quarta-feira, janeiro 06, 2010

ROBERTO GODOY

Desgaste já põe processo em risco

O ESTADO DE SÃO PAULO - 06/01/10


A escolha do primeiro lote de novos caças de tecnologia avançada para a aviação militar brasileira está sob risco. Se a definição não sair agora, pode não sair nunca mais. A demora no cumprimento das etapas finais e a condução hesitante do governo estão expondo o processo a um desgaste que pode comprometer o trabalho técnico já realizado. De qualquer forma, o jato francês, o Rafale, segue acumulando sinais de favorito na hora incerta da decisão - que será tomada pelo presidente Lula, considerados itens estratégicos abrangentes, de importância para o País em várias áreas que não apenas a Força Aérea. O relatório técnico está concluído, mas, como enfatizou o Comando da Aeronáutica, em nota de esclarecimento, ainda não foi encaminhado ao Ministério da Defesa. Oficiais superiores comentavam ontem, em Brasília, que a versão em circulação é um texto de setembro, que não considera as propostas melhoradas dos três concorrentes ao contrato, entregues em outubro. O problema é mesmo político. O F-18 americano, o Gripen NG sueco e o Rafale, guardadas suas peculiaridades, podem cumprir a missão militar definida pela FAB. A análise precisa obedecer aos sete pontos fundamentais do programa - a questão comercial, os aspectos técnicos, o conjunto operacional, o pacote logístico, os benefícios industriais, as compensações comerciais e a transferência de tecnologias diversas - entre os quais não se prevê espaço para um ranking. O fato, porém, é que a aviação precisa de uma nova aeronave de múltiplo emprego, moderna e que permita realizar adequadamente operações aéreas de defesa e dissuasão. Essa demanda é maior que a agenda de interesses a que está subordinada.
Análise feita por Roberto Godoy, jornalista

Um comentário:

  1. Meu caro, como você sabe, Os EEUU são useiros e vezeiros em atrapalhar a evelução técnica aqui na América do Sul.
    Li um trabalho da Faculdade de http://www.ecsbdefesa.com.br/fts/MRPB.pdf que me pareceu sério e era compatível com tudo que sabia e acompanhava.
    Atrapalharam a evolução na Argentina.
    vendem para nós sistemas óticos ou de direção com defeitos ou imprecisos. Vetou nossas vendas de aviões à Venezuela, escolhendo para quem deveríamos vender.
    Agora com este f-18 esgotados de desenvolvimento, e de cujos avionicos e armamentos não teríamos tudos que nos interessa (vide Chile). Estes Gripens com avionicos e motores amercianos, também nos sujeitaria a restrições. Assim, pelo que vejo não adianta ficarem ofendendo o Presidente de analfabeto ou de Leigo, que não vejo outra alternativa, se não comprar o RAFALE e fazer a parceria, que aliás já começou com a FRANÇA,na Marinha. Sem contar a experiencia que temos com aviões Franceses, vide Mirage III e Mirage 2000. Quanto à gastos, quanto vale a defesa de uma nação como o Brasil.
    O Presidente viaja mundo à fora fazendo vários negócios no mundo inteiro é para conseguir verbas cuja finalidade, uma delas é esta.

    ResponderExcluir