domingo, outubro 04, 2009

PARA....HIHIHIHI

O MARIDÃO

O marido acorda, vira para a mulher, dá um beliscão na bunda dela e diz:
- Se você fizesse exercício para firmar essa bundinha,
poderíamos nos livrar dessa calcinha!

A mulher se controlou e achou que o silêncio seria a melhor resposta.

No outro dia, o marido acorda, dá um beliscão nos seios da mulher e diz:
- Se você conseguisse firmar essas tetinhas poderíamos nos livrar desse sutiã!

Aquilo foi o limite, e o silêncio definitivamente não seria uma resposta.

Então ela se virou, agarrou no pênis do marido e disse:

- Se você conseguisse firmar esse pauzinho, poderíamos nos livrar do carteiro, do jardineiro,do personal trainner, do meu chefe e até do seu irmão!

COLABORAÇÃO ENVIADA POR APOLO

OPINIÃO - O GLOBO

Encruzilhada

O GLOBO - 04/10/09

Entre as obsessões da política externa brasileira destacamse o assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e o aumento da influência na direção do Fundo Monetário Internacional. Se o primeiro objetivo se apresenta mais distante, o segundo, ajudado pelo comportamento das economias mundial e brasileira nos últimos dez anos, sem desconsiderar a crise, tornouse factível.

Com as reformas da gestão FH e o fato de o governo Lula, principalmente no primeiro mandato, ter seguido à risca a prudência receitada para qualquer política econômica responsável, o país pôde aproveitar, pelo menos em parte, um dos mais longos e sincronizados ciclos de expansão global. Num mundo puxado, em razoável medida, pela vertiginosa reciclagem da economia chinesa — convertida em consumidora pantagruélica de matériasprimas e alimentos disponíveis no Brasil —, o país conseguiu o feito histórico de liquidar a dívida externa e, de devedor contumaz, virar credor do próprio FMI. Passou a dar as cartas, guardadas as dimensões do seu poder efetivo.

A reunião de cúpula em Pittsburgh, EUA, há uma semana, pode ser considerada o resultado de um demorado cabo de guerra, em que países emergentes de um lado e, de outro, um bloco do Primeiro Mundo em que há países cujo PIB não rivaliza com o brasileiro disputaram — e continuarão a disputar — a capacidade de influir em decisõeschave. A crise precipitou o reconhecimento do G-20, gestado nas longas reuniões comerciais da Rodada de Doha, como sucessor do G8 na função de fórum privilegiado para deliberar sobre questões econômicas e financeiras.

Pittsburgh entra para a História por esta e outra decisão: transferir para os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) e outros emergentes de alguma musculatura cinco pontos percentuais de votos no FMI. Brasil e aliados emergentes queriam sete.

Contentam-se, por enquanto, com cinco. Assim, o bloco passará a ter 45% dos votos, e os desenvolvidos, 55%. Já a questão dos assentos no board da instituição deverá continuar em aberto, por causa da resistência da Europa, em que há países com influência superestimada no Fundo. Esta agenda será tema de muita conversa, por estes dias, em Istambul, Turquia, durante a reunião anual do FMI. À medida que o G-20 se robustece politicamente, cresce a premência de o Brasil resolver uma das ambiguidades que afloraram na gestão Lula: o país quer ter peso político equivalente ao da 10ª economia mundial ou se contenta com liderar países pobres, ditaduras sanguinárias e longevas da África e do Oriente Médio, ser aliado de bolivarianos golpistas em repúblicas “bananeiras”?

GOSTOSA


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PANORAMA POLÍTICO

O vice

ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 04/10/09


A bancada federal do PSDB está planejando desencadear uma campanha, antes do fim do ano, para que o governador Aécio Neves (MG) aceite ser o candidato a vice-presidente na chapa do governador José Serra (SP). Para convencer Aécio, vão acenar com o compromisso de que ele será o sucessor de Serra, se este vencer, e que o partido, uma vez no poder, proporá o fim da reeleição.

Rio 2016: de olho nos negócios

O Ministério do Desenvolvimento quer aproveitar a divulgação decorrente das Olimpíadas de 2016 para vender a marca Brasil. Um dos objetivos é diversificar a pauta de exportações do Rio, hoje concentrada no petróleo, que corresponde a 64%. Em segundo vem o setor siderúrgico, com 4%; máquinas e serviços, 3%; e veículos, 2,8%.
Para isso, o ministério vai promover feiras e rodadas de negócios no Rio. Um dos focos é a área de serviços. “A ordem é seguir o exemplo de Barcelona”, disse o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral. A ação será articulada entre os governos federal, estadual e a prefeitura do Rio.

Se a gente não eleger uma bancada, monta um de futebol” — Renato Casagrande, senador (PSB-ES), sobre a filiação de Romário e Marcelinho Carioca

O CANTOR DA ESPLANADA

Na festa de comemoração da escolha do Rio para sede das Olimpíadas de 2016, em Copenhague, o ministro Orlando Silva (Esportes) pegou o microfone e puxou o samba “Sandália de prata”, de Ary Barroso. Sua atitude não foi surpresa. Em Brasília, nas noites de terça-feira, o ministro frequenta uma tradicional roda de samba da cidade e lá também canta. No repertório, muito Bezerra da Silva.

Sem lado

Se for candidato a presidente, Ciro Gomes (PSB) dificilmente terá o apoio do PTB. O líder na Câmara, Jovair Arantes (GO), diz que a prioridade do partido é eleger 40 deputados federais.
Nos estados, fará alianças com PT e PSDB.

Tarefa difícil

A atual briga dos verdes no Rio é para aprovar projeto de lei proibindo a venda de cerveja em garrafas PET.
Alegam que, do contrário, dobraria a poluição, já que grande parte dessas embalagens é descartada no meio ambiente.

A ofensiva de Ubiratan Aguiar

O presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, deu início a ofensiva para melhorar a imagem do tribunal no Congresso e no governo. Uma reunião com senadores semana passada foi a primeira de uma série. Os ministros do tribunal avaliam que, devido ao êxito de seu trabalho de fiscalização, se criou uma frente contra sua atuação, que tem braços no Congresso, no governo, entre os governadores e os empresários.

Preocupação máxima

O governador e presidenciável José Serra (SP) está empenhado em desatar os nós do PSDB em quatro estados: Minas, Rio, Rio Grande do Sul e Paraná. Em Minas, depende da postura do governador Aécio Neves. No Rio, o palanque dos tucanos ruiu com o lançamento da candidatura de Marina Silva (PV). No Rio Grande do Sul, a crise do governo Yeda Crusius é um problema, e no Paraná há a briga entre o senador Álvaro Dias e o prefeito de Curitiba, Beto Richa.

SOBRE AS RELAÇÕES com o PSDB, diz o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ): “O melhor cara no PSDB para conversar é disparado o senador Sérgio Guerra

O EX-PREFEITO de Belo Horizonte Fernando Pimentel fala sobre aliança na eleição presidencial: “Na campanha precisamos do tempo de TV do PMDB para eleger a ministra Dilma Rousseff e, depois, de seus parlamentares para governar”.

SE DEPENDER da conveniência do governador Eduardo Campos (PE), Ciro Gomes (PSB) não será candidato à Presidência da República. Ele quer compor com o PT.

ILIMAR FRANCO com Fernanda Krakovics, sucursais e correspondentes

SUELY CALDAS

Lula e PT - antes e depois

O ESTADO DE SÃO PAULO - 04/10/09


Quando Lula foi eleito em 2002, muitos dos que nele não votaram passaram a considerar positiva sua vitória. Argumentavam ser útil para a evolução da democracia o PT e seu maior líder passarem pela prova de fogo de governar o País. Na época o PT tinha 18 anos de vida e 18 anos de oposição a todos os governos no plano federal. Uma oposição implacável, destruidora e por vezes irresponsável, que na gestão FHC impediu a aprovação de reformas fundamentais para o progresso do País e que fez falta quando eles assumiram o poder, em 2003.

