quinta-feira, julho 30, 2009

MÍRIAM LEITÃO

Visão turva


O Globo - 30/07/2009

O problema fiscal não é a meta. É a atitude e a interpretação. O que está errado neste ano, perdido para o crescimento em quase todos os países do mundo, não é um número, é a forma equivocada com que o governo avalia a conjuntura e aplaude as próprias decisões. Ele está aumentando o gasto errado e chamando isso de política anticíclica.

Vários economistas alertam: a conta virá no futuro.

Para o economista-chefe da Convenção Corretora, Fernando Montero, o governo terá que recorrer ao dinheiro do Fundo Soberano (FS) para cumprir a meta de superávit primário de 2009.

Ele explica que para cumprir o resultado, o crescimento da despesa — que foi 19% maior que o crescimento da receita no primeiro semestre — terá que desacelerar para 6% até dezembro. Um resultado muito difícil de ser cumprido e que obrigará o governo a usar o FS.

Nesse contexto, Montero já acredita até que a meta de superávit de 2010 não será cumprida. Primeiro, porque no ano que vem não haverá mais os recursos do Fundo Soberano — que serão usados este ano — e, segundo, porque o carregamento estatístico deste ano para o ano que vem será fraco.

A meta mudou a cada etapa do ano. Por isso, Montero a define como meta(morfose).

Ela foi já reduzida, e só será cumprida com recursos extraordinários que não existirão nos anos vindouros.

Já os custos da política permanecerão.

— Trabalhamos este ano com um superávit primário efetivo de 1,6% do PIB que foi transformado em superávit formal de 2,5% com a ajuda do Projeto Piloto de Investimentos (PPI) e do aporte de 0,4% do Fundo Soberano. O governo preferiria não ter que recorrer ao FS, mas não terá como evitar — diz.

O problema, segundo ele, é que o FS é uma poupança finita e em 2010 haverá mais dificuldade de fechar a conta porque a meta de superávit primário será de 3,3%.

Se o país crescer mais fortemente no ano que vem, a arrecadação aumentará e isto tornará possível elevar o esforço fiscal. O problema é que 2010 é ano eleitoral e a maioria das despesas que cresceram este ano não poderá ser comprimida.

O mundo inteiro está aumentando seus gastos como forma de reverter o quadro recessivo, diz o governo. E é verdade. Comparado com o resto do mundo, o Brasil tem até um quadro bom porque os déficits nominais nos outros países são muito maiores, diz também o governo. E de novo é verdade. O Brasil terá um déficit nominal de 3,5% do PIB, o que para um ano de crise não é muito.

O problema que o governo não se dá conta, nas suas frequentes sessões de autocongratulação, é que os outros países aumentam despesas que não se repetirão todos os anos porque são investimentos. Já o Brasil está aumentando os custos da máquina pública. Os governos não estão fazendo política anticíclica aumentando salário de funcionários e as contratações para o quadro efetivo. O Brasil tem também sua história: de hiperinflação, desordem de contas públicas, dívida interna pública alta, cara e curta. Por tudo isso, comparações com outros países precisam ser relativizadas.

Ninguém hoje tem medo de solvência da dívida pública. Isso é um dos nossos vários avanços. Mesmo assim, a dívida interna cresceu no governo Lula mesmo nos anos em que a arrecadação aumentou. O que caiu foi o conceito dívida pública líquida consolidada, pela queda da dívida externa, pela valorização cambial, pelo acumulo de reservas. Mas o fato de não haver temor sobre a solvência da dívida não significa que está tudo certo. O governo tem cometido erros fiscais nos bons e nos maus momentos.

— O problema é sempre a qualidade. Era a qualidade do ajuste quando o primário disparava e é a qualidade do desajuste agora que o primário despenca — diz.

Em outubro de 2008, o superávit estava em 4,3% do PIB. Ouvido por Bruno Villas Bôas, do blog (www.miriamleitao.com), o economista Sérgio Vale, da MB Associados, disse que o superávit ficará em 2% este ano, já considerando o PPI (gastos que não são contados como gastos) e o Fundo Soberano (poupança feita no finalzinho do ano passado; ao contrário de países como o Chile que pouparam durante todos os bons anos).

— Este ano fiscal já está perdido. A questão agora é o que o governo vai fazer ano que vem, mas acho que não há risco fiscal ainda — explica Sérgio Vale.

A economista Monica de Bolle, da Galanto, alerta que é muito difícil comparar gastos de custeio dos países, mas afirma que outros governos tiveram rombos ainda maiores nas contas públicas.

— A deterioração fiscal nos EUA e Europa é muito maior do que aqui porque a crise financeira aconteceu lá, então, os gastos dos governos também foram muito maiores, isso é natural. O problema quando se olha para as nossas contas é que elas já estavam se deteriorando antes de a crise começar.

Então a crise, na verdade, acabou virando desculpa para que o governo pudesse gastar mais — explica.

O déficit público americano deve saltar de algo em torno de 3% para 14% do PIB em 2009. Em 2010, deve recuar para 9%. Isso terá impacto na dívida pública que ultrapassará 100% do PIB. A política anticíclica deles acontece através da sustentação da demanda e em investimento em infraestrutura.

Os nossos investimentos de infraestrutura são poucos e frequentemente nos projetos errados.

