REVISTA VEJA
Panorama
Holofote
Felipe Patury
Marcos Issa |
O forró de Dilma
Para ganhar a eleição deste ano, a petista Dilma Rousseff precisa abrir uma ampla dianteira no Nordeste, um reduto governista. A fim de medir a permeabilidade dos eleitores locais ao discurso da candidata oficial, o Instituto Análise, de Alberto Carlos Almeida, identificou suas demandas. Entre os ouvidos, 44% dizem que a criação de empregos e o aumento dos salários na região deveriam ser as prioridades do próximo presidente. As obras de infraestrutura aparecem em segundo lugar, com 34%. Em terceiro, com 9%, vem a melhora da saúde. Os programas sociais e de combate à fome, duas peças de resistência do governo do PT, são mencionados por apenas 3% dos entrevistados, cada um.
Cristina Gallo/ Bg Presss |
Deserto de ideias
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, teve uma iluminação no deserto. Em uma visita ao Irã e à Jordânia, decidiu identificar os cientistas brasileiros de origem árabe. Para agradar aos novos parceiros do Itamaraty, expediu ofícios para universidades, cobrando a informação. Os pedidos espantaram a academia, que teme misturar conhecimento com etnia
e religião. Ainda assim, foram atendidos. Resultado: são dezoito os pesquisadores de origem árabe. Uma pequena informação ao ministro Rezende: iranianos não são árabes.
e religião. Ainda assim, foram atendidos. Resultado: são dezoito os pesquisadores de origem árabe. Uma pequena informação ao ministro Rezende: iranianos não são árabes.
Roosewelt Pinheiro/ABR |
A luta pela banda larga
A substituição de Hélio Costa por José Artur Filardi no Ministério das Comunicações deflagrou disputas por cargos na pasta. O PT requer a presidência da Telebrás, considerada estratégica para a execução do plano nacional de disseminação de banda larga. O candidato do partido é Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento. Costa e Filardi arregimentam aliados no PMDB para barrar sua indicação e manter no posto o atual presidente da estatal, Jorge Motta.
Leo Drumond/ Ag Nitro |
O time do candidato
Em 2007, o presidente mundial da Fiat, Sergio Marchionne, visitou o então governador paulista José Serra, do PSDB. Serra aproveitou a ocasião e pediu patrocínio a seu time, o Palmeiras. Há dois meses, o executivo voltou ao Brasil e perguntou pelo patrocínio. Ficou inconformado ao saber que o contrato só durara um ano. "Ele pode ser presidente!", reclamou. A Fiat, agora, propôs ao Palmeiras pagar 20 milhões de reais por ano até 2011, para anunciar na camisa de seus jogadores. O atual patrocinador, a Samsung, tem até esta semana para dizer se cobre ou não a proposta.
Marcia Gouther/ Folha Imagem |
O clube dos petroleiros
Duas dezenas de países constroem petroleiros. Há dez anos, o Brasil não constava da lista. Em abril, tornou-se o quarto maior fabricante do mundo, de acordo com a empresa britânica Clarksons. A posição foi alcançada com 49 encomendas feitas aos estaleiros nacionais. A médio prazo, a indústria prevê fechar contratos para mais duas dezenas desses navios. Só a estatal Transpetro, presidida por Sergio Machado, planeja comprar dezenove. Galgar novas posições no ranking de construtores demandará um esforço ainda maior do país. A líder Coreia do Sul tem 650 barcos nos estaleiros. A China, segunda colocada, tem 460, e o Japão, 240.
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