sábado, julho 31, 2010

RUY CASTRO

Canastrão incongruente
RUY CASTRO
FOLHA DE SÃO PAULO - 31/07/10
Na Hollywood clássica havia um canastrão oficial: Victor Mature. Até ele achava. Certa vez, por não aceitar atores como sócios, um clube de golfe de Los Angeles recusou sua inscrição. Mature se defendeu: "Não sou ator. E tenho 64 filmes para provar isto". Ator ou não, ganhou um Oscar (de coadjuvante, por "Paixão dos Fortes", em 1946) e ficou famoso com "O Beijo da Morte" (1947), "Sansão e Dalila" (1949) e "O Manto Sagrado" (1953).
A carreira de Mature durou dez anos -em 1955, ninguém queria saber mais dele. Já a carreira de Sylvester Stallone, que lhe copiou os papéis, os músculos e a carantonha, completou 40. E olhe que, comparado a Stallone, Victor Mature era sir Laurence Olivier.
Stallone, que andou rodando um filme aqui, disse outro dia: "No Brasil, ao filmar, pode-se demolir casas e explodir prédios de verdade e matar gente. Eles agradecem e ainda nos dão um macaco de presente". Não sei se a realidade do Brasil é essa, se a nossa hospitalidade chega a tal ponto e se há tantos macacos disponíveis. Stallone poderia ter dito também que saiu devendo dinheiro a um bando de gente no Brasil, não pretende pagar e o calote ficará por isso mesmo.
Sua diatribe foi ingrata, injusta e incongruente porque a explicação para seu sucesso reside justamente no embrutecimento do cinema americano -no fato de que, de 1980 para cá, este se reduziu a uma extensão da indústria de explosivos. Nos filmes de Stallone e de outros como ele, a ação se resume em demolir cidades, cenários e seres humanos. Os americanos adoram isso, não vivem sem.
Confesso que, até hoje, só vi um filme de Stallone: o primeiro "Rambo" (1982). Ali decidi que não precisaria ver outros. Significa que há 28 anos não saio de casa para assistir às suas porcarias. Na verdade, deveria ser-lhe grato pela excepcional qualidade de vida que tenho levado desde então.

EDITORIAL - O ESTADO DE SÃO PAULO

O preço da verborragia
EDITORIAL
O Estado de S.Paulo - 31/07/10

Os iranianos que se manifestavam contra a fraude que permitiu a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em junho do ano passado, nada podiam fazer quando o presidente Lula comparou os seus protestos ao "choro de perdedor" dos torcedores de um time de futebol e reduziu os choques de rua em Teerã entre os opositores e as forças de repressão do regime a "apenas uma coisa entre flamenguistas e vascaínos".


Também os presos políticos cubanos não tinham como responder ao dirigente brasileiro quando, em março último, ele condenou a greve de fome que levou à morte o dissidente Orlando Zapata Tamoyo, por sinal na véspera de uma visita de Lula a Havana, onde considerou o seu sacrifício "um pretexto para liberar as pessoas" - e foi além. "Imagine", comparou, "se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade."
Muito menos poderia retrucar ao presidente a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento por alegado adultério. Perguntado dias atrás sobre a campanha "Liga Lula" para que interceda pela sentenciada junto ao seu bom amigo Ahmadinejad, ele reagiu: "As pessoas têm leis. Se começarem a desobedecer as leis deles para atender o pedido de presidentes, daqui a pouco vira uma avacalhação."
Mas há quem possa dar-lhe o troco. Foi o que fez o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, depois que um leviano e boquirroto Lula desdenhou do agravamento das tensões entre Bogotá e Caracas. O protoditador Hugo Chávez rompeu as relações da Venezuela com o país vizinho em represália à decisão colombiana de apresentar na OEA as provas da presença de 1.500 membros da organização narcoterrorista Farc em território venezuelano, obviamente sob a proteção do caudilho.
Lula, cuja primeira manifestação a respeito já tinha deixado claro o seu alinhamento automático com Chávez - "as Farc são um problema da Colômbia, e os problemas da Venezuela são da Venezuela", sofismou -, reincidiu na quarta-feira, véspera da reunião dos chanceleres da ineficaz União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em Quito. O tema do encontro, que deu em nada, era o conflito político entre os dois países. "Falam em conflito, mas ainda não vi conflito", minimizou Lula. "Eu vi conflito verbal, que é o que mais ouvimos aqui nessa América Latina."
Equiparar a um bate-boca um problema dramático para a Colômbia, que passou 40 anos sob o terror das Farc antes de serem reduzidas à mínima expressão possível pela firmeza com que as enfrentou o presidente Uribe, foi nada menos do que um inconcebível insulto a uma nação e ao seu governante. Uribe, que difere de Lula por falar pouco e fazer muito, não poderia fingir que não ouviu a afronta.
Ele replicou com a mais dura mensagem já dirigida a um chefe de Estado brasileiro, até onde chega a memória. "O presidente da Colômbia", dispara a nota, "deplora que o presidente brasileiro, com quem temos cultivado as melhores relações, refira-se a nossa situação com a Venezuela como se fosse um caso pessoal." Uribe ainda o acusou de ignorar a ameaça que a presença das Farc na Venezuela representa "para a Colômbia e o continente".
Trata-se da primeira demonstração da perda de respeito por Lula no exterior - e ele só tem a culpar por isso a sua irreprimível logorreia. Não terminasse o seu mandato daqui a 5 meses, a erosão de sua imagem internacional só se intensificaria. Não seria de espantar se um dia alguém o admoestasse, como o rei da Espanha, Juan Carlos, fez com o bravateiro Chávez, perguntando-lhe: "Por qué no te callas?" Não bastasse a grosseria, Lula nada fez para assegurar aos colombianos de que poderia ser um intermediário isento entre Bogotá e Caracas.
Ele parece ecoar a batatada do chanceler venezuelano Nicolas Maduro, que falou de "um plano de paz sul-americano" para resolver "a questão de fundo" da Colômbia com as Farc. Ao que o seu colega colombiano Jaime Bermudez contrapôs ironicamente a ideia de um hipotético "plano de democracia para a Venezuela". Pensando bem, talvez fosse mesmo melhor Lula se ocupar do Irã em vez de fazer papelão perante os vizinhos do Brasil. 