DE RATOS


PANORAMA POLÍTICO

PSDB pede arrego

ILIMAR FRANCO

O Globo - 30/07/2009

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), conversou, na terça-feira, com o presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP). Pediu que o PMDB não faça uma representação no Conselho de Ética do Senado contra o líder tucano Arthur Virgílio (AM). Guerra explicou que as representações do PSDB contra o presidente do Senado, José Sarney (AP), não eram hostis ao PMDB. Temer respondeu que era “inevitável” a reação contra Virgílio.

O PMDB vai à forra

O líder do partido na Câmara, Henrique Alves (RN), avalia que o PMDB não tem outra alternativa.

“Os senadores do partido exigem uma atitude, e o Sarney está muito irritado”, disse. Temer chegou a argumentar com Guerra: “Sérgio, é esquisito. O PSOL representou, vocês vão representar, e não querem que o PMDB represente?”.

O partido vai para cima de Virgílio, embora alguns, como o ministro Geddel Vieira Lima (Integração), tenham ponderado que o PMDB vai mergulhar numa crise que até agora estava restrita ao Senado.

O Senado precisa renovar-se, precisa modernizar-se, precisa oxigenar-se, e isso já era para ter sido feito há muito tempo” — Aécio Neves, governador (MG)

PENÚRIA? No Paraná, 42 prefeituras fecharam as portas ontem em protesto contra a queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios. Os prefeitos querem a aprovação de uma emenda constitucional do líder do PDT, Osmar Dias (PR), que destina 10% das contribuições arrecadadas pela União para os municípios. Os prefeitos tentam marcar reunião com o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), segunda-feira, em Curitiba.

Corporativismo

Os funcionários do Ministério do Meio Ambiente no Rio acionaram o Ministério Público para impedir a abertura de um escritório de licenciamento de prospecção de petróleo e gás em Sergipe. Eles temem ser transferidos para Aracaju.

Retrocesso

O presidente Lula deve vetar, na reforma eleitoral, a determinação para que uma amostragem dos votos seja impressa, para auditoria, se esse dispositivo não for derrubado no Congresso.

Aprovado pela Câmara, o texto está no Senado.

Brasil continua atrativo

Dados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) mostram que a crise não afugentou investidores. De janeiro a abril deste ano, as aplicações estrangeiras no Brasil caíram 19,7%; enquanto no mundo essa taxa foi de 53,7%. A estimativa da Apex é que, ao longo de 2009, os investimentos estrangeiros caiam 60% nos países desenvolvidos, 25% nos em desenvolvimento e em torno de 20% no Brasil.

Lupi e a crise no Codefat

O ministro Carlos Lupi (Trabalho) faz pouco da ameaça das confederações patronais da Agricultura, da Indústria, dos Bancos e do Comércio de se retirarem do Codefat. “Será que vão sair mesmo? Não recebi pedido formal”, diz. Reagindo aos protestos da presidente da CNA, Kátia Abreu, derrotada nas eleições para a presidência do Codefat, afirma: “Essa é a democracia da senadora do DEM, ela não aceita o voto da maioria”. Lupi relata que os representantes da Previdência e da Agricultura se abstiveram, na votação, a pedido dos ministros Reinhold Stephanes e Guido Mantega, ambos atendendo a gestões da senadora.

O PRESIDENTE da Confederação Nacional dos Transportes, Clésio Andrade, vai reivindicar ingresso no Codefat nas vagas abertas por CNI, CNA e CNC.

O MINISTRO Tarso Genro está em campanha para fazer o deputado José Eduardo Cardozo, secretário-geral do PT, seu sucessor no Ministério da Justiça.

CONTESTAÇÃO ao Conselho Nacional do Ministério Público: “O MP de São Paulo envia as informações sobre a produtividade de seus membros. O último envio ocorreu em 30 de junho de 2009, como mostra a certidão anexa”. Mas a certidão é de 31 de maio.

MERVAL PEREIRA

Sem solução


O Globo - 30/07/2009


Com pequenas variações de tons e ênfases, com abordagens mais inteligentes ou mais simplórias, as desculpas são sempre as mesmas: todo mundo faz. A principal defesa dos cada vez mais raros apoiadores do presidente do Senado é acusar os acusadores, colocando todos como farinha do mesmo saco. E como muitas vezes são mesmo, essa estratégia vai protelando o fim da crise, ou montando uma solução que livre todos igualmente.

O senador José Sarney já deu a dica: se cometi crime ao nomear parentes, todos cometeram.

Foi o que o próprio Lula fez no mensalão, quando lançou a tese, engendrada por seu ministro da Justiça da ocasião, o criminalista Márcio Thomaz Bastos, de que se tratava de caixa dois de campanha eleitoral, “o que é feito sistematicamente no Brasil”.

Desde então, a defesa das irregularidades tornou-se a marca registrada do jeito Lula de organizar coalizões partidárias.

O caso é grave a ponto de abranger de um extremo a outro o espectro demográfico do Senado. Tome-se por exemplo o neófito senador sem votos Wellington Salgado, de 51 anos.

Sem história política que sustente suas opiniões, ele tem a coragem de aparecer na televisão para defender a tese de que sempre houve “ocupação de espaço” por parte dos políticos, com nomeações de parentes e amigos.

