos de internet já faturam mais do que a indústria cinematográfica.

Precisamos incluir a preservação da liberdade na internet quando nos queixarmos dos ataques do governo à mídia.

A internet, do ponto de vista da mídia, permite até que a mídia impressa, falada e televisiva multiplique seu alcance muitas vezes. Este artigo que você pode estar lendo aqui, no Estadão impresso, está disponível na internet inteiramente grátis. Milhões de pessoas têm acesso a ele. Diariamente, em torno de 1 milhão de pessoas acessam o estadao.com.br, sem precisar gastar papel ou dinheiro.

A internet merece respeito, carinho e proteção. Boa parte das coisas que você estará consumindo daqui a 25 anos ainda não foi inventada e a internet é o principal ambiente em que essas ideias e invenções serão compartilhadas, difundidas e aperfeiçoadas. Sem liberdade na internet os benefícios do progresso científico demorarão muito mais tempo.

E o que um censor proíbe hoje pode ser a salvação de milhares ou milhões, ali na esquina ou espalhados pelo mundo.

A aids, nos seus primórdios, não tinha financiamento de pesquisa do governo americano por ser considerada castigo divino para comportamento sexual inadequado ou pecaminoso.

A hepatite C assola 170 milhões de pessoas no mundo (e mata anualmente mais de 10 mil) e se transmite de maneira parecida com a aids. O desenvolvimento de remédios para ela pode ser muito mais rápido com liberdade na internet.



CIENTISTA POLÍTICO, É DIRETOR-GERENTE DA EARLY WARNING: OPORTUNIDADE E RISCO POLÍTICO (BRASÍLIA)

MENTIROSA

GERALDO ALCKMIN

AVANÇAR COM ÉTICA
GERALDO ALCKMIN
FOLHA DE SÃO PAULO - 30/09/10



Peço seu apoio e seu voto, para que o Brasil avance ainda mais com Serra presidente e para que São Paulo siga construindo a justiça que todos buscamos

No próximo domingo, dia 3, os brasileiros de São Paulo vão às urnas mais uma vez para decidir o que querem para si, para o futuro das suas famílias e dos seus filhos nos próximos quatro anos.
Ofereço mais uma vez meu nome, minha história de vida e minhas realizações como administrador que deixou o governo com 70% de aprovação popular. Essa aprovação que temos recebido, democraticamente, nas urnas é uma prova concreta dos bons serviços prestados pelos governos do PSDB.
Isso me dá orgulho e me desafia.
E sou o primeiro a reconhecer que é preciso avançar, melhorar, seguir em frente. Nestes últimos três meses, percorri todo o nosso Estado, conversando com os paulistas, dialogando com a sociedade, dando entrevistas e participando de todos os debates e entrevistas. Fiz isso porque reconheço e respeito o papel da imprensa livre e soberana.
Procurei, mesmo diante de uma série de inverdades e informações equivocadas de alguns adversários, manter uma postura propositiva. São Paulo tem a grandeza de um país e enfrenta desafios do mesmo tamanho. Cresce consistentemente, acima da média nacional.
Sempre ajudando o Brasil: entre 2004 e 2007, o crescimento do PIB do país foi de 18%, e o de São Paulo foi de 22,7%. De cada 11 empregos gerados no Brasil desde 2001, quatro são gerados em São Paulo.
Combato, de peito aberto e cabeça erguida, o "quanto pior, melhor" do PT, com o qual o candidato do PT apequena o discurso eleitoral. A crítica exacerbada colide com o bom-senso e atropela a realidade.
Um exemplo: entre as dez primeiras melhores estradas do país, dez estão em São Paulo. Entre as dez piores, nove são federais.
Os exemplos são muitos, mas vou me aprofundar um pouco sobre a progressão continuada. O candidato do PT quer mudar e adotar a reprovação continuada. Quer expulsar as crianças da escola e lhes colocar um carimbo de fracasso e incompetência para a vida toda. Nenhuma escola do mundo faz isso.
Nem as do PT: dos 65 municípios paulistas, 64 adotam o método da progressão continuada, que foi criado pelo educador Paulo Freire, do PT, introduzido pela prefeita Erundina (PT), continuada pelo Maluf e pela prefeita Marta (PT).
O resultado já alcançado em nosso Estado é animador: 92,7% das crianças de 8 anos estão alfabetizada. E a avaliação é do MEC: nosso Estado é o primeiro colocado na oitava série e o terceiro do Brasil no ensino médio. É preciso melhorar?
Claro, mas não se faz isso destruindo o que está feito.
Tenho plena consciência de minhas responsabilidades para com o povo de São Paulo e com o Brasil.
Mário Covas resgatou o orgulho de São Paulo. Assumi e ampliei os horizontes dessa transformação fazendo governo firme e presente. José Serra fez um governo desenvolvimentista, ampliou a capacidade de investimentos, deu salto na questão da saúde e do ensino técnico.
A educação será nossa grande prioridade. No ensino infantil, fazendo parcerias com nossas prefeituras, colocando R$ 1 bilhão para construção de creches para as crianças, até a expansão do ensino tecnológico, em que São Paulo já figura como o principal Estado brasileiro, tendo mais vagas do que o próprio governo federal.
Vamos ampliar o acesso aos serviços de saúde pública, sofisticando ainda mais nossos serviços, reduzindo o tempo de espera de consultas e exames. Na segurança, vamos aprofundar nossa batalha diária contra o crime organizado e o tráfico de drogas e ampliar a presença da polícia com 6.000 novos homens, mais tecnologia e dobrar as bases comunitárias.
De cabeça erguida e com São Paulo no coração, peço seu apoio e seu voto, para que o Brasil possa avançar ainda mais com Serra presidente e para que São Paulo possa seguir inovando e construindo a justiça e a igualdade social que todos buscamos.



GERALDO ALCKMIN, 57, médico, é candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Estado que governou entre 2001 e 2006. Foi vice-governador do Estado de São Paulo de 1995 a 2001 (gestão Mário Covas).