sábado, julho 25, 2015

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

LULA TEME QUE ZÉ DIRCEU FAÇA ACORDO DE DELAÇÃO

Após haver abandonado José Dirceu desde os tempos do julgamento do mensalão, o ex-presidente Lula recomendou à cúpula do PT, esta semana, “dar atenção” ao “Zé”, seu ex-ministro da Casa Civil. Ele teme que Dirceu feche acordo de delação premiada para não voltar à cadeia. Até lulistas “religiosos” concordam: eventual delação de Dirceu pode levar Lula a conhecer o significado de um longo período na Papuda.

VOCAÇÃO PARA ‘MÁRTIR’

Lula e a cúpula do PT confiam que Dirceu é “guerreiro” e que, como no mensalão, pode mofar na cadeia, mas não entrega a “companheirada”.

OUTRA PRIORIDADE

Hoje a maior prioridade de José Dirceu não é a “causa”, mas preservar a liberdade de conviver com a alegria da filha, garotinha de 6 anos.

MAU SINAL

Após a Justiça negar habeas corpus preventivo para José Dirceu, acendeu a “luz vermelha” na cabeça, disse Lula a dirigentes do PT.

REBATE FALSO

Na tarde desta sexta-feira (24), houve momento de pânico, no PT, com os rumores de prisão iminente de José Dirceu. Mas era rebate falso.

ANÁLISE TÉCNICA DESTRÓI DEFESA DO GOVERNO NO TCU

A análise da área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as “pedaladas fiscais” do governo Dilma destrói a alegação de “motivação política”, difundida pelo governo, para justificar a iminente condenação da presidente Dilma e outras 17 autoridades do governo por crime previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. A área técnica do TCU é composta de servidores de carreira no tribunal, como auditores.

ILAÇÕES, NÃO

Relator do processo, o ministro Augusto Nardes anda indignado com as alegações de viés político, que em nada ajudam o governo Dilma.

PREOCUPAÇÃO ADICIONAL

O parecer de Augusto Nardes logo ficará pronto, mas o julgamento do caso só ocorrerá após as manifestações públicas de 16 de agosto.

BOMBEIROS

Os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Joaquim Levy (Fazenda) foram escalados para reverter o quadro crítico no TCU.

CAMINHANDO E CANTANDO

Relator das pedaladas fiscais do governo, o ministro Augusto Nardes dispensou o motorista no trajeto entre a residência oficial do Senado e a da Câmara. Caminhou 200m, o que os políticos quase nunca fazem.

CHANCE DE OURO

O grupo do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) quer aproveitar os estragos produzidos pela delação de Júlio Camargo para tirar de Eduardo Cunha o protagonismo político. Avalia que “a hora é agora”.

GRILO FALANTE

O ex-ministro Geddel Vieira Lima foi escalado, informalmente, como porta-voz dos peemedebistas insatisfeitos com o governo Dilma. “O grilo falante chama-se Geddel”, oficializou Osmar Terra (PMDB-RS).

DÁ NA MESMA

O PSDB da Câmara e do Senado falam línguas diferentes. Senadores, excluindo Aécio Neves (MG), defendem que o TSE decida sobre eventual cassação de Dilma. Os deputados querem o impeachment.

ME LEVA?

Carente de apoio político e com a popularidade em frangalhos, Dilma pediu ao ex-chefe Lula para levá-la à reunião com FHC. Ele topou, claro. Mas o tucano vem achando curioso o “atual interesse” do PT.

ONDE APERTA O SAPATO

Advogados que atuam na Lava Jato afirmam que Ricardo Pessoa, dono da UTC, obeso e com um joelho que praticamente não dobra, sentia dores terríveis ao se agachar no sanitário da cela, um buraco no chão. E que isso foi decisivo para concordar com o acordo de delação.

‘CASAMENTO’ ABALADO

Dilma procurou o vice-presidente Michel Temer, articulador-geral do governo, e pediu sinais de apoio. O PMDB na Câmara pressiona pela antecipação da reunião para reavaliar a aliança com o governo.

CRAVO E FERRADURA

O governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), esteve em São Paulo, dias atrás, para conversar com o ex-presidente Lula e, depois, com FHC. Socialistas querem “tarefas” e discutem seu “papel nacional”.

PERGUNTA NO AEROPORTO

Se quando Dilma viaja é “crisezinha”, quando ela volta é apocalipse?


PODER SEM PUDOR

MINISTRO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS

Bem humorado e paciente, o então ministro José Múcio (Relações Institucionais) visitava dois ministérios diariamente, garimpando meios de atender aos pedidos dos parlamentares da base aliada, a fim de dar sossego ao então presidente Lula, garantindo a aprovação de projetos de interesse do governo. Certa vez, ao ser recebido por Marina Silva (Meio Ambiente), que pilotava um setor sempre resistente a mudanças, ele foi logo fazendo graça:

- Ministra, eu sou ministro do Bom Ambiente...

Conseguiu o que queria.

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