O senador, que não se dá ao respeito a ponto de receber dos colegas a alcunha de “Cabeleira”, de uma família proprietária de uma universidade, deveria ser, teoricamente, um educador, mas sua visão da vida pública absorve como naturais essas “colocações”, que era como antigamente se apelidava o empreguismo.

No outro extremo, o senador duplamente sem voto Paulo Duque, segundo suplente do governador do Rio, Sérgio Cabral, continua a defender a efetividade do empreguismo como arma política, aos 81 anos de idade e 60 de vida pública.

Assim como Sarney, nas palavras premonitórias do senador Jarbas Vasconcellos, transformou o Senado em um imenso Maranhão, o senador Paulo Duque transformou seu mandato em uma representação do que há de mais retrógrado na política brasileira. Ele tem a dimensão de um vereador de província e lida com questões nacionais à frente do Conselho de Ética, uma piada de mau gosto pregada na cidadania por Renan Calheiros, outro exemplar da tropa de choque do PMDB.

Não é à toa que volta e meia flagra-se o olhar embevecido do hoje senador Fernando Collor a admirar a performance palanqueira do presidente Lula.

O reencontro recente desses dois políticos que já se confrontaram em situações diferentes vinte anos atrás fala bem da involução da política brasileira.

Audacioso a ponto de ter chegado ao Palácio do Planalto a bordo de uma aventura política que poucos tentariam, Collor não teve coragem de enfrentar seus algozes no Congresso, como Lula hoje enfrenta seus opositores, sem nenhum tipo de escrúpulo.

É bem verdade que, naquela época, atiçados pelo PT e sob a liderança de Lula, os estudantes foram para as ruas do país, e a totalidade dos movimentos sociais se mobilizou para exigir a saída de Collor.

Hoje, se mobilização houver, será a favor de qualquer tramoia que o governo patrocine, até mesmo a favor dos caciques do PMDB de “moral homogênea”, na definição de Márcio Moreira Alves.

Essa ousadia, essa falta de escrúpulos, essa manipulação do povo humilde, resumem o que Collor tentou fazer e não conseguiu no plano de poder político.

O grito de “não me deixem só” foi o precursor das atuações performáticas de Lula nos palanques da vida.

As acusações de corrupção, que levaram Collor ao nocaute político mas não foram suficientes para condenálo por um misto de incompetência dos advogados de acusação e um acordo político tácito, hoje são enfrentadas pelo governo Lula e seus aliados com a naturalidade dos que consideram as falcatruas políticas parte integrante do jogo democrático.

Se tivesse tido a audácia de assumir seus atos como naturais quando esteve sob o fogo cruzado da imprensa e do Congresso, Collor poderia ter resistido no cargo, assim como Lula resistiu quando o mensalão devastou o primeiro escalão de seu governo e respingou nele, a ponto de ameaçar momentaneamente sua reeleição.

É claro que Lula tinha o PT e os movimentos sociais a seu favor, e já montava o que seria o grande alavancador de sua estratégia eleitoral, o Bolsa Família. Mas Collor sabia na ocasião que grande parte daqueles que votaram pela sua cassação não tinha condições morais de acusá-lo.

Nem mesmo o irmão Pedro, que detonou todo o processo, o fez por razões altruístas, mas apenas porque lhe negaram um pedaço maior do butim.

O que Collor não sabia, e sabe agora, é que é preciso dar espaço para incluir o maior número possível de políticos, sejam de que tendência política forem, em seus projetos de poder.

Dividir o bolo, permitir que todos se locupletem, enquanto finge-se que se quer instaurar a moralidade.

É o que está em marcha no Senado nos dias atuais.

Monta-se nos bastidores uma guerra de processos na Comissão de Ética que tem por finalidade neutralizar qualquer acusação.

Caminha-se para uma aparente solução, a renúncia do senador José Sarney da presidência do Senado, a eleição de um outro senador da base do governo, de preferência do PMDB, para o cargo, e um recomeço de atividades com a pedra zerada.

Tudo indica que o máximo que se conseguirá no momento é isso, com o compromisso do novo presidente de comandar uma reforma que impedirá que aconteçam os desmandos que até agora dominam o dia a dia do Senado.

Difícil é acreditar que um presidente saído de um acordo promíscuo como esse consiga avançar na moralização dos costumes do Senado.

