domingo, setembro 12, 2010

DANUZA LEÃO

Mimetismo

DANUZA LEÃO
FOLHA DE SÃO PAULO - 12/09/10
Quase todos os homens usam barba, Erenice é a cara de Dilma, Marta e d. Marisa estão parecidas

LULA ESTÁ HISTÉRICO; um recém-chegado ao Brasil que o tenha visto no programa eleitoral acreditaria que o PSDB é que tinha violado o sigilo de altos dirigentes do PT, da filha de Dilma, do seu genro, e não o oposto do que se suspeita.
É muita cara de pau. A maneira como ele se refere aos outros candidatos é baixa, sem nenhum respeito; será que é demais querer para presidente alguém mais educado?
Até agora, Dilma está, segundo as pesquisas, à frente dos outros candidatos, mas a possibilidade de haver um segundo turno tira Lula do sério. Sempre se soube que ele era um mau perdedor, e agora se anuncia também como um (possível) péssimo ganhador. E alguém acredita na investigação da Polícia Federal?
Na quebra do sigilo telefônico da funcionária da Receita? Em alguma coisa que envolva esse governo?
Além de todos os meus medos, agora tenho um novo: de que Lula exploda feito um homem bomba num palco qualquer, com o microfone na mão, tal a raiva e o ódio que não consegue esconder -nem tenta. O presidente não se conforma em ser contrariado, não admite ser derrotado, e sua fúria, quando supõe que isso possa acontecer, é a de um animal com raiva -a doença- em seus piores momentos.
Em suas metáforas, passou da ignorância, até compreensível, à grosseria e à boçalidade.
Já acreditei que o PT fosse o partido da ética, diferente de todos os outros; alguém lembra? E me sinto uma total idiota, por não ter ouvido o que me diziam os mais experientes da política, que um governo Lula se tornaria quase uma ditadura stalinista -e um dos que me disseram isso foi Brizola.
Sou viciada em programa eleitoral, mas na hora do PT, tiro o som. As caras sinistras e os dedos apontando me fazem mal. O mesmo mal que eu sentia quando via Collor (não por acaso, agora aliados).
Para alguns, é mais fácil empunhar uma metralhadora do que um adversário, e Dilma continua se escondendo, não indo aos debates, não falando sobre o assunto. E se ela ganhar?
Lula é bem capaz de dizer, se achando o próprio D. Pedro 1º, "já que é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico".
O PT sofre de mimetismo. Quase todos os homens usam barba, Erenice é a cara de Dilma, Marta Suplicy e d. Marisa estão parecidíssimas, e os estoques de botox estão se acabando. Menos, gente, menos.
Além da eleição, tenho outra grande preocupação: qual será o destino dos oito pitorescos vestidos verde e amarelo que Marisa Letícia usou nos oito desfiles de 7 de Setembro, para comemorar o Dia da Independência e saudar o povo?
Não deixa de ter sido uma bela contribuição à República, mas como esses vestidos nunca poderão ser usados em nenhuma outra ocasião, aí vai a sugestão: como existe um movimento para transformar a casa tombada dos Paula Machado, na rua São Clemente, em Instituto Lula (para imitar Fernando Henrique), um pequeno espaço poderia ser destinado a esses vestidos, para que as futuras gerações entendam o que foram os anos Lula.
Um museu tipo o de Carmem Miranda; sem tanta graça, é verdade, mas também, a seu modo, histórico.
Mas por que logo no Rio? Por que não em São Bernardo?

J. R. GUZZO

Para onde vamos
J. R. GUZZO
REVISTA VEJA

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

GOSTOSA

FELIPE PATURY

FELIPE PATURY
REVISTA VEJA

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

JOSÉ SIMÃO

Debate! Todo mundo pelado!

JOSÉ SIMÃO
FOLHA DE SÃO PAULO - 12/09/10
Debate é tudo igual. Prefiro debater uma! Na hora do debate, me tranco no banheiro e debato uma!

