sábado, março 24, 2018

Gilmar X Barroso: sim, o confronto existe. É o choque entre um liberal e um vermelho vestido de verde-amarelo por oportunismo - REINALDO AZEVEDO


REDE TV/UOL

A extrema-direita e xucra e a esquerda xexelenta se igualam em muitos aspectos. Além de origens que se cruzam em passado nem tão distante, há em comum o apreço pela ignorância, a estupidez militante, o ódio ao pensamento complexo, o desespero ao perceber que a realidade abriga mais variáveis do que sua estreiteza ideológica é capaz de compreender e de abrigar — daí a opção preferencial pela truculência verbal.

Não deixa de ser curioso que um ultra-esquerdista em alguns costumes e valores, como Roberto Barroso, tenha se convertido, nas redes sociais, em herói da… direita. E um ministro de corte liberal, como Gilmar Mendes — basta analisar seus votos (ainda voltarei ao tema) — esteja sendo tratado como vilão.

A conclusão é inescapável. Barroso é o herói dos idiotas que mal sabem o que dizem, o que querem e o que pensam. Transformaram o ódio a Lula — não raro, carregado de preconceito de origem e de classe — em categoria de pensamento. Bem, e não é.

Pensamento de verdade, este sim, é saber explicar, com critérios de economia e política, por que o PT representou um mal para o país. Nem por isso, sob o pretexto de afastá-lo, devemos violar a Constituição.

Barroso, que chegou ao Supremo nas asas da má-consciência petista, hoje se apresenta como o algoz de Lula porque isso é útil à atual fase de sua carreira. Se o PT ainda estivesse no poder, não duvidem, ele seria um dos artífices do projeto fascistoide do partido, como foi o porta-voz da reforma política que a legenda queria fazer e que simplesmente aniquilaria adversários se levada adiante e se desse certo.

Barroso não mudou. Continua o mesmo destruidor de instituições que chegou ao Supremo, pelas mãos sujas de sangue do terrorista Cesare Battisti.

Ainda voltarei ao tema.

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