GOSTOSA


ELIANE CANTANHÊDE

Saturação

FOLHA DE SÃO PAULO - 30/07/09

BRASÍLIA - Lula tira o pé do acelerador na defesa de Sarney, para evitar uma trombada com a opinião pública e ficar falando sozinho.
Pesquisas do Planalto detectam o óbvio: a dessintonia entre o que Lula diz e o que as pessoas acham da crise Sarney. Nada que abale a sua sólida popularidade, mas o suficiente para detonar uma dúvida: vale a pena insistir em defender o indefensável para agradar o PMDB?
Pelos sinais que chegam a Lula, a família, os mais fiéis assessores e o próprio Sarney estão saturados com o tamanho e a insistência das denúncias. A maior preocupação nem é mais com o patriarca, é com o primogênito Fernando. Enquanto as acusações a Sarney partem principalmente de reportagens, as que atingem Fernando são institucionais, da Polícia Federal.
Se o próprio alvo já não aguenta mais e se Renan Calheiros está praticamente sozinho na guerra de representações no Conselho de Ética, o risco de Lula é se deixar vencer pela teimosia e virar arauto de causas perdidas. Não é de seu feito.
A questão ainda é a falta de um "plano B", ou seja, um sucessor para Sarney que não alimente a CPI da Petrobras nem deixe a candidatura Dilma à míngua. Curiosamente, quem providencia uma alternativa são, ora, ora, o PSDB e o PT, não para ajudar Lula, mas para tentar tirar o Senado da crise. Eles articulam uma licença de 60 dias (sem volta) para Sarney e, ainda cuidadosamente, o senador Francisco Dornelles para a vaga dele.
O PMDB tem a maior bancada e o "direito" à vaga, mas não tem nomes e não cederia a vez nem para o PT, nem para o PSDB, nem para o DEM -que abandonou Sarney. Dornelles, único senador do PP, é "o mais governista dos governistas", dialoga bem com a oposição e tem um trunfo com o PMDB: foi dos raros a ficar com Renan até o fim de sua agonia. O obstáculo é o DEM, mas todos vão ter que ceder. Inclusive Lula, fazendo o que deveria ter feito desde o início: ficando calado.

PARA....HIHIHIHI

TORTURA CHINESA

Um homem se perdeu no meio da China. Passou 3 meses dormindo em cavernas e comendo plantas, passando frio e fome. Um belo dia ele avistou no alto de um monte uma enorme casa chinesa. Correu em sua direção e bateu a porta. Abriu-a um senhor chinês de longas barbas brancas que perguntou o que o esfarrapado rapaz desejava..
- Estou a mais de 3 meses perdido pelos campos, dormindo em cavernas frias e comendo plantas. Por favor, eu gostaria de uma cama limpa, um lugar para banhar-me e um prato de comida decente. Estou muito cansado e faminto..
O velho chinês ponderou e falou:
- Eu lhe ofereço um quarto limpo, um banheiro, roupas limpas e uma nobre refeição. A única condição é que o senhor não faca nada a minha neta.
- Claro, senhor. O senhor realmente é um homem bom.
- Se acontecer alguma coisa a minha neta, o senhor sofrerá as três piores torturas chinesas.
- O senhor pode ficar tranqüilo.
Então o rapaz tomou seu banho, vestiu suas novas roupas e desceu para jantar.Foi sentar a mesa, e olhar para a jovem neta chinesa do velho avo chinês e se apaixonar. Além de maravilhosa, ele sentiu que o interesse era mútuo. Paixão a primeira vista.
Pensou em silencio:
- Ha 3 meses não vejo uma mulher, e com certeza essa noite valerá qualquer sacrifício, mesmo essas 3 piores torturas chinesas.
De noite foi ao quarto da jovem e teve a noite mais incrível de sua vida.
Ao acordar, sentiu um grande peso sobre o seu peito. Abriu os olhos e viu uma enorme pedra sobre seu peito. Nela estava escrito:Primeira grande tortura chinesa: grande pedra sobre peito. Bem se for assim, tudo bem. Ergueu a pedra e conseguiu lançá-la pela janela próxima a cama. Foi quando ele viu uma linha amarrada a pedra.Em uma outra face da pedra estava escrito:Segunda grande tortura chinesa: pedra amarrada ao testículo esquerdo. Desesperado com a situação e rapaz se atirou pela janela atras da pedra.Foi quando pode ver escrito numa terceira face da pedra:Terceira grande tortura chinesa: testículo direito amarrado ao pé da cama.

COLABORAÇÃO ENVIADA POR ISABEL

GOSTOSAS


CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

DORA KRAMER

Operação mãos sujas


O Estado de S. Paulo - 30/07/2009

Infortúnio difícil de enfrentar esse que o senador José Sarney achou de construir para si no epílogo de tão celebrada biografia política: não bastasse a sanha dos inimigos precisa também administrar o ímpeto apaixonado dos amigos.

Cada um que se levanta para defendê-lo o faz de maneira mais desastrada que o outro. Nenhum deles, do presidente da República ao líder do PMDB no Senado, passando pelos dois mais destacados suplentes integrantes de sua tropa de choque - Wellington Salgado e Paulo Duque -, nenhum foi capaz de fornecer ao senador José Sarney um alento sequer.

Justiça seja feita, tudo começou com ele mesmo, no primeiro discurso de autodefesa, quando considerou uma afronta à sua história ser contestado por ter feito de Agaciel Maia poderoso executor de esquema de poder paralelo no Senado.

Aquilo irritou as pessoas. Que ficaram ainda mais irritadas quando o presidente Luiz Inácio da Silva corroborou a tese dizendo que Sarney não poderia ser tratado como uma pessoa "comum". Estabeleceu-se aí um outro confronto de pensamentos que lançou luz sobre o problema real. Não se tratava se uma ou outra irregularidade, uma contratação indevida ali ou um nepotismo ali.

Tratava-se do choque entre o novo tempo da sociedade moderna e a política velha. Sarney não se deu conta e Lula não acreditou que há opinião no público. Preferiu se fiar no mito da "opinião publicada" representada por meia dúzia de elitistas mancomunados com seus comparsas oposicionistas. Ou, para usar o jargão, golpistas.

Com os dois suplentes e suas declarações de apreço ao fisiologismo, melhor nem perder tempo.

