sexta-feira, julho 23, 2010

RUY CASTRO

Pressa em condenar
RUY CASTRO 
FOLHA DE SÃO PAULO - 23/07/10


O delegado encarregado do caso Bruno acaba de completar seus 30 dias de fama. Durante esse período, investigou, acusou, julgou, condenou e só faltou passar a sentença sobre o jogador. Muito além da sola, foi detetive, carcereiro, promotor, júri e juiz. Tal versatilidade pode representar uma economia para os cofres do Estado, mas está em desacordo com noções elementares de justiça. 
Ocupado em dar entrevistas, ele só não teve tempo de apresentar as provas de que necessitava – nem mesmo o corpo de Eliza Samudio, dado de barato desde o primeiro instante. Com isso, o advogado de defesa já conta com a vitória numa primeira instância, tantas são as supostas irregularidades técnicas. 
Aliás, este é dos raros casos em que o uso do 'suposto' – recurso adotado pela imprensa para noticiar sem se comprometer – se aplica. Enquanto não encontrarem o cadáver, Bruno deveria ser apenas o suposto assassino ou mandante. Ou nem isso, porque ainda não está configurado o crime. Pois, justamente neste caso, alguns tabloides e canais de TV já partiram para a acusação frontal: Bruno é tratado como assassino ou mandante, e não se discute. 
O curioso é que, um mês depois, o imbróglio parece mais enrolado do que nunca. Pelos depoimentos, Bruno, três cúmplices, seis ou sete testemunhas e uma mulher diferente por semana entram e saem de carros, motéis e chácaras, e o bebê passa de mão em mão enquanto eles se acusam e se desdizem deixando todo mundo tonto. É Agatha Christie ao ritmo dos Irmãos Marx. 
No Brasil, temos pressa em condenar. Mas, uma vez estabelecida a condenação, não há pressa para executar a sentença. O jornalista Antonio Pimenta Neves, por exemplo, réu confesso, julgado e condenado pela morte de sua ex-namorada, arrisca-se a morrer de velhice fora da prisão onde deveria estar há dez anos.

ROGÉRIO L. FURQUIM WERNECK

Do enigma de Mantega ao seguro estatal 
Rogério L. F.Werneck
O ESTADO DE SÃO PAULO - 23/07/10
 No início de 2006 havia no País uma visão quase consensual, da qual compartilhava a própria equipe econômica do governo. Tendo em conta a dura realidade do quadro fiscal, o governo não poderia arcar com o esforço de investimento em infraestrutura que o País tinha pela frente. E seria fundamental, portanto, assegurar práticas regulatórias bem concebidas que pudessem atrair capitais privados para a expansão da infraestrutura. Pouco mais de quatro anos se passaram. O quadro fiscal continua o mesmo. Mas o governo agora parece ter recursos para bancar quase tudo. Não há projeto de investimento, por mais dispendioso que seja, que não possa ser financiado com dinheiro público. Qual foi a mágica?

Tudo começou quando Antonio Palocci foi substituído por Guido Mantega no Ministério da Fazenda. Numa entrevista ao Financial Times, o recém-empossado ministro deixou entrever o que estaria por vir, com uma explicação inesquecível que, por encerrar óbvia contradição em termos, passou a ser conhecida como o enigma de Mantega: como o governo não contava com recursos para investir, a solução era recorrer ao investimento privado financiado com recursos do governo.

Desse entalo lógico, Mantega logo se livraria, ao ser convencido por Luciano Coutinho, presidente do BNDES, de que o que estava errado era a premissa de que o governo não tinha recursos. Nada impedia que o Tesouro emitisse mais dívida pública. E emprestasse os recursos assim obtidos ao BNDES, a juros subsidiados. E, se Mantega quisesse evitar que esse aumento de endividamento aparecesse na dívida líquida do governo, poderia recorrer ao artifício contábil de lançar os empréstimos ao BNDES como ativo do Tesouro ao calcular a dívida líquida. Foi essa a mágica que permitiu que o governo possa hoje se dar ao luxo de bancar qualquer tipo de investimento. Tudo, claro, à custa de preocupante aumento do endividamento bruto da União e de vultosa e indefensável conta de subsídios em aberto.

O que se teme é que esse esquema, já de proporções bastante grandes, possa ser apenas o plano piloto de uma operação em escala muito maior, a ter lugar no próximo mandato presidencial. Sem a intermediação de Mantega, direto ao caixa, sob o comando direto do próprio Luciano Coutinho.

A súbita fartura de recursos estatais vem distorcendo a formatação dos novos projetos de infraestrutura. Basta ver o que acabou ocorrendo com a composição do consórcio ganhador de Belo Monte. A Eletrobrás e suas subsidiárias responderão por 49,98% da sociedade formada. Fundos de pensão de empresas estatais - que não são públicos, mas que o governo trata como se fossem - vão deter 27,5%. A participação de investidores efetivamente privados, incluindo construtoras, ficou restrita a pouco mais de 22,5%. O BNDES deve financiar cerca de 80% da obra, diretamente ou através dos sócios. Tudo com juros pesadamente subsidiados e a prazos longuíssimos. Mas, ainda assim, dadas as deformações de Belo Monte, houve investidores privados que concluíram que os riscos do projeto eram excessivos.

