sexta-feira, março 22, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 22/03

Sem PIS/Cofins, consumidor economizaria 11% em remédio
A indústria farmacêutica quer aproveitar a deixa do varejo e também se beneficiar de um corte de tributos federais.

Enquanto as empresas se articulam com políticos para que o interesse seja defendido no Congresso, a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) fez uma simulação de quanto os remédios custariam sem PIS/Cofins.

Isentos do imposto, os consumidores economizariam 11,27%. O preço de uma caixa de desatinibe, utilizado no tratamento de leucemia, com 60 comprimidos de 50 mg, por exemplo, cairia de R$ 14.398,25 para R$ 12.774,97.

"O impacto da redução dos impostos seria imediato, porque o preço do medicamento é tabelado pelo governo. Não teria como o preço final ao consumidor não ser reduzido, como ocorreu com itens da cesta básica", afirma o presidente-executivo da entidade, Antônio Britto.

A associação calculou ainda a economia que haveria para o consumidor caso o ICMS também fosse zerado. O mesmo remédio para leucemia custaria R$ 10.475,86 -desconto de 27,20%.

"Sabemos que cortar o ICMS é mais complicado, pois depende de uma articulação com todos os Estados. Mas, se o governo quer ampliar o acesso aos medicamentos, tem que mexer nos tributos."

A isenção de impostos pode ampliar a demanda do setor. Segundo o executivo, 74% dos remédios hoje são comprados pelos consumidores e 52% dos tratamentos são abandonados no meio.

Ciclo da borracha
A Borrachas Vipal, fabricante mundial de produtos para reforma de pneus, vai reorganizar uma de suas fábricas para produzir apenas para o mercado externo.

Com duas plantas em Nova Prata (RS) e uma em Feira de Santana (BA), a empresa exporta produtos usados na recuperação de pneumáticos para mais de 90 países. No ano passado, faturou R$ 100 milhões com as vendas externas. América Latina, EUA e Europa, nessa ordem, são os maiores compradores.

"Colocamos o pé no freio no ano passado devido ao baixo crescimento do país, mas os resultados dos primeiros meses deste ano mostram uma recuperação", afirma Daniel Paludo, diretor-geral da Borrachas Vipal.

Em 2012, a companhia desistiu de um projeto para a construção de uma fábrica de pneus em Guaíba (RS) que demandaria R$ 400 milhões em investimentos.

Segundo Paludo, os motivos foram o baixo crescimento da economia e a grande oferta de pneus no mercado no ano passado.

R$ 1,5 bilhão
foi o faturamento do grupo em 2012

R$ 120 milhões
é a estimativa do valor a ser exportado em 2013

3.000 funcionários
tem a empresa

12%
das exportações são feitas para a Argentina

3 fábricas
tem o grupo, duas em Nova Prata (RS) e uma em Feira de Santana (BA)

Fio português
A multinacional portuguesa Efacec, especializada no setor de infraestrutura, amplia sua atuação na área de energia renovável.

A empresa constrói um parque de energia eólica em Cerro Chato, no Rio Grande do Sul, e uma usina fotovoltaica (solar) na sede da Eletrosul, em Florianópolis.

A companhia também participa da construção de uma siderúrgica na cidade de Piracicaba (São Paulo) em parceria com o grupo mexicano Simec.

A unidade no Brasil já representa 15% do faturamento global da companhia, de cerca de € 800 milhões.

"Das licitações para o setor, participamos de aproximadamente 30% e, em cerca de 10%, saímos vencedores", diz Artur Fuchs, presidente da Efacec.

As licitações no Brasil, no entanto, são o principal entrave para os fornecedores, segundo Fuchs.

"Os preços que estão sendo praticados nas licitações de energia mal dão para cobrir os custos", afirma.

O executivo lembra que os prazos de pagamento são longos e que há gastos elevados já na elaboração desses contratos.

"Os fornecedores estão trabalhando em uma linha tênue, onde qualquer desvio no orçamento, joga a empresa no vermelho."

€ 800 milhões
é o faturamento global da empresa

30%
foi quanto a companhia cresceu em relação a 2011

Caixa eletrônico econômico
O Banco do Brasil irá reduzir "consideravelmente" o dinheiro de seus caixas eletrônicos durante a noite. A medida será adotada para inibir os ataques aos terminais.

O banco criou um software de administração de cédulas que possibilita a manutenção dos valores no volume mínimo necessário ao atendimento até a manhã do dia seguinte.

A Caixa Econômica, por sua vez, também tem um sistema que controla o abastecimento conforme a necessidade. Os terminais do banco são muito utilizados para saques de benefícios sociais, que demandam notas de menor valor. Assim, o volume disponível é menor, afirma a Caixa.

O Itaú Unibanco reduz a quantia de moeda em períodos e áreas consideradas de risco. Em contrapartida, aumenta a frequência de abastecimento. A instituição acredita, porém, que essa é uma medida extrema.

Mais Buffett
Logo após a compra da Heinz, por US$ 28 bilhões, pelo megainvestidor norte-americano Warren Buffett e pelos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, a editora Best Seller lança mais um livro sobre o fundador da Berkshire Hathaway.

O título em inglês "O Oráculo Fala", de David Andrews, virou "Warren Buffett em 250 frases", na tradução brasileira.

Sabor oriental A temakeria Makis Place, rede de culinária japonesa, planeja inaugurar 36 unidades no primeiro semestre de 2013, e o grupo Ornatus vai lançar o primeiro restaurante Jin Jin Sushi na cidade de São Paulo.

Poliglota A rede de idiomas Yes! deve abrir 50 franquias até o final deste ano em todo o país. Atualmente, a companhia conta com 140 unidades. O processo de expansão da empresa começou há seis anos.

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