Até então o PT se apresentava (e assim era visto pela população) como o único partido honrado, ético, honesto, virtuoso e bem-intencionado, o único capaz de distribuir a renda do País e melhorar a vida dos pobres. Todos os outros partidos eram desonestos, aproveitadores e não confiáveis.

O contraste entre esse pretenso virtuosismo e a realidade que o governo do PT apresentou em seis anos e nove meses de gestão decepcionou os brasileiros, principalmente os que nele acreditavam. Do caso Waldomiro Diniz, passando pelo mensalão, até a recente recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) de suspender 41 obras do governo federal - 13 delas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), gerenciado pela ministra Dilma Rousseff - por suspeita de fraudes e corrupção, o legado que Lula e os partidos que a ele se aliaram deixarão é devastador para a construção da democracia e um péssimo exemplo para os jovens estreantes e também os veteranos na carreira pública.

Nos últimos dias Lula e os ministros Dilma Rousseff e Paulo Bernardo (Planejamento) espinafraram e responsabilizaram o TCU por atraso em obras públicas e até por um absurdo e hipotético adiamento da Copa do Mundo no Brasil para 2020, avocado com ironia pelo ministro Paulo Bernardo.

O TCU apenas cumpre sua função de fiscalizar a aplicação do dinheiro público e propor ao Congresso a suspensão de obras que reiteradamente foram objeto de advertências, sem resultados. Para isso foi criado e é sua única razão de existir. Ruim seria se deixasse correr frouxo obras que devoram o dinheiro público se sabe lá para o bolso de quem.

E o governo, o que fez? Pelo visto, nada. Preocupados em mirar suas armas contra o TCU, os ministros não apresentaram ao País nenhuma explicação sobre eventuais investigações ou punição de fraudes, superfaturamento e desvios de dinheiro nas 41 obras, que somam R$ 35,4 bilhões de investimentos. Afinal, ninguém melhor do que o governo para fazê-lo, já que conhece os gerentes públicos e as empresas contratadas para executar as obras. A Refinaria Abreu Lima, no Recife, por exemplo, teve seu orçamento inicial de R$ 4,2 bilhões triplicado, e as explicações da Petrobrás não convenceram os conselheiros do TCU. De fato, é razoável acrescentar ao orçamento alguns gastos não previstos e de uso comprovado, mas triplicar o valor da obra é grave, é preciso explicar as razões publicamente. A população tem o direito de ser informada e fazer seu julgamento.

Quando se trata de corrupção, o governo Lula costuma inverter os papéis. A culpa é de quem investiga, nunca do suspeito. Com exceção do mensalão, que recebeu um relatório competente do ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, todos os demais casos de corrupção do governo Lula não tiveram uma única punição, ninguém foi condenado ou preso. Waldomiro Diniz, o mais veterano deles, descoberto há seis anos, continua impune - como os aloprados, os vampiros, os dólares na cueca e tantos outros. Alguns mensaleiros, como os petistas José Genoino e João Paulo Cunha, até voltaram à Câmara dos Deputados.

Carinho, tolerância, camaradagem e compreensão é o que eles recebem do presidente Lula, que só não os perdoa porque neles não vê nenhuma prática criminosa com o dinheiro público. Mas fica brabo com quem pede apuração e punição aos corruptos.

Esse é o legado político mais nocivo da era Lula. Ao banalizar a prática da corrupção, justificar o loteamento político do Estado como necessário à governabilidade, ampliar funções públicas para distribuí-las entre os partidos aliados, considerar natural esses partidos avançarem sobre o dinheiro público, desculpar e acobertar corruptos, o governo Lula alimenta (em vez de trabalhar para suprimir) a ideia comum no serviço público: "Ora, se eu não fizer, outros farão, portanto vou me dar é bem, pois ninguém é punido mesmo."

Essa espécie de sentença às avessas algumas vezes atormenta, em outras gera dúvidas em funcionários de carreira conscientes do ofício de bem servir à população e é extremamente perigosa para os jovens em formação que ingressam no serviço público em meio a um cenário de permissividade e tolerância, em que o presidente e seus ministros criticam quem cumpre a função de fiscalizar, detectar fraudes e suspender obras superfaturadas e deixam correr frouxo o comportamento suspeito de servidores.

Já no primeiro dia do primeiro mandato Lula sinalizou o que queria fazer do Estado: ampliou de 26 para 36 o número de ministérios. Quase sete anos depois, de tão inexpressivos e inúteis, alguns deles nada têm a contar à população que deveriam servir, mas transformaram-se em estruturas burocráticas caras e povoadas de apadrinhados. Casos dos Ministérios da Pesca, da Igualdade Racial e da Política para as Mulheres. O leitor tem ideia do que fazem? São necessários? É claro que não. São atividades perfeitamente cabíveis em outros ministérios, dispensando acréscimo inútil de despesas pagas pelos contribuintes de impostos.

Afinal, é para acomodar apadrinhados do PT e dos partidos aliados que o governo Lula quer ampliar o Estado? Essa combinação só consegue criar um Estado caro para os brasileiros e fraco na prestação de serviços à sociedade. O que o País precisa é de um Estado menos perdulário e forte, focado na prestação de serviços de educação, saúde, habitação, transporte e de ministérios operacionais voltados para o desenvolvimento.

Acertaram os não eleitores de Lula ao argumentar que a democracia brasileira precisava que ele e o PT passassem pela prova de fogo de governar o País?

Certamente não. Lula não calou a imprensa, como fez seu amigo Hugo Chávez, mas a democracia e suas instituições sairão enfraquecidas deste governo.

*Suely Caldas, jornalista, é professora de Comunicação da PUC-Rio

SIMETRIA

DIRETO DA FONTE

Vai decolar?

SONIA RACY

O ESTADO DE SÃO PAULO - 04/10/09

Quem quiser casar em Surrey, na Inglaterra, agora tem um opção além da Igreja. Desde a quinta-feira é possível fazer a cerimônia a bordo de um Concorde.
A aeronave, claro, fica em solo, no pátio do Brooklands Museum. A cerimônia inclui jantar romântico embaixo das asas. O único inconveniente é o espaço: só cabem 37 convidados.

Genoma Brasil

Em ano pré-eleitoral, Roberto Feith, da Objetiva, acaba de receber os originais de um livro de Antonio Lavareda que traz informação surpreendente.
A razão do otimismo entre os brasileiros, diz o pesquisador, é uma variante genética presente em 40% da população. Emoções Ocultas e Estratégias Eleitorais vai às livrarias em novembro.

Não estou cá

Na parte florida do Festival de Cinema do Rio, os arrancas-suspiros Rodrigo Santoro e Eriberto Leão, fizeram o low-profile.
Santoro rasgou aplausos para o filme Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo. Já o ator global mostrou-se mais preocupado com a viagem que fará ao Mato Grosso, onde faz documentário sobre índios.

Abaixo os de cima

Depois do PIB da Felicidade, do Butão, vem aí a Renda da Vasta Maioria. Montado pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento, com ajuda do IPEA, o novo sistema, tentando ser mais exato, é o PIB tradicional sem os 20% mais ricos.
Por esse critério, o PIB dos EUA cai de US$ 31 mil para US$ 21 mil. O do Chile, de US$ 9.500 para US$ 4.300.

