sexta-feira, novembro 09, 2012

Curto-circuito - VERA MAGALHÃES - PAINEL


FOLHA DE SP - 09/11

A insegurança jurídica na área de energia, agravada nesta semana com a aprovação da mudança nas regras de distribuição de royalties do petróleo, preocupa aliados do governo. Deputados e senadores têm sido procurados por investidores e diretores das empresas do setor elétrico, que cobram definições sobre tarifas e o valor dos ativos após o término das atuais concessões. "O governo tem de agir para clarear as regras para o setor", diz o senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Ainda essa Em almoço com congressistas em São Paulo, ontem, Delfim Netto disse ser inevitável aumento no preço de combustíveis ainda este ano. Segundo ele, o governo não tem mais margem para protelar o reajuste.

Paz e amor Dilma Rousseff disse a Eduardo Campos anteontem, no Alvorada, que o momento é de "descer do palanque" e que "não deve haver mágoa" nas relações do governo com o PSB.

Para depois "Foi uma conversa cordial e não se falou de 2014. Quem quer antecipar a sucessão é a oposição", disse o vice-presidente da sigla, Roberto Amaral.

Nem aí Questionados pelo presidente petista, Rui Falcão, Campos e Amaral evitaram compromisso com a candidatura de Henrique Alves (PMDB-RN) à Câmara. Por ora, não cogitam retirar Júlio Delgado (PSB-MG) do páreo.

Apetite O próximo dirigente partidário a jantar com Dilma será Gilberto Kassab (PSD), na segunda-feira. O prefeito aproveitará o encontro para tratar do acordo para renegociação da dívida paulistana com a União.

Que tal? Interlocutores de Dilma ironizam a preocupação do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), com seu futuro político. Responsabilizado pela derrota do governo nos royalties, Maia seria escalado para a embaixada brasileira na Líbia. "Ele se especializou em conflitos", diz um assessor.

Fadiga Embora seja tecnicamente possível a apresentação de habeas corpus ao plenário para tentar derrubar a decisão de Joaquim Barbosa pela apreensão dos passaportes dos condenados no mensalão, advogados acham que a tentativa provocaria desgaste desnecessário, dada a certeza de derrota.

Passivo Ayres Britto deixará o STF sem finalizar um de seus principais casos. Na presidência da corte, não conseguiu colocar em pauta a análise dos embargos apresentados à decisão da demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol.

A conta... Alvejado por entidades de classe após barrar no STF adicional salarial para 85 mil PMs em plena crise na segurança, o governo paulista descarta rever a medida. A incorporação do bônus implicaria gasto anual extra de R$ 2,5 bilhões.

... não fecha A cúpula da polícia também não gostou da transferência da folha de pagamento da corporação à Secretaria da Fazenda. Até então, a PM conduzia, de forma autônoma, o processamento de holerites.

Visitas à Folha Abigail Noble, diretora para a América Latina e África da Fundação Schwab, Cybele Amado de Oliveira, educadora, vencedora do Prêmio Empreendedor Social 2012, Fernando Botelho, sociólogo, vencedor do Prêmio Empreendedor Social do Futuro 2012, e Antonio Sérgio Petrilli, médico, vencedor do Prêmio Escolha do Leitor 2012, visitaram ontem a Folha, a convite do jornal, onde foram recebidos em almoço.

Miguel Bucalem, secretário paulistano de Desenvolvimento Urbano, visitou ontem a Folha. Estava com Flávio Mello, assessor de imprensa.

com FÁBIO ZAMBELI e BRENO COSTA

tiroteio

"Mesmo com a derrota para o PT, o PSDB é incapaz de traçar diagnóstico dos seus erros e se organizar para o futuro em São Paulo."

DO SECRETÁRIO EDSON APARECIDO, que coordenou a campanha de Serra, sobre a ausência de reuniões de avaliação nas direções municipal e estadual tucana.

contraponto

Existe amor em Brasília

Às voltas com conversas para recompor a base aliada após as eleições e preparar o terreno para sua reeleição, a presidente Dilma Rousseff reuniu ontem, no lançamento do programa Idade Certa, aliados como o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e o governador Cid Gomes (PSB-CE), que criticou o excesso de poder do PMDB.

O clima hostil foi quebrado por crianças que cantaram uma música que falava "eu te amo" em várias línguas:

-'Ti amo' é em italiano; em inglês é 'I love you'.

-Quem sabe essa música fofinha faça com que selem a paz? -, cochichou um deputado para um colega.

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