quarta-feira, março 11, 2015

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Medo eu tenho, né?”
Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, sobre o temor de virar “o novo Celso Daniel”



Além de Lula, PMDB abre guerra a Mercadante

Na linha das ácidas críticas do ex-presidente Lula, o PMDB também culpa o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) por não permitir que o experiente vice-presidente Michel Temer auxilie Dilma na articulação política. Temer chega a passar semanas sem encontrar a presidente. Acusado por Lula de “sequestrar o governo”, o ministro afasta todos aqueles cuja colaboração possa merecer o reconhecimento de Dilma.

Presidente refém

Lula acha que Mercadante fez de Dilma sua refém, ao afastar do Planalto até os mais antigos e leais auxiliares, como Giles Azevedo.

Rasputin

O chefe da Casa Civil se acha um gênio da política, apesar da coleção de derrotas, e tenta ser o único a influenciar suas decisões.

Ideia aloprada

O aloprado Mercadante fez Dilma se posicionar sobre o impeachment, na desastrada coletiva de segunda (9), colocando o tema na pauta.

Não adiantou nada

Michel Temer avisou que não pode ser chamado só para apagar fogo. Ele alertou a Dilma que o PMDB está saindo do controle no Congresso.

José Dirceu monitora CPI por meio de prepostos

Uma das mais gritantes omissões da “Lista do Janot”, o ex-ministro José Dirceu monitora o andamento da CPI sobre o assalto bilionário à Petrobras, por meio de pessoas de sua confiança. Como já não é réu primário, o envolvimento do ex-braço direito de Lula no Petrolão pode custar-lhe uma nova pena, desta vez em regime fechado. O doleiro Alberto Youssef revelou que ele recebeu dinheiro sujo do Petrolão.

Arroz de festa

Gerente de imprensa da Petrobras, Lúcio Pimentel não perdia CPI. Não foi ao depoimento de Pedro Barusco, mas mandou três olheiros.

Descompensado

Com seu jeito anta de ser, o relator Luiz Sérgio (PT-RJ) fez a pergunta do dia ao ex-gerente ladrão da Petrobras: “O crime compensa?”

Sucesso

Após a vaia em São Paulo, ontem, a hashtag #VaiaDilma foi um dos assuntos mais comentados no Twitter.

Suspeito nº 1

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) está convencido de que o ex-gerente corrupto da Petrobras, que depôs na CPI, está protegendo alguém importante, que seria seu chefe no esquema. Suspeita de Lula.

Tá feia a coisa

Dilma foi vaiada ontem, no 21º Salão da Construção Civil, por funcionários do evento, recepcionistas habituadas apenas a sorrir e a tratar bem as pessoas. Isso mostra o nível de irritação dos brasileiros.

Declínio

O panelaço de domingo e a vaia de ontem são sinais de deterioração de credibilidade e até de autoridade. Assessores de Dilma acham que ela será cada vez mais hostilizada, sempre que aparecer em público.

Fechando o cerco

Em 2014, a Petrobras ofertava curso para os depoentes se esquivarem de perguntas. O relator da antiga CPI, Marco Maia (PT-RS), recebeu uma lista do que deveria perguntar ao ex-diretor Nestor Cerveró.

Boa nova

O diplomata Eduardo Saboia, herói brasileiro que salvou a vida do ex-senador Roger Molina, vai sair do limbo a que foi relegado pelos chefes covardes do Itamaraty: foi convidado a assessorar o senador Aloysio Nunes (PSB-SP) na presidência da Comissão de Relações Exteriores.

Lobão na CCJ

Mesmo estrelando a Lista de Janot, no escândalo de corrupção da Petrobras, o ex-ministro Edison Lobão (MA) está empenhado em presidir a Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Comando do Conselho

Em tempos de Petrolão, pega fogo a disputa pelo comando do Conselho de Ética da Câmara. Estão no páreo Sérgio Brito (PSD-BA), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e José Carlos Araújo (PSD-BA).

Só na porrada

Após brigas com dedo em riste e xingamento de “moleque”, o deputado Félix Mendonça (PDT-BA) ironiza que vai ter de “fazer curso de juiz de MMA” para ficar como segundo vice-presidente da CPI da Petrobras.

Obsessão

Ao tentar atrelar a corrupção na Petrobras ao governo FHC, o PT tenta a estratégia do “todos roubam, mas nossos ladrões são melhores”.


PODER SEM PUDOR

Coreto tombado

A história é conhecida nas rodas políticas de Minas. Nos anos 50, a prefeitura de Muzambinho recebeu uma mensagem do órgão estadual de defesa do patrimônio histórico: diante de murmúrios chegados a Belo Horizonte, a municipalidade ficava advertida de que o antigo coreto da praça era considerado "de interesse histórico", e que uma comissão iria até lá para tombá-lo. O prefeito reagiu com um telegrama urgente:

- Desnecessária vinda da comissão. Já que era para tombar, mandei derrubar o coreto.

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