Passemos, portanto, direto ao fato mais recente.

Lembrando, antes, que por incrível que pareça Sarney e companhia ainda acreditaram no velho truque da aliança entre o recesso e o "cansaço" do noticiário dito excessivo que resultaria em esquecimento gradativo dos fatos e arrefecimento da crise.

Isso, com uma eleição pela proa. Obviamente, deu-se o oposto, em boa medida sob o gentil patrocínio das bobagens da defesa. Em demonstração explícita de que detecta a aproximação do tudo ou nada, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, saiu das sombras em que vinha atuando no comando das ameaças insinuadas aos colegas e partiu para a ignorância.

Literalmente. Telefonou para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, com a proposta indecente de sempre. Um acordo de paz entre os dois partidos ou o PMDB representaria contra o líder dos tucanos, Artur Virgílio, por quebra de decoro na contratação de um funcionário fantasma e na conta de hotel em Paris paga por Agaciel Maia.

Uma chantagem clara, cujo maior defeito não foi nem a nitidez, mas a estultice do gesto. Calheiros entregou-se na bandeja ao adversário e ainda mostrou que na visão de sua turma denúncia não serve para corrigir malfeitos, mas para ser usada como moeda de troca na tentativa do "abafa". Uma legítima operação mãos sujas.

Já executada em outras ocasiões e bem aceita pela oposição. Mas, desta vez, Sergio Guerra não apenas não aceitou a barganha, como espalhou a proposta recebida e, no dia seguinte, o partido emplacou três representações no Conselho de Ética.

Duas já com provas materiais devidamente expostas. A influência de Sarney na fundação que leva o nome dele e é suspeita de ter desviado dinheiro da Petrobrás é comprovada no estatuto da entidade.

A influência dele na indicação de um neto para atuar como intermediário de operações de crédito consignado para funcionários do Senado permite dúvida, mas a mentira da negativa sobre a existência dos atos secretos - objeto da terceira representação - está desvendada nos diálogos gravados pela Polícia Federal.

Noves fora, o recesso acaba na próxima semana e a situação de Sarney piorou bem. Ao ponto de mandar recados ao governo de que pode ceder e deixar o cargo. A conferir se fala a verdade ou se lança, em forma de ameaça, um novo pedido de socorro ao presidente da República.

Boi dormir

Não para em pé a história, difundida Esplanada dos Ministérios afora, de que o ministro das Relações Institucionais exagerou, por conta própria, no tom da contestação à nota do líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante.

Diga-se de José Múcio Monteiro qualquer coisa, menos que seja inexperiente ou tenha temperamento animoso. É, antes de tudo, um conciliador. Além disso, postulante a uma vaga no Tribunal de Contas da União, José Múcio quer distância de confusão. Com o Congresso ou com o Planalto.

Se saiu de uma reunião do conselho político do Palácio do Planalto dizendo que a nota em defesa do afastamento de Sarney só expressava a opinião de "um ou dois senadores", foi porque assim o autorizava o clima da reunião.

Mais provável é que o ministro ainda tenha amenizado em público o tom corrente em particular na conversa entre o presidente e o conselho.

PAINEL DA FOLHA

Assembleia geral

FOLHA DE SÃO PAULO - 30/07/09

As entidades patronais que abandonaram o Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) leram como uma decisão de governo, e não um gesto isolado do ministro Carlos Lupi (Trabalho), a mudança de regra para escolha do comando do órgão, que administra patrimônio de R$ 210 milhões. A interpretação dos empresários é que Lupi não tomaria a decisão sem o conhecimento de Lula.
De fato, Lula foi alertado dias antes por auxiliares de que a mudança poderia causar confusão. Ainda assim, mandou deixar a bola com o ministro do PDT. Agora que o caldo entornou, o assunto será tratado na reunião de coordenação de governo, na segunda-feira, que deve definir um gesto para acalmar os ânimos.

Pegou geral - O presidente da CNI, deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), aliado de Lula, faz coro às críticas da oposicionista Kátia Abreu (DEM-TO) no episódio: ‘É lamentável que tenha sido quebrada uma regra de ouro, sem a qual o sistema de administração do FAT não faz sentido. É um fato grave’.

Na onda - Afilhado político de Sarney, o senador Gilvam Borges (PMDB-AP) colocou Maria de Fatima Trindade Furtado, uma das sócias do Sistema Beija-Flor de Rádiodifusão, controlado por sua família, na 1ª tesouraria do PMDB no Amapá. Em tempo: Gilvam também é presidente do partido no Estado.

Olho por olho - Sarney tomou café com Michel Temer (PMDB-SP) ontem em São Paulo. Nas duas horas que passaram juntos, Sarney deixou claro que não abre mão de levar Arthur Virgílio (PSDB-AM) ao Conselho de Ética.

Reação - Ala significativa no PMDB, que tem o ministro Geddel Vieira Lima (Integração) à frente, não gostou nada da ideia de retaliação ao PSDB. O argumento é que tal gesto pode ter repercussão nos Estados em que os dois partidos são virtuais aliados.

Divã - Depois do desgaste sofrido no recesso, a bancada do PT no Senado volta a se reunir na terça-feira, com a presença de Ricardo Berzoini. O placar atual mostra 7 senadores a favor da licença de Sarney, e 5 contrários ou reticentes.