ZUENIR VENTURA

Indelicadeza 
Zuenir Ventura
O GLOBO - 31/07/10

Não falo por mim, que sempre fui muito bem tratado pela Flip, da qual participei mais vezes até do que merecia, desde as primeiras edições. O que não entendo é o critério de seleção dos autores convidados.

Por ser uma iniciativa privada - das mais louváveis - sei que ela não precisa prestar contas: convida quem quiser de onde quiser.

Mas, por se tratar de um dos mais importantes eventos culturais do país, ela poderia ter evitado o que aconteceu este ano, quando um imprevisto resultou num gesto no mínimo deselegante da organização. Refirome à participação de Ferreira Gullar, cuja mesa ("Gullar 80") é apresentada assim: "No ano em que completa 80 anos, prestes a lançar LIVRO novo e poucas semanas após receber o 'Camões', o mais importante prêmio da língua portuguesa, o poeta Ferreira Gullar é o homenageado desta mesa em Paraty. Ele passa em revista sua trajetória e lê trechos de 'Em parte alguma', seu aguardado LIVRO de poemas." Portanto, segundo os próprios organizadores, uma presença mais do que justificada.

No entanto, apesar de todas essas circunstâncias e credenciais, o autor de "Poema sujo" só foi escalado para falar sobre sua obra na última hora, em substituição ao titular, o escritor italiano Antonio Tabucchi, que, por problemas de saúde, não pôde vir. O remédio então foi recorrer ao poeta maranhense, que estava à mão.

Se não fosse isso, sobraria para ele apenas a LEITURA de poemas de Carlos Drummond de Andrade junto com outros três colegas. Aliás, Drummond, com os 50 anos de "Alguma poesia", e José Saramago - com trechos do documentário "José & Pilar" - só receberam homenagem porque o músico Lou Reed cancelou sua participação na festa literária, deixando vago um horário. Assim, por acaso, quem saiu ganhando com a defecção dos estrangeiros foi a literatura de língua portuguesa.

Quanto a Ferreira Gullar, alguém pode alegar que ele já é por demais conhecido aqui. Quem se interessaria ainda em pagar para ouvi-lo? A resposta foi dada pelo público: as inscrições para sua mesa esgotaramse em menos de duas horas. Até por esse critério, o poeta e ensaísta, crítico de arte e cronista merecia ter sido a primeira opção, não a última.

O documentário "Uma noite em 67" é uma deliciosa viagem musical a um tempo em que tudo parecia melhor. Não era, mas a distância faz parecer. Foi a memorável noite de "Alegria, alegria", "Domingo no parque", "Roda viva", "Ponteio", entre outras.

Não sei se a gente sabia que estava assistindo a uma síntese do que seria a trilha sonora de uma geração.

BRASIL S/A

Polvo acerta mais
Antonio Machado

CORREIO BRAZILIENSE - 31/07/10

Fé em projeções confunde a economia ao ignorar que resposta exata só há no mundo das cartomantes


Os cenários sobre a conjuntura econômica no Brasil no curto prazo se assemelham à emoção dos loops de uma montanha russa, em que não se sabe o que nos espera depois da subida modorrenta do trenzinho.

Vá lá, como assinala o economista Celso de Campos Toledo Neto num ensaio bem-humorado sobre previsões econômicas e incertezas, que “os economistas previram doze das últimas duas recessões”. E tem a lenda, diz em tom de blague, que “os lixeiros ganharam um concurso de previsões econômicas promovido pela revista The Economist”.

Não há como não ser sarcástico com a abrupta reversão, no espaço de duas semanas, entre o que a maioria dos analistas previa para o médio prazo, conduzida pelo modelo de cenários econômicos do Banco Central, e o que a economia está a demonstrar. Foi-se de 8 a 80.

Do consumo supostamente em ponto de ebulição no início do ano, o que faria a inflação ferver se o BC não esfriasse a temperatura da economia, como tantos alertaram — e a Selic respondeu, saltando de 8,75% para 10,75% ao ano —, passou-se para o outro extremo. O risco agora é o do esfriamento excessivo da economia, segundo o outro laboratório oficial de cenários, o do Ministério da Fazenda, onde sempre se duvidou do superaquecimento da demanda.

No índice antecedente do Produto Interno Bruto (PIB) da Fazenda, a economia deve ter recuado 0,1% em julho, segundo Nelson Barbosa, secretário de Política Econômica, vindo de crescimento de 0,7% em junho, ambos em relação ao mês anterior. Índice semelhante do BC também já captava desde maio mudança do ritmo de expansão do PIB, diferenciando o comportamento do primeiro e do segundo semestres.