Darwin e o ambiente

A WWF-Brasil aproveita a passagem pelo Rio da Expedição Darwin para entregar, dia 13, o prêmio Personalidade Ambiental 2009.
O evento será no veleiro Stad Amsterdam, no Centro Cultural da Marinha. Vindo de Londres, o barco repete a viagem de Charles Darwin, 200 anos atrás, em que ele fez as pesquisas para A Origem das Espécies.

Responsabilidade social

Será hoje a 4ª etapa do Circuito Caixa de Corridas Populares. Na Zona Oeste de SP, onde a Esporte Solidário, de Mario Andrade Silva, atua em projeto sócio-esportivo.

Marina Nassar realiza amanhã coquetel de lançamento da Eventando, com trabalhos de alunos da Florescer.

A Melhoramentos promove recital de música sacra, em benefício da Fundação Dorina Nowill para cegos. Quarta, no Espaço Sociocultural.

Sob direção criativa de Danielle Jensen, da Maria Bonita, costureiras da ONG Ofício da Moda produziram sacolas e peças que estarão à venda nas lojas da estilista. A renda vai para instituições beneficentes.

A Lola & Maria começa a vender produtos de ONGs da Favela da Rocinha, do Rio.

Depoimentos escritos de Lazaro Ramos e Mauricio de Sousa, entre outros, abrem na quarta a exposição A Importância da Alfabetização na Minha Vida. Por Unicef e Montblanc.

As Obras Assistenciais Dona Filhinha dão chá beneficente. Quarta, no Rosa Rosarum.

Alunos do Guri Santa Marcelina estarão no programa Corpo a Corpo da São Paulo Cia. de Dança. Quinta, no Teatro Sergio Cardoso.

Foram inauguradas, em Osasco, salas de leitura patrocinadas pelo Banco Modal.
Parte do projeto Leitura para Todos, do Instituto Oldemburg de Desenvolvimento.

O WTorre Nações Unidas pode comemorar. Conquistou a certificação LEED®, concedida pelo United States Green Building Council.

Crianças poderão participar até dia 18, no Center Norte, do Reciclar é Brincadeira. Feito em parceria com a Vigor.

MARCO ANTONIO VILLA

Saudades do barão

FOLHA DE SÃO PAULO - 04/10/09


Seria bom aproveitar as próximas eleições e, pela primeira vez, transformar a política externa em tema eleitoral


AS TRAPALHADAS na condução da crise de Honduras sintetizam de forma cristalina a ação do Itamaraty nos últimos sete anos. É um misto de voluntarismo com irresponsabilidade. Algumas vezes, Celso Amorim mais parece um líder estudantil do que ministro das Relações Exteriores.
O Brasil não tem nenhuma vinculação histórica com a América Central.
Contudo, o governo brasileiro insistiu em ter participação direta na crise hondurenha. Queria demonstrar liderança regional numa área historicamente de influência norte-americana.
Como uma espécie de recado do "cara" para Barack Obama, comunicando que o Brasil era a nova potência da região. Potência sem "marines", mas com muita retórica e bazófia.
Claro que tinha tudo para dar errado, como se, em um filme de faroeste, John Wayne fosse substituído por Oscarito.
A aventura alcançou o ápice quando Zelaya chegou à embaixada brasileira. Minutos depois, recebeu a adesão de centenas de seguidores. Logo o local virou um acampamento. A tradição latino-americana se impôs. Muitos discursos, acusações, traições e atos de valentia sem nenhuma consequência prática. E tudo isso na embaixada brasileira, território nacional.
Quando o governo hondurenho cercou o prédio, o ato foi considerado autoritário. Imagine o que faria Fidel Castro se um líder anticastrista entrasse na embaixada brasileira em Havana e de lá insuflasse a população cubana à rebelião...
Celso Amorim declarou diversas vezes que lá em Honduras estava sendo jogada a sorte da democracia na América. Não era possível transigir com princípios democráticos e legais.
Era necessário não retroceder.
Estranhamente, essa determinação não é aplicada na América do Sul.
Mais ainda quando nossos vizinhos agem deliberadamente contra os interesses brasileiros, violando tratados, leis e contratos.
Tivemos o caso das refinarias da Petrobras na Bolívia, que foram tomadas abusivamente pelo governo local. Tivemos a insistência paraguaia impondo a revisão do tratado de Itaipu 15 anos antes do seu término. Tivemos as sucessivas violações do tratado do Mercosul realizadas pela Argentina e as abusivas medidas adotadas pelo governo equatoriano contra empresa brasileira.
A tudo isso o governo Lula assistiu passivamente. Não moveu um dedo.
Pelo contrário, concordou com as arbitrariedades, desmoralizou as gestões anteriores do Itamaraty e, assim, abriu caminho para que amanhã um governo resolva, de moto próprio, descumprir um tratado ou acordo.
A simpatia política com os governos chamados bolivarianos e subserviência a eles chegou ao ponto da absoluta irresponsabilidade.
A Colômbia, que tem tentado estabelecer uma política de cooperação com o governo Lula para melhorar a fiscalização da fronteira, é sistematicamente tratada com hostilidade, inclusive nos fóruns regionais.
Já a Venezuela, que disputa claramente espaço político com o Brasil e que não perde uma oportunidade para debilitar os interesses brasileiros na região (como durante a encampação das refinarias da Petrobras na Bolívia), é tratada como aliada, mesmo tendo uma política externa agressiva, sustentada por fabulosas compras de modernos armamentos. E, como o que está ruim pode piorar, a Venezuela vai entrar no Mercosul.
A diplomacia brasileira tentou por todos os meios ter presença diretiva em vários organismos internacionais e no Conselho de Segurança da ONU.
Como necessitava de votos, considerou natural ignorar graves violações dos direitos humanos em vários países (como o genocídio de Darfur), apoiou ditadores (como Muammar Gaddafi) e até fez campanha para um aspirante a diretor-geral da Unesco notabilizado por declarações de cunho antissemita. Mesmo assim, os candidatos brasileiros foram derrotados, e a estratégia fracassou.
O presidente Lula transformou o Itamaraty em uma espécie de Íbis, clube de futebol pernambucano celebrizado pelo número de derrotas.
O Brasil precisa ter papel relevante nos organismos e nas negociações internacionais. Disso ninguém discorda. Mas a maturidade econômica do país não condiz com uma política externa inconsequente. Não é com base em aventureirismo que o país vai ser respeitado. E muito menos servindo de cavalo de troia de bufões latino-americanos.
Um dos grandes desafios para o século 21 brasileiro é a construção de uma política externa global, que enfrente os desafios da nova ordem internacional. Um bom caminho para dar início a essa discussão é aproveitar a próxima eleição e, pela primeira vez, transformar a política externa em tema eleitoral.

MARCO ANTONIO VILLA , 54, historiador, é professor de história da UFScar (Universidade Federal de São Carlos) e autor, entre outros livros, de "Jango, um Perfil".

GOSTOSA DO TEMPO ANTIGO


DORA KRAMER

Ilegalidade consentida


O ESTADO DE S. PAULO - 04/10/09


Cena um: a campanha eleitoral para o ano que vem corre solta, à vista de todos, com uso explícito das máquinas públicas, pelo presidente da República, ministros e governadores.

Isso a despeito da existência de leis que reprimem o abuso de poder e determinam que a campanha tem data para começar. No caso, dia 5 de junho de 2010.

Cena dois: a Justiça Eleitoral esclareceu e o Supremo Tribunal Federal corroborou que a Constituição dá aos partidos a posse dos mandatos representativos e, portanto, quem muda de legenda sem justa causa perde o mandato. Apesar disso, o troca-troca nos últimos dias para filiação dos candidatos no ano que vem deu-se mais ou menos no mesmo ritmo de antes de o Judiciário informar ao Legislativo que a Carta elaborada pelo Congresso em 1987/1988 existe para ser cumprida.

Desobediência civil, displicência da Justiça?

