domingo, dezembro 11, 2011

Enxugando gelo - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 11/12/11


A presidente Dilma não tem simpatia pela proposta de fusão de ministérios. "Meu problema não é esse, não é redução de ministérios", disse a presidente a auxiliares. Um deles explica: a fusão das secretarias, como a da Igualdade Racional e a das Mulheres, não tem peso orçamentário. Além disso, criaria problemas políticos pois elas são conquistas dos movimentos sociais. As mudanças terão como foco a eficiência da gestão.

Negromonte na mira
Além de não ter apoio de uma ala de seu partido, o ministro Mário Negromonte (Cidades) caiu em desgraça com a presidente Dilma. Ela o considera um gestor ruim. Acha que a pasta tem potencial, por causa da Copa e dos programas de mobilidade urbana, mas afirma que Negromonte só faz o feijão com arroz. A presidente já disse a auxiliares que o ministro não tem criatividade e não é eficiente. Embora esteja insatisfeita com ele, a reforma ministerial ainda não entrou na pauta da presidente. Certo, por ora, só a troca dos ministros que vão disputar as eleições, como Fernando Haddad (Educação) e Iriny Lopes (Mulheres), além de Paulo Roberto Pinto (Trabalho), que é interino.

"O PT é, na prática, partido único” — Osmar Terra, deputado federal (PMDB-RS), reclamando da preponderância do PT no governo Dilma 

QUERIDINHOS. Está em curso uma nova disputa no governo pelo coração da presidente Dilma. Participam do concurso os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento), velho amigo da presidente, e Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), que a conquistou pelo desempenho administrativo. Ambos costumam acompanhar a presidente Dilma em viagens, nacionais e internacionais, e não medem esforço nem mesuras para agradar.

Indicação
A vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), tenta emplacar Fernando Câmara na vaga da Agência Nacional de Petróleo que ficará vaga com a aposentadoria de Haroldo Lima, que está concluindo seu segundo mandato.

Choradeira
A presidente Dilma não é sensível às queixas do PMDB de que está sub-representado no governo. Rebate que o partido tem a vice-presidência da República e, além dos ministérios, ocupa dezenas de cargos de segundo escalão.

PMDB quer reforma ministerial mignon
A presidente Dilma não tem falado com quase ninguém sobre as mudanças que fará em janeiro no Ministério. No comando dos partidos aliados esse silêncio está sendo interpretado como um sinal que a reforma pode ficar restrita à substituição dos ministros candidatos. O principal aliado do PT no governo, o PMDB, é a favor de uma reforma pontual agora, de caráter administrativo. Seus líderes avaliam que depois das eleições municipais, diante da nova geografia política, seria o momento de reformar e preparar a sucessão presidencial de 2014.

Operação Miami
Temendo perder a votação da DRU, o governo pediu para que o senador Walter Pinheiro (PT-BA), que estava em Miami em uma conferência sobre internet, voltasse. Ele diz que sua volta já estava prevista para terça-feira passada.

Show na Câmara
Na votação da PEC da Música, terça-feira, na Câmara, artistas farão um ato-show em frente à biblioteca da Casa. Confirmados Chico Cesar, Margareth Menezes, Francis Hime, Zé Renato, Frejat, Sandra de Sá, Fagner e Digão, dos Raimundos.

A PRESIDENTE Dilma gosta muito do deputado Brizola Neto (PDT-RJ), mas acha que ele é muito novo para ser ministro.

COTADO para assumir um ministério no governo Dilma, o presidente do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), desconversa: "Você acha que uma pessoa de 76 anos pode ser ministro?".

O PP fará uma convenção informal na terça-feira para registrar que o partido está organizado em 5.019 municípios e tem hoje 1.327 pré-candidatos a prefeito.

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