CORREIO BRAZILIENSE - 08/10
Causa indignação a denúncia publicada com exclusividade pelo Correio de que a ministra de Relações Institucionais requisita helicóptero do Samu para uso privado. Se a aeronave se destina a prestar socorro médico em casos de emergência, soma-se mais um sentimento - a revolta. A repulsa cresce com o aprofundamento dos abusos.
Para servir melhor a propósitos eleitoreiros, Ideli Salvatti exige a retirada de equipamentos destinados a salvar vidas. Entre eles, maca, tubo de oxigênio e material de primeiros socorros. Pior: a escala de atendimento de urgência deixa de existir. Quando se toma conhecimento de que o estado só dispõe de um helicóptero, o léxico português se torna insuficiente para classificar o fato.
O Brasil volta ao passado. Revive o tempo da vinda da família real para o Rio de Janeiro. A fim de responder ao problema da falta de moradias para abrigar a corte, os representantes do rei escolhiam as residências que lhes pareciam aptas a abrigar os aristocratas que se deslocaram para a América. Ato contínuo, afixavam na porta aviso com duas letras: PR. Eram as iniciais de príncipe regente.
Tratava-se de ordem de despejo. O povo interpretava o mandado com divertida ironia - ponha-se na rua. No século 21, repete-se a história. Ideli Salvatti - para fazer campanha eleitoral - priva os catarinenses do helicóptero que pode evitar tragédias. Pré-candidata ao Senado, usa o Estado para benefício próprio. Em troca de votos, deixa o Samu sem condições de prestar socorro, prevenir traumas e evitar mortes.
O aumento da escolaridade, a urbanização e a explosão das mídias sociais criaram a ilusão de mudança em velhos costumes. Um deles, talvez o mais perverso, é o trato da coisa pública. Pareciam distantes os tempos em que se via com naturalidade a depredação do patrimônio estatal. É o caso de alunos que quebram carteiras, passantes que danificam orelhões, adultos e crianças que inutilizam brinquedos de parquinhos ou destroem plantas que enfeitam praças ou caminhos por onde transitam.
É o caso, também, de políticos que lançam mão de verbas do Orçamento para si ou para os correligionários. Nem sempre o desvio se traduz em aumento da conta bancária do dono do poder. Às vezes a moeda é o loteamento da administração. Dá-se o assento a determinada pessoa em elevados escalões do governo não pela competência, mas pela necessidade de saldar favores.
Em português popular: faz-se cumprimento com o chapéu alheio. O caso Ideli não foge à regra. Além de privar os cidadãos do único helicóptero disponível, a ministra os obriga a pagar a conta. Desvia-se do rumo o dinheiro que deveria abastecer farmácias de hospitais, alimentar crianças na escola, tapar buracos do asfalto, melhorar o transporte coletivo, garantir a segurança do ir e vir. É o PR dos tempos modernos.
Para servir melhor a propósitos eleitoreiros, Ideli Salvatti exige a retirada de equipamentos destinados a salvar vidas. Entre eles, maca, tubo de oxigênio e material de primeiros socorros. Pior: a escala de atendimento de urgência deixa de existir. Quando se toma conhecimento de que o estado só dispõe de um helicóptero, o léxico português se torna insuficiente para classificar o fato.
O Brasil volta ao passado. Revive o tempo da vinda da família real para o Rio de Janeiro. A fim de responder ao problema da falta de moradias para abrigar a corte, os representantes do rei escolhiam as residências que lhes pareciam aptas a abrigar os aristocratas que se deslocaram para a América. Ato contínuo, afixavam na porta aviso com duas letras: PR. Eram as iniciais de príncipe regente.
Tratava-se de ordem de despejo. O povo interpretava o mandado com divertida ironia - ponha-se na rua. No século 21, repete-se a história. Ideli Salvatti - para fazer campanha eleitoral - priva os catarinenses do helicóptero que pode evitar tragédias. Pré-candidata ao Senado, usa o Estado para benefício próprio. Em troca de votos, deixa o Samu sem condições de prestar socorro, prevenir traumas e evitar mortes.
O aumento da escolaridade, a urbanização e a explosão das mídias sociais criaram a ilusão de mudança em velhos costumes. Um deles, talvez o mais perverso, é o trato da coisa pública. Pareciam distantes os tempos em que se via com naturalidade a depredação do patrimônio estatal. É o caso de alunos que quebram carteiras, passantes que danificam orelhões, adultos e crianças que inutilizam brinquedos de parquinhos ou destroem plantas que enfeitam praças ou caminhos por onde transitam.
É o caso, também, de políticos que lançam mão de verbas do Orçamento para si ou para os correligionários. Nem sempre o desvio se traduz em aumento da conta bancária do dono do poder. Às vezes a moeda é o loteamento da administração. Dá-se o assento a determinada pessoa em elevados escalões do governo não pela competência, mas pela necessidade de saldar favores.
Em português popular: faz-se cumprimento com o chapéu alheio. O caso Ideli não foge à regra. Além de privar os cidadãos do único helicóptero disponível, a ministra os obriga a pagar a conta. Desvia-se do rumo o dinheiro que deveria abastecer farmácias de hospitais, alimentar crianças na escola, tapar buracos do asfalto, melhorar o transporte coletivo, garantir a segurança do ir e vir. É o PR dos tempos modernos.
Esta "entidade" não é aquela que acendeu velas sobre um bolo e cantou "PARABÉNS PRÁ VOCÊ" para o demiurgo.
ResponderExcluirIDELI: VÁ CANTAR PARABÉNS ! ! !(prá não dizer que falei de flores!!)
Não é da fab...
ResponderExcluirSeria mais apropriado se ela andasse de camburão.
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