Algo mais simples e cínico: um evidente acordo tácito entre os partidos e os políticos em prol da ilegalidade consentida de modo a que todos possam compartilhar do drible na ilegalidade sem ser importunados pela Justiça.

Como os tribunais só agem quando provocados - não tomam iniciativas nem criam lei, apenas interpretam e confirmam o espírito das existentes -, basta que ninguém se mexa. Os políticos adversários não perturbam uns aos outros com ações contra o abuso dos governantes e os partidos não reivindicam seus mandatos, fazendo letra morta da regra da fidelidade partidária.

Grosso modo é assim que as coisas estão se passando.

Com uma agravante: as recentes mudanças na lei eleitoral que dificultam sobremaneira o trabalho da Justiça Eleitoral no tocante ao combate do uso do caixa 2 e na recuperação da trajetória do dinheiro entre o doador e o donatário.

A aprovação do dispositivo que permite a "doação oculta" diretamente ao partido, sem a identificação da origem nem do destino específico do dinheiro, dificulta, no dizer ameno de um ministro do Supremo, "o jogo da verdade".

Na realidade, analisa o mesmo ministro, liberaliza a contabilidade paralela. "E quem doa por baixo dos panos cobra a fatura também por baixo dos panos."

Suas excelências criaram essa dificuldade de caso pensado. Com votação na Câmara e no Senado.Portanto, não deve surpreender - embora obrigatoriamente deva ser condenada - a frouxidão com o troca-troca e a permissividade com o uso mútuo das máquinas.

Os mais atentos perguntarão: e aquela representação do PSDB contra a reunião de prefeitos em fevereiro último, com Lula e Dilma em Brasília? A Justiça não considerou ato de campanha.

Por um único e simples motivo que o ministro do STF que nos fala expõe: "Não apresentaram provas consistentes numa representação redigida de tal forma que dá a impressão de ser mera representação." No sentido teatral do termo.

De lá para cá, nada mais se contestou. Até para que o autor da contestação não venha a ser objeto de um revide, quem sabe, mais bem redigido, sustentado e que dê margem a uma decisão rigorosa da Justiça.

Se a banda tocar assim no ano que vem - e parece que será essa mesmo a toada -, com os políticos fazendo tudo para anular a ativismo do Judiciário, tocará muito mal no que tange ao aperfeiçoamento dos costumes na política do Brasil.

Impasse

PT e PMDB anunciam para este mês a oficialização do compromisso de aliança para 2010. Os pemedebistas pressionaram com receio de perder a vaga de vice para Ciro Gomes, a direção do PT disse que sim e, segundo a versão dos interessados, só falta o presidente Lula bater o martelo.

O problema é que cada um quer uma coisa: o PMDB quer fechar a aliança nacional antes de acertar as coalizões nos Estados. Acha que terá mais força nas composições regionais se já for o parceiro oficial.

Mas o PT avalia justamente no sentido oposto: prefere deixar o acerto nacional para depois porque não quer o PMDB com tanto cacife nas negociações estaduais.

Se, como dizem ambas as partes, assinarem o compromisso em outubro com validade irrevogável para 2010, alguém estará fazendo jogo de cena.

Uso do esporte

Evidente que a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016 representa muitos pontos e abundantes ganhos políticos para o presidente Lula e o governador Sérgio Cabral. Junto com o Comitê Olímpico são os responsáveis pela competente condução do processo que resultou na vitória.

Agora, daí a dizer que alguém receberá votos daqui a um ano para presidir o Brasil durante quatro ou oito, por causa de um evento esportivo que acontecerá daqui a sete anos, é fazer pouco (ou, melhor, pouquíssimo) do discernimento do eleitor.

É como ocorre na Copa: ninguém, na vigência da democracia, vota referido no resultado do futebol. Ainda que três meses apenas separe a Copa da eleição.

DANUZA LEÃO

A dura vida de um turista

FOLHA DE SÃO PAULO - 04/10/09



Quando chegam, convidam os amigos para contar tudo: os lugares a que foram, as maravilhas que viram



UMA DAS COISAS mais difíceis deste mundo é ser turista. Existem pessoas que têm essa vocação; acordam cedo para aproveitar o dia e já saem do hotel com um livrinho onde está marcado tudo o que não podem deixar de ver, o restaurante onde devem almoçar e, em casos mais graves, o que devem comer. Enquanto os homens se interessam pela história e os costumes do país, as mulheres compram.
Seja lá o que for, elas compram, e se for para não comprar, preferem não viajar. Você daria a volta ao mundo, em primeiríssima classe, se não pudesse comprar nem um alfinete? Eu, não.
Quando o casal volta ao hotel -e os quartos geralmente são pequenos-, é aquele caos, e os maridos reclamam; aliás, não conheço nenhum que não diga "Essa tralha não vai caber na mala, e ainda por cima vou ter que pagar uma fortuna de excesso de bagagem por todas as bobagens que você comprou". Que mulher nunca ouviu esse texto?
O dia de um turista é duro: se é verão, chegam suados, mortos, e na Europa, a não ser em grandes hotéis, não existe ar-condicionado; e ainda vão ter que sair para jantar. Mas talvez no inverno seja pior: eles chegam exaustos, com dor na coluna por ter passado o dia com o peso do suéter, do casaco, do cachecol e das botas -fora os pacotes. Uma delícia chegar e tirar tudo, sobretudo as botas, mas daí a pouco vai ser preciso se vestir de novo, pois tem o jantar. Numa viagem clássica, visitando três ou quatro países, são umas 35 igrejas e uns 84 museus. E como dizer aos amigos que deixou de ir a algum?
Seria bom se os casais estivessem sempre de acordo, mas não é o que costuma acontecer, sobretudo em viagens. Na vida de todo dia, em casa, é tudo mais fácil. Ele chega, o jantar está pronto, as crianças ligam a televisão, se quiserem vão ao cinema, se não quiserem deixam para amanhã, e tem sempre um assunto do escritório, o último escândalo da política, uma fofoca doméstica, tem a novela, ela pode ter uma dor de cabeça, ele querer dormir cedo, e assim vai indo a vida.
Mas numa viagem, não. São só os dois, cara a cara, se enfrentando 24 horas por dia, tomando resoluções, cada um vendo o outro como ele realmente é -porque na lua-de-mel ninguém vê-, e avaliando se é feliz ou não, se ainda está valendo aquele casamento ou se já acabou.
Isso acontece em todos os momentos do dia, e quando a mulher se irrita porque o marido leva muito tempo tomando banho, e ele se exaspera porque ela não consegue se decidir pelo suéter rosa ou o marinho -e ainda pergunta a opinião dele-, é que as coisas não vão muito bem. Mas sejamos pacientes: também não vão tão mal assim, e uma viagem não é eterna.
No dia de ir embora, ela toma um tranquilizante e sai desatinada para comprar duas sacolas onde caibam as tais tralhas totalmente inúteis que comprou -e até lembra que da primeira vez em que foi à Bahia trouxe um berimbau, na mão-, e pensa que isso faz parte da viagem, de qualquer viagem.
Quando chegam, convidam os amigos para contar tudo: os lugares a que foram, as maravilhas que viram. Até aí tudo bem, só que tem a hora de mostrar as fotos; nessa hora, só alguém tendo um mal súbito.

