quinta-feira, setembro 24, 2009

ARI CUNHA

Direito internacional

CORREIO BRAZILIENSE - 24/09/09


Observa-se a falta de respeito internacional. A vida das nações está mais ao sabor de interesses políticos. Manuel Zelaya, deposto em junho, não pensa em aceitar decisão do governo de Honduras. Vive horror de guerra. A Embaixada do Brasil não perdeu o ritmo de amizade de Lula pelos vizinhos. Zelaya entrou na sede diplomática com companheiros que o seguiram. Fizeram comícios em área entregue por Honduras ao Brasil como representação diplomática. A resposta hondurenha foi cortar água, luz e telefones, agora restabelecidos. O presidente Lula falou na ONU e lembrou o que acontece em sua embaixada. Pediu garantias, o que não seria necessário, visto haver convenção internacional. O tempo se encarregará de dizer onde está a razão.


A frase que não foi pronunciada

“É preciso ter resistência física, mental e um bom advogado para suportar injúrias.”

Alceni Guerra, em pensamento firme.


Revolta
Cerca de 200 moradores de Cumbe e Canavieira, no Ceará, bloquearam a estrada de Aracati. Faz tempo que caminhões da empresa passam levando carga pesada para o parque eólico de Cumbe. Locais fazem protesto e a estrada está bloqueada como reação. A obra é do PAC e está interrompida.

Outro lado
Nada como a tempestade para conhecer os verdadeiros amigos. A diretora de Recursos Humanos do Senado, Doris Marize, vê o apoio e o carinho que recebe dos colegas da Casa. Anos de trabalho sério e competente conquistaram a admiração de quem a conhece no dia a dia.

Fundações
Polícia Federal vasculha a Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Algumas ONGs se juntaram à universidade para burlar verbas oficiais. Está declarado estado perigoso de abuso das facilidades que as ONGs desfrutam perante o fisco.

Despedida
Paulo César Ávila se despede do Tribunal de Contas do DF. Independente e criativo, defendeu a posição de presidente como quem nasceu para pôr o trem nos trilhos. Termina sua vida funcional cercado de elogios dos governos e dos amigos.

Salada política
Vale a pena acompanhar a coluna de Denise Rothenburg neste jornal. Analisa a política brasileira com tantas filigranas que são bem catadas e citadas. Faz uma sopinha de letras que só os partidos entendem. E os políticos se alimentam das letrinhas que dançam à vista de todos, principalmente
PT e PMDB.

Athos Bulcão
Valéria Lopes Cabral, secretária executiva da Fundação, envia livro sobre Athos Bulcão com projeto do BVDA/Brasil Verde, assinado por Paulo Ludovico de Almeida e Carlos Zuffellato e patrocinado pelo Ministério da Cultura. Aparecem fotos e imagens em muitos lugares do Brasil, também um texto analítico de Neusa Cavalcante, professora da UnB.

Ofensas
Conversa de “ponta de areia” são as declarações do governador de Mato Grosso do Sul contra o ministro do Meio Ambiente. Chega a tantos detalhes pessoais que indica maldade ou terrível despeito. Linguagem imprópria para governador, que não respeita sua posição política nem a
postura do atacado.

Educação
Jovens de Luziânia têm a Universidade Estadual de Goiás para estudar e depois atuar na própria região. Sueli Mamede Lobo, especialista em marketing, é a responsável pelas novidades
que fazem a imagem da instituição avançar.

Troca
Em Belo Horizonte, a presença de 10 empresas chilenas foi destaque na Exposibram, que reúne interessados do mundo em mineração. Hugo Chorales, do Departamento de Indústrias do ProChile, quer parceria para juntar a tecnologia, a experiência e tradição chilenas à matéria-prima brasileira.

História de Brasília

Sete comissões de inquérito estão rolando na Câmara desde 1959. São as seguintes: para apurar a extensão e a intensidade da devastação dos recursos naturais do país; para apurar a existência de irregularidades no Sesc e Senac; para investigar a malversação de dinheiros públicos por via de inclusão no orçamento da República, a título de subvenção para entidades inexistentes; para apurar irregularidades no comércio de importação; para apurar irregularidades relativas aos bens e valores das empresas incorporadas ao patrimônio nacional; para examinar e estudar a situação das empresas estrangeiras concessionárias de serviços públicos de eletricidade e outros; e para apurar as acusações que pesam contra o Departamento Federal de Segurança Pública. (Publicado em 9/2/1961)

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