sexta-feira, junho 08, 2012

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


FOLHA DE SP - 08/06

Turista brasileiro substitui argentino em Foz do Iguaçu

No Parque Nacional do Iguaçu, o fluxo de turistas da Argentina, país de maior origem de visitantes estrangeiros, começou a perder força.

Apesar de uma leve alta, o número se mantém pouco acima de 200 mil ao ano desde 2009. Os brasileiros passaram de 1 milhão em 2011, ante menos de 800 mil em 2008, segundo dados do instituto Poloiguassu, especializado na região.

"O fluxo argentino perdeu força devido ao câmbio desfavorável", diz Fernanda Fedrigo, do instituto.

No Hotel das Cataratas, que fica dentro do parque, os brasileiros correspondiam a 5% dos hóspedes em 2007, quando o grupo Orient-Express assumiu o controle. Hoje, são 20%, segundo o gerente Celso Valle.

"A escolha das cataratas como uma das sete maravilhas naturais do mundo refletiu no mercado nacional."

A expectativa da empresa é que os brasileiros sejam responsáveis por 27% das reservas até o final do ano.

O público interno é mais interessante para os hotéis que o estrangeiro, pois fica hospedado por três noites, em média. Os turistas de fora costumam permanecer por duas noites, segundo Valle.

No hotel Bourbon, os brasileiros já representam metade dos clientes. Os argentinos ocupam o quarto lugar entre os estrangeiros. A cidade deve receber até o fim do ano 1.900 novos leitos -hoje são 22 mil, segundo o Sindhotéis (sindicato do setor da cidade).

Dilma fará com custo da energia o que fez com juros, diz Alcoa

A presidente Dilma Rousseff está decidida a reduzir o custo da energia no Brasil assim como fez com os juros.

A afirmação é do presidente da Alcoa para a América Latina e Caribe, Franklin Feder, que esteve na terça-feira passada com a presidente, em companhia do CEO mundial, Klaus Kleinfeld.

A presidente não disse que medidas serão adotadas nem deu prazo para viabilizar o corte do preço da energia.

Não serão para 2013 ou 2014, afirmou o executivo.

Feder, porém, disse que os executivos saíram da reunião "confortáveis por ser a presidente Dilma que é".

"É raro um país ter uma presidente como ela. Já atuou no setor e conhece cada detalhe." A presidente disse também que não basta o corte de tributos federais e que governos estaduais também devem fazer a sua parte.

A multinacional americana por ora não vai cortar linhas de produção de alumínio no Brasil, como já fez em outros países.

Novos investimentos no país, como uma fábrica em Pernambuco ou em outro Estado, também entraram na pauta de reunião com a presidente, da qual participaram o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Os executivos da Alcoa mencionaram ainda o interesse em ir além da produção de alumínio no país.

"Mostramos à presidente que também podemos fabricar aqui outros produtos, como sistemas de fixação de aeronaves, além de peças para o setor de óleo e gás."

Experiência e altas taxas são obstáculos para novos médicos

Depois de tanto tempo de estudo, taxas e obrigatoriedade de cerca de cinco anos de experiência dificultam o credenciamento de médicos em planos de saúde no país.

A Unimed, que é uma cooperativa, cobra até R$ 50 mil para a entrada de profissionais. O valor varia conforme a região do país.

"O problema é que os médicos estão concentrados no Sul e no Sudeste, onde o custo de filiação é mais elevado", afirma o presidente da Unimed do Brasil, Eudes Aquino.

O credenciamento depende da abertura de vagas, o que nem sempre acontece.

"Defendemos o credenciamento universal para que cada um escolha seu médico. Há um bloqueio para a entrada de novos profissionais", diz Otelo Shino Jr., do Simesp (sindicato da categoria de SP).

"Apesar do custo, a vantagem das cooperativas é que o médico sofre menos pressão pela não realização de exames", acrescenta.

Planos de saúde, como Amil e SulAmérica, não costumam cobrar taxa de filiação, mas exigem ao menos cinco anos de experiência e título de especialização.

FORÇA NA ENTREGA DAS COMPRAS

Com o aumento das vendas, empresas de material de construção, móveis e decoração investem no setor de logística para acelerar a entrega das compras.

Até o final de 2012, a Leroy Merlin abrirá dois depósitos que atuarão como plataformas regionais de São Paulo e Rio de Janeiro, segundo o diretor-geral da empresa no Brasil, Alain Ryckeboer.

"Crescemos, em média, 25% ao ano no país, então precisamos investir nesse segmento de maneira contínua", diz Ryckeboer.

A Tok Stok, por sua vez, acaba de aumentar em 18% o quadro de funcionários da área de entregas.

A rede de lojas também encomendou a compra de 30 novos caminhões.

"O segmento é o calcanhar de Aquiles para uma empresa do nosso segmento", diz Leopoldo Duarte, gerente de logística da companhia.

COM QUE ROUPA

EXECUTIVA MOLHADA

Peças em veludo molhado, que estão presentes nas coleções de moda estreladas,

cabem em ambientes corporativos?

Estilistas e profissionais da moda dizem que sim.

"Poucas vezes as executivas têm a chance de usar um 'must-have' [tem de ter] da estação no seu dia a dia. Com o veludo, elas podem", afirma Gabriela Monteiro de Barros, da Daslu Cidade Jardim.

Ela aconselha combinar blazer de veludo com calça ou saia do mesmo material.

Esperança Dabbur, da Fillity, também incluiu o tecido em sua coleção de inverno.

"São peças mais casuais, que podem ser usadas com um casaco de lã."

O tecido chegou também às bolsas, como a da Gucci, e à forração de sapatos, da coleção da Osklen.

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