GOSTOSA


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MUITO BONITO

DITADO ÁRABE

للأعيان وعدد أعبحت الشعببانية يتم ماعية و تعيينهمللأعياننواب
حسب الدستور المعدل عام أصبحت إسبانيا دولة قانون إ
جتماعية و ديمقراطية تحت نظام ملكي برلماني. الملك منصبه فخري و رن و واحدئيس
أصبحت إسبانيا دولة قانون إجتماعية و ديمقراطية تحت نظام ملكي برلماني. الملك

الوزراء هو الحاكم الفعلي للبلاد. البرلمان

الإسباني مقسم الى مجلسين واحد للأعيا وعدد أعضاء يبل عين و واحد للنواب
و عدد نتائج الانتخابات نائب
نتائج الانتخابات الأخير مباشرة من أصبحت الشعبسنوات،

بينما كل سنوات، بينما يعي نتخاباتضو من مجلس الأعيان و ينتخب الباقون
الشعب أيضاً
. رئيس الوزراء و الوزراء يتم تعيينهم من قبل البرلمان اعتماداً على
نتائج الانتخابات النيابية. أهم الأحزاب
الإس أصمقسم الى مجلسين واحد للأعيان وعدد الشعببانية يتم ماعية و تعيينهمللأعيان


Bonito, né?
Ainda mais na parte em que diz:


أصبحت إسبانيا دولة قانون إجتماعية و ديمقراطية تحت نظام ملكي برلماني. الملك

PAU QUEBRADO

EX-COMBATENTE

BRASÍLIA - DF

Dilma, cadê você?

CORREIO BRAZILIENSE - 04/10/09

A discussão sobre o novo marco regulatório do pré-sal na Câmara está à matroca, sem um articulador político do governo, apesar do grande número de emendas ao projeto original. Mãe do regime de partilha, mudança estratégica no sistema de exploração de petróleo adotado pelo país, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), mergulhou depois da trombada com o governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB), de cujo apoio depende eleitoralmente. As discussões sobre o Fundo Social, a Petro-Sal e a capitalização da Petrobras também estão à deriva.
O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), tentou pôr ordem na Casa e se reuniu com os presidentes das comissões, mas a discussão das propostas já ganhou asas próprias em razão da intensa atuação dos lobbies empresariais. Mas o maior problema é que a Fazenda, o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras não falam exatamente a mesma língua.

Julgamentos
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pretende que todas as ações distribuídas até 2005 sejam julgadas este ano. Para cumprir a meta, já foram julgados 1,459 milhão de processos. Nos últimos três meses, o Processômetro criado pelo CNJ mostra 668.673 ações julgadas


Centrífugas
As dúvidas sobre as propostas do governo aumentaram, em vez de serem esclarecidas nas audiências públicas das comissões especiais. Preocupado, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli (foto), faz corpo a corpo com relatores e presidentes das comissões especiais que examinam os projetos do novo marco regulatório do petróleo da camada pré-sal.


Na pressão
Os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Miro Teixeira (PDT-RJ) pressionam o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (foto), do Rio Grande do Norte, para resguardar o dispositivo constitucional que garante participação especial dos estados e municípios produtores nos royalties de petróleo da camada pré-sal. Relator da comissão especial, Alves pretende manter o texto enviado pelo governo e empurrar com a barriga a polêmica da partilha dos royalties, que ficará para lei complementar.

Puxadores
As movimentações na bancada do PMDB na Câmara dos Deputados podem prejudicar o desempenho da legenda nas eleições proporcionais. Grandes puxadores de votos do partido não vão disputar a reeleição, em 2010. No Rio de Janeiro, o campeão de votos, Geraldo Pudim (272 mil), foi para o PR. No Distrito Federal, Tadeu Filippelli (129 mil) deve concorrer ao Senado. Na Bahia, Geddel Vieira Lima (287 mil), único peemedebista eleito no estado, é candidato a governador. No Pará, Jader Barbalho (311 mil) será candidato majoritário. No Rio Grande do Sul, Eliseu Padilha (140 mil) é candidato ao Senado.

Vertical
Depois de intervir na Bahia para garantir a aliança com o governador Jaques Wagner (PT) em 2010, a direção nacional do PDT — leia-se o ministro do Trabalho, Carlos Lupi — alterou o comando de outros três diretório estaduais alinhados a adversários. Mudanças foram feitas na Paraíba, em Mato Grosso do Sul e no Amazonas. “Nossa meta é eleger 50 deputados federais”, justifica o líder do partido na Câmara, Dagoberto Nogueira (MS).


Boletos/ A Câmara dos Deputados estuda regulamentar a emissão de passagens aéreas para convidados das audiências públicas e sessões solenes realizadas na Casa. Até o escândalo dos bilhetes aéreos, as viagens eram custeadas pelas cotas dos parlamentares. Agora, não há regra que respalde a emissão de passagens para especialistas e personalidades chamados para os eventos.

Troca-troca/ A bancada mais desfigurada com as mudanças de partido foi a da Bahia. De seus 39 parlamentares, seis mudaram de legenda, efeito colateral da polarização entre o governador Jaques Wager (PT) e o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB). Em seguida, vem a bancada do Rio de Janeiro, com quatro mudanças entre os 46 deputados, fruto da disputa entre o governador Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR).

Terrinha/ O ministro José Simpliciano já está arrumando as malas e vai deixar o Tribunal Superior do Trabalho (TST) no início de dezembro próximo. Ele retorna a Aracaju, onde nasceu, e vai reabrir o seu escritório de advocacia. Com a sua saída, a Região Nordeste ficará representada apenas por quatro ministros no TST. A vaga de Simpliciano é do Quinto Constitucional da OAB.

Indomável/ A governadora do Rio Grande Sul, Yeda Crusius (PSDB), às voltas com uma CPI que investiga o escândalo do Detran gaúcho, participa do programa Roda Viva, amanhã, às 22h, na TV Cultura. Preocupados com o desempenho da legenda nas eleições gaúchas do próximo ano, tucanos de alta plumagem querem que a governadora baixe a bola até a crise política ser domada. Yeda não está nem aí.

Celebridades/ O PDT paulista recebeu as fichas de filiação do ex-goleiro corintiano e roqueiro Ronaldo e do cantor Giovanni, da dupla sertaneja Gian & Giovanni. Ex-astro do futebol e ex-vereador comunista de São Paulo, Ademir da Guia se filiou ao PPS.

MÍRIAM LEITÃO

Ele ainda não pôde

O GLOBO - 04/10/09


O homem na frente da fila era falante. Virou-se para trás e perguntou de onde eu era. “Beautiful city”, disse ele demorando-se nas vogais para dar ênfase à beleza do Rio. Em seguida, começou a falar o que pensa da política dos Estados Unidos. É democrata, está furioso com os republicanos que não deixam Barack Obama governar, acha que os erros econômicos ainda não foram corrigidos
A cientista política Theda Skocpol, de Harvard, acha que o presidente Barack Obama tem mais dez ou onze meses, no máximo, para fazer seu governo funcionar e mostrar mudanças. Depois disso, a eleição para a renovação de parte do Congresso pode mudar o quadro político. O resultado dessa eleição de meio de mandato sempre foi definidor da capacidade de os presidentes governarem nos dois anos finais e, portanto, da chance de reeleição.
A professora eu ouvi num painel sobre Obama que reunia outros cientistas políticos.
O homem, eu ouvi na fila para compra de ingressos no Carnegie Hall, em Nova York.
Curiosamente, os dois faziam o mesmo alerta: o presidente americano, eleito num movimento avassalador de desejo de mudança, está parado em várias frentes e não consegue apoio do Congresso para nenhuma de suas propostas. E este é o melhor momento, porque ele ainda tem maioria no Congresso.

Em 2010, Obama pode perder essa maioria.
O diplomata Luiz Felipe Lampreia usou numa conversa comigo outro dia uma expressão curiosa sobre o dilema do presidente americano: — Coitado do Obama, está com dez panelas no fogo ao mesmo tempo! Ele propôs a mudança da regulação financeira mas ela não foi aprovada ainda; ele conseguiu aprovar na Câmara a lei climática para a redução das emissões de carbono mas o assunto ainda tramita no Senado; ele enfrenta problemas na aprovação da reforma do sistema de saúde. Essas três panelas já são o suficiente para tornálo um presidente dividido ou um cozinheiro à beira de queimar o jantar.