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador Geral da República! Ereções 2010! E as pesquisas? O Dragão tá na frente! A Dilma é como massa de pão: quanto mais bate, mais cresce. E o Lula é como o Corinthians: o povo gosta mesmo apanhando! E a Dilma é o novo Zagallo: Vocês vão ter que me engolir. E o conselho do Tiririca pro Serra: pior que tá não fica. Rarará.
E a Dilma não é búlgara como estão dizendo, é pitt búlgara! Rarará. E nova pesquisa em Minas: 60% de Minas Gerais é Serra, o resto é planície mesmo. Rarará!
E a Galera Medonha?! No Paraná tem um candidato chamado Stica. Na hora de votar Stica e puxa. Rarará! E direto do Rio: Maria Chupetinha, Budog e tem um que é bilíngue: JOB TRABALHO! Rarará! E o prêmio sinceridade vai praquele candidato baiano: "Votem em mim! Não aguento mais comer mortadela!". Rarará!
E o novo slogan do PGN, o meu Partido da Genitália Nacional: Chega de hipocrisia! Sexo de noite e sexo de dia!
E eu exijo um novo tipo de debate. Debate em praia de nudismo: Dilma, Serra, Marina e Plínio. Mediador: Boris Casoy! Rarará! E hoje debate Rede TV!/Folha! RedeTV? Com Vesgo, Sabrina Sato, e Christian Pior! Mediação: Lucianta Gimenez. "Como asiiim, gente."
Debate é tudo igual. A única novidade é que a Dilma vai! Rarará. Como me disse um leitor: a Dilma vai ser a primeira presidANTA do Brasil! Debate é tudo igual. Prefiro debate bronha. Prefiro debater uma! Na hora do debate, me tranco no banheiro e debato uma!
E não se diz mais transar. Agora é quebrar o sigilo. Vamos quebrar o sigilo? Na minha ou na sua casa? Rarará. Eu quero quebrar o sigilo da vizinha. Vou quebrar o sigilo da patroa e já volto. Eu quero acessar os dados da Cleo Pires. Eu quero quebrar o sigilo da candidata do 69! A Cameron Brasil, que faz biquinho e diz: meu número é dezenove 69. Vote com prazer!
Atos falhos dos candidatos! Serra no "Globo": "Minha filha não tem nada a ver com política, ela é uma pessoa que trabalha". Reconhece que político não trabalha.
E a Dilma vovó confundiu fraldas com fraudes! Rarará! E fala pro Serra não ficar triste: sempre tem um pedágio no fim do túnel. Rarará! Política é como futebol: quem fica na lanterna, guenta! A situação tá ficando psicodélica. Ainda bem que nóis sofre, mas nóis goza .
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

SERRA E AGRIPINO

LYA LUFT

Livro eletrônico
Lya Luft
REVISTA VEJA

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

FERREIRA GULLAR

Quando o fim lembra o começo 

FERREIRA GULLAR
FOLHA DE SÃO PAULO - 12/09/12

Passei a inventar artigos e articulistas que nunca existiram e comentava o conteúdo desses textos