É preciso entender que, não obstante todo o viés estatal, o governo não pode abrir mão da participação dos investidores privados. Porque precisa manter a fachada de "consórcio privado", sem a qual a usina teria de ser construída em estrita observância da Lei de Licitações (n.º 8.666), o que o próprio presidente da Eletrobrás declarou ser missão impossível. Para o governo, portanto, tornou-se fundamental evitar que o alto risco envolvido nos seus projetos de infraestrutura impeça a participação necessária de investidores privados.

É isso que explica a última etapa da escalada de contrassensos. Depois de tentar assegurar na marra a modicidade tarifária, com o festival de subsídios de Belo Monte, o governo constata agora que precisa partir para a "modicidade securitária". Quer criar uma seguradora estatal para bancar a preços camaradas riscos envolvidos em obras de infraestrutura, transferindo-os, em boa parte, ao contribuinte. Mais do mesmo.

ECONOMISTA, DOUTOR PELA UNIVERSIDADE HARVARD, É PROFESSOR TITULAR DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DA PUC-RIONN

GOSTOSA

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Comércio prevê aumento de até 10% no Dia dos Pais 
Maria Cristina Frias

Folha de S.Paulo - 23/07/2010

O comércio varejista está otimista com as vendas do Dia dos Pais. A expectativa é de alta de até 10% neste ano sobre o ano passado.
"Em 2009, ainda passávamos pela crise. Agora, os indicadores da economia estão favoráveis", diz Nabil Sahyoun, presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping).
A entidade prevê crescimento médio de 10%, puxado pelo aumento do poder de compra da população e pela inauguração de novos shoppings no país.
"Mais de 5.000 pontos de vendas foram abertos neste ano. Todas essas lojas estão gerando um faturamento novo", afirma Sahyoun.
A Associação Comercial de São Paulo prevê crescimento médio de 7% nas vendas para a data neste ano.
"A confiança do consumidor está alta, o que cria um ambiente favorável para as compras", afirma Alencar Burti, presidente da ACSP.
A grande demanda será por artigos de vestuário e calçados, principalmente os da área esportiva. "Hoje, muitos pais praticam esportes, e os filhos aproveitam a data para presentear com artigos esportivos", diz Burti.
A CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) projeta alta de 6%. O crescimento maior deve ocorrer na região Nordeste, segundo Roque Pellizzaro Júnior, presidente da CNDL.
Daqui em diante, porém, o desempenho do comércio deve esfriar. "Ainda está aquecido, mas deve se desacelerar nos próximos meses. O Banco Central está fazendo esforço para que isso aconteça", diz o economista Fábio Pina, da Fecomercio SP.

EM CONSTRUÇÃO
Após arrecadar R$ 410 milhões com a abertura de capital em abril, a Mills, de soluções de engenharia, tem planos de investimento e aquisições.
Nos próximos três anos, a empresa investirá R$ 1,1 bilhão em equipamentos e na abertura de 18 filiais, totalizando 38 escritórios.
Atuante no Sudeste e no Centro-Oeste, a companhia segue para Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.
"Estamos em uma situação confortável, que é trabalhar em negócios com grande potencial de crescimento", diz Ramon Vazquez, presidente da Mills.
A empresa está aberta a aquisições. "Se facilitar nossa entrada em uma região ou nos trouxer um diferencial tecnológico, poderemos comprar."
A Mills trabalha nos setores imobiliário, construção pesada, equipamentos e serviços industriais, com destaque para óleo e gás. Desde 2007, a receita tem crescido 45% ao ano.

Boa... As relações comerciais entre Brasil e Venezuela cresceram 20,7% no primeiro semestre ante o mesmo período de 2009. As exportações brasileiras para o país vizinho foram de US$ 1,77 bilhão, alta de 7%. Já as importações subiram 132%, para US$ 464 milhões, valor mais elevado desde 2000, segundo Darc Costa, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Venezuela do Rio de Janeiro.

...vizinhança Cerca de 35% das vendas brasileiras foram de carnes (de galinha e de bovinos), de açúcar e de bois vivos. No caso das compras, 70% foram de naftas para petroquímica, coque de petróleo e hulha betuminosa.

Pé na... O aquecimento da economia e a prorrogação do pacote de isenção do IPI para caminhões têm impulsionado as vendas do setor. A montadora Iveco Latin América fechou o primeiro semestre deste ano com aumento de 65,5% nas vendas de caminhões e ônibus no mercado interno em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Anfavea.

...estrada As restrições de circulação de veículos pesados dentro das grandes cidades também impulsionaram a elevação nas vendas. "Como a necessidade de distribuição de produtos dentro dos grandes centros continua crescendo, as empresas precisam investir em caminhões leves para atender a demanda", diz Alcides Cavalcanti, diretor de vendas da Iveco no Brasil.