Data venia - Antonio Claudio Mariz de Oliveira deixou a defesa da Camargo Corrêa em ação penal derivada da Operação Castelo da Areia, da PF. A colegas, Mariz reclamou da interferência do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, que também defende a empresa.

Prévias 1 - Pesquisa Vox Populi encomendada pelo PSDB nacional no Paraná mostra vantagem de José Serra sobre Dilma Rousseff (PT) no Estado. No cenário com Ciro Gomes (PSB), o tucano tem 41%, a petista, 17% e Ciro, 13%. Sem o candidato do PSB, o governador paulista pontua 46% e a ministra, 18%.

Prévias 2 - Quando o candidato do PSDB é Aécio Neves, Ciro vai a 21%, contra 20% de Dilma e 16% do governador de Minas. Sem Ciro na cédula, Dilma tem 23% e Aécio, 20%. O campo foi feito com 850 pessoas em 49 municípios, entre os dias 12 e 18.

Barreira 1 - A bancada do PT na Câmara Municipal articula com outros cinco partidos a apresentação de um projeto de decreto legislativo para sustar o efeito das novas regras para fretados na cidade. Petistas dizem ter apoio de PDT, PSB, PRB, PC do B e de parte do PSDB.

Barreira 2 - O argumento é que o veto não poderia ter sido imposto por meio de portaria do secretário Alexandre de Moraes (Transportes), e sim de decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Tiroteio

Só pode ser propaganda enganosa. Ou esse PAC 2 vai executar os 95% de recursos que o original não conseguiu tirar do papel?
Do líder do PSDB na Câmara, JOSÉ ANÍBAL (SP), sobre o anúncio, feito por Lula, da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento, a ser lançado em 2010.

Buchada - Serra vai encarar um cardápio à base de bode na sua visita a Exu (PE), no sábado. A ceia vai fechar o dia de visitas do tucano à terra de Luiz Gonzaga, na comemoração dos 20 anos de sua morte.

Contraponto

Conta outra

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), chegou atrasado a um debate com outros quatro governadores e o empresário Jorge Gerdau, anteontem em Brasília. Assim que ele entrou no auditório, a apresentadora Cristiana Lobo fez questão de cutucá-lo:

- É que o governador mora longe.
Arruda riu e tentou capitalizar o atraso.
- É que tem muita obra em Brasília...

Ao que a jornalista retrucou, levando a plateia à gargalhada:
- Mas você só anda de helicóptero!

GOSTOSA


CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR

CLÓVIS ROSSI

Um certo jeito de máfia

FOLHA DE SÃO PAULO - 30/07/09

SÃO PAULO - A representação que o líder do PMDB, no Senado, Renan Calheiros, ameaça apresentar contra seu colega do PSDB, Arthur Virgílio, leva um forte aroma de comportamento mafioso.
Não que Arthur Virgílio não mereça uma representação. Para o meu gosto, aliás, merece diretamente uma punição porque confessou um ato de lesa-ética, qual seja pagar salário a um funcionário de seu gabinete que estava estudando no exterior.
No outro caso, o do empréstimo pedido a Agaciel Maia, ainda caberia investigação prévia. Afinal, tomar empréstimo não é crime nem viola a ética. Depende de qual o preço cobrado pelo emprestador -e você sabe bem o que quero dizer com "preço", certo?
O problema é que Renan não ameaça Virgílio porque este violou a ética, mas porque o PSDB está entrando com a sua própria representação contra José Sarney, de quem Renan é cão de guarda.
Em outras palavras, é o típico aviso mafioso: você não entra no meu território que eu deixo seus trambiques em paz.
Nem surpreende, de resto, esse tipo de comportamento em quem foi obrigado a renunciar à presidência do Senado, para não correr o risco de perder o mandato. Ao renunciar, Renan renunciou também à dignidade do cargo de senador, posto que todo senador inteiro e não castrado tem o direito inalienável de aspirar à presidência da Casa. Se não tem condições de presidir o Senado, não tem também condições de ser senador.
Mas o PMDB, claro, ainda lhe deu o posto de líder, com o que todos os liderados se nivelam por baixo. Que avalizem comportamento mafioso é apenas coerente.
Pena mesmo é que não há a menor esperança de que surja um "pentito", um arrependido como na Itália, que confesse todos os pecados de seus colegas. Aqui, não. São "tutti buona gente".