O FIM DO "Jornal do Brasil" -que há duas semanas deixou de circular em papel- nos leva, a nós que nele trabalhamos, a lembrar dos anos passados em sua Redação, a lembrar dos colegas e dos momentos que nos marcaram.
As lembranças são muitas e diversas, porque muitos ali batalharam, e em diferentes momentos. Há os que, como eu, atuaram no JB da avenida Rio Branco, o antigo JB, que renasceu das cinzas para se tornar um jornal moderno e vibrante; outros, pelo contrário, viveram já a fase de declínio, quando a Redação foi transferida para o prédio novo da avenida Brasil.
Transferência que, na opinião de muitos, foi uma rematada maluquice, não apenas pela grana gasta para erguer aquele prédio enorme e feio, como por fazê-lo numa área pouco valorizada da cidade, de difícil acesso e fora de mão.
De minha parte, eu, que trabalhei no prédio antigo, mal me imagino tendo de ir diariamente para aquele ponto da avenida Brasil e sair de lá altas horas da noite. Mas, quando essa transferência se deu, eu já havia sido demitido havia muitos anos.
Fui demitido em 1962, por efeito da greve de jornalistas que marcou o renascimento da consciência reivindicatória de nossa profissão, depois de 50 anos quietinha, sem nada reivindicar.
Mas essa foi a minha segunda demissão, porque houve uma primeira, em 1959, que me pegou de surpresa, já que eu era amigo do editor-chefe e chefiava, eu próprio, o copidesque do jornal, quando, entre outras novidades, introduziu-se nele a técnica do lide e sublide. Fui demitido porque não aderi à conspiração que visava afastar da direção do suplemento literário meu amigo Reynaldo Jardim.
O suplemento, que lançara a poesia concreta, o movimento neoconcreto e esbanjava espaço em branco nas páginas, não contava com a simpatia de alguns poucos, que se valeram de uma atitude impensada do Reynaldo, para acabar com aquela farra. Só que eu disse não ao convite velado e, com isso, me tornei persona non grata. Um mês depois, ao voltar de uma viagem a São Paulo, soube que estava demitido.
Isso implicava em não ter como pagar o aluguel do apartamento e as despesas da família. Reynaldo me chamou e ofereceu-me uma solução: eu passaria a escrever para o suplemento literário, sob pseudônimo, já que a demissão implicava meu afastamento total do jornal, inclusive da página de artes plásticas que mantinha no SDJB. A proposta de Reynaldo, se não me restituía o total da renda mensal, salvaria ao menos o aluguel do apartamento.
Achei melhor não usar pseudônimo e bolei uma seção que se intitulou "Tabela" que consistia em comentar os artigos publicados nos suplementos literários de outros jornais. Era interessante porque, desse modo, ofereceríamos aos nossos leitores o essencial dos demais suplementos. Assim, apresentava sínteses de artigos de Otto Maria Carpeaux, Álvaro Lins, Willy Levin, os comentava, ora discordando, ora concordando com o que afirmavam.
Sucede que eu tinha que encher uma página inteira para justificar o meu pró-labore, mais alto que o dos demais colaboradores, e nem sempre encontrava, nos suplementos, artigos suficientemente interessantes para comentá-los. Foi então que apelei para a imaginação.
Passei a inventar artigos e articulistas que nunca existiram e comentava o conteúdo desses textos inventados. Como era eu quem os inventava, tratei de inventá-los interessantes tanto quanto possível, mais polêmicos que os artigos verdadeiros. Foi um sucesso, choviam cartas à Redação de leitores que desejavam participar das polêmicas que eu propiciava. Assim a "Tabela" tornou-se uma das seções mais lidas do SDJB.
E fui em frente. Certo dia inventei a história de um poeta negro, que escrevia em francês e estava sendo considerado um novo Rimbaud. Escrevi: "Na revista "A Revista", o crítico Forjaz Forjan comenta o livro do poeta Fulano de Tal (não me lembro o nome que pus no vate inexistente), que está sendo considerado pela crítica francesa um gênio da poesia. Nesse artigo, ele cita uma declaração do próprio poeta que diz o seguinte: "Meus poemas são, na verdade, plágios. Agora, que a crítica me consagrou, devo declarar que fiz isso para demonstrar que o que se chama poesia é mais uma sacanagem dos brancos'".

É TRISTE

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Compra do laboratório Teuto pela Pfizer esfria
MARIA CRISTINA FRIAS

FOLHA DE SÃO PAULO - 12/09/12

A aquisição do laboratório Teuto pela americana Pfizer, que estava na iminência de ser fechada, esfriou.
Entre os motivos para que as partes não tenham chegado a um acordo está o valor pedido pelo Teuto, considerado acima das expectativas, de acordo com pessoas próximas às negociações.
Não é o primeiro negócio perdido pela Pfizer recentemente -no fim de 2009, após seis meses de negociação, a Neo Química rejeitou proposta de R$ 1,2 bilhão à vista da multinacional e depois foi comprada pela Hypermarcas, por R$ 1,3 bilhão.
Um fator que pode sinalizar que a Pfizer não conta mais com a possibilidade de ter o Teuto em seus planos foi um anúncio, feito no fim de agosto, de uma parceria com outro laboratório nacional, o Eurofarma, para produzir e distribuir a versão genérica do medicamento Lípitor, cuja patente acaba de expirar.
Empresas europeias têm mais facilidade de fechar negócios nesse setor no Brasil por terem regulamentação mais flexível que as americanas, dizem especialistas.
Outra operação latente no meio farmacêutico é a compra do laboratório Mantecorp, que tem um significativo portfólio de medicamentos livres de prescrição médica. Cobiçada por Aché, Hypermarcas, EMS, Pfizer, Teva, Roche, entre outros, a aquisição envolveria cerca de R$ 1,3 bilhão.
O Aché chegou a contratar a empresa de assessoria financeira Singular para realizar a operação, que não seria amparada por um IPO do laboratório, aguardado há anos. O apoio viria do BNDES, interessado na nacionalização do setor. As empresas não confirmam.

