domingo, maio 24, 2020

AMEAÇAS - MIRANDA SÁ

BLOG DO MIRANDA SÁ 

@MirandaSa_

“O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, mas sim por aquelas que permitem a maldade” (Albert Eisntein)


A chegada das novas arroubas no Twitter, mal-educadas e agressivas, convulsiona a livre circulação de ideias e o debate sadio. Não me permito aceitar delas esta ação odienta, acionada sem dúvida alguma, por controle remoto.

A idiotia desses caçadores de mitos é tão desprezível que me obrigou a abandonar o antigo costume de não deletar opiniões e muito menos bloquear quem quer que seja por emiti-las. Faço-o agora porque considero inaceitáveis as mentiras xerocadas que saem dos porões do Planalto

Como um dos pioneiros do Twitter no Brasil evoco o testemunho dos que conhecem a minha atuação na rede social; sempre guardando respeito pela opinião alheia mesmo discordando dela; sem ofensas nem palavrões para expressar minha discordância por alguém ou por algo vindo do campo político.

Entretanto, logo que a enxurrada de novas arroubas surgiu, chamadas de robôs por uns e de gado por outros, tentei mostrar-lhes que era errada a falta de respeito por outrem; procurei até instruí-las como polemizar sem ofender.

Também evitei reclamar no início, mantendo, como princípio, o ensinamento de Confúcio, de que ser ofendido não tem importância, a não ser se mantivermos isto como raiva ou planejamento de vingança.

De nada adiantou, porque são hordas que chegam como marolas na beira mar, disseram-me que são os mesmos com diversos perfis, como os terroristas mantém inúmeros codinomes.

E o pior de tudo não é apenas o tratamento desairoso, as injúrias e os xingamentos, mas a ação de criar confusão e desentendimentos entre os antigos participantes da rede social.

Com a insistência aprendida com herr Goebbels de repetir a mentira mil vezes que pareça uma verdade, conseguem arrastar os desavisados para o redemoinho do extremismo, com o mesmo método dos lulopetistas fanatizados pelo chefe corrupto e corruptor.

Lembrando esses antecedentes, registro como os narcopopulistas, cúmplices da corrupção, atacam Sérgio Moro, cuja formação intelectual, coragem e patriotismo levaram à prisão o ex-presidente Lula, receptor de propinas para si, seus filhos e hierarcas do PT.

Agora os extremistas da direita e da esquerda estão juntos e misturados, investindo contra Moro. Uns movidos pelo ódio a quem desmoralizou Lula, e outros porque ele não compactuou com os esquemas de familiocracia, resistindo ao controle da Polícia Federal, órgão de Estado e não de Governo.

Para este pessoal armado dolosamente de mentiras e perfídias, nos ataques que mantêm aos que lutam contra a corrupção e os corruptos em geral, sem bandidos de estimação, dirige a sua mira contra Moro e ao que chamam de “lavajatismo”, isto é, contra os defensores da Lava Jato, conduzida por procuradores, policiais e juízes patriotas.

Me incluo entre os que não ensarilharam as armas das antigas batalhas para evitar que no Brasil se tornasse uma terra de ninguém. Pouco me importa os cães que ladram enquanto a caravana passa.

Acho até graça dos que investem contra mim. Como não podem usar o carimbo de “traidor”, porque nunca estive entre os beneficiados do sindicalismo militar de Bolsonaro, a quem não conhecia, e muito menos aos seus filhos complicados. Votei nele contra o lulopetismo corrupto, como votaria em Tiririca se hipoteticamente disputasse o 2º turno com um poste de Lula.

Riu dos que me chamam de “velho”. Sou sim, e daí? Com a minha idade não me troco pelos jovens analfabetos funcionais e muito menos pelo fanatismo cego daqueles de meia idade…

Se me propuserem protagonizar uma cena política com estes cretinos, farei como a imortal cantora e atriz Mistinguett, símbolo da canção e da sensualidade no século passado. Casada com um brasileiro, visitou o Brasil várias vezes.

Às vésperas de completar 80 anos, Mistinguett foi procurada por um diretor de teatro propondo-lhe participar de uma peça com o enredo em que uma experiente atriz dava conselhos a uma estrela que nascia.

A grande artista francesa, mostrando entusiasmo, achou que a ideia era excelente e perguntou: – ‘Quem vai fazer o papel da velha? ”.

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