No primeiro, a economia subiu forte. No segundo, diminui o pique. Na média, o crescimento no ano ficaria entre 6,5%, a estimativa da Fazenda, e 7,3%, a projeção do BC, fechando 2010 com uma taxa de crescimento anualizado entre 4,5% e 5% — patamar de referência dos modelos macroeconômicos para que a economia cresça sem sequelas de pressão inflacionária e deficit externo ameaçador.

No papel, tudo funciona sem erro. No mundo real, o mais comum são desvios da intenção, tal como uma simples distração pode levar um carro a subir na calçada. O momento da economia está meio assim.

Ele mistura confiança demais nos cenários, que sempre comportam margens de risco já que resposta precisa só há no mundo mágico das cartomantes, com a ânsia, segundo reflexão do economista Toledo, por “informações simples e de fácil digestão”. A isso se poderia adicionar o vício da mão um tanto pesada, digamos assim, do BC.
A corrida dos gastos
O mapa da economia está marcado por uma miríade de ações, todas impactadas pela política monetária. É o seu papel. A sua missão é compatibilizar o consumo pessoal com o gasto fiscal expansionista e o investimento, que também é gasto, mas de outro tipo. Destina-se a ampliar a oferta industrial e a infraestrutura, embora também infle o consumo enquanto em curso, ao expandir o emprego e a renda, sem a resposta da produção adicional para fazer frente à demanda.

Os três componentes do gasto (famílias, governo e investimento) disputando corrida é o que faz com que a inflação se manifeste e os deficits externos saiam de controle. BC e Fazenda concordam.
Divergência de ênfase
A divergência está na intensidade. Para a Fazenda, a retirada dos incentivos ao consumo faria a economia desaquecer. A sua febre no início do ano seria ponto fora da curva, dada pela antecipação de consumo pela iminência do fim dos incentivos. O que falhou?

No mundo ideal, ajustam-se as torneiras do gasto fiscal e crédito — este, pelo aumento dos juros. Na prática, aqui, só a válvula dos juros aperta a compulsão ao consumo, o que faz todo o custo recair sobre o gasto privado, raramente sobre o gasto dos governos.
Chute é para divertir
Nessa engenharia da estabilidade econômica, sem a colaboração do lado fiscal, o BC acaba sobrecarregado, e cresce o risco de errar. E por que a maioria dos analistas privados o acompanhou? Porque a função da política monetária baseada no regime de meta de inflação pressupõe a regência das expectativas sob a batuta do BC.

A lição a se tirar, como diz Toledo em seu ensaio, é que o futuro não está totalmente contido no passado. “Projeções publicadas sem qualquer informação sobre premissas e incertezas só cristalizam, equivocadamente, a percepção de que os economistas chutam e erram o tempo todo”, diz. Chute por chute, de fato, o polvo Paul, em seu aquário na Alemanha, faz melhor: diverte sem prejudicar ninguém.
Quando ouvir o Paul
Equívocos de avaliação como, provavelmente, da Selic além do que poderia ser não têm sido incomuns na história recente, mas não é responsabilidade apenas do BC. Pesa tanto o senso do governo Lula segundo o qual a ambiguidade dos interesses representados em cada ministério em relação aos demais gera choques de ideias que levam a decisões mais bem elaboradas. Pode ser, se no plano do debate.
Mas é insanidade, como no momento em que o BC iniciou o ciclo de aperto monetário, no fim de abril, e a Fazenda bloqueou parte das despesas fiscais. Dias depois, o presidente Lula anunciou medidas de aprofundamento da política industrial. Quer dizer: um pedaço do governo foi liberado a gastar, enquanto o outro agia para cortar. Em tal situação, sem lógica, é melhor, mesmo, consultar o polvo.

ANTONIO CORRÊA DE LACERDA


Por que interromper já a elevação dos juros

ANTÔNIO CORRÊA DE LACERDA
O ESTADO DE SÃO PAULO - 31/07/10



"Quando a realidade econômica muda, minha convicção acadêmica também muda." (John M. Keynes, 1883-1946)

A frase acima foi proferida por Keynes, considerado o mais brilhante economista do século 20, quando um interlocutor lhe questionou por que havia mudado de opinião a respeito de uma avaliação da economia e das medidas a serem adotadas. De fato, ao contrário das outras ciências nas quais fenômenos repetidos levam a uma mesma resposta, a Economia tem no seu bojo um grande grau de incerteza. Mesmo porque a realidade depende das reações das pessoas.

O episódio descrito ilustra o momento da economia brasileira. Na quinta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou a ata da reunião realizada na semana passada, em que decidiu por um aumento de 0,5 ponto porcentual (p.p.), elevando a Selic, a taxa básica de juros, para 10,75% ao ano.

Muitos questionaram a decisão e a divulgação da ata alimentou a discussão, visto que a maioria dos agentes do mercado financeiro esperava uma elevação de 0,75 p.p. Mais ainda, questionou-se a avaliação da situação da economia brasileira expressa na ata, que aponta menores riscos de um excesso de aquecimento da economia e menores riscos de aumento da inflação.

Menos mal que o Copom tenha mudado de opinião. Na verdade, para quem acompanha, como eu, por dever de ofício, o desenvolvimento da economia real não houve surpresa com o menor aumento, mesmo porque talvez nem fosse necessária elevação nenhuma na taxa de juros.

Como apontei em artigo anterior neste espaço (O mito do superaquecimento, 27/5), quando o Banco Central (BC) iniciou o processo de alta das taxas básicas de juros, o ritmo de crescimento da economia já era bastante inferior ao que apontavam os indicadores passados. O fim dos estímulos de redução de impostos em bens duráveis, assim como uma tendência ao esgotamento da ampliação do endividamento dos consumidores, por si sós já representavam importantes amortecedores do que aparentemente se mostrava como um crescimento muito elevado do consumo.

Vale ainda ressaltar que as comparações com o ano anterior tornavam os dados um tanto ilusórios, apontando um crescimento que, na verdade, decorria muito mais do efeito estatístico devido à base de comparação baixa, fortemente afetada pelos impactos da crise, principalmente no primeiro trimestre de 2009. Isso também apontava para um menor risco de pressão inflacionária de demanda. Houve uma elevação de inflação episódica no início do ano, mas decorrente de preços de alimentos e de serviços. Portanto, nada que exigisse uma elevação dos juros para desestimular a demanda e, com isso, reduzir o ímpeto inflacionário.

Apesar desses aspectos, o BC brasileiro já elevou em 2 p.p. a Selic, de 8,75% para 10,75% ao ano. Ao ampliar a diferença entre as taxas de juros domésticas e as internacionais, isso aumenta o espaço para arbitragem envolvendo a taxa de câmbio, o que traz enormes consequências negativas para a estrutura produtiva e de comércio exterior do País.

Juros mais altos também representam encarecimento expressivo do custo de financiamento da dívida pública. Dois pontos a mais na taxa básica representam um acréscimo de cerca de R$ 20 bilhões ao ano no custo da dívida.

Outro efeito importante que, ao encarecer o crédito e o financiamento, muitas vezes mais do que refrear o consumo, acaba desestimulando o investimento produtivo - mesmo porque se torna muito mais rentável, no curto prazo, aplicar no mercado financeiro do que investir na produção.

Não precisamos de juros ainda mais elevados, e o melhor a fazer seria interromper imediatamente a sua trajetória de elevação. Isso não vai remover os impactos já causados, mas vai evitar o agravamento das distorções decorrentes. Estarmos no topo do ranking dos países que praticam os maiores juros reais do planeta não faz parte de nossas ambições!

*ANTÔNIO CORRÊA DE LACERDA É ECONOMISTA, PROFESSOR DOUTOR DO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DA PUC-SP.

SONIA RACY - DIRETO DA FONTE

Apenas um rapaz
SONIA RACY
O GLOBO - 31/07/10

O cantor Belchior sumiu novamente. Já faz um ano desde sua última aparição, quando um programa de TV o encontrou no Uruguai. Desde então, nunca mais família, parceiros e sócios tiveram notícias de seu paradeiro.
Apenas um rapaz 2
O que já foi motivo de piada, esconde uma história nada engraçada. Amigos próximos do cantor temem que ele esteja sofrendo de algum distúrbio psicológico. No Brasil, ele abandonou um negócio, a Arlequim Editora Musical, que tem em sociedade com Waldemar Marchetti.
Por outro lado, deixou um rastro de dívidas, como mais de R$200 mil em pensão alimentícia para a ex-mulher.
Evolução
Depois de quase quatro anos e de duas licitações frustradas, finalmente começou, na quarta-feira, a reforma no palco do Teatro Municipal. A empresa vencedora da concorrência é a Telem.
Entre as renovações, estão novo projeto de iluminação, que antes tinha que ser alugado.
Eu comigo
Se o programa eleitoral de Dilma terá Lula em excesso, o de Serra será centrado nele mesmo. Mostrará o candidato visitando beneficiados por programas de saúde. Como um cidadão que recebeu transplante de fígado e outro que luta contra a aids.
Não haverá espaço para a constelação tucana brilhar.
Merenda
Dois piqueniques simultâneos pró-Marina acontecem amanhã em SP: no Parque do Ibirapuera e no Parque da Juventude. Outros, no mesmo dia, também são organizados pelo País. A programação faz parte de um dia de mobilização para a candidata.
BBB da plástica
Ivo Pitanguy, 84, conduzirá uma cirurgia diante das câmeras. As imagens serão transmitidas ao vivo para o público da Jornada Carioca de Cirurgia Plástica, em agosto. Ele comandará a implantação de prótese mamária da Biodesign.
Lupa digital
O banco Goldman Sachs não quer mais saber de palavrões na troca de mensagens entre seus funcionários. Baixada nesta semana, a nova norma, porém, deixou uma dúvida no ar: valem abreviaturas?

Perfume à mesa
Chandler Burr, crítico de perfumes do NYT, e Simon Lau, do Aquavit de Brasília, preparam jantar a quatro mãos, hoje, no Paladar - Cozinha Brasil, no Hyatt. Para entrar no clima, antes dos pratos, os 35 convidados passam por uma sessão de aromas exóticos.
Já as chefs Mara Salles, Neide Rigo e Ana Soares se encarregam, também hoje, de fazer um raio-X do universo da galinha caipira.
Complication-tion
Cerca de 5,3 mil pilotos brasileiros - dos 12,3 mil com licença válida - possuem nível de inglês necessário para voar para o exterior. Em março de 2009, só 4,1 mil comandantes alcançaram o padrão exigido pela Anac.
Eles passam por um teste chamado Santos Dumont English Assessment, que avalia a desenvoltura da comunicação em situações de emergência e tópicos da aviação.
Copperfield rural
A abertura do rodeio de Barretos, dia 20, terá reedição do show de ilusionismo da Unidos da Ponte no carnaval carioca. O carnavalesco Paulo Barros, porém, substitui as passistas por cowgirls na troca relâmpago das roupas.

Na frente
Lulu Santos escolheu a dedo Cláudio Amaral Peixoto para fazer a direção de arte do seu novo show, dia 07, no HSBC Brasil. A inspiração foi baseada no tema África.
Washington Olivetto comemora. Recebe dia 26, no Rio, o título de cidadão carioca. Indicado pela vereadora Andrea Gouvêa Vieira.
Wendy Guerra, escritora cubana, será homenageada dia 6 pelo selo Benvirá. No Casa Café, Paraty.
Marcelo Bratke apresenta Nazareth - Brasileirinho, dia 3 de outubro, na Sala São Paulo, com a Camerata Vale Música.
O livro Segredos da Ditadura de 64, de Léo de Almeida Neves, será lançado dia 4, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.
Acontece, amanhã, o encerramento do Festival Internacional de Inverno de Campos de Jordão. Com apresentação da Orquestra do Festival regida por Yan Pascal Tortelier e Cláudio Cruz.
Interinos: Débora Bergamasco, Gilberto de Almeida, Marilia Neustein e Paula Bonelli.

MARIO CESAR FLORES

Somos todos simplesmente brasileiros

Mario Cesar Flores 
O Estado de S.Paulo - 31/07/10

É justo proteger comunidades indígenas primitivas e isoladas, assegurando-lhes condições de vida pautadas por suas culturas ancestrais - comunidades que, sem atropelo, serão gradual e naturalmente assimiladas, como sempre aconteceu quando culturas de níveis distintos se põem em contato. Entretanto, em se tratando de índios aculturados - cocar e pintura para a TV... -, que se valem do apoio social público, embora mal atendidos, como grande parte do povo brasileiro, inseridos na moldura da civilização, usufruindo suas vantagens, sofrendo suas atribulações e até cometendo seus delitos (a exemplo da venda clandestina de madeira), é, no mínimo, discutível a prática de nossa penitência pela História, cuja lógica, se estendida ao mundo, subverteria radicalmente a ordem global construída ao longo de séculos.


A solução para esses índios não é a demarcação de áreas imensas, de que já não precisam. É a correta integração cidadã do índio ser humano brasileiro, em áreas adequadas à socioeconomia de cada comunidade, asseguradas as condições (inclusive espaço, se for o caso) para a prática da cultura ancestral espontaneamente mantida - portanto, não orquestrada para a TV. Os critérios demarcatórios hoje usados fariam sentido se o número de índios, o nomadismo e a vida de radical dependência da natureza ainda fossem os anteriores à inserção na civilização. Nas circunstâncias atuais eles precisam mais de políticas social e econômica eficazes e menos de política fundiária antropoideológica. Os índios beneficiários da polêmica demarcação Raposa-Serra do Sol (Roraima) usam seu imenso território ao estilo primitivo de seus ancestrais? Ou vivem atrelados à socioeconomia regional, ao apoio social e até ao financiamento público? Nesta última hipótese, há sentido na extensão definida por parâmetros não mais existentes?
As reivindicações desproporcionais às necessidades não exigidas pela vida selvagem e nômade, de populações indígenas maiores do que as atuais, são autenticamente indígenas? Os defensores das reservas-vastidões arriscariam perguntar a preferência dos índios, entre a vida do passado, dispersos e isolados em grandes extensões, e a integração na civilização, é claro que econômica e socialmente apoiada? Sobre essa dicotomia, uma observação animadora: os soldados do Exército na Amazônia são em grande número de etnias indígenas, familiarizados com as peculiaridades da região, dedicados e eficientes. Resposta de comandante de batalhão do interior da Amazônia, perguntado sobre os problemas indígenas locais: "Isso é coisa de São Paulo e Brasília, aqui índio quer é ver TV no quartel e ser cuidado pelo meu serviço médico..."
A natureza básica dessas observações se aplica, em menor dimensão, à questão quilombola, também ela com sabor de penitência (pela escravidão), que reemerge no século 21 o conceito de raça, enaltecido para justificar o colonialismo europeu na África. Com os índios e quilombolas - e paralelamente, sem conotação territorial, com o sistema de cotas nas universidades, recurso do Estado que abdicou do ensino fundamental e médio de qualidade - estamos criando distinções incoerentes com a miscigenação brasileira. Estamos inserindo um complicador na unidade nacional, já atribulada pela diversidade regional: a admissão de duas cidadanias, a cidadania brasileira e a cidadania-raça, negra ou índia, aplicada a índios e negros nascidos no Brasil, que deixam de ser simplesmente cidadãos brasileiros negros ou de etnias indígenas. A precedência entre a cidadania brasileira e a cidadania-raça, dependente do interesse conjuntural: ser índio ou o vago afrodescendente quando conveniente, ou ser brasileiro negro ou índio quando interessam os direitos da cidadania brasileira. É razoável a demarcação para índios vistos sob a perspectiva da cidadania-raça e, simultaneamente, Bolsa-Família e Pronaf para as mesmas pessoas, agora brasileiros índios?
À semelhança dos impérios do passado, não convém a um país grande e complexo a existência de critérios geradores de sentimentos raciais (ou religiosos...) indutores do solapamento da identidade nacional. Estamos "racializando" o País, criando condições potencialmente estimuladoras desse solapamento, gerando uma divisão em que, dependendo da conveniência, poderá prevalecer a pátria Brasil ou o indigenismo e a negritude. O Estado brasileiro vai acabar tendo de conciliar um "império republicano" de três cidadanias: a eurodescendente, a afrodescendente e a indígena. Em contenciosos que ponham em confronto a ideia nacional e a subnacional, qual prevalecerá? É um paradoxo procurar a união supranacional de base política e econômica (Mercosul, Unasul...) e simultaneamente facilitar a cisão subnacional de base racial!
Tolerâncias dessa natureza têm (no mundo e em todos os tempos) estimulado tensões e até secessões ou, ao menos, pretensões à autonomia singular. A adesão sem ressalvas à Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas (ONU) implicará risco de ser a unidade nacional tumultuada pela concepção desagregadora do nacionalismo étnico - que tumultuou a Europa na primeira metade do século 20 e ainda a perturba, talvez com o apoio da ONU e/ou de alguma versão século 21 da concepção do presidente Wilson de um século atrás, favorável à autodeterminação fundamentada no conceito da "nação" étnica e cultural.
Não será surpreendente se, algum dia, uma ONG vier a sugerir plebiscito sobre o status político-administrativo desejado por comunidade indígena travestida de "nação indígena" - já aventada, ainda que até agora sem repercussão significativa, na área Raposa-Serra do Sol -, obviamente restrito à comunidade: o "resto" do Brasil não opinaria. Plebiscito que, se pretendido para o País Basco, Tibete, Xinjiang e Curdistão, seria repelido decisivamente por Espanha, China, Turquia, Irã e Iraque.
ALMIRANTE DE ESQUADRA (REFORMADO) 

PAINEL DA FOLHA

Arranjo no ninho
RANIER BRAGON
FOLHA DE SÃO PAULO 31/07/10

Depois da onda de críticas internas por supostamente não se engajar na campanha de José Serra (PSDB), Aécio Neves negociou ontem um pacote para tentar ajudar o candidato tucano à Presidência que vai além de comitês "anti-Dilmasia" no interior de Minas. A campanha de Serra quer que Aécio apareça ao lado dele fora do Estado para tentar passar a imagem de união. Também avalia gravar um jingle exclusivo para Minas, reforçando o voto no 45 para presidente.
Ontem, o site oficial da campanha tucana passou o dia destacando um vídeo com o discurso do mineiro no lançamento da candidatura de Serra.

Cenário Segundo o último Datafolha, Serra tem 38% das intenções de voto em Minas, contra 35% de Dilma Rousseff (PT). 

Balanço Aécio Neves e Indio da Costa, vice de Serra, se reúnem segunda-feira à noite, no Rio, para discutir estratégias para a campanha de Serra no Sudeste. 

Plano de voo Serra, que cancelou ida a Petrolina (PE) programada para hoje sob o argumento de que precisava de tempo para se preparar para o debate de quinta na Band, estará em Caxias (RJ), numa caminhada com Indio. 

Afago? De Lula anteontem, em Porto Alegre, em meio a elogios a Tarso Genro, candidato do PT no Estado e ex-ministro da Educação no seu governo: "Este companheiro levou para trabalhar com ele um gênio chamado Fernando Haddad, que certamente passará para a história como o melhor ministro da Educação deste país". 

Aplicação Lula editou medida provisória anteontem abrindo crédito extraordinário de R$ 410 milhões para o programa anticrack lançado pelo governo. Dilma tem como uma de suas principais promessas de campanha o combate à droga. 

Matemática O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fez graça sobre a proposta da campanha de Dilma de divulgar como programa de governo um documento com "13 compromissos para o Brasil", numa referência ao número usado pelo PT. "Eu sugiro o seguinte: coloca os 13 compromissos do PT e acrescenta dois do PMDB. Daí dá 15", disse. Quinze é o número do PMDB.

Sob pressão A pedido de Lula, o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT), tentará votar na próxima semana, de "esforço concentrado" na Câmara, os ajustes no tratado de Itaipu. A revisão, que pode triplicar o valor anual que o Brasil paga ao Paraguai pela compra da energia excedente da hidrelétrica, é criticada pela oposição. A discussão vai respingar na campanha eleitoral, prometem PSDB e DEM. 

Por escrito A próxima etapa da articulação para a aproximação de Dilma com os evangélicos prevê a produção de material de campanha específico a ser distribuído aos fiéis. A ideia é colocar no papel algo como o que foi dito pela candidata no último sábado, em encontro com representantes das igrejas, quando ela citou passagens bíblicas e disse ser "a favor da preservação da vida". 

Linha auxiliar Depois do evento de Dilma com evangélicos em Brasília, o vice Michel Temer (PMDB) foi ontem representar a petista num evento em São Paulo com mulheres de pastores. 

Uai, sô! Do presidente do PT, José Eduardo Dutra, ontem no Twitter: "Indo do Rio pra Curitiba. Tem coisa mais chata do que aeroporto? O pior é que eu não perco a mania mineira de chegar duas horas antes..." 
com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER

tiroteio

Lula começa a se despedir no melhor estilo do seu governo: nomeando apaniguados para cargos públicos como moeda eleitoral. 
DO DEPUTADO JOSÉ CARLOS ALELUIA (DEM-BA), sobre a nomeação de um aliado de Hélio Costa (PMDB), palanque de Dilma Rousseff em Minas, para a diretoria da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

contraponto

Graves e agudos A candidata à Presidência Marina Silva (PV) iniciava ontem sua fala na reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), em Natal, quando a voz falhou. A senadora tentou novamente, saudou os presentes, mas a rouquidão persistiu.
Marina então resolveu brincar com os profissionais de ciência e tecnologia, arrancando risos da plateia:
-Vocês podem ver que anda difícil o manejo sustentável do uso da minha voz...

EDITORIAL - O GLOBO

Alvaro Uribe tem razão
EDITORIAL 
O GLOBO - 31/07/10
Impregnado de soberba pelos altíssimos índices de popularidade ao longo de quase oito anos de governo, o presidente Lula tem dado inúmeras demonstrações de que pensa estar acima de tudo e de todos. A Justiça eleitoral que o diga. São conhecidas suas tiradas e improvisos em declarações oficiais e de campanha, bem-humoradas umas, exageradas algumas, despropositadas outras.

Ao longo do tempo, a reação passou a ser “mais uma do Lula”, e deixa para lá. Mas, na política externa, as declarações do presidente têm causado estragos. É o que aconteceu com afirmação sobre o incidente entre Venezuela e Colômbia. Lula disse não ver ali um confronto, apenas “um conflito verbal” e pediu paciência até a posse do presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, dia 7.

Ele ignorou solenemente que o cerne do problema não é o presidente colombiano Alvaro Uribe, em despedida do cargo, nem oImpregnado de soberba pelos altíssimos índices de popularidade ao longo de quase oito anos de governo, o presidente Lula tem dado inúmeras demonstrações de que pensa estar acima de tudo e de todos. A Justiça eleitoral que o diga. São conhecidas suas tiradas e improvisos em declarações oficiais e de campanha, bem-humoradas umas, exageradas algumas, despropositadas outras.

Ao longo do tempo, a reação passou a ser “mais uma do Lula”, e deixa para lá. Mas, na política externa, as declarações do presidente têm causado estragos. É o que aconteceu com afirmação sobre o incidente entre Venezuela e Colômbia. Lula disse não ver ali um confronto, apenas “um conflito verbal” e pediu paciência até a posse do presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, dia 7.

Ele ignorou solenemente que o cerne do problema não é o presidente colombiano Alvaro Uribe, em despedida do cargo, nem o presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Mas, sim, a presença de 1.500 homens das narcoguerrilhas colombianas Farc e ELN em território venezuelano, conforme alerta de Bogotá. Uribe denunciou o fato de o governo da Venezuela nada fazer para impedir que essas forças terroristas, que lutam para desestabilizar a Colômbia, permaneçam em solo venezuelano, fora do alcance do Exército colombiano. Em resposta, Chávez rompeu as relações com Bogotá.

O pior para o governo brasileiro é que Uribe criticou publicamente as afirmações, deplorando “que o presidente Lula se refira à nossa situação com a Venezuela como se fosse um caso de assuntos pessoais (...)”.

Neste final de mandato, o governo brasileiro acentuou o caráter ideológico de sua política externa, com péssimo resultado para a credibilidade do país, principalmente como interlocutor confiável na resolução das divergências entre os países sul-americanos. Nesse caminho, a diplomacia brasileira abre mão de parâmetros éticos quando finge não ver grave desrespeito aos direitos humanos em Cuba; quando finge ver “excesso de democracia” (nas palavras de Lula) na Venezuela; quando finge que as Farc não são uma organização narcoterrorista; quando finge acreditar nos propósitos nucleares da ditadura do Irã, quando deseja apenas espicaçar os Estados Unidos, e ainda faz vista grossa ao atropelamento dos direitos humanos por Ahmadinejad. Uma das características da diplomacia lulista foi ressuscitar o viés esquerdista e antiamericano de alguns líderes populistas do chamado Terceiro Mundo de 50 anos atrás. Um dos exemplos disso é a Unasul, organização criada para se contrapor à OEA, e que por isto exclui os Estados Unidos. Tão artificial é a ideia de que os problemas no continente possam passar ao largo de Washington que a própria reunião da Unasul sobre o conflito entre Venezuela e Colômbia foi esvaziada.

Ao criticar o comportamento brasileiro no episódio, o presidente Uribe chama indiretamente a atenção para o fato de, desde o primeiro mandato, Lula ter mantido uma relação próxima com a Venezuela e fria com a Colômbia. Pena, porque a primeira está cada vez mais próxima de uma ditadura efetiva — a chavista. E a segunda, apesar dos inúmeros problemas internos, tem conseguido aperfeiçoar sua democracia. O lulismo prefere más companhias, por simples viés ideológico.

