O GLOBO - 09/08
Faltando dez dias para o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão, há uma expectativa no mercado político que se reflete no financeiro e justifica resultados como a queda da Bolsa em consequência do resultado da mais recente pesquisa divulgada pelo Ibope. O fato de o candidato do PSDB Aécio Neves não ter tido um crescimento fora da margem de erro decepcionou os especuladores, que já temem a resiliência da candidatura da presidente Dilma à reeleição.
As análises internas das campanhas oposicionistas também levam em consideração essa resistência da candidatura oficial para reavