domingo, julho 27, 2008

OPERAÇÃO IMPACTO



MAIS UM LADRÃO: AQUINO NETO
Esse marginal roubou o nosso dinheiro vendendo para as construtoras o Plano Diretor de Natal, o filho da puta é candidato a vereador novamente. Pau no lombo desse boca mole.
INTIMIDADE COM A BOSTA
JÁ DEU SUA CAGADA HOJE?

Do que é feito o cocô?
Cerca de 3/4 das suas fezes, em média, é água. Claro, este valor é altamente variável - o conteúdo de água de uma diarréia é muito maior, e a quantidade de água no cocô que foi retido (voluntariamente ou por outro motivo qualquer) é menor. A água é absorvida do bolo fecal quando ele passa pelo intestino, assim, quanto mais tempo ele ficar retido antes de ser eliminado, mais seco ele vai ser. Sobra 1/4 de matéria sólida, do qual cerca de 1/3 é composto de bactérias mortas. Esses microcadáveres vêm da flora intestinal de microrganismos que nos auxiliam na digestão da comida. Outro 1/3 da massa é feita de coisas que são indigeríveis para nós, como celulose, por exemplo. Este material indigerível é chamado "fibra", e auxilia o bolo na sua passagem ao longo do intestino, talvez porque provoca tração. O restante dá 10 a 20% de gorduras, 20% matéria inorgânica (como sais, fostatos, etc.) e 2 a 3% de proteína.
Por que o cocô fede?
O cocô fede como resultado dos produtos da ação bacteriana. As bactérias produzem compostos orgânicos fedidos, ricos em enxofre, como indóis, skatole, e mercaptanos, e o gás inorgânico sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico). Estes são os mesmos compostos que dão aos peidos o seu odor.
Por que o cocô é marrom?
A cor vem principalmente da bilirrubina, um pigmento que resulta da destruição das células vermelhas do sangue no fígado e na medula óssea. O verdadeiro metabolismo da bilirrubina e seus produtos no corpo é muito complicado, então diremos simplesmente que muitos deles vão parar no intestino, onde são modificados mais um pouco pela ação bacteriana. Mas a cor por si mesma vem do ferro. O ferro na hemoglobina das células vermelhas do sangue dá ao sangue a sua cor vermelha, e o ferro na bilirrubina, como metabólito, resulta na cor marrom..
Como é que quando você come milho, não importa o quanto você mastigue, você caga grãos inteiros?
Cocô com milho é um dos grandes mistérios da vida. Milhares de pessoas crescem se fazendo exatamente a mesma pergunta. Ok, a teoria é a seguinte: quando você masca o milho, o revestimento mais externo libera o grão mais interno. O revestimento externo, amarelo, é quase que totalmente celulose, e é indigerível. Ele passa pelo intestino inteiro intocado, e sai parecendo um grão inteiro, apesar de ser somente a parte externa. O interior do grão é de amido e diferível, e essa é a parte que conseguimos de fato comer.
Existe alguma maneira de fazer com que o milho não saia no seu cocô?
Claro. Não coma milho.

Agora voce conhece sua merda
O SUJO
Anotações políticas
João Ubaldo Ribeiro

ESTADÃO

Menina, é tanta coisa que a pessoa não sabe por onde começar. Nunca na História deste país teve tanto assunto por aí dando sopa. Mas ouso crer que as eleições municipais no Rio de Janeiro talvez mereçam especial atenção da parte do estudioso, pelo que trazem de novidades e características singulares, além de nos acenar, muito em breve, com um novo Brasil. Os habitantes deste país, particularmente do Rio de Janeiro, já nos acostumamos (cartas sobre essa concordância aí para o editor, por caridade) à existência louca que levamos e talvez até tenhamos dificuldade em ganhar a perspectiva necessária para observar aonde estamos indo. E não é que eu tenha essa perspectiva, tenho somente umas intuições a que os fatos parecem nos levar.
Para começar, como é complicado fazer campanha municipal no Rio, hein? É bem verdade que há muito que a cidade não tem prefeito e os vereadores parecem servir exclusivamente para receber subsídios, dar medalhas, sacramentar aumentos nas passagens de ônibus e descolar foro privilegiado. Mas as eleições estão sendo disputadas, até porque o sujeito ganha e/ou furta, para cumprir essas funções, são empregaços. Em toda parte há cada vez mais especialistas em todos os aspectos do emaranhado processo que os tratados políticos franceses, com a aura de gozador que todo tratado político francês tem, chamam cinicamente de ''escolha de governantes''. E no Rio ainda há necessidade de um esquema adicional, pois, como sabemos todos, os candidatos só podem entrar em certas áreas da cidade depois de obter permissão do chefe do tráfico local, que acumula (sonho de muitos) os poderes executivo, legislativo e judiciário locais. Na verdade, ninguém pode entrar lá sem autorização ou pelo menos permissão implícita em alguma circunstância. O presidente da República, por exemplo, pode. Se mobilizar, como já mobilizou, um esquema de segurança semelhante ao que imagino terá Bush no Iraque, ou mais. Outras autoridades precisam igualmente solicitar permissão e algumas nem tentam, porque sabem da resposta negativa que receberão.
Cria-se toda uma nova especialidade, todo um novo e promissor mercado de trabalho, sem nos darmos conta. Se já não existem, deverão existir daqui a pouco firmas e profissões especializadas em contatos desse tipo, uma espécie de agenciadoras. O terreno promete, porque a cada dia aparece nova área onde só se entra depois de acordo com o governo local. O governo estadual devia criar a Secretaria Especial de Relacionamento com Comunidades Difíceis, ocupada preferivelmente por um experiente diplomata aposentado. Isso poderá significar muitos passos à frente, em relação ao que temos hoje.
Talvez, por exemplo, se consiga, ao menos em algumas ou na maioria dessas comunidades, que se negociem medidas para facilitar a vida de todo mundo. Os governantes das comunidades, ou seja, os grandes traficantes, emitiriam seus próprios passaportes e seus próprios vistos. Um mesmo passaporte poderia servir para várias comunidades, contanto que tivesse o visto de cada uma delas. Cobrar-se-ia, claro, uma taxa pelo visto e o passaporte só seria válido pelo prazo concedido, conforme o carimbo de um dos pontos oficiais de entrada e saída das comunidades. Tenho certeza de que, levada a sério, essa simples solução traria efeitos muito positivos para todos os interessados, inclusive para o chamado crime organizado, cujo funcionamento ainda deixa margem para críticas e cuja imagem precisa ser mais bem cuidada. Não pode dar a impressão de que é um crime organizado desorganizado, como às vezes acontece, o controle de qualidade é essencial.
Nos domínios do tráfico, segundo nos consta, o processo de escolha de governantes não costuma ser o voto. O fato de que votamos eletronicamente, em urnas nas quais nenhum consertador de caça-níqueis proibidos bota fé, não é o fator principal, não é nem fator. De qualquer maneira, eles escolhem lá seus governantes segundo seus métodos tradicionais. Mas não eleger representantes para tratar dos interesses deles ''aqui embaixo'' não somente os deixa um pouco excluídos e carentes, como eles correm o risco de ser ultrapassados. Já há muitos gângsteres em atividade nos três poderes do Estado cuja sofisticação aumenta cada vez mais, até com uma eventual prisãozinha de um dia ou dois, para satisfazer a sanha odienta dos despeitados, dos derrotados e da imprensa. Então o negócio é eleger mais gângsteres, que pelo menos partilhem do bolo geral e contribuam para maior eficácia da bandidagem como um todo.
Aí fica mais fácil explicar ao gringo. O governo aqui é de direita ou de esquerda? Esquerda ou direita, o que é isso? Já passamos dessa fase obsoleta há muito tempo. Os governantes aqui, abrangendo, naturalmente, todos os três poderes, são de dois tipos: os gângsteres diretos e os indiretos, sendo que geralmente existem alianças entre ambos, para facilitar os furtos e as fraudes. O restante, uma minoria insignificante, os demais políticos, vive pelos cantos, murmurando frases sem nexo e de vez em quando trocando de partido, ou para quebrar a monotonia ou porque lhe avisaram que na outra legenda ainda tem vaga de ladrão, homicida, estelionatário, CG (corrupto geral, na gíria parlamentar), xepeiros orçamentários e assim por diante.
Oposição? Sim, historicamente, sempre tivemos uma Oposição tenaz, capaz de enfrentar com denodo o martírio de ver a Situação roubando e ela de fora. Ou seja, a Oposição se compõe basicamente dos políticos que não estão se locupletando. A ideologia da Situação é se manter no poder e prosseguir larapiando. A ideologia da Oposição é chegar ao poder para larapiar também. E o lema de ambas é de tradição vetusta e nobre: ''Hodie mihi, cras tibi.'' Ou seja, mais ou menos ''hoje pra mim, pra você só amanhã''. Política é cultura.
DOMINGO NOS JORNAIS

- Globo: Milícia usa homens armados para pedir votos em favelas

- Folha: Jovem sonha em obter emprego e casa própria

- Estadão: Colômbia passou dados sobre ação das Farc no Brasil

- JB: Restaurantes declaram guerra contra a inflação

- Correio: Polícia mata três pessoas a cada 48 horas

-Tribuna do Norte: MP lista ‘provas consistentes’ contra acusados de corrupção