terça-feira, março 04, 2014

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

ASSESSORES DE MENSALEIROS GANHAM BOQUINHAS

Condenados pelo Supremo Tribunal Federal no maior escândalo de corrupção da História brasileira, os mensaleiros João Paulo Cunha e José Genoino, do PT-SP, renunciaram aos mandatos de deputado e hoje desfrutam da hospitalidade da Papuda, mas permanecem agarrados ao dinheiro público: distribuíram seus assessores em “boquinhas” na Câmara dos Deputados e até no Palácio do Planalto.


QUEM PAGA

Parte da turma de João Paulo foi absorvida por André Vargas (PT-PR) na 1ª vice-presidência da Câmara. Todos pagos por nós, claro.


GARANTIDA

Maria Socorro Neiva, por exemplo, ganhava R$ 4,7 mil no gabinete de João Paulo Cunha, e vai receber R$ 5,7 mil na 1ª vice-presidência.


PROMOÇÃO

Eduardo Dalbosco, assessor de Genoino, também foi aumentado em seu novo emprego, na Casa Civil do Planalto: R$ 10,2 mil por mês.


VASSOURA

Obrigado a manter assessores de Genoino, o suplente Renato Simões (PT-SP) aos poucos se livra da herança, promovendo substituições.


ITAMARATY ATRASA SALÁRIOS E ALUGUÉIS NO EXTERIOR

A crise no Itamaraty agora chega às finanças, apesar do prometido “corte de despesas”: contratados locais de sete consulados-gerais e de duas embaixadas ainda não receberam os salários de fevereiro, após o atraso de janeiro. O “pendura” atinge a missão do Brasil na OEA, em Washington, da ONU em Nova York, além de várias embaixadas, o que poderá render multas milionárias ao governo brasileiro lá fora.


ESTICA E PUXA

Servidores não sabem como fechar as contas em Boston, Montevidéu, São Francisco, Los Angeles, Chicago, Houston, Paris e Londres.


O SALÁRIO DANÇOU

O Itamaraty promete pagar até sexta (7), mas os funcionários, que trabalharam no Carnaval, podem parar o atendimento antes da Copa.


L’ARGENT TOUJOURS

A crise não bateu à porta do consulado em Paris: em 2012 o Itamaraty pagou € 100 mil de aluguel e manutenção, à espera do novo cônsul.


RIO EM PÂNICO

Até a livraria Argumento, no Leblon, querida dos cariocas, fechou suas portas no carnaval e, além das grades de aço, reforçou toda a fachada com tapumes de madeira, com medo de novos prejuízos com invasões e depredações. Isso no bairro onde mora o governador Sergio Cabral.


MARIONETE

Enrolado em graves acusações, o ministro Manoel Dias (Trabalho), nem considera pedir demissão, para poupar Dilma do constrangimento. Quem o proíbe de pedir o boné é Carlos Lupi, de quem é preposto.


FIRME E FORTE

Apesar de o PSD e PDT já terem pulado fora, partidos da base aliada que criaram o “blocão” para chantagear o governo já marcaram novo almoço para terça (11), após o feriado prolongado do carnaval.


PEDAGÓGICO

Marcos Rogério (PDT-RO), que votaria em Jair Bolsonaro na comissão de Direitos Humanos, comemorou o placar apertado de 10×8. “O PT precisava desse susto para aprender a respeitar acordos”, afirmou.


NÃO É FÁCIL

O cineasta baiano Dado Galvão, de “Conexão Cuba-Honduras” busca recursos para legendar o documentário “Missão Bolívia”, sobre a saga do senador boliviano Pinto Molina, que denunciou narcotráfico em seu país, passou a ser perseguido e se exilou na embaixada do Brasil.


BRIGA DE EGO

O PV identificou na briga do deputado Ricardo Izar (PSD-SP) por criar CPI dos maus tratos aos animais uma tentativa de esvaziar comissão especial que elaborará marco legal, cujo relator é José Penna (PV-SP).


DEVO-O, NÃO NEGO-O

Ex-assessor de Jânio Quadros, o escritor e jornalista Nelson Valente pede R$ 280 mil de indenização trabalhista ao eterno candidato a presidente Levy Fidelix (PRTB-SP), que tenta ser o Jânio 2.0.


É COISA NOSSA

Dinossauros comunistas da Itália, Alemanha e França foram poupados do mico de Lula visitar o porto de Mariel em Cuba, enquanto faltam portos no Brasil: o jornal Granma só mostrou em espanhol e português.


PENSANDO BEM…

…o diretor de “Gravidade”, Oscar de efeitos especiais, já deve estar de olho num filme sobre o julgamento do mensalão no Supremo.


PODER SEM PUDOR

GUERRA DAS ROSAS

Certa vez, o então presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), durante sessão em que se discutiam temas polêmicos, como uma “blindagem” ao presidente do Banco Central, afirmou que tudo se resolveria no Congresso e o Brasil melhoraria quando “chegar a primavera”. Inconformado, o então líder oposicionista José Carlos Aleluia (BA) espetou:

- Não será quando chegar a primavera, mas quando chegar o bom senso.

Na época, ainda sem ninguém saber, João Paulo Cunha e cúmplices abandonavam o bom senso para deitar e rolar no dinheiro farto do mensalão.

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