domingo, agosto 16, 2009

PAULO ROBERTO FALCÃO

Ausências

ZERO HORA - 16/08/09

O jogo deste domingo entre Grêmio e Flamengo está sendo considerado muito mais pelas ausências do que pelas presenças. O time da casa está sem Souza, Tcheco e Maxi López. O visitante não tem Kléberson, Leonardo Moura e Toró. Paulo Autuori terá que improvisar Réver no meio-campo para compensar a ausência de seus meias. Sem o seu principal armador, Andrade optou por confirmar o jovem Lenon, de 19 anos, como titular.

Mas a curiosidade maior do jogo talvez seja o duelo de centroavantes. O Grêmio está sem o seu, Maxi López, lesionado e na iminência de sair pela janela de transferências. O Flamengo tem o seu, o prestigiado Adriano, artilheiro do Brasileirão e imperador das esperanças dos torcedores rubro-negros. Ele é a maior preocupação da defesa gremista. Em contrapartida, o Grêmio terá na frente um candidato à camisa 9, que ainda não conseguiu se afirmar: o colombiano Perea.

Grêmio e Flamengo tentam terminar o turno com vitória, na esperança de uma reaproximação com o grupo da Libertadores. Se vencer em casa, o Grêmio passa na frente de seu adversário de hoje.

Respiro

Centroavantes e goleiros são os únicos jogadores que têm algum tempo para respirar no futebol de hoje. Os goleiros pela razão óbvia de que ficam parados dentro do gol, não precisam correr para o desarme quando o adversário está com a bola. Já os centroavantes quase sempre têm orientação de dar o primeiro combate aos zagueiros, de evitar a saída de bola. A partir daí, não é mais com eles. Os treinadores nunca pedem ao centroavante para voltar até a defesa e ajudar no desarme. Alguns jogadores até fazem isso, em lances isolados. Mas o normal é que tenham tempo para respirar enquanto os demais correm quase o tempo todo.

Visão

A visão desses jogadores também é diferente. O goleiro tem a visão do campo todo, mas tem pouca mobilidade para orientar os companheiros. Os centroavantes jogam de costas para o time. Como têm função específica, não lhes cabe correr longas distâncias. Muitos ficam completamente isolados na frente. Se quiserem conversar com alguém, tem que ser com os próprios marcadores. Mas, dependendo do estilo, alguns saem bastante da área, voltam até o meio, procuram participar. Domingo, no Olímpico, teremos centroavantes de estilos diferentes.

Desafio

A ligação entre meio e ataque será o desafio dos técnicos no domingo. O Flamengo está sem seus melhores articuladores, Kléberson e Leo Moura. O Grêmio entra sem Souza e Tcheco.

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