ANCELMO GÓIS

‘Quarup’ alemão
ANCELMO GOIS
O GLOBO - 31/07/10

A Agência Literária Mertin, fundada pela falecida Ray-Güde Mertin, a alemã que era grande amiga do Brasil, vai relançar na Alemanha vários livros do nosso Antônio Callado, o escritor brasileiro autor de “Quarup”.
Rumo a Paris
Eros Roberto Grau, que se aposentou ontem do STF
, quer trabalhar em questões de arbitragens na França e no Uruguai.
Aliás, o ministro é proprietário de um pequeno apartamento em Paris.
Intentona comunista
Em setembro sai no Brasil, pela Record, “Johnny, a vida do espião que delatou a rebelião comunista de 1935”.
Escrito pelo americano R. S.
Rose e pelo canadense Gordon D. Scott, o livro sustenta que o alemão Johann Heinrich Amadeus de Graaf, enviado ao Brasil pelo serviço secreto soviético para ajudar no levante comunista de 1935, era, na verdade, espião do MI6 britânico e delatou Prestes e seus companheiros.
Fuzilado...Aliás, o falso agente, que teve 69 identidades frias, foi executado em Moscou, em 1938.
A conta do acidente
Foi de uns US$ 30 milhões o preju com o desmoronamento de uma sonda no Poço de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.
O poço, da Agência Nacional do Petróleo, é perfurando pela Petrobras na qualidade de prestadora de serviços.
Apertem os cintos
Quinta, o piloto do voo 6258 da Avianca, que saiu de São Paulo às 21h20m para o Rio, desabafou pelo sistema de som: — Senhores passageiros, o tempo estimado da viagem é de... não temos! Os aeroportos do Rio, de modo desorganizado e desrespeitoso, não têm previsão, por causa do grande volume de aviões em tráfego...
Paixão por ‘Passione’Veja como o brasileiro, inclusive o internauta, é noveleiro.
Semana passada, o site da novela “Passione” (passione.globo.
com), da TV Globo, bateu o recorde de audiência da emissora.
Quarta, recebeu 1.344.569 visitas.
Quinta, 1.088.277. A média diária é de 540.922.
Cordel tombado
O Iphan deu a partida num processo para analisar o registro da literatura de cordel como patrimônio cultural imaterial do Brasil.
Eu apoio.
Leite do peito
O Ministério da Saúde decidiu inovar na campanha de amamentação (“Amamente.
Dê ao seu filho o que há de melhor!”), que começa amanhã.
Em vez de um rosto conhecido da TV, o comercial traz a imagem de uma brasileira comum, a pernambucana Wanessa Cristina, de 30 anos.
ZONA FRANCA
O Recomeço (gruporecomeco.com) comemora um ano com diversos animais para adoção.

Déa Trancoso canta hoje e amanhã, às 19h 30m, na Caixa Cultural, com Cláudio Nucci e Mariana Baltar.

Os vinhos Alentex, trazidos pela CCA, estão no Fasano Al Mare.

Felice Caffè terá sorvetes artesanais no lançamento da coleção da Zhari.

Carmelo abre filial no Flamengo.

Chef Pascal Jolly lança menus degustações no Enotria Bistrô Filippo Cappellini, da Pan-Americana, representa o Rio na nova diretoria da Associação da Indústria de Cloro.

Mirna Ferraz lança hoje “Alice disse festa”, no Shopping da Gávea, às 16h.

O “Arraiá Downtown” é neste fim de semana, das 12h às 22h.
Rio sem fradinhos
Carlos Roberto Osório, o secretário de Conservação e Serviços Públicos do Rio, iniciou a retirada dos fradinhos das avenidas Vieira Souto e Delfim Moreira, em Ipanema e Leblon.
Foram emitidas 79 notificações aos condomínios da orla dos dois bairros. Quinta, numa vistoria, a secretaria já constatou a retirada de 18.
Zumbi dos Palmares
Sabe aquela escultura de Zumbi dos Palmares no monumento erguido em 1986, na Praça Onze, no Rio? Será retirada amanhã por técnicos da prefeitura. Mas, calma, movimento negro. A obra voltará ao lugar em dois meses.
É que, desbotada, com fissuras e pichada por vândalos, será restaurada pela Secretaria de Conservação. Que bom.
Quem dá mais?
A prefeitura do Rio vai leiloar, dias 3, 4, 5 e 9 agora, 560 veículos apreendidos na cidade e não resgatados pelos donos.
No pregão, a cargo da RC Leilões, há até um Honda Fit 2008.
Para participar, é preciso se cadastrar no site rcleiloes.com.br.
Eleição no MP
No fim do ano, haverá eleição no Ministério Público do Rio.
Marfan Martins Vieira, exprocuradorgeral de Justiça, deve ser candidato.
Volta, Orlando
Tem freguês ilustre do Esplanada Grill, em Ipanema, triste.
É que a casa demitiu o garçom Orlando Braga, há 22 anos ali. Liderada por Kleber Leite, excartola do Flamengo, a turma faz a campanha “Volta, Orlando”.
GIOVANNA EWBANK, lindeza de atriz, posa para a posteridade nos bastidores de entrevista ao programa “Tamanho único”, do GNT, que vai ao ar dia 20
SÍLVIA BUARQUE e Maria Bethânia trocam um chamego na plateia de “Doido”, de Ellias Andreato, no Espaço Tom Jobim
PONTO FINAL
“Elle” é outro que confirma a sabedoria do Barão de Itararé, quando disse que, “de onde menos se espera, é daí que não sai nada mesmo”.