Municipal A crise global teve impacto significativo nas gestões dos municípios. Quase dois terços das cerca de 270 cidades abordadas por pesquisa da PricewaterhouseCoopers observaram queda nas receitas de até 20%. Outros 13% registraram impacto de 20% a 40% na receita e 5% tiveram impacto superior a 40%.

Solução Os gastos públicos terão de ser reduzidos para conter o endividamento nas economias, segundo o estudo da PwC. Mais da metade dos governos locais afirma ter meios de controle de gastos.

TERCEIRA MAIOR NAÇÃO
Se o Facebook fosse um país, seria o terceiro mais populoso do mundo, perdendo somente para a China e a Índia em quantidade de indivíduos. O site possui hoje 500 milhões de perfis ativos registrados, segundo anunciou Mark Zuckerberg, presidente-executivo da rede.
A distância dos primeiros do ranking, porém, tende a diminuir. Se a adesão à rede seguir crescendo no ritmo atual, chegará a 1 bilhão de usuários em 15 meses. Cerca de 70% dos perfis são de fora dos Estados Unidos e gastam 700 bilhões de minutos por mês no site.

No bolso O Grupo Cercred, especializado em cobrança e recuperação de crédito, se prepara para abrir uma filial em Brasília no final deste mês. A capital do país será a 21ª cidade brasileira a receber a empresa, já presente em 20 cidades e 13 Estados nas regiões Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Diretoria A Zurich, seguradora suíça, acaba de contratar o executivo Carlos Alberto Gadia Barreto para assumir a diretoria de vida e previdência empresarial da companhia no Brasil. A empresa está presente em mais de 170 países e chamou o executivo com o objetivo de ampliar sua participação no mercado nacional.

Marrocos vai "importar" sistema brasileiro contra sonegação

O Sicobe (Sistema de Controle de Produção de Bebidas), da Receita Federal brasileira, tem servido de exemplo a outros países.
A partir deste segundo semestre, o governo do Marrocos vai começar a usar um sistema de controle fiscal inspirado no brasileiro.
Com o objetivo de tornar mais efetivo o controle, a fiscalização e o combate à sonegação fiscal na fabricação de bebidas, o Sicobe permite à Receita Federal acompanhar, em tempo real, a fabricação de refrigerantes, cervejas e água mineral no país.
Em março, uma delegação marroquina visitou o Brasil, onde também conheceu a fábrica da AmBev, em Gama, no Distrito Federal, a primeira planta onde a companhia instalou o sistema.
Delegações do México e do Vietnã também já estiveram no Brasil neste ano para conhecer o funcionamento do sistema.
A lei 11.827, de 2008, estabeleceu que todos os fabricantes do país são obrigados a instalar esses contadores.
Mais de cem fabricantes de cervejas, refrigerantes e águas do país instalaram o Sicobe em 2009.
Cerca de 11 bilhões de litros de cerveja e 13 bilhões de litros de refrigerante foram controlados pelo sistema no ano passado, de acordo com dados da Receita Federal.

DORA KRAMER

Ladeira abaixo 
Dora Kramer 

O Estado de S.Paulo - 23/07/2010

O PT é assim: bate como gente grande, mas quer ser tratado com carinhos reservados aos pequenos.


Quando apanha, se diz vítima da injustiça, do preconceito, do udenismo, do conservadorismo, do moralismo, dos conspiradores, dos golpistas, das elites e de quem ou do que mais se prestar ao papel de algoz na representação do bem contra o mal, do fraco contra o forte que o partido encena há anos.

Sempre no papel de mocinho, evidentemente, embora desde que assumiu o poder tenha mostrado especial predileção pela parte do roteiro que cabe ao bandido.

Luiz Inácio da Silva é mestre nessa arte, exercitada ao longo de quatro candidaturas presidenciais e muito aprimorada nestes quase oito anos de Presidência da República.

Tanto que ao longo desse tempo se consolidou na política uma linha de pensamento segundo a qual o contra-ataque significa insidiosa radicalização que só pode render malefícios aos seus autores.

Em miúdos: o adversário tem de apanhar calado; se ousar se defender pagará o atrevimento com a condenação geral e consequentemente com a derrota político-eleitoral.

Por essa lei a oposição teria de assistir quieta ao presidente usar dois anos de seu mandato como cabo eleitoral, sem "judicializar" a política com ações por campanha eleitoral antecipada.

Deveriam todos ouvir calados os desaforos que sua excelência diz contra quem bem entende quando contrariado, o que, na concepção dele, significa afrontado.

A Justiça, acionada pelo adversário, deveria atribuir tudo "à guerra eleitoral" e ignorar a existência de leis só porque ao juízo do partido no poder essas leis são retrógradas e atrapalham a marcha do espetáculo do crescimento da hegemonia política, social, ideológica e até cultural do PT e adjacências.

Pela norma referida acima a oposição deveria se comportar com toda a fidalguia durante o processo eleitoral, aceitando como verdadeiras todas as aleivosias do adversário.