ANCELMO GÓIS

CAÇA-TALENTO
O GLOBO - 30/07/09

A Nossa Caixa Desenvolvimento, agência paulista criada para financiar empresas, veio ao mundo com estrutura enxuta: 50 funcionários e quatro diretores.
Aliás, um dos diretores foi escolhido por José Serra com a ajuda de headhunters, escritórios de recrutamento de executivos.
SEGUE...
Escolher dirigente de estatal por intermédio de headhunter pode ser novidade aqui.
Mas, na Inglaterra, o dirigente da Anac deles, por exemplo, foi selecionado por caça-talentos.
CENA CARIOCA
Ontem de manhã, o apresentador Clóvis Monteiro, da Rádio Tupi, dava espaço às queixas de um ouvinte da Baixada Fluminense, sem água há dois dias, quando decidiu perguntar, depois de descer o pau na Cedae:
– Mas... a conta está paga?
– Aqui não tem conta, não, Clóvis. É “gato”.
Ah, bom!
O GATO MALHADO...
Aliás, um “gato” ameaça a malhação das gatas da academia Pró-forma, no Leblon.
Gato de energia mesmo, descoberto pela Light.
TORNEIRA FECHADA
A cinco meses do fim do ano, o governo federal gastou, até segunda agora, só R$ 6 bi dos R$ 20,6 bi previstos no Orçamento da União para o PAC de 2009.
Os dados são da ONG Contas Abertas.
E O RUBINHO, HEIN?
Sua mola assassina trouxe de volta o alemão.
TIO SAM
Terça, um argentino tentava renovar o visto no Consulado dos EUA no Rio com uma camiseta onde se lia: Steal the rich and give to the poor (Roubar ricos para dar aos pobres).
No primeiro guichê, já o mandaram tentar de novo depois.
NO LULA, NÃO
O senador Cristovam Buarque, filiado ao PDT, foi se aconselhar sobre a crise do Senado com Carlos Lupi, presidente licenciado do partido.
O ministro tacou fogo, lembrou a briga com o pedetista Jackson Lago no Maranhão, mas fez uma ressalva: “Bata no Sarney, mas preserve Lula”.
Ah, bom!
MEIAS E CUECAS
A Alitalia perdeu quatro malas da trupe do nosso Gilberto Gil num voo de Nápoles para Madri, na temporada que o baiano cumpre na Europa.
PENSANDO BEM...
Gil precisa benzer suas malas na Igreja dos Capuchinhos.
Nos últimos anos, já perdeu bagagens em voos da Air Canadá (Toronto-Detroit), da South Africa (São Paulo-Maputo) e da Varig (Berlim-Rio, com conexão em Frankfurt).
ALÔ, JOÃO
O querido conjunto Os Cariocas, que completa 63 anos, está sem o telefone de João Gilberto e pede à coluna para mandar um recado ao grande cantor. Quer que João cante com eles Coisa de mulher, de Chico e Baiano, do velho grupo Titulares do Ritmo, lembra?
MORTADELÃO
Hoje, em Concórdia, SC, terra da Sadia, a gigante da salsicha, para comemorar o aniversário de 75 anos da cidade, vai cortar na rua, para o povão, uma megamortadela de 75 m de comprimento.
A peça lembra... Deixa pra lá.

GOSTOSA DO TEMPO ANTIGO


LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO

Outra carta da Dorinha

O GLOBO - 30-07-09

Recebo outra carta da ravissante Dora Avante. Dorinha, como se sabe, nega que tenha a idade que lhe atribuem e que não pode mostrar sua certidão de nascimento porque o papiro se desmancharia em contato com o ar. Ela há muito não escrevia e chegou a correr o boato de que fora sugada numa lipoaspiração mal feita e desaparecera para sempre. Mas Dorinha continua inteira e bem e mais ativa do que nunca à frente do seu grupo de pressão, as Socialaites Socialistas. Que tem tido problemas, segundo Dorinha. Como aumentou o uso do botox no grupo as Socialaites Socialistas às vezes custam a se identificar umas as outras. Nas reuniões ninguém reconhece mais ninguém e há dias Dorinha confundiu sua amiga mais antiga, Tatiana (“Tati”) Bitati (“Nos conhecemos numa das minhas infâncias”) com o Léo Batista. De agora em diante todas terão que usar crachás com o nome e fotografias renovadas diariamente. Ainda mais que o grupo se organiza para ir a Brasília e... Mas deixemos que Dorinha nos conte em suas próprias palavras, manuscritas com tinta grená em papel azul turquesa perfumado com “Ravage Moi”, o único perfume do mundo que precisa ser registrado na delegacia de costumes mais próxima antes de ser usado.
“Caríssimo! Beijos babados, para compensar o tempo em que não dei notícias. Desconsidere todas as versões sobre o meu silêncio. Não, eu não estava escrevendo minha autobiografia sentimental e estudando propostas milionárias para suprimir os trechos que falam dos políticos que faziam comigo o que faziam figurativamente com o país, em alguns casos também figurativamente. Também é falso que tenha me retirado para um convento para purgar ‘mes péchés’ (confie nos franceses para dar o mesmo nome a pecado e pêssego), levando apenas um camisolão de aniagem e Paulão, meu personal. Estava organizando a marcha das Socialaites Socialistas sobre Brasília, onde iremos manifestar nosso apoio a Sarney, o senador da república que melhor interpreta o preceito cristão de dar prioridade à família e é um exemplo para a Nação nestes tempos de valores degradados. Esperamos mobilizar a multidão e assistir a passeatas a favor do incompreendido Sarney. De uma cobertura, porque gosto de povo mas visto de cima. Da tua engajada de novo Dorinha”.

