CORREIO BRAZILIENSE - 18/10
Estava claro que um dia ia dar em retrocesso político a estratégia de certa "esquerda" de tratar a corrupção como uma virtude e de celebrar os corruptos amigos como heróis do povo brasileiro. Na internet, blogueiros de aluguel, que nunca antes na história deste país tinham sido petistas, logo viraram lulistas desde criancinhas e passaram a hostilizar qualquer jornalista que ousasse denunciar a bandalha. "Direitista, udenista, golpista", vociferam uns. Outros babam, defendendo leis semelhantes às aplicadas na Venezuela e na Argentina para enquadrar jornalistas independentes e a imprensa não alinhada com o governo.
Quando Lula se reelegeu, mesmo após o mensalão, era a hora certa do mea-culpa, de expurgar a banda podre do partido e da retomada do discurso da ética na política. Havia amplo espaço para isso. O Brasil havia lhe dado nova chance. Para isso, nem precisava abrir mão do apoio de Collor, Maluf & Cia. Bastava anunciar que iria ser implacável com quem fosse flagrado assaltando os cofres públicos. Essa seria a regra do jogo. Cometeu um crime? Terá de pagar. Era o mínimo que se esperava dele no novo mandato.
O que ninguém sabia é que um novo escândalo - perto do qual o mensalão é café pequeno - já estava em andamento na Petrobras. Outra vez, Lula não sabia de nada? Sentia-se impotente diante do novo esquema de corrupção? Foi conivente? O fato é que a tropa de choque on-line só aumentou nesse período, intensificando a campanha de banalização da corrupção, oposta ao discurso da ética que tinha o PT antes se estabelecer no Planalto.
Há quem defenda a tese de que é impossível governar o Brasil sem fazer vista grossa à corrupção ou mesmo participar do saque aos cofres públicos. Trata-se de um argumento cínico que aflorou com toda a força na atual disputa política. De tal forma que, em vez do confronto de ideias e propostas para governar o Brasil, os candidatos limitam-se a trocar acusações num vale-tudo deplorável. E que só serve para desacreditar, desmoralizar e demonizar ainda mais os políticos.
Quando Lula se reelegeu, mesmo após o mensalão, era a hora certa do mea-culpa, de expurgar a banda podre do partido e da retomada do discurso da ética na política. Havia amplo espaço para isso. O Brasil havia lhe dado nova chance. Para isso, nem precisava abrir mão do apoio de Collor, Maluf & Cia. Bastava anunciar que iria ser implacável com quem fosse flagrado assaltando os cofres públicos. Essa seria a regra do jogo. Cometeu um crime? Terá de pagar. Era o mínimo que se esperava dele no novo mandato.
O que ninguém sabia é que um novo escândalo - perto do qual o mensalão é café pequeno - já estava em andamento na Petrobras. Outra vez, Lula não sabia de nada? Sentia-se impotente diante do novo esquema de corrupção? Foi conivente? O fato é que a tropa de choque on-line só aumentou nesse período, intensificando a campanha de banalização da corrupção, oposta ao discurso da ética que tinha o PT antes se estabelecer no Planalto.
Há quem defenda a tese de que é impossível governar o Brasil sem fazer vista grossa à corrupção ou mesmo participar do saque aos cofres públicos. Trata-se de um argumento cínico que aflorou com toda a força na atual disputa política. De tal forma que, em vez do confronto de ideias e propostas para governar o Brasil, os candidatos limitam-se a trocar acusações num vale-tudo deplorável. E que só serve para desacreditar, desmoralizar e demonizar ainda mais os políticos.
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