domingo, novembro 22, 2009

ANCELMO GÓIS

Lula, o vetador

O GLOBO - 22/11/09


Levantamento da consultoria da Câmara mostra que a caneta de Lula tem mais tinta que a de FH em matéria de vetos de projetos oriundos do Parlamento.
É que o tucano, em oito anos, vetou, parcialmente ou totalmente, 287 projetos aprovados pelo Congresso. Já o petista não concluiu o sétimo ano e já vetou, pelos mesmos critérios, 295.

‘Teje preso’
O ex-banqueiro Salvatore Cacciola, preso desde 2007, terá, a partir de abril de 2010, o direito de progressão da pena.
Mas o que se diz no Judiciário é que este direito só virá a partir de outubro, por causa de “falha grave” apontada em sua ficha no sistema carcerário.

Ele se acha
Quinta, Jesus, não o Salvador, mas o namorado de Madonna, desembarcou em Nova York do vôo JJ 8082, da TAM, com um boné enterrado na cabeça, para, supostamente, não ser reconhecido pelos fãs americanos.

Aliás...
Semana passada, Jesus desembarcou no Rio, procedente da mesma Nova York, e foi recebido por uma escolta de quatro seguranças no Galeão.
Está se achando.

Parem as máquinas!
Decreto do então presidente em exercício José Alencar, dia 29 passado, confere ao município de Não Me Toque, RS, o título de “Capital Nacional da Agricultura de Precisão”.
Até o fechamento desta edição, Obama e Sarkozy não haviam se pronunciado sobre o alcance mundial da medida.

Acabou em samba
O grupo teatral Monte de Gente fez uma marchinha para Eike Batista.
Chama-se “Song for Eike”. Diz assim: “Ô Eike! Dá um dindim!/É o Tio Patinhas tupiniquim/Ô Eike! Dá um dindim!/Tá bom pra tu, mas tá ruim pra mim!”

O DOMINGO É de Maria Fernanda Cândido, 35 anos, que parece ainda mais bela depois da maternidade. A atriz voltará à telinha para interpretar seu primeiro personagem que existiu na vida real. Será Lurdes na minissérie “Dalva e Herivelto, uma canção de amor”, da TV Globo. Na história, o compositor Herivelto Martins (Fábio Assunção) se apaixona perdidamente pela aeromoça Lurdes e abandona Dalva de Oliveira (Adriana Esteves) e seu Trio de Ouro. Maria Fernanda também estará em “A princesa e o vagabundo”, especial de fim de ano da emissora. Viverá a rainha Valentina

Os negros ricos
Cresceu 75% nos últimos 15 anos o número de famílias chefiadas por negros no 1% mais rico da população: de 8,8%, em 1993, foi para 15,3%, em 2008.
Mas estas famílias ainda são muito mais numerosas entre os indigentes (73,3%). A conta é do economista André Urani, do Instituto de Estudos do Trabalho, com base na Pnad.

Zumbi tinha escravos
Na semana do Dia da Consciência Negra foi lançado pela editora portuguesa Leya o “Guia politicamente incorreto da História”, de Leandro Narloch.
O livro joga m... no ventilador de alguns personagens ilustres da nossa História, como Zumbi, que teria escravos

Tiro que segue...
Outros alvos do jornalista Narloch: Gilberto Freyre (“Admirava a Ku Klux Klan”), Machado de Assis (“Censor do Império”) e Santos Dumont (“O 14 Bis não voava: dava pulinhos”).
É. Pode ser.

ZONA FRANCA

Paulo Markun lança dia 8, na Travessa do Leblon, a biografia de Dom Álvar Núñez Cabeza de Vaca.

Hermann Baeta participou com Sepúlveda Pertence do Congresso Internacional Latino-Americano.

Kofi Annan faz palestra amanhã no Copacabana Palace. O coleguinha William Waack será o mediador.

Simetria Ortodontia faz 20 anos.

É hoje o Encontro Gastronômico Quintal Mineiro, em Vila Isabel.

Marcela Moura é convidada do Fest Internacional de Marrakech. A atriz é protagonista do filme francomarroquino “Fissures”.

Abre quarta no Atelier 319, no Leblon, exposição de Lelia Bergallo, João Carlos Moura e Lilyan Sampayo.

O filho de Nelson
Joffre Rodrigues, o diretor de cinema, filho de Nelson Rodrigues (foto), comprou os direitos de filmagem de “O anjo pornográfico”, biografia de seu pai, escrita por Ruy Castro.
A idéia é estrear em 2012, quando Nelson faria 100 anos.

Corpos na draga
Operários que fazem a dragagem do canal que margeia a Linha Vermelha, no Rio, encontraram, em dois meses de trabalho, além de muita lama e resíduos tóxicos, sete corpos, acredite.
Como a obra deve durar 12 meses, a expectativa é a pior.

Calma, madames
A instalação de uma escola na Rua Timóteo da Costa, no Leblon, no Rio, racha a sociedade leblonina entre os com filho pequeno e os sem filho.
Quinta, num salão de beleza, uma moradora a favor passava um abaixo-assinado e pediu às manicures, que vivem em Jacarepaguá, para aderirem. Por pouco o clima não pega fogo com protestos de outra cliente.

Serra da madrugada
Veja como a fama de notívago persegue José Serra.
A coleguinha Miriam Leitão acordou outro dia às 3h e entrou no Twitter para relatar sua insônia. Ato contínuo, um “tuiteiro” pôs o comentário: “Você acordou com insônia, e o Serra ainda nem disse boa noite.”

Lula, o filho de Aristides
Quem já viu “Lula, o filho do Brasil” saiu impressionado com a forma que o filme retrata o pai do presidente.
Seu Aristides da Silva, que morreu em 1978 como indigente, é um homem mau no longa.
Impacta a cena da chegada de surpresa de Lula com a mãe a São Paulo. O pai, irado, antes mesmo de perguntar da viagem, cobra por que a mulher tinha deixado em Pernambuco o cachorro Lobo.
No livro “Lula, o filho do Brasil”, de Denise Paraná, que inspirou o filme, o retrato do pai é também, no mínimo, de um truculento.
Em seu depoimento, Jaime Inácio da Silva, irmão de Lula, conta que convidou o pai para seu casamento, e ele respondeu: “Para você, eu tenho um tiro na cara.” Lula não chega a ser tão radical. Embora considere o velho Aristides um tirano que cuidava mais dos cachorros do que dos filhos, reconhece no pai um trabalhador que sempre procurou “garantir o feijão e o arroz para a família”.
Aliás, numa entrevista à revista “Época”, em 2002, Lula disse que perdoava o pai: “Valeu o espermatozoide que me gerou.” Em tempo: com a partida de dona Lindu e dos filhos, o cachorro Lobo, que tinha ficado com um tio de Lula, em Pernambuco, não parou de chorar, deixou de comer e morreu dias depois. Mas aí é outra história

O xodó do Japão pela MPB

A música brasileira faz, como se sabe, um tremendo sucesso no Japão. O mercado de trabalho para os artista brasileiros lá é enorme.

Mas veja só. Terça-feira passada, Gal Costa se apresentou na famosa casa de jazz Blue Note, em Nova York. Na plateia, havia mais japoneses do que americanos ou brasileiros.

Aliás, em dezembro agora, chega às livrarias japonesas, no idioma de Kurosawa, a grande biografia de Nara Leão escrita pelo jornalista Sérgio Cabral, pai.

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