Como se já não bastasse o tempo que a oposição deixou que o presidente eleito para "mudar" se apropriasse de todas as suas obras para governar e ainda as tachasse de "herança maldita" para efeito de se manter sempre na investidura do "bem".

Pois chegou a campanha eleitoral e a oposição resolveu enfrentar Lula. Pagou para ver se é perigoso mesmo dar o troco na mesma moeda: dizer umas meias-verdades por aí, carimbar umas perfídias na testa do adversário, manipular emoções do eleitorado, manejar ideias preconcebidas, despertar instintos adormecidos, jogar duro e, quando necessário, baixo.


Como quem tivesse desistido de andar na linha num embate onde o outro lado não preserva escrúpulos.


Se será beneficiada ou se isso lhe renderá malefício, é o eleitor quem dirá.


Agora, o que não soa verossímil é a versão da candidata Dilma Rousseff de que está "assustada" com as reações do adversário José Serra e que por nada neste mundo alguém a fará "baixar o nível".


Quanta delicadeza e civilidade.


Ao que se sabe Dilma Rousseff não se assusta com nada. Enfrenta a tudo e a todos, ironiza os "homens meigos" que lhe criticam os modos bruscos no trato cotidiano, reivindica para si a responsabilidade de coordenar todas as ações de governo e leva um susto com palavras mais duras?


No quesito "nível" não parece que haja nada mais baixo que um presidente da República que desacata as leis e a Constituição e fala palavrões em público.


Evidente que a cena do candidato a vice de José Serra provocando o adversário para que "explique" suas ligações com o narcotráfico, o Comando Vermelho e as guerrilhas colombianas não é edificante.


Muito melhor que no lugar disso Serra e Dilma estivessem dizendo ao País como é mesmo que pretendem dar combate à bandidagem e levar segurança ao público.


Justiça seja feita ao tucano, começou a campanha todo lhano, atribuindo até ao presidente atributos de divindade acima do bem e do mal.


Mas Lula não aceitou a esgrima como forma de luta. Preferiu a força bruta do vale-tudo. Deu o tom, definiu as armas e, portanto, não estão, nem ele nem o PT nem a candidata, na posse de autoridade moral para reclamar.

O ESGOTO DO BRASIL

SONIA RACY - DIRETO DA FONTE

Fumacê 
Sonia Racy 

O Estado de S.Paulo - 23/07/2010

Corria ontem por Brasília que Antônio Carlos Costa d"Ávila Carvalho, corregedor-geral da RF, teria pedido para ser excluído da lista de auditores que poderiam ser alçados a titulares da RF.
Tudo por causa do vazamento do nome de Antonia Neves da Silva como principal suspeita de ter quebrado o sigilo fiscal de Eduardo Jorge. Ela é a única analista entre os que tiveram acesso aos dados. O nome dos auditores não vazou.
Detalhe: é antiga a rixa na RF entre analistas e auditores.


Alívio verde
Luiz Gonzaga Belluzzo recebeu telefonema inesperado no meio da noite de quarta-feira.
Era Alexandre Kalil, presidente do Atlético, assegurando que o time mineiro não pretende entrar nas negociações entre Palmeiras e Valdivia."Acredito nele", conta o dirigente do alviverde.

Linhas cruzadas
Causou estranheza a conversa entre Ricardo Teixeira, Alberto Goldman, Kassab e Francisco Luna não ter avançado na solução sobre o impasse da participação de São Paulo na Copa de 2014.
Essa estagnação acabou abrindo espaço, segundo alta fonte do setor, para uma nova ilação: o problema teria migrado para a seara das eleições e se transformando em um cabo-de-guerra entre Serra e Lula.

Realidade
Ufa! Foi criada formalmente anteontem, em Brasília, a SPE da Norte Energia, vencedora de Belo Monte. O contrato foi assinado por 40 pessoas.

Burca
Chamou a atenção, durante almoço da Câmara Brasil-Estados Unidos, em Nova York, a curiosidade dos empresários presentes em saber o que pensa a candidata Marina Silva sobre a política externa brasileira. Mais precisamente+ sobre o Irã.
De maneira tranquila, a candidata verde explicitou que o Brasil tem sim que defender seus interesses comerciais mas sem dar apoio a estados de viés terrorista.

Dívida Póstuma
Não, José Saramago não descansa em paz. Tribunal espanhol condenou o escritor português a pagar 717 mil euros em impostos, alegando ser em Tias, Espanha, sua residência fiscal. O advogado da família está recorrendo.

Carteirada
Murilo Marques Barboza, da Infraero, visitou obra da pista auxiliar em construção no aeroporto de Guarulhos, durante a semana passada. E quis ir embora rapidamente. Sabendo da pressa de Barboza, o piloto do avião pediu à torre de controle permissão para furar a fila de decolagem.
Não foi autorizado.

Manequins
O Ministério das Relações Exteriores vai usar R$ 193.500 do "meu, seu, nosso" para comprar 20 indispensáveis... bustos de bronze e de madeira.