Obama está espremido pelo tempo da política americana.
Se não levar algo concreto na reunião do Clima em Copenhague vai frustrar a melhor esperança de mudança que havia nas negociações climáticas, a do rompimento do imobilismo negacionista americano. Se não aprovar uma nova regulação financeira não vai cumprir o que prometeu: evitar que os bancos repitam os mesmos desatinos. Se não aprovar a reforma do sistema de saúde terá perdido o que elegeu como a grande marca de seu governo.
— A economia de vocês está em melhor situação.
Tomara que tenham aprendido com os nossos erros — disse o homem da fila do Carnegie Hall, que passou a contar sua vida.
Seu avô chegou aos EUA vindo da Alemanha, há mais de 100 anos, e ele já tem netos nascidos lá.
— Sou de uma família de imigrantes de quatro gerações na América. Não tenho nada contra imigrantes, mas meu avô teve que aprender inglês, ter todos os papéis, se integrar à cultura. Meu pai teve que ser melhor do que ele; eu melhor do que meu pai. Hoje, as escolas dão aulas em espanhol porque imigrantes sem documentação não querem aprender inglês.
Mesmo tendo votado em Obama, ele reage aos imigrantes, uma ferida aberta principalmente em épocas de pouco emprego. Mas neste momento o que mais o preocupa é o desempenho de Obama que vem sendo bloqueado pela reação da oposição republicana.
Os Estados Unidos estão divididos. Os políticos discutem minúcias. A reação a Obama parece fora de propósito como nas críticas feitas a uma simples fala aos estudantes, no começo do ano letivo, para que estudem mais. Os republicanos diziam que era “doutrinação socialista”. O homem da fila acha que Obama tinha que enfrentar os republicanos.
— Ontem liguei para minha neta que mora em Washington.
Disse a ela que o governo tem que aproveitar que tem maioria nas duas Casas e votar as mudanças. Eles não vão deixá-lo governar e você sabe por quê — me disse o falante da fila, sugerindo, em seguida, que o velho racismo continua presente.
Se é racismo ou o natural confronto entre democratas e republicanos, é tema que divide analistas. Hoje, os cientistas políticos ainda divergem sobre o que a eleição do presidente representou. No mesmo seminário que ouvi Theda Skopcol, ouvi duas interpretações opostas sobre a eleição do primeiro presidente negro dos EUA. Larry Bartels, de Princeton, acha que Obama é mais do mesmo, sua eleição é mais um dos fenômenos de alternância de poder entre os dois partidos hegemônicos. O professor da Universidade da Pensilvânia Rogers Smith acha que Obama mudou mais do que apenas a história americana.
— É o primeiro descendente de africano que governa qualquer país de maioria branca no mundo.
Smith disse que a história racial americana é dividida em três partes: a escravidão, a segregação, e o esforço de integração. Nos outros períodos, não houve uma divisão explicitamente partidária.
Dos dois lados do quadro partidário havia apoio a políticas contra ou a favor da escravidão e da segregação.
Agora a divisão é nítida: os republicanos são todos contra qualquer política de favorecimento das minorias.
Theda Skopcol lembrou que Franklin Delano Roosevelt ao assumir teve nos primeiros meses do seu governo apoio total, suprapartidário, para as políticas de combate à depressão econômica.
Obama teve uma curta lua-de-mel e a velha polarização política americana já voltou a agir. Agora, ele tem apenas alguns meses antes da próxima eleição que pode tirar dele a maioria no Congresso.

Eu consegui meu ingresso.
Meu companheiro de fila também. Fui ver a peça do compositor Trey Anastasio “Time turns elastic” (O tempo se fez elástico). Para Obama, ele não é.

GOSTOSA


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JANIO DE FREITAS

O lugar no mundo

FOLHA DE SÃO PAULO - 04/10/09


ACHAR QUE O BRASIL "conquistou cidadania no mundo" porque sediará uma Olimpíada daqui a sete anos não é só uma elaboração mental estapafúrdia, que por si não causaria espanto, é uma demonstração de que Lula não tem noção do que seu governo faz, nem do seu próprio fazer na Presidência.
Com alguns erros menores e inevitáveis, porque na ação política a linha reta é quase inexistente, a verdade é que o governo Lula deu ao Brasil uma projeção na política internacional que o país jamais tivera. Nem a participação da FEB e de um bravo grupo de aviação de caça é lembrada nas histórias da Segunda Guerra, nem ao chegar à dimensão de oitava economia mundial o Brasil se tornara mais considerado nas formulações internacionais.
Auxiliado pelo equívoco dos países desenvolvidos que o supõem um operário autêntico e reformador do Brasil, fantasia da embasbacada imprensa europeia e norte-americana, Lula teve o mérito de operar uma confusa identificação do seu exacerbado personalismo com o país. E estendeu de um ao outro atenções e benevolências que abriram portas e presença em centros de decisão.
Dá uma ideia dessa fusão inovadora, e do seu processo, a comparação com o personalismo de Fernando Henrique, não menos exacerbado, mas que confinou seus objetivos aos limites pessoais dos títulos, condecorações e outras projeções individuais.
A ação externa do governo Lula é parte de um contraste agudo. Lula produz nas relações internacionais um passo primordial e extenso de descolonização do Brasil. No plano interno, porém, a política econômica e suas projeções sociais preservam o colonialismo ante essa espécie de metrópole mundial que são os capitais internacionais combinados, com suas ramificações internas completando o sistema colonizante.
Ainda estamos por saber se tal contraste é uma contradição, decorrente do conservadorismo de Lula, ou se é como um habeas corpus -provavelmente parte das propostas de José Dirceu no planejamento do governo Lula- para tornar aceita a política externa e, em especial, sua realçada face latino-americana.
Sob críticas internas muito azedas, capazes de ver no erro de uma indicação para a Unesco uma condenação de toda a política externa, é no entanto inegável que o Brasil chegou a uma expressão internacional que não depende da safra de soja e dos êxitos da Vale. E não foi a concessão da Olimpíada que lhe trouxe a nova condição. Lula, pelo visto, não sabe, mas foi o contrário, a "cidadania no mundo" já conquistada é que levou o Brasil a obter a Olimpíada. Com a ajuda, isso Lula sabe, de caríssimo marketing e outros recursos menos citáveis.

ARI CUNHA

A troca de elite

CORREIRO BRAZILIENSE - 04/10/09


Tudo começou no primeiro ano em que o Partido dos Trabalhadores ocupou o poder e passou a usufruir o status de elite brasileira. Há exceções, é claro. Mas há os que foram picados pela mosca azul, como disse o Frei Betto. Esses, se transformaram em patrões vermelhos, em ditadores até, em corruptos. Passaram aos olhos do povo a mesma imagem do coronelismo que tanto criticavam. O artigo 67 do estatuto do PT não foi suficiente para assegurar o direito dos deputados Luiz Bassuma (BA) e Henrique Afonso (AC). Diz o artigo que o parlamentar poderá ser dispensado do cumprimento de decisão coletiva, diante de graves objeções de natureza ética, filosófica ou religiosa, ou de foro íntimo. Não puderam ser contra o aborto. (Circe Cunha)


A frase que não foi pronunciada

“E minha mãe, fica onde nisso?”

»Marina Lourenço, pensando enquanto acelera na Ponte JK, depois de ser xingada por dirigir a 60km/h.



