domingo, março 15, 2015

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Absolutamente inviável, impensável”
Vice-presidente Michel Temer sobre o impeachment de Dilma Rousseff


Dilma pede ajuda da Igreja contra impeachment

Ateia, a presidente Dilma apelou à misericórdia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em audiência no Palácio do Planalto, contra o pedido de impeachment. Em diversos momentos da reunião com o cardeal de Aparecida (SP) Raymundo Damasceno de Assis e o arcebispo Dom Leonardo Ulrich Steiner, Dilma pediu que a igreja evite apoiar o impeachment, que causaria “instabilidade ao país”.

Ato fracassado

Dilma ficou preocupada, em especial, por causa ato de sindicalistas ligados ao PT “em defesa da Petrobras”.

Pelos fundos

No fim da reunião, Dilma pediu aos representantes da CNBB que saíssem pelas portas do fundo do Planalto, sem falar com a imprensa.

Dois senhores

Dilma queria apenas Deus como testemunha do seu encontro com a CNBB porque temia irritar os aliados evangélicos.

Entrincheirados

A ordem – inócua – para que ministros ficassem em Brasília no fim de semana é reveladora do temor que os protestos provocam no governo.

Empregados da ECT vão contribuir por 50 anos

O Postalis, fundo de pensão dos Correios, criou taxa de 25,98% sobre benefícios dos associados. A notícia é muito ruim, pois esse desconto será feito pelos próximos 15 anos e 5 meses, mas ainda piora no caso dos aposentados: a nova taxa de 25,98% será somada à contribuição mensal atual de 9%. Com isso, o total da tunga imposta pelo fundo sem direito a contestação será de 34,98%. Durante longos 50 anos.

Dívida como herança

Funcionários da ECT que se aposentam aos 65 anos ainda acham graça: dizem que, morrendo antes dos 80, a dívida “fica pros netos”.

Que azar

Empregados iam pedir ajuda do ministro Berzoini (Comunicações), mas lembraram o que ele fez com os idosos quando estava na Previdência.

Votou contra

O senador Paulo Paim (PT-RS) garante haver votado contra o veto de Dilma à redução da contribuição da empregada doméstica ao INSS.

Petrolão eletrizante

O presidente do Senado, Renan Calheiros, tem recomendado a criação de uma “pauta positiva”, para o Petrolão não monopolizar o noticiário. Mas o problema é encontrar assunto mais eletrizante, em Brasília.

Mão dupla

O Palácio do Planalto precisará retribuir ao Congresso a manutenção do veto da presidente Dilma ao reajuste de 6,5% no Imposto de Renda. Os aliados mandaram o recado: querem a cabeça de Mercadante.

Fale menos, Dilma

O PT lamenta que a presidente Dilma fique isolada em seu gabinete. De um deputado com influência no Palácio do Planalto: “Ou Dilma aprende a conversar com os parlamentares ou viverá em crise”.

Vigarice conhecida

A descoberta de que o PT pagou R$ 35 a cada manifestante pró-Dilma, ontem, não é novidade em Brasília, onde há empresas especializadas. Cobram por cabeça até R$ 70 (mais um sanduíche), para entidades interessadas em promover passeatas nas avenidas da capital.

Discurso do medo

Temerosos com o aumento de adesões ao impeachment, aliados de Dilma espalham e-mails alarmantes sobre risco de “instabilidade”. A mensagem é obra de militantes do PT aboletados no serviço público.

Sangria continua

O gerente de imprensa da Petrobras, Lúcio Pimentel, até parece continuar na assessoria do ex-presidente Sérgio Gabrielli. Reapareceu na Câmara para acompanhar o depoimento do suspeito na CPI.

Sede de vingança

O PMDB da Câmara avisou ao Planalto que a nomeação de Henrique Alves (RN) para o Ministério do Turismo não apaziguaria os ânimos da bancada, que está “com sangue nos olhos” contra Dilma.

Por que não te calas?

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) levou um pito de outros tucanos pela seguinte pérola: “Não quero o impeachment, quero ver a Dilma sangrar”. Ele é acusado de não consultar o partido sobre o tema.

Kit impeachment

Camelôs faturam em Belém (PA) com a venda de uma espécie de “kit impeachment”: uma panela made in China acompanhada de uma colher. Tudo por apenas R$ 10. O grito “fora Dilma” não está incluído.



PODER SEM PUDOR

Cafezinho impertinente

O jornalista Aparício Torelli, o "Barão de Itararé", terror dos poderosos, foi preso em 1935 e levado à presença do juiz Castro Nunes.

- A que o sr. atribui a sua prisão, seu Aparício?

- Tenho pensado muito, excelência, e só posso atribuí-lo ao cafezinho.

- Como assim?

- Vou explicar. Eu estava no Café Belas Artes, tomando o meu oitavo cafezinho e pensando em minha mãe, que sempre me advertiu contra o excessivo consumo de café. Nesse momento, chegaram os policiais e me deram voz de prisão. Só pode ser um castigo pelo abuso do cafezinho...

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