Viagem à China Uma comitiva brasileira chega a Xangai nesta semana com o objetivo de atrair para São Paulo a Exposição Mundial, evento que ocorre a cada cinco anos para intercâmbio econômico, científico, tecnológico e cultural entre países. Integram o grupo membros da Prefeitura de São Paulo e da Abdib.

Cadeira feminina Ana Cláudia Utumi, sócia responsável pela área tributária do TozziniFreire Advogados, é a primeira mulher brasileira a integrar o Comitê Científico Permanente da IFA (International Fiscal Association). A nomeação foi feita no dia 1º deste mês durante o congresso anual, realizado em Roma.

TINTA FRESCA
Os hábitos dos consumidores em relação à compra de tintas e ao modo como veem o mercado mudaram nos últimos quatro anos, segundo pesquisa da Basf, dona da marca Suvinil.
O levantamento revelou uma presença maior da mulher no ponto de venda.
Em 2006, 27% das mulheres faziam as compras sozinhas. Hoje, essa parcela subiu para 63%. Foram ouvidas 8.000 pessoas em 49 cidades brasileiras.
Antes, os consumidores enxergavam o segmento de tintas como parte da construção civil. Hoje, é visto como item de decoração, segundo Antonio Carlos Lacerda, vice-presidente de tintas e vernizes da Basf para a América do Sul.
O aumento do poder de compra tem impulsionado as vendas.
"Quando a renda cresce, a pessoa pensa em decorar a casa e a primeira coisa que vem à cabeça é pintar. É mais barato e rápido."
A empresa investe R$ 100 milhões em uma nova campanha de marketing.
Dentro do plano de expansão, está a ampliação da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) e a construção de outra planta em Guaratinguetá (SP). Esses investimentos somam mais R$ 100 milhões.

FICÇÃO PROTEGIDA
Entre agosto de 2009 e o mesmo mês de 2010, foram localizados 46.344 links na internet para "download" completo de obras literárias de várias editoras sem a autorização dos escritores. Cerca de 90% já foram retirados do ar, totalizando 42.673 links.
O levantamento foi realizado pela ABDR (Associação Brasileira dos Direitos Reprográficos) em parceria com o Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros).
Com 4.546 links, a editora Record foi a mais prejudicada, seguida por GMT (4.447), Objetiva (2.839), Cia. das Letras (2.835) e Saraiva (1.973). LTC, Ediouro, Intrínseca, Iemar e Guanabara Koogan completam a lista das dez mais lesadas.

Gráfico A Corretora SLW investiu em um novo "home broker" com ferramenta de análise gráfica para ajudar o investidor a identificar oportunidades de compra e venda.

Polaco A Vinícola Aurora vai enviar amanhã um lote de vinhos finos para a Polônia, sua estreia nesse mercado. A empresa já exporta seus produtos para mais de 20 países.

Ascensão O número de eventos promovidos pelo São Paulo Convention & Visitors Bureau cresceu 38% no primeiro semestre deste ano. Foram registradas 291 ações.

Sob medida O Personnalisé, curso de aulas particulares da Aliança Francesa, ultrapassou no primeiro semestre o número de matrículas registradas em todo o ano passado.

Grandão Para competir com os chineses, a Magic Toys investe em brinquedos de grande porte com maior valor agregado. A empresa lança caminhões elétricos de 67 cm de altura, vendidos por R$ 819, além de cozinhas e robôs.

TURMA DO BIDU
A Dog's Care, fabricante de fraldas para cachorros, avança no mercado internacional.
A empresa vai embarcar neste mês o segundo carregamento de fraldas para o Panamá e já negocia com outros mercados.
"Em 2011, devemos começar a exportar para México, EUA, Colômbia, Argentina e Peru", diz Ana Carolina Vaz, sócia da companhia.
A empresa deve fechar até o final deste mês uma captação de recursos com investidores indicados pelo Endeavor (instituto que fomenta o empreendedorismo).
O objetivo é aumentar a produção da fábrica. "A nossa capacidade está no limite. Não avançamos mais porque não temos como atender o mercado. O investimento vai aumentar a nossa produção em dez vezes."
Nos planos de expansão, estão a ampliação das instalações e a compra de máquinas.
"O mercado de acessórios para animais cresceu e se profissionaliza. Ainda há, porém, o que evoluir, principalmente na área de higiene."
O aumento do poder de compra da população mudou o mercado. "O nosso produto era elitizado. Hoje, a classe C tem acesso a ele", diz Vaz.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES

O POLVO NO PODER - REVISTA VEJA

O POLVO NO PODER
REVISTA VEJA
CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

SONIA RACY - DIRETO DA FONTE

Cidade suja
SONIA RACY
O ESTADO DE SÃO PAULO - 12/09/10

Ação da Promotoria Eleitoral identificou 294 formas irregulares de propaganda eleitoral, na última sexta. Quais? Encontraram bonecos, cavaletes sobre gramados e cartazes colocados em locais que atrapalham o fluxo de pessoas.

Para retirar o material, foram necessárias duas viagens de caminhão, além da ajuda de um furgão e uma Kombi. Os veículos passearam pelas avenidas 23 de Maio, Paulista, Brasil, Liberdade e pelo Monumento das Bandeiras, no Ibirapuera, fazendo uma faxina geral.

Investigação
Guilherme Afif teve suas suspeitas confirmadas. A falha no painel do Impostômetro, quando atingiu a marca dos R$ 800 bilhões, foi provocada por hackers. Um ataque de DDoS - nome técnico para um tipo de "hackerismo".

Cartão de visita
A Gol acaba de criar um novo slogan para tentar se aproximar dos clientes: "Sempre dá para ir mais longe". Estreia hoje.
A chamada traduz também a reestruturação feita na companhia nos últimos dois anos.

Cavaleiro
Depois de muitos convites sem sucesso, a Bienal finalmente conseguiu. Traz para São Paulo Sir Nicholas Serota, curador e diretor fundador da Tate Modern.
Sir Nick - como é tratado na intimidade - tem conversa marcada com 50 empresários brasileiros, dia 20.

DNA
Camila Appel, filha de Leilah Assumpção, estreia A Pantera, dia 30, no Centro Cultura SP. É seu primeiro texto para teatro.

Responsabilidade social
Violeta Yazbek, 90 anos, não titubeou. Decidiu doar toda renda de Receitas que Emocionam para o Hospital Sírio Libanês. O livro será lançado quarta na loja Spicy dos Jardins.

A Caraigá Morumbi promove campanha de doação de sangue. Em prol do Hemocentro São Lucas. Quinta.

Em dois meses de Alagoas, os Médicos Sem Fronteiras fizerem 500 atendimentos, distribuíram mil kits de higiene, instalaram 60 torneiras, 11 chuveiros e 14 vasos sanitários nos abrigos.

A Merck S/A avisa: está com inscrições abertas para projetos de inclusão social e educação ambiental. Até quarta-feira.
A Sony Ericsson fez as contas. Reciclou mais de 770 mil aparelhos celulares no ano passado.

O Centro Ruth Cardoso inaugura novas instalações, quinta-feira, nos Jardins.
Os três campi do Centro Universitário Senac abrem suas portas para oferecer mais de 100 atividades gratuitas. Motivo? Comemorar o Dia da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular. Sábado.

Lição de cidadania. Sessenta desempregados estão fazendo aulas para cuidador de idosos e produção de mudas fitoterápicas no Parque da Água Branca. Cursos oferecidos pelo Centro Paula Souza.

Saúde em jogo. Para sensibilizar os empresários sobre a importância de facilitar a ida de seus funcionários ao médico, o Ministério da Saúde promove seminário em Brasília. A partir de amanhã.


Detalhes nem tão pequenos...

1. Antes de exterminar o futuro e quando nem pensava em política, Schwarzenegger posava por aí com charuto. Cena aproveitada por tabacaria paulistana.

2. O jogo de esconder e revelar inspirou a decoração de centro estético inaugurado em São Paulo. 3. Qual será a penitência para eximir a culpa de quem não resistiu à mesa de doces?

4. Rapunzel circulou sem seu príncipe. Foi cuidar dos cabelos.
5. Acredite nos ditos populares: os brutos também amam. E cada panela tem sua tampa.