Indenizações

»“Ao tentar remediar um erro histórico, o esforço reparatório brasileiro acabou gerando injustiças.” A opinião é de Glen da Mezarobba, pesquisadora da Unicamp. Cita como sendo de 150 pessoas o número de desaparecidos. O trabalho de recuperação deve ser orientado nos dois sentidos. Sabendo os erros dos dois lados, o cidadão ficará com capacidade para opinar.

Honduras apenada

»A luta política em Honduras está levando o país à débâcle. Ninguém se entende, e o Brasil está para perder a extraterritorialidade. Polícia local arromba repartição que abrigava dezenas de adeptos de Manuel Zelaya. Estavam sem documentos e sem autorização para entrar na capital. Estão todos presos e incomunicáveis.

Chávez

»Continua o imbróglio na decisão de apoiar a adesão da Venezuela ao Mercosul. O senador Eduardo Azeredo, presidente da comissão, marcou para 29 de outubro a data-limite para resolver o assunto. De um lado, o senador Jucá quer elaborar um voto em separado a favor da adesão. De outro, o senador e relator da matéria, Tasso Jereissati, é contra, e terá o parecer debatido.

Inútil

»Quando a família é desestruturada, a escola passa a desempenhar um papel que não lhe cabe. Os professores não têm preparo para lidar com alunos problemáticos. Apela-se, então, ao Conselho Tutelar, que é o mediador das desavenças. Infelizmente a atuação dos conselhos é fraca, ineficiente e raramente há solução.

Turismo

»Marselha, Nice e Lyon foram as cidades francesas escolhidas pelo Ministério do Turismo para a promoção e exposição ao público das novidades no turismo brasileiro. Brice Massimo, do escritório brasileiro na França, acrescenta que, além de receber turistas franceses, o Brasil quer incrementar o relacionamento com os profissionais do mercado.

Cartórios

»Foi em abril deste ano a briga entre os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa sobre o processo de inclusão dos donos de cartórios da Justiça paranaense no regime próprio de aposentadoria dos servidores públicos estaduais. Tramita na Câmara proposta que efetiva titulares de cartórios sem concurso público. É a PEC 471/05.

Yes, weekend

»Brincando de plagiar a frase de campanha do presidente Barack Obama, o presidente Lula nem imagina os comentários sobre o assunto. Ele disse, quando defendeu os Jogos Olímpicos no Rio: “Sim, nós podemos” (Yes, we can). E os cariocas rebateram “Yes, weekend!” (Sim, fim de semana!) se referindo ao feriado decretado no Rio pelo governador Sérgio Cabral e pelo prefeito Eduardo Paes.

Cartão de crédito

»Parcelamento de juros e saques motivaram dívidas de R$ 14.56 bilhões nos cartões de crédito. A cada R$ 4 tomados por pessoa física, R$ 1 é no cartão.

Preço alto em Pernambuco

»Porto de Galinhas quer se emancipar de Ipojuca. É pesado para o município pagar R$ 80 mil para vereador. Ipojuca é o maior de Pernambuco. Ao lado, Muro Alto, onde se localiza o Hotel Nannai, espera e participa da decisão. Fora de política, mas em favor do serviço perfeito do estabelecimento.


História de Brasília

Reconheça que os antigos na Rádio Nacional de Brasília não são sabotadores. Vieram ajudando o programa do ex-presidente, vivendo o mesmo entusiasmo dos primeiros dias de Brasília. Como candangos, são dóceis e disciplinados. Não pise, entretanto, nos seus calos! (Publicado em 10/2/1961)

GOSTOSAS DO TEMPO ANTIGO

ELIANE CANTANHÊDE

50 anos em 7

FOLHA DE SÃO PAULO - 04/10/09



BRASÍLIA - Os EUA descem (do topo), o Brasil sobe (da base emergente). Obama murcha, Lula infla. As mútuas cutucadas continuam, e o contraste diz muito: um chegando cabisbaixo de volta a Washington e outro falando de Copenhague ao mundo. É o retrato do momento e uma projeção do futuro.
Internamente, o Brasil está em festa, recuperando a autoestima, o orgulho, a ambição. Ou seja, as Olimpíadas de 2016 reforçam os projetos de Lula para 2010 e embalam o seu sonho de disputar a Presidência em 2014 e voltar em 2015.
Mas, se o Rio é a "Cidade Maravilhosa, de encantos mis", nem tudo ali é festa. A Olimpíada será em 2016, e os Jogos, porém, começam desde agora: os cem metros rasos para garantir o metrô e o acesso à Barra da Tijuca, o salto triplo para construir e reformar a Vila Olímpica, o revezamento para despoluir a baía de Guanabara e a lagoa Rodrigo de Freitas, quatro sets para duplicar a rede hoteleira.
Sem falar nas modalidades em que o Brasil e o Rio, em particular, não sobem ao pódio: combate à violência, à polícia corrupta, às balas perdidas, às metralhadoras e, ultimamente, até às granadas; e o campeonato de superfaturamento que multiplica misteriosamente os orçamentos, como no Pan.
O desafio é o de 50 anos em 7, para a urbanização das favelas, o ataque ao crime organizado, a inclusão social e soluções para saúde, educação e o menor abandonado.
As Olimpíadas trazem uma profusão de emoções, desde o choro de Lula, a alegria do carioca e "o orgulho de ser brasileiro" até o medo das enormes responsabilidades.
No discurso de Copenhague, forte, emocionado e irônico em relação a Obama, Lula admitiu "alegria e preocupação". Não explicou, nem precisava. A alegria é pela vitória estonteante, com seus efeitos externos e internos. A preocupação é com o que vem por aí. Botar a casa em ordem para uma Olimpíada não é fácil, nem só uma festa.

JOSÉ SIMÃO

Ueba! Doutora Havanir quer casar!

FOLHA DE SÃO PAULO - 04/10/09



Aterroriza os eleitores, assusta a oposição e estremece os fumantes: Serra 2010


BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta!
"Caminhos da Índia" 2: indiano detido com dois travestis em Copacabana. Na esquina da avenida Atlântica com a REPÚBLICA DO PERU! Aliás, devia ser República dos Perus! E em Varginha tem um ginecologista chamado O.B. Tavares! E o ministro Minc, Minc Leão Dourado, interrompeu uma obra do PAC para preservar as pererecas. Normal. No Brasil, qualquer um interrompe qualquer coisa por uma perereca.
Diz que é um tipo que tá em extinção. A única perereca em extinção é a da Hebe! E sabe qual a diferença entre rã e perereca? Rã é comestível e perereca é comível.
E as últimas do Egito. Sabe o que eu pensei quando vi uma múmia?
"Que botox maravilhoso, tenho que avisar a Marta." Aí, entrei num hotel na Jordânia. Sabe aqueles chás e cafés que deixam em cima do frigobar?
Peguei um chá e tava lá: marca DILMAH! Mas Dilma com H. Taí um bom slogan pra 2010: DILMA COM H! E o Serra Vampiro Anêmico.
Aterroriza os eleitores, assusta a oposição e estremece os fumantes: Serra 2010. Diz que ele é mais feio que a morte comendo pastel.
Embaixada da Mãe Joana! O Zelaya só dorme. Devia ser ZZZZelaya.
Zelaya, Ratinho ou Professor Girafales. À vontade do freguês. E sabe a campanha que vou lançar? Leve uma quentinha pro Zelaya. Melhor, leve um desodorante pro Zelaya. E sabe como o Lula vai resolver esse impasse internacional? Vendendo a embaixada brasileira pro Chávez. E com o inquilino dentro. E a capital de Honduras mudou de nome: de Tegucigalpa pra TEGUCIGOLPE! E uma amiga minha disse que não daria asilo pro Zelaya, daria asilo pro Zé Mayer! E o Lula vai lançar mais um programa social de ajuda ao Zelaya: Bolsa Golpe Família.
E a doutora Havanir quer casar! Tá procurando marido pela televisão.
Qual o problema de casar com a Havanir? Não tem gente que vai no Playcenter e paga pra levar susto? E já imaginou se na hora do clímax, do orgasmo, ela tem um surto neurótico-político e grita: "MEU NOME É HAVANIR! MEU NOME É HAVANIR!". Então o pré-requisito pra casar com a Havanir é ser deficiente auditivo. E diz que o Enéas vem puxar a perna de quem casar com a Havanir. É mole? É mole, mas sobe!
E atenção! Cartilha do Lula. O Orélio do Lula! Mais um verbete pro óbvio lulante. "Honduras": contrário de ondas moles. Honduras, Ondas Moles e Ondas Médias. O lulês é mais fácil que o ingrêis. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã!
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

