quinta-feira, março 22, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 22/03/12

Operadoras de turismo devem crescer 10% em 2012

Apoiado na crise europeia, que ajudou a levar mais viajantes para o continente, o mercado de operadoras de turismo cresceu 26% em 2011, segundo dados que a Braztoa (associação do setor) vai divulgar hoje.

O crescimento é maior que a estimativa anterior, de 15% ante 2010. Para 2012, porém, são esperados apenas 10%.

"Será um avanço grande, muito superior ao crescimento do PIB", diz Marco Ferraz, presidente da Braztoa.

Aliado a fatores como câmbio favorável e alta de consumo, o impulso registrado em 2011 está ligado também à elevação do número de empresas associadas à entidade, segundo Ferraz.

O número de membros subiu de 87 para 94 em 2011, segundo dados da Braztoa, que representa 90% dos pacotes de lazer vendidos no país.

Apesar do momento favorável à liberação de vistos para os EUA, com redução de filas e maior flexibilidade de critérios, são as viagens para a Europa que se destacam no crescimento mensurado.

"Para os EUA, os preços estão um pouco acima do ano passado. As pessoas estão indo para a Europa", diz Ferraz.

"Nunca aconteceu desse jeito. Cresceu muito o fluxo para lá. Com crise, há espaço nos hotéis e voos. Dá para conseguir pacote com US$ 1.500."

O faturamento no setor foi de R$ 9,58 bilhões em 2011.

Consumidor... O consumidor paulistano está menos otimista em março, segundo a FecomercioSP. O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) caiu de 170,2 pontos em fevereiro para 164,4 pontos neste mês, em escala que varia de zero a 200 pontos e aponta otimismo quando está acima da marca dos cem pontos.

...desconfiado A variável que mede o grau de satisfação dos consumidores com o momento atual da economia diminuiu 3,3%. A maior queda foi registrada pela retração da confiança do público feminino, de 4,8%. Houve também queda de 3,5% no índice que mede a percepção futura dos consumidores.

Empresas puxam a recuperação nos Estados Unidos

O lucro das empresas do índice de ações S&P 500 dos EUA avançou mais que o dobro do PIB americano no quarto trimestre de 2011.

O lucro por ação aumentou em média 8% ante igual período de 2010. O PIB americano cresceu 3% nos últimos três meses do ano passado.

No índice há exportadoras, como a Ford e a Cisco.

"Isso [o avanço das empresas] vai em linha com o que a presidente Dilma está dizendo. Há nos EUA política proposital de queda do dólar, embora não admitam isso, que devolve aos EUA competitividade e prejudica países como o Brasil, cuja indústria sofre com alta da moeda e do custo do trabalho", diz Tony Volpon, analista da corretora Nomura. Paul Edelstein, da consultoria IHS, relativiza o renascimento da indústria.

As manufaturas dos EUA perderam 2,3 milhões de empregos do início da recessão, em dezembro de 2007, ao início de 2010. Foram recuperadas 392 mil vagas.

"A indústria americana ainda enfrenta competição de China e emergentes."

Volpon diz que há alta contínua da rentabilidade, apesar do ambiente macroeconômico. A taxa de desemprego americana segue elevada, apesar de sucessivas quedas.

ECONOMIA SOB ANÁLISE

A avaliação do desempenho econômico brasileiro foi uma das que mais caíram em março, segundo pesquisa da Ipsos.

A queda foi de seis pontos percentuais ante fevereiro (mesmo número foi registrado na Polônia e na Argentina).

Apesar da retração, 44% dos brasileiros ouvidos acreditam que o estado geral da economia é bom.

A média em 24 países ficou em 29%, comportamento estável na comparação com o mês anterior.

PATENTE REGISTRADA

O número de pedidos de registro de patentes cresceu 13,8% no ano passado, de acordo com dados do Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).

O número de patentes concedidas, no entanto, teve alta de apenas 5,1%.

O Inpi espera chegar no final dessa década com 60 mil pedidos por ano. Hoje são cerca de 30 mil.

O aumento das solicitações reflete o maior investimento no setor de pesquisa e desenvolvimento do país.

ALUGUEL COMERCIAL EM SP

O preço de locação dos imóveis comerciais em Alphaville é metade do registrado em São Paulo, segundo estudo da consultoria imobiliária CB Richard Ellis.

O valor em Alphaville costuma ficar entre R$ 50 e R$ 60, por metro quadrado.

Na região da marginal Pinheiros, por sua vez, os aluguéis variam de R$ 110 a R$ 120, por metro quadrado.

Além da maior procura, a diferença é justificada pelas vantagens tributárias de Barueri, como a redução de ISS, segundo a consultoria.

NÚMERO

R$ 55 é o preço médio do aluguel de imóvel comercial em Alphaville, por m2  

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