6.Tristeza na hora do sim?

DORA KRAMER



S.O.S. Diversidade

DORA KRAMER 
O Estado de S.Paulo - 12/09/10

Passada a eleição, seja qual for o resultado, pessoas, partidos, organizações e instituições vão precisar fazer frente a uma questão política absolutamente relevante atualmente no Brasil: o papel do contraditório.

Educativo, reformador, libertador, vital em qualquer democracia digna do nome, o exercício da discordância anda em baixa. Em vias mesmo de tentativa de extinção, se desenhando como um conceito antiquado, quase à margem da legitimidade.
Há até quem não tenha o menor pudor de manifestar publicamente estranheza pelo fato de existirem pessoas no Brasil - segundo as pesquisas cerca de 5% da população - que não gostam do governo Luiz Inácio da Silva e não se integram à legião de admiradores do presidente.
São tidas como mentalmente deformadas, emocionalmente repulsivas. E, agora que Dilma Rousseff está bem à frente nas pesquisas de intenção de votos, vistas com misericórdia pelos bondosos e tratadas com escárnio pelos ímpios que ficam a se perguntar o que será delas nos próximos anos.
Como se a paz de espírito emanasse do governo e, portanto, a felicidade só existisse para os irmãos de fé.
Individualmente tal pensamento - difundido por toda parte - se resolve na confrontação da realidade: nem todos dependem de governo para viver, pensar e produzir.
Coletivamente o resultado disso é mais preocupante, pois resulta em desequilíbrio ecológico no meio ambiente compartilhado por seres naturalmente plurais. Sem diversidade de opiniões e posições, sem a convivência no contraditório não se exercita a democracia.
Tampouco se faz isso apenas reclamando de que o governo pode tudo, ganha sempre e prepara uma ofensiva para eliminar a oposição da face da terra.
Serve para todos os tipos de governo, mas serve mais para o atual que, se tudo correr como indicam as pesquisas, continuará no poder.
E por que se aplica mais ao governo do PT? Porque ele cansou de demonstrar nestes dois mandatos de Lula que usa de todos os recursos para ganhar disputas. Portanto, não é justo quando se diz que se o governo ganha é por eficácia.
Pode até ser também, mas não só. Ganha principalmente porque não joga na regra, no mano a mano com igualdade (ou quase) de condições e extrapola no abuso da máquina e das infrações à lei.
Muito bem, ocorre que essa é a realidade e com ela a oposição terá de lidar. A menos que faça uma opção definitiva pelo resmungo, pela autoindulgência, pelo adesismo ou pelo ostracismo.
Se quiser manter o estabelecimento funcionando precisará de reformas. Profundas.
Começando por sair da toca e ousar. Parar de querer jogar no certo, com medo de errar. Quem sabe não dá mais certo jogar com vontade de ganhar e fazendo o que acha correto?
Isso só se faz com a clareza de que é preciso ter "lado", posição. Achar que o adversário - principalmente da envergadura do PT - em algum momento dará sombra e água fresca é ilusão à toa.
Coragem é indispensável e sensibilidade para mobilizar a sociedade, nem se fala.
Procurar novos personagens, arejar os partidos, deixar de lado os jargões e chavões do Congresso e da Esplanada dos Ministérios, falar a linguagem de gente normal, tratar as pessoas com franqueza e naturalidade, se aproximar da sociedade.
Antes, porém, é mister uma autocrítica impiedosa, de tirar pedaço e fazer correr sangue.
Tropa. O ex-governador do Amapá Waldez Góes, preso na sexta-feira pela Polícia Federal acusado de corrupção, é um dos candidatos ao Senado amistoso com o qual Lula pretende presentear Dilma Rousseff, se ela for eleita presidente.
Com qual finalidade? Dominar o que falta ser dominado no Poder Legislativo.
Ao centro. São boas as notícias de prisões e cassações de pessoas acostumadas à impunidade. Mas até agora essas punições - excetuando-se Anthony Garotinho (RJ) - só alcançaram autoridades de Estados politicamente periféricos.