ENEM VEM QUE NÃO TEM

ANCELMO GÓIS

Lado verde de Dilma

O GLOBO - 04/10/09


Como os povos da floresta terão palanque próprio em 2010, com Marina Silva, os petistas reforçam o discurso ambiental para compensar o baque.
Dilma Rousseff, candidata chapa branca, tem conversado com Carlos Minc, mais importante quadro verde do PT depois das saídas de Gabeira e Marina.

Agenda verde...

A ideia é organizar, no primeiro trimestre do ano, uma agenda verde para Dilma.
A candidata quer começar pelo Nordeste — uma forma sutil de criticar Marina, tida por alguns verdes como preocupada só com as questões ambientais da Amazônia

A festa é de todos
Eduardo Paes não consegue esconder a felicidade de ver o Rio sede dos Jogos de 2016.
Mas, com jeitinho e discrição, vai trabalhar para tentar evitar o que houve no Pan de 2007, quando a maior parte da conta foi espetada na prefeitura, arruinando o caixa de Cesar Maia

Foi assim
Sexta, às 14h55m, o avião da Gol que fazia o voo 1845 já ia decolar de Aracaju para o Rio.
Mas, antes de acelerar, o piloto viu uma tartaruga cruzando a pista. O avião esperou uns 15 minutos para o bichinho concluir sua travessia. Não é fofo?

No mais Viva o Rio, sede dos Jogos de 2016. Mas a coluna não se cansa de repetir. O preço da vitória é a eterna vigilância da sociedade para que a cidade melhore, de uma vez por todas, sua infraestrutura, muito precária.

‘Yo soy Kaká’
Nosso maestro Kaká, o craque da seleção e do Real Madrid, depois de aprender inglês e italiano, começou a estudar espanhol.
É que o camisa 10 de Dunga gosta de responder aos repórteres no idioma de quem fez a pergunta.

O DOMINGO É de Raquel Fuína, esta lindeza de 22 anos que vai viver Glória na novela “Cama de gato”, que estreia amanhã na TV Globo. Será filha de Rose, personagem de Camila Pitanga.
O sonho de Glória é se tornar modelo. A carioca Raquel começou a carreira aos 14 anos e, aos 17, debutou na Globo.
Recentemente, fez a peça “Samba, choro e poesia” e participou do filme italiano “Natale a Rio”, de Neri Parente

A cura de Dilma
A Igreja Renascer, daqueles bispos que foram presos nos EUA, resolveu faturar em cima da doença de Dilma Rousseff.
Divulgou um texto, dizendo que, “passados 25 dias após o encontro entre os líderes da Renascer e Dilma, chegou a confirmação dos médicos: ‘Ela está livre de qualquer evidência de linfoma’.” Meu Deus.

Comeu da fruta
Em sua vinda no Rio, em março, Sylvester Stallone foi apresentado a uma tigela de açaí.
O fortão adorou. Agora, recebe do Pará uma caixa da fruta com fama de energética.

Fator Abdelmassih
Os deputados do Amazonas discutem projeto que determina que exames ginecológicos no estado sejam acompanhados de enfermeira ou auxiliar mulher.
A proposta, do deputado Angelus Figueira, prevê regras para evitar que médicos fiquem a sós com as pacientes.

ZONA FRANCA

A ONG Fala Bicho estreou o site http://ogritodobicho.blogspot.com/.

Dia 9, o advogado Melhim Chalhub falará na Universidade de Coimbra.

Marcelo Gleiser falará do Gênesis, segundo a física, hoje, no Midrash Centro Cultural, no Leblon, às 19h.

Hermann Baeta e César Brito inauguraram a Praça da Cidadania em frente à OAB, em Brasília.

Amanhã, Aluizio Maranhão, Miro Teixeira e procuradores da República discutem a liberdade de imprensa.

Thiago Bottino, da FGV-Rio, faz palestra na Alemanha.

O Grupo ArcoIacute;ris vai distribuir 500 mil camisinhas na Parada Gay.

Pedro Vasconcellos lançou o site pedrovasconcellos.com.

Hoje, no condomínio Rio2, haverá festa do Dia de São Francisco.

Nosso maestro

Veja como a fama do futebol brasileiro não conhece fronteiras.

A camisa da foto está à venda numa loja de Copenhague, na Dinamarca, e celebra Júnior, um dos nossos craques, que, quando reinava nos campos, tinha o apelido de Maestro. Ele merece.

Blitz no feriado

No feriadão de 12 de outubro, o Detran do Rio vai fazer uma megaoperação de fiscalização em 20 municípios do estado contra os inadimplentes de IPVA.

A lista com o nome das cidades será divulgada amanhã. Segundo o Detran, metade da frota do Rio, uns 2,3 milhões de carros, está com IPVA atrasado.

Tá duro? Para aproveitar a passagem de alguns casais salientes, mas sem dinheiro, pela Via Dutra, um motel pôs um outdoor em que anuncia sua promoção com a seguinte frase: “Tá duro? Motel Blue Sky por R$ 19,90.”

‘Saara fashion week’ Sabe tudo a ex-modelo Bethy Lagardère, viúva de um homens mais ricos da França.

Terça, comprava tecidos na Saara, o shopping popular a céu aberto no Rio.

Dois dias antes, Bethy, depois de ver o preço de um casaquinho numa loja no Shopping Leblon, não quis comprá-lo : “Ah, não, R$ 10 mil é muito caro.”

O tesouro de Dom Pedro I

Os pesquisadores do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio, descobriram um tesouro perdido. São estas duas grandes pinturas do início do século XIX, que seriam da época de Dom Pedro I.

As figuras (a de cima retrata “Diana, a caçadora”; a de baixo, uma cena de jantar) foram encontradas sob o forro de madeira de uma das salas do museu. Os pesquisadores acreditam que o cômodo deveria servir de sala de refeições, depois transformado em sala íntima da imperatriz Teresa Cristina numa reforma feita no palácio por Dom Pedro II.

A historiadora de arte do museu, Maria Paula Van Biene, diz que a descoberta “caracteriza a riqueza decorativa e ornamental do palácio em seu tempo de residência da família imperial”: — Nas obras, fixadas no alto da parede, o pintor (não identificado) usou uma técnica ilusionista, com uma sombra que dá ideia de volume e perspectiva a quem o olha de baixo para cima. Isto prova que foram especialmente produzidas para aquela sala — afirma.

‘Todo pasa’

Júlio Grondona, 78 anos, figura do futebol que parece comandar a AFA, a CBF da Argentina, desde que o general José de San Martín libertou o país, carrega no dedo este anel (veja a foto) com sua filosofia de vida: “Todo pasa”.

Ou seja, até Maradona.

Em Frei Paulo, onde se diz “tudo passa”, a máxima significa que “nada como um dia após o outro”.

COM ANA CLÁUDIA GUIMARÃES, MARCEU VIEIRA, AYDANO ANDRÉ MOTTA E BERNARDO DE LA PEÑA