Arqueológico
Depois de 22 anos, o Brasil volta a sediar reunião anual do Comitê do Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco, em Brasília.

Irão decidir quais sítios se tornarão herança cultural da humanidade. Dos 41 candidatos, só um brasileiro: a Praça de São Francisco, em São Cristovão, Sergipe.

Em alta
Fabiana Murer, nossa saltadora com vara, treina na Suécia até setembro. A atleta está liderando a Diamond League, importante competição da modalidade.

Brigadeiro
O Ministério da Agricultura completa 150 anos dia 28.
De manhã, Wagner Rossi corta bolo com os funcionários. À tarde, com Lula, distribuirá medalhas para ex-titulares da pasta. Entre eles, Delfim Netto.


Na frente
Lula se hospeda hoje no Pestana Convento do Carmo Hotel, em Salvador, com sua comitiva. Reservou 15 quartos.

O padre Fábio de Melo faz show gratuito, dia 4, em prol da Aliança e de outra instituição. No Teatro Bradesco, convites a R$ 160.

Márcia De Luca e Fran Abreu comandam dia 11, o Congresso de Yoga e Ayurveda. No Sesc Pompeia.

A partir de hoje, mais de 20 restaurantes da capital entram na dança do Winter Festival Sopas&Vinhos.

Foi encontrada ontem a obra de Geraldo de Barros, They Are Kissing (Negative) que Fernanda Lopes estava em busca para levar à 27ª Bienal de São Paulo. Pertence a Adolpho Leirner. Falta agora achar a Cena do Sofá II (Fantasia de Agressiva) para completar o salão do Grupo Rex.

LUIZ GARCIA

Pelo menos
LUIZ GARCIA
O GLOBO - 23/07/10
Não, não se trata de botar o termômetro no vizinho para saber como vai a nossa saúde. Mas, como somos todos passageiros do mesmo barco, de vez em quando é bom saber como vai a saúde do pessoal que mora perto. Especialmente no caso de vizinho rico, muito rico.

Pois então, fui ver e fiquei sabendo: as coisas não vão bem naquele casarão lá do alto. Ou seja, o governo do presidente Obama anda com a popularidade no porão.

Seis eleitores em dez, segundo pesquisa desta semana, dizem que perderam a fé na capacidade do presidente de tomar as decisões que convêm ao país, principalmente na área econômica.

Políticos em geral também vão mal na foto, até um pouco pior: o índice de desaprovação, tanto para democratas como para republicanos, é de 70%. Uma pequena maioria diz preferir que a oposição, ou seja, o Partido Republicano, saia vencedora nas eleições para o Congresso este ano, para manter o presidente em regime de rédea curta.

Em defesa de Obama, é bom lembrar que o fenômeno não é incomum na política americana. Antes dele, presidentes como Ronald Reagan e Bill Clinton apanharam feio nas primeiras eleições parlamentares de seus mandatos. Ambos deram a volta por cima e deixaram a Casa Branca como a popularidade em alta.

Todos os analistas políticos da mídia americana que constatam a crise de popularidade de Obama também lembram os exemplos de Reagan e Clinton. Mas só lembram: não encontrei quem profetizasse que Obama tem a mesma capacidade de reação.

O último presidente americano que não passou do primeiro mandato foi Jimmy Carter, democrata como Obama. O que não quer dizer grande coisa. Carter realmente foi um presidente medíocre — embora tenha feito depois uma brilhante carreira como ex-presidente, porque era acima de tudo um bom sujeito. Ninguém até agora acusou Obama de mediocridade. A opinião pública simplesmente acusa o presidente e seu partido, juntos, de não terem a política econômica que o país precisa.

Mas até agora não surgiu quem tenha proposto alternativas salvadoras.

Os EUA entraram em recessão no começo do ano passado. Hoje, mais ou menos 25% da opinião pública acreditam que a situação econômica está melhorando. É pouco, muito pouco para garantir uma volta por cima nas eleições do fim do ano.

Nesse quadro pouco animador para Obama e seu partido, ainda sobra espaço para um registro animador. Na onda de insatisfação com o presidente e seu partido, não há qualquer sinal visível de que a cor da pele seja um fator. Os americanos reclamam de problemas na política habitacional e de resultados fracos no combate ao desemprego — mas o bicho feio do racismo não saiu de sua toca. Pelo menos, isso.

GOSTOSA

MÍRIAM LEITÃO

Não acabou ainda 
Miriam Leitão 

O Globo - 23/07/2010

O mundo complicou de novo. O economista Nouriel Roubini acha que este é o ano das duas metades. A Europa segue a rotina de ter uma complicação a cada semana. A crise imobiliária americana não acabou. O Itaú está divulgando avaliações de economistas internacionais, e Barton Biggs, de um hedge fund de Nova York, diz que a situação piorou. O BC subiu menos os juros por fatores internos e externos.

Os sinais da economia internacional são de desaceleração em vários países desenvolvidos.