CLÁUDIO HUMBERTO

“Lançam dúvida acerca da qualidade e do potencial do PSOL”
NOTA DO PSOL, SOBRE A AFIRMAÇÃO DO SENADOR PAULO DUQUE DE QUE O PARTIDO ‘NÃO EXISTE’

PMDB ABRE FOGO TAMBÉM CONTRA HELOÍSA
Além de levar ao Conselho de Ética do Senado o líder tucano Arthur Virgílio (AM) por quebra de decoro, pelo aspone dele que ganhava até horas extras para viver na Europa, o PMDB deve representar contra a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL) no Ministério Público Federal, cobrando dela mais de R$ 1 milhão sonegados ao Imposto de Renda, conforme sentença transitada em julgado no Supremo Tribunal Federal.
OLHO POR OLHO
O PMDB deseja atormentar Heloísa Helena e Arthur Virgílio porque ambos têm denunciado o presidente do Senado, José Sarney.
EM CAMPO
O líder do PMDB, Renan Calheiros, diz que tentou o silêncio, na crise, mas não deu: “A bola sempre procura o jogador”, brinca o botafoguense.
APOSTA DE DELÚBIO
Delúbio Soares “opera” pela eleição de José Eduardo Dutra para presidir o partido. É sua aposta para ser de novo um petista, oficialmente.
MUITO TRABALHO
Com as novas representações, já são onze as denúncias contra José Sarney no Conselho de Ética do Senado.
DILMA VETA MILITARES DIRIGINDO ESTATAIS
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) assinou recomendação interna em que veta militares chefiando estatais. A medida tem endereço: a pressão da FAB para o brigadeiro Jorge Godinho, secretário de Aviação Civil do Ministério da Defesa, presidir a Infraero. Após as restrições ao chefe de gabinete do ministro o Nelson Jobim, outro militar passou a ser cotado: o brigadeiro Paulo Rhorig de Britto, chefe do Estado-Maior da Aeronáutica.
CONCHAVO NO RIO
A definição do futuro presidente da Infraero pode surgir no jantar do presidente Lula com o governador do Rio, Sérgio Cabral, nesta quinta.
FIDELIDADE TUCANA
O líder do governo no Senado, Romero Jucá, está longe da crise de Sarney: em Madri, com o governador tucano Anchieta Junior, seu aliado.
PAI DOS POBRES
O governo Lula enviou US$ 50 mil em “ajuda humanitária” ao Sri Lanka, para compra de roupas femininas e infantis.
TREM PAGADOR
Em um só dia, a Secretaria Especial de Direitos Humanos publicou no Diário Oficial quase 300 portarias de concessão da Bolsa Ditadura. Sem os valores das pensões ou da indenização aos beneficiários.
QUEDA PARA O ALTO
O Itamaraty em peso apoia a indicação do secretário-geral do Ministério, Samuel Pinheiro Guimarães, no lugar de Mangabeira Unger no tal Ministério do Futuro. E deseja-lhe futuro bastante promissor, e distante.
PORTUGAL MALANDRO
Malandragem do Estado português: lojas atraem o turista com “tax-free”, oferecendo devolver o imposto IVA (20% da compra) ao ir embora, mas no aeroporto o otário descobre, só após fazer o check-in e despachar as malas, que comprovantes nada valem: é preciso mostrar a mercadoria...
PERSONA NON GRATA
A Espanha maltrata brasileiros que chegam a Madri, mas seu ministro de Assuntos Exteriores e Cooperação, Ángel Moratinos, visita ao Brasil para tentar vender quinquilharias. Será hoje homenageado por Celso Amorim, o chanceler que não está nem aí para aqueles brasileiros maltratados.
FUXICO
José Sarney soube pelo PMDB que o delegado federal Marcelo de Oliveira Andrade, um dos responsáveis pelo inquérito que investiga seu filho Fernando, seria genro do senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
AMIGO DE FÉ
Mesmo faltando Procuradorias da União em Alagoas e Pernambuco, o procurador-regional em Recife, José Roberto Farias, liberou o colega sindicalista Rodrigo Veloso para trabalhar na AGU em Brasília.
NO VINAGRE
Depois que o Ibama negou licença para o asfaltamento da BR-319 (Manaus-Porto Velho) azedou de novo a relação da droga de ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) com Alfredo Nascimento (Transportes).
BARRANDO A BRIGA
Lula vai se envolver na guerra da eleição do PT, onde residem as chances de o deputado José Eduardo Cardoso (SP) virar ministro da Justiça. Ele é um dos seis candidatos a presidente do PT.
ESPETO DE PAU
Criado o Ministério da Pesca em Santa Catarina, os gaúchos exigem a criação do Ministério do Churrasco, com muitos cargos espetados.

PODER SEM PUDOR
ONDE ESTOU?
Atormentado pela greve dos professores do município de Iguatu (CE) e pela crônica falta de recursos, o então prefeito Edilmo Costa (PMDB) afogou o inferno astral, em companhia de amigos, no restaurante do Hotel Ravena. À saída, após entrar no carro, de repente ele começou a gritar:
– Roubaram! Roubaram a direção do carro!
– Calma, prefeito – tranquilizou um amigo – você está sentado no banco de trás...

O POVO? FODA-SE

QUINTA NOS JORNAIS

- Globo: Gripe faz Rio também adiar volta às aulas

- Folha: Câmbio e queda de preço derrubam lucro da Vale

- Estadão: 70% do Conselho de Ética tem ficha com problemas

- JB: Secretários recuam e Rio adia volta às aulas

- Correio: Suspeita de gripe suína cria impasse nas escolas

- Valor: Comitê quer reduzir vazão mínima do rio S. Francisco

- Estado de Minas: O atraso que Lula não quer ver

- Jornal do Commercio: Simulado mostra um Enen mais complexo