quarta-feira, setembro 14, 2016

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

FATIAMENTO: STF NÃO DESAUTORIZARÁ LEWANDOWSKI
O Supremo Tribunal Federal não vai alterar o julgamento de Dilma no Senado para não desautorizar ex-presidente, Ricardo Lewandowski, e porque “não é órgão consultivo e sim julgador”, afirma um dos ministros ouvidos pela coluna. Ações contra ou pró-“fatiamento” serão negadas. A destituição de Dilma é mesmo definitiva, e os ministros dizem que à Justiça de 1º grau caberá decidir sobre os direitos políticos de Dilma.

POSIÇÃO CONSENSUAL

Até ministros que criticaram o “fatiamento” publicamente, como Celso de Mello e Gilmar Mendes, tendem a não desautorizar Lewandowski.

NÃO É COISA DO STF

Ministros do STF discordam da decisão de livrar Dilma da perda dos direitos políticos, mas acham que esse assunto não é do STF.

NÃO CABE RECURSO

O STF não se mete no resultado do julgamento de Dilma porque o impeachment é prerrogativa constitucional do Poder Legislativo.

INTERFERÊNCIA SÓ NO INÍCIO

O STF se limitou a definir o rito, inclusive acrescentando dificuldades em relação ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor.

METADE DOS BRASILEIROS ADORA UM CONTRABANDO

Quando se exige ética dos políticos, uma pesquisa revela que metade da população que os elege admite a compra regular de produtos ilegais ou pirateados. Os dados são de pesquisa Datafolha encomendada pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), que sai do forno nesta quarta, 14. O Centro-Oeste é a região onde há mais adoradores de produtos contrabandeados. No Norte estão os que menos os apreciam.

MAIS VIOLÊNCIA

Na pesquisa do Etco, os entrevistados reconhecem que o contrabando favorece o crescimento da violência e do tráfico de drogas.

ALTA CARGA TRIBUTÁRIA

O contrabando também impacta nas altas taxas tributárias que incidem sobre produtos nacionais.

EM TODO O BRASIL

A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 27 de agosto e entrevistou 2.081 pessoas maiores de 16 anos em todo o País.

EM NOME DE DILMA

Ao revelar encontro nas eleições de 2014 em que o ministro Ricardo Berzoini pediu “ajuda” para que a Lava Jato não chegasse ao governo, Leo Pinheiro confirmou velha suspeita: Dilma sabia das maracutaias.

EM NOME PRÓPRIO

Leo Pinheiro contou a Sérgio Moro que se reuniu com Berzoini e o ex-senador Gim Argello, quando o ministro de Dilma tentou garantir que o governo não se “sujasse” com a CPI da Petrobras, onde Gim mandava.

ALVO FINAL

O aparente desinteresse de Eduardo Cunha em negociar acordo de delação premiada é correspondido pela força-tarefa da Lava Jato. A força-tarefa avalia que o ex-deputado não é fonte, é alvo final.

ARTILHARIA PESADA

Vice-presidente da CPI da Lei Rouanet, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) promete “artilharia pesada para o PT”. O primeiro requerimento pede a convocação do ator petista José de Abreu.

PROFUNDO, CRIATIVO

Após refletir sobre a cassação do ex-deputado Eduardo Cunha, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) sacou uma jamais pronunciada antes: “Quem colhe vento semeia tempestade”.

VIDA DURA

Ex-PT, o senador Walter Pinheiro (BA) virou secretário de Educação da Bahia, Estado que o ex-governador Jaques Wagner deixou com 90 mil analfabetos – alguns deles no governo, segundo piadinha da oposição.

PRESENÇAS ILUSTRES

Os ministros Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, e Dias Toffoli, vice-presidente do Supremo, participam nesta quarta do 20º Congresso Internacional de Direito Tributário, em Belo Horizonte.

CONTRA AS CASSAÇÕES

O deputado Wellington Roberto (PR-PB) foi escolhido relator do projeto do reajuste salarial da Receita Federal. Ele votou contra a cassação de Eduardo Cunha e contra o impeachment de Dilma Rousseff.

PENSANDO BEM...

...como Eduardo Cunha prometeu contar tudo em livro, a onda “fora, Cunha” deveria dar lugar agora à campanha “fala, Cunha”.


PODER SEM PUDOR

POLÍTICO PIPOQUEIRO

Avesso a aparições e declarações públicas, o ex-governador mineiro Hélio Garcia acabava de votar, nas eleições municipais de 1996, quando foi cercado por jornalistas. Parou junto a um pipoqueiro e manteve a boca ocupada para não ter que responder a perguntas. Mas perdeu a paciência com uma repórter de rádio: em vez de engolir pipocas, neutralizou a jornalista insistente colocando "gentilmente" as pipocas na boca dela.

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