segunda-feira, outubro 19, 2015

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

PLANALTO TEME PROTESTOS CONTRA BLINDAGEM DE DILMA
O Planalto não ficou inteiramente tranquilo com a decisão do Supremo Tribunal Federal que travou o impeachment, blindando a presidente Dilma do rito fixado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. No governo há o temor de que a liminar do ministro Teori Zavascki acirre os ânimos, no Congresso, e provoque a retomada de manifestações de rua, em razão da rejeição recorde a Dilma, apurado em pesquisas.

INTERVENÇÃO
O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) não entendeu a decisão do ministro Teori Zavascki. Para ele, “foi uma intervenção” indevida.

TOMA LÁ, DÁ CÁ
Aliados contam que Eduardo Cunha recebeu do Planalto a proposta de ser “salvo” da Lava Jato em troca do arquivamento do impeachment.

NOS OUTROS É REFRESCO
O rito agora barrado pelo STF foi o mesmo adotado no frustrado pedido de impeachment de FHC, em 1999, e no de Fernando Collor, em 1992.

#VEMPRARUA
O Vem pra Rua organiza ato marcado para esta segunda, em São Paulo. É o primeiro protesto oficialmente pelo impeachment de Dilma.

DEPUTADOS JÁ NEGOCIAM SUBSTITUIÇÃO DE CUNHA
Com o envolvimento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na Operação Lava Jato, líderes partidários buscam alternativas de fortalecimento dos partidos no Congresso. Nos bastidores, os deputados Leonardo Picciani (PMDB), Jarbas Vasconcelos (PMDB), Miro Teixeira (Rede) e André Moura (PSC) pedem votos para a presidência da Câmara, prevendo a queda do peemedebista.

DESTILANDO INTRIGA
A antecipação da eleição para presidente da Câmara é incentivada pelo Palácio do Planalto, que busca um nome alinhado ao governo.

SANGRANDO O ADVERSÁRIO
O governo acredita que a medida enfraquecerá Eduardo Cunha e mostrará que ele não tem mais condições de se manter no cargo.

MAIS DO MESMO
Se realmente cair, Eduardo Cunha pretende emplacar um deputado que mantenha o tom beligerante em relação ao governo e ao PT.

LAVANDERIA
A CPI do BNDES acredita que nova rodada de quebra de sigilos de empresas mostrará irregularidades em pagamentos ao marqueteiro de Dilma, João Santana. “Chegamos à lavagem de dinheiro na campanha do PT”, avisou Alexandre Baldy (PSDB-GO), cheio de otimismo.

CASO RARO
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Dias Toffoli, será o observador brasileiro nas eleições gerais canadenses amanhã, terça (20). Para aliviar o Erário, o ministro bancou passagem e hospedagem do próprio bolso. E também rejeitou receber diárias pela viagem.

TRUCO
O clima esquentou entre o ministro Ricardo Berzoini e o deputado Celso Russomanno (PRB-SP). Líder do PRB, ele ameaçou entregar o Ministério do Esporte. Recuou após o ministro aceitar a oferta.

TELHADO DE VIDRO
O líder do PDT na Câmara, Afonso Motta (RS), imposto pelo presidente do partido, Carlos Lupi, está na mira da própria bancada. Ele é personagem no esquema do Carf, investigado em CPI e na PF.

CARA FEIA
Medo é o que experimentam novos e antigos assessores do presidente da Câmara. Dizem que Eduardo Cunha anda com cara, gestos e ações de pouquíssimos amigos. Razões suíças: contas, e não queijos.

CALMA LÁ
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), discorda da cúpula do partido, que se posicionou contra Eduardo Cunha. Sampaio alega que a oposição “ganhou voz” com o atual presidente da Câmara.

VISTA GROSSA
Nas barbas da Docas do Rio, importante área do porto de Itaguaí, vem sendo ocupada pela comunidade Coroa Grande. Trata-se de medida para beneficiar aliados da família do deputado Leonardo Picciani.

MANTENDO A ESPERANÇA
A ordem na oposição é não se abater com decisões que dificultam o impeachment. “Há esperança, sob pena de o Estado se não prestar seu dever constitucional”, diz Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).

PENSANDO BEM...
...impressiona a rapidez com a qual o “inimigo número um” do Brasil muda de semana para semana.

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