Roubini, que previu a crise de 2008, define 2010 como o ano das duas metades porque o que foi bem no primeiro semestre pode piorar no segundo. Isso porque há sinais ruins nas economias da Europa, Japão, EUA. Apenas os emergentes estão bem, mas eles podem ser afetados pela reversão nos países avançados.

“Global Connections” é o novo produto divulgado pelo Departamento Econômico do Itaú, dirigido por Ilan Goldfajn, e contém análises de economistas estrangeiros.

Barton Biggs, diretor-gerente do Traxis Partners, no texto desta semana, admite, no entanto, que é muito cedo para dizer se é o temido double dip (mergulho duplo) que está acontecendo ou apenas desaceleração. A incerteza sobre os mercados é grande, admite o economista, e aí ele recorre a John Maynard Keynes para se proteger de qualquer pergunta futura. Lembra da famosa frase de Keynes: “Quando os fatos mudam, eu mudo de opinião. E quanto a você?” Tempos de incerteza de novo, pelo visto. A economia mundial mergulhou numa grave crise em 2008, ficou recessiva na maior parte de 2009, entrou em 2010 se recuperando e agora começa a piorar. Roubini mantém a previsão de que a recuperação do mundo desenvolvido será em U, isso significa que os países ficarão mais tempo em estagnação. Para o Japão, a previsão é de conjuntura em L, o que significa que permanecerá estagnado por um tempo ainda mais longo. O Japão está inclusive com novos problemas políticos, o que complica ainda mais a formação de consensos sobre medidas de recuperação.

A pior situação é da Europa, que diariamente tem uma má notícia. Na Espanha, com o desemprego em 20%, chegando a taxas de quase o dobro entre os jovens, o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgou que os jovens estão demorando mais de um ano para conseguir emprego.

A economia americana está bem mais dinâmica, mas mesmo assim o Fed na semana passada divulgou uma revisão para baixo do crescimento.

Ainda está positivo, depois da queda do ano passado, mas as autoridades apostavam num crescimento de 3,2% a 3,7% e agora estão numa faixa entre 3% e 3,5%. O mercado imobiliário mostrou novos números negativos e o desemprego ainda está alto.

Os emergentes continuam com bom crescimento. Mas o Banco Central na quarta-feira subiu menos os juros alegando mudanças em fatores internos e externos. Nas entrelinhas, isso quer dizer que o risco de desaceleração aumentou.

Na verdade, o mundo está com ritmos tão diferentes de recuperação que torna a proposta do G-20 de uma coordenação ainda mais difícil. Para Roubini, os emergentes podem ser afetados pela queda do crescimento mundial. No Brasil, se a crise da Europa se agravar, os reflexos podem vir em queda de investimento de empresas europeias e queda de exportações para a Europa. O que mais mexeria com o nosso crescimento, no entanto, seria uma reversão na China, cuja demanda de produtos que o Brasil exporta tem sustentado os preços das commodities.

A China deu sinais de desaceleração e eles devem continuar, segundo analistas, para níveis que seriam altos em qualquer país do mundo, mas que na China podem ter reflexos negativos em várias economias.

Os países ricos estão ficando sem instrumentos para evitar um novo mergulho. Os europeus já começaram a perseguir metas de redução de déficit e dívida. Ainda que sejam para os próximos anos, o cenário já é, em vários países, de aumento de impostos e corte de benefícios. Os incentivos fiscais para tirar as economias da crise estão sendo anulados porque foram eles que causaram o maior estrago nas contas públicas.

Os juros já são baixos demais.

E novos estímulos fiscais agora seriam um tiro no pé porque eles só aumentariam as dúvidas em relação às dívidas soberanas da Europa.

Mas o debate alfabético vai continuar. Uma nova queda da economia dos países desenvolvidos — ainda que longe da intensidade da queda de 2008 — ou uma demora maior de recuperação? O W ou o U? O que se sabe é que já está sendo abandonada a euforia de vários economistas no começo do ano achando que o V (uma forte recuperação em curso, depois da queda) já estava garantido.

O Brasil será afetado por toda essa mudança de cenário e isso justifica a alteração no ritmo de aumento dos juros. Aqui também houve desaceleração do ritmo de crescimento no segundo trimestre e a queda da inflação de alimentos ajudou a puxar o índice para baixo. Mas há dúvidas em relação aos limites fiscais num ano eleitoral, em que normalmente a tendência é expansionista, mas esse ano é ainda maior.

Como a arrecadação está aumentando, o resultado é menos visível, mas seus efeitos serão sentidos mais adiante.

O governo tem persistido no erro de usar aumento conjuntural de receita para criar despesas permanentes e adiar o enfrentamento de problemas estruturais. Não é assim que se faz um crescimento sustentado.

ANCELMO GÓIS

Lucro da Viúva 
Ancelmo Góis 

O Globo - 23/07/2010

Zeladores das contas públicas criticam o despejo de R$ 200 bilhões do meu, seu, nosso dinheiro no BNDES de 2009 para cá.

