quinta-feira, julho 02, 2015

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

‘PEDALADAS FISCAIS’ DE DILMA CONTINUAM EM 2015

O governo ainda recorre a “pedaladas fiscais”, manobra contábil para fingir superávit, por exemplo, que em 2014 levou o Tribunal de Contas da União a abrir processo. A Lei de Responsabilidade Fiscal pune as “pedaladas” como crime. A artimanha é complexa: em razão de atrasos nos repasses do Tesouro Nacional, o governo financia programas com recursos de instituições oficiais, como Caixa e Banco do Brasil.

BENEFÍCIOS SOFREM

Benefícios como Bolsa Família e seguro-desemprego, pagos pelo BB e Caixa, não atrasam. Mas o ressarcimento aos bancos é outra história.

CAIXA SOFRE

De acordo com líderes do Congresso, a Caixa ainda sofre na mão do governo: os repasses estão atrasados há meses.

FINANCIAMENTO ATRASADO

Com arrecadação em baixa e crise se agravando, a Caixa atrasa os recursos do “Minha Casa, Minha Vida”, paralisando o programa.

PEDALADAS BILIONÁRIAS

Segundo o atual processo aberto no TCU, cerca de R$ 40 bilhões estiveram enrolados nas pedaladas fiscais de Dilma entre 2012 e 2014.

EX-GERENTE SERIA ‘GUARDIÃO’ DO DINHEIRO ROUBADO

Alguns integrantes da força-tarefa da Lava Jato suspeitam que não eram do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco os US$ 100 milhões que ele devolveu. Roubado da estatal por meio de superfaturamento e outros negócios escusos, o dinheiro estava no exterior. A suspeita é que ele seria “fiel depositário”, em nome do ex-chefe Renato Duque, ex-diretor ligado ao PT, e de autoridades dos governos Lula e Dilma.

GENTE DO ZÉ

Influente ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque foi selecionado para o cargo, pessoalmente, pelo ex-ministro José Dirceu.

ENTREGANDO OS ANÉIS

Desconfia-se que o ex-gerente devolveu o dinheiro que “guardava” para outras pessoas, preservando a parte dele em lugar seguro.

MONTANHA DE DINHEIRO

Os espantosos US$100 milhões (R$301 milhões) devolvidos por Pedro Barusco são a maior apreensão de dinheiro roubado na Lava Jato.

FALÊNCIA DO GOVERNO

O painel de votação do reajuste do Judiciário, no plenário, era o retrato da falência do governo Dilma, segundo o senador Aécio Neves (PSDB-MG): partidos votando contra o ajuste fiscal do governo que apoiam e o PT se lixando, ao liberar seus parlamentares a votar como quisessem.

LUTA SOLITÁRIA

O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), foi o único governista a defender o ajuste fiscal, orientando voto contra o aumento do Judiciário. Até os adversários reconheceram sua luta solitária.

VAI QUE É TUA, DILMA

As forças aliadas no Congresso parecem empenhadas em dificultar a vida de um governo em declínio. Ajudaram a aprovar o aumento da Justiça para pôr no colo Dilma o desgaste do veto, em nome do ajuste.

TRIBUNAL

PT, PSOL, PCdoB, PDT e PSB ameaçam judicializar a votação da emenda que reduz a maioridade penal. Os partidos criaram um grupo contra o que chamam de “escalada autoritária” de Eduardo Cunha.

ATAQUE A CUNHA

Silvio Costa (PSC-PE) esbravejou contra o presidente da Câmara, que, segundo ele, livrou um convocado de depor na CPI das Próteses: “Quero ver ele explicar por que está protegendo bandido”.

LUCRO SÓ COM O GOVERNO

O Grupo Andrade Gutierrez reafirma que teve prejuízo de R$ 451 milhões em 2014. O lucro de R$ 444 milhões da AG Participações só foi alcançado incluindo suas empresas que têm concessões públicas.

EXPLICA AÍ

Os tucanos Betinho Gomes (PE), Eduardo Barbosa (MG), João Paulo Papa (SP), Mara Gabrilli (SP) e Max Filho (ES) passaram o dia explicando o voto contrário a PEC da maioridade. Foram decisivos.

DIREITO DE ESCOLHA

Milhares de felizes clientes do Uber, aplicativo de serviço de carro com motorista, inundam a caixa postal do governador do DF, Rodrigo Rollemberg, pedindo – em nome do direito de escolha – veto ao projeto da Câmara Legislativa tornando ilegal essa alternativa de mobilidade.

PENSANDO BEM...

...as crises política, econômica e ética no governo estão longe do final, já o governo Dilma parece cada vez mais perto.

PODER SEM PUDOR

MILITAR CUMPRE ORDENS

Na campanha presidencial de 1950, o ex-ditador Getúlio Vargas acabaria eleito. O País estava intranquilo e prosperavam os boatos sobre a insatisfação dos militares com o seu retorno ao poder. Filha de assessora de Getúlio, Alzirinha Vargas estava preocupada e quis saber sobre o futuro de tudo aquilo:

- Papai, o que farão as Forças Armadas?

- Farão continência, minha filha, farão continência...

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