$EI$

RENATA LO PRETE - PAINEL DA FOLHA

Redução de danos
RENATA LO PRETE
FOLHA DE SÃO PAULO - 12/09/10


Informada de que a nova edição da revista ‘Veja’ traria acusações contra Erenice Guerra, Dilma Rousseff, embora ‘em recesso’ pelo nascimento do neto, disparou pessoalmente, entre quinta e sexta, alguns telefonemas na tentativa de aferir o grau de encrenca a envolver sua sucessora na Casa Civil.
Interpelada por coordenadores da campanha petista, Erenice disse estar tranquila inclusive em relação ao filho, que teria, segundo a reportagem, recebido comissão para si próprio e para o partido de empresa que ganhou contrato nos Correios. Até agora, ela era dada como nome certo no eventual governo Dilma.

Alta ansiedade - O presidente do PT, José Eduardo Dutra, define o estado de espírito no comando da campanha de Dilma diante da perspectiva de vitória no primeiro turno: ‘Parece até que o Natal está chegando, mas o dia 3 de outubro não’. 

Colateral - Alguns petistas avaliam que o ‘Receitagate’, embora até agora improdutivo do ponto de vista eleitoral para José Serra (PSDB), pode ter contribuído para conter o crescimento de Aloizio Mercadante em São Paulo. Ele, que desde o início do horário eleitoral gratuito havia escalado oito pontos, recuou um no novo Datafolha, e está com 23%.

A cizânia 1 - Jarbas Vasconcelos (PMDB), que a muito custo aceitou dar palanque a José Serra em Pernambuco, caminhando para sofrer a maior derrota de sua carreira, e Sérgio Guerra, coordenador da campanha nacional tucana, mas localmente acertado com o governador Eduardo Campos (PSB), nem se falam mais.

A cizânia 2 - Também estão com as comunicações praticamente interrompidas os deputados Jutahy Júnior (PSDB) e ACM Neto (DEM), esteios da campanha de Serra na Bahia. O ‘demo’ Paulo Souto, candidato a governador do bloco oposicionista, derrete a cada pesquisa. 

Desde crian cinha - É um fenôme no: a perspectiva de derrota de Serra está transformando alguns dos correligionários mais próximos a ele em amigos de infância de Geral do Alck min, líder nas pesquisas para o Palácio dos Ban deirantes.

Tentativa... - Ad vo ga dos de defesa na ação que apura suspeita de fraude no empréstimo do BMG ao Partido dos Trabalha dores pediram que o Supre mo Tribunal Federal solicite ao Banco do Brasil documentos so bre financiamento maior, dado ao PT para compra de equipamentos de informática.

...e erro - Joa quim Barbosa indeferiu o pedido. O relator enten deu que essa operação não vale como parâmetro e registrou que dirigentes do BB também são réus na ação do mensalão.

Coisas da vida - Em privado, o fim do DEM é tratado como um dado de realidade pelos principais líderes do partido. A diferença se dá entre os que apostam em algum tipo de fusão agregadora de oposicionistas e aqueles que planejam pular do barco sozinhos, de preferência rumo a siglas lulistas. A segunda opção é majoritária. 

Resgate - Exonerado quando Cezar Peluso assumiu a presidência do Conselho Nacional de Justiça, o juiz federal Erivaldo Santos volta agora como auxiliar da ministra Eliana Calmon, recém-empossada na corregedoria do CNJ. Na gestão de Gilmar Mendes, Santos foi responsável por dois dos mais importantes projetos do conselho: o do mutirão carcerário e o Começar de Novo, de reinserção de egressos do sistema prisional.

Tiroteio
A única coisa que o Serra conseguiu ao explorar o caso da Receita foi aquilo que ele vinha tentando evitar a campanha inteira: chamar o Lula para a briga.

Do DEPUTADO EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ), sobre a dianteira inalterada de Dilma Rousseff no mais recente Datafolha sobre a sucessão presidencial.

Contraponto
Fronteira eleitoral 

Um assessor do deputado estadual Ricardo Montoro (PSDB-SP), que neste ano tentará vaga na Câmara, viajou a Curitiba para ver a família e aproveitou para visitar o comitê correligionário Beto Richa. De volta a São Paulo, fez um relato entusiasmado ao chefe:
- Fui muito bem recebido! 
- E como está a campanha lá? - indagou Montoro.
Aparentemente ignorando o fato de que um candidato ao Legislativo por um Estado não poder ser votado em outro, o assessor respondeu sem titubear: 
- Ah, fique tranquilo... Nós teremos muitos votos lá!