Mas Guido Mantega diz que estes investimentos renderam à Viúva R$ 20 bilhões só com PIS e Cofins. É. Pode ser.

Bala perdida

Ontem, a Polícia Civil e o Lasape da UFRJ terminaram com êxito os testes de uma nova tecnologia que poderá ser usada para pôr marcas de identificação em munição.

A tecnologia permitirá que as balas da polícia recebam cores diferenciadas que permitam identificar o autor do disparo.

A cor da bala

Allan Turnowski, chefe de Polícia Civil, diz que o trabalho com o pesquisador Cláudio Lopes é o primeiro passo para enfrentar a questão das balas perdidas: — Essa pigmentação ficaria registrada em todos os locais por onde a munição tenha passado. A ideia é usar uma cor para cada instituição.

Na verdade

Em caso de vítimas de balas perdidas é comum a troca de acusações de quem foi o autor.

Dinheiro plástico

Em um mundo em que cada vez menos as pessoas pagam contas com dinheiro ou cheque, o Ministério da Justiça e o Banco Central preparam normas de fiscalização dos cartões bancários e de crédito.

Uma coisa para o ministro Luiz Paulo Barreto já é certa: ninguém vai receber cartão “sem ter feito pedido expresso”.

Carga pesada

O Banco do Brasil lança hoje o programa Procaminhoneiro, em convênio com o Movimento União Brasil Caminhoneiro.

Os 67 sindicatos vinculados ao UBC passam a funcionar como correspondentes bancários.

Há no Brasil quase l milhão de motoristas de caminhão.

Senador Barretão

Desde que produziu o filme “Lula, filho do Brasil”, Luiz Carlos Barreto, de 81 anos, coitado, ganhou fama de petista.

Terça, em São Paulo, num encontro de empresários que pedem a redução da carga tributária, Barretão ficou surpreso ao ser escolhido para entregar a Dilma Rousseff a proposta do Movimento Brasil Eficiente, coordenado pelo economista Paulo Rabello de Castro.

Segue...

Barretão tentou explicar: “Gente, eu não... do PT.” Mas terminou aceitando e ainda vestiu a carapuça. Criticou o ex-senador Jorge Bornhausen, ao seu lado, pelo “discurso partidário contra o governo, contrariando o caráter apolítico do movimento”. Foi aplaudido.

Casa de ferreiro

Veja só. A sede da Aneel, agência reguladora do setor de energia, em Brasília, teve problemas ontem em suas instalações... elétricas.

Porto Maravilha

A Escola da Magistratura vai para a região do Porto do Rio, no prédio onde funcionou o escritório da Michelin.

Rota do turismo

Veja que legal: uma linha de ônibus regular irá ligar o Largo do Machado às Paineiras a partir de agosto.

Será uma opção muito mais barata para cariocas e turistas chegarem ao Cristo Redentor. A medida é resultado de uma parceria da Riotur e da Secretaria municipal de Transportes.

Calma, santa

A Mulher Melão, candidata a deputada estadual, esteve esta semana no comitê de um candidato ao Senado no Recreio e foi lanchar no refeitório.

Sabe qual foi o comentário do cozinheiro? “Aqui, eu tenho a Mulher Melão. Lá em casa, a balão. Tô no lucro!” Coisa feia, seu chef.

Lá vem a noiva

Uma mulher vestida de noiva caminhava, ao lado da daminha, quarta à tarde, na calçada esburacada da Rua Dagmar da Fonseca, em Madureira.

O noivo, também vestido a caráter, acompanhava as duas segurando uma bolsa de viagem.

Estavam indo em direção ao cartório. Que sejam felizes!

Campo minado

Veja como este negócio de Twitter é um angu de caroço.

Um falsário ontem se passou por Eduardo Paes, com foto e tudo, para futicar a Oi: “Além de prefeito, sou um cidadão comum.

Hoje fiquei mais de 30 minutos para resolver uma situação na Oi Móvel. Não resolveram.”

A TERRORISTA MENTIROSA

CLÁUDIO HUMBERTO

Filha descobriu adulta que seu pai era Alencar
Rosemary de Morais (agora Gomes da Silva), 56, filha que a Justiça obrigou o vice José Alencar a reconhecer, somente soube quem era seu pai quando adulta e já casada. Sua mãe, que a defesa de Alencar tentou caracterizar como “prostituta”, jamais o pressionou a reconhecer a filha. Rosemary conheceu o pai na campanha de 1998, em Caratinga (MG), e Alencar disse que a procuraria. Jamais cumpriu a promessa.

ÚNICO ABRAÇO 
No único encontro com José Alencar, há 12 anos, Rosemary abraçou-o e ouviu: “Muito prazer, filha, estou à sua disposição”. Lorota de político.

HERDEIRA
Professora pobre do interior, Rosemary Gomes da Silva ganhou o direito de se habilitar à herança de uma das maiores fortunas de Minas.

“Este sujeito é um pouco perturbado”
MARCO AURÉLIO GARCIA, ASPONE DE LULA, O DO “NORMAL” TOP-TOP PELA TRAGÉDIA DA TAM

SUPOSTA VIOLADORA DE SIGILO É MILITANTE DA “ÉTICA” 
Acusada de violar o sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, a analista tributária Antônia Aparecida Rodrigues Neves Silva ajudou a criar a Fundação Abrinq, de fabricantes de brinquedos, cujos valores estão expostos em seu site: “Ética, transparência” etc. Na lista de sócios mantenedores, ela faz companhia a empresários com discurso ético e até ex-ministros como Celso Lafer e José Carlos Dias.

LINHA DE FRENTE 
O PT espalha que Antônia Neves Silva não é do partido, mas quem fez parte da chapa vitoriosa para o Sindireceita era petista de carteirinha.

“FOI ELA” 
O chefe da Receita, Otacílio Cartaxo, acha que foi obra de Antônia a única violação “não autorizada” (criminosa, portanto) do sigilo de EJ.

FOCO CENTRAL
A sindicância da Receita quer saber quantas vezes, de fato, a própria Antônia Neves Silva vasculhou os dados fiscais do ex-ministro.

A VOZ DA FAVELA
Vem aí o rap da Dilma: a candidata petista vai à Cidade de Deus, no Rio, dia 7. Lá não tem “rebolation”.

TEMPO INSTÁVEL
Com um reconhecido pé-frio na chefia, a Presidência da República se acautela: vai comprar 50 guarda-chuvas, a R$ 153 cada. 

RECEITA DE IGNORÂNCIA 
Guardiã do direito constitucional de sigilo fiscal do contribuinte, a Receita não achou conveniente reforçar sua imagem após o crime contra o ex-ministro Eduardo Jorge, o EJ. Tem 15 dias a última notícia no site sobre o caso, entre informações diversas.

LÍDER NÃO POR ACASO
A Rede Globo ofereceu mais uma lição de maturidade e correção profissional, dando crédito a esta coluna na notícia sobre a funcionária da Receita acusada de violar o sigilo fiscal do ex-ministro
de FHC. 

DOENÇA INFANTIL
A identidade da suspeita de violar o sigilo fiscal do ex-ministro, que esta coluna revelou na quarta (21), apenas ontem foi primeira página dos principais jornais. Todos fingiram esquecer onde leram a notícia.

EU ME AMO
O choro de Lula na TV, quando se “despediu” de suas obras, correu o risco da “imediata empatia”: gente chorando porque, finalmente, ele vai embora. Nas democracias, passa-se o cargo ao sucessor com alegria. 

AVE, MEMÓRIA 
A candidata Dilma era secretária estadual quando o governador petista Olívio Dutra recebeu no palácio Piratini, em 1999, o “representante internacional” das Farc, Simón Leguizamón, vulgo “Hernán Ramírez”. A Colômbia suspeita que ele instrui “comandos populares” na Venezuela. 

LEI DESPREZADA
Durante o “Arraial de Belô”, da Prefeitura de Belo Horizonte, há dias, a PM revistou crianças apalpando-as entre as pernas, diante de pais que, como a Polícia Militar, ignoram o Estatuto da Criança e do Adolescente, garantidor da dignidade do menor. Ficará por isso mesmo, claro.

FURA-FILA
Deve ter havido empurra-empurra ontem, na porta do gabinete de Lula: na agenda da Casa Civil, a ministra Erenice Guerra se encontraria com ele às 10h. No horário do ministro Sérgio Rezende (Tecnologia). 

INVASÃO BRASILEIRA
Jornais de Orlando saúdam o vigor da nossa economia: os brasileiros estão em terceiro lugar no afluxo de visitantes na Flórida (EUA). O point é o shopping Sawgrass Mills, paraíso de sacoleiras
chiques. 

PENSANDO BEM... 
Nesse ritmo de denúncias, ainda descobrem que o PT esconde os ossos de Dana de Teffé. 

PODER SEM PUDOR
INVISÍVEIS
Presidente da Associação de Plantadores de Cana da Paraíba e vice-presidente da União dos Plantadores de Cana do Nordeste, José Inácio de Morais é também um frasista de primeira. Diante da anunciada “pujança” de recursos destinada ao setor agrícola pelo governo Lula, ele atacou:
– Esses recursos são iguais a chifre de corno: a gente sabe que existe, mas não vê, nem toca..

SEXTA NOS JORNAIS

Globo: Brasil tem o 3º pior índice de desigualdade do mundo

Folha: Chávez volta a romper relação com a Colômbia

Estadão: Chávez rompe com Colômbia e decreta alerta na fronteira

JB: Venezuela e Colômbia à beira do confronto

Correio: Você decide: receber pensão ou aposentadoria

Valor: INSS amplia as cobranças por acidentes de trabalho

Estado de Minas: Gigantes tentam barrar aço barato para construção

Jornal do Commercio: Dez anos de queda nas mortes a tiros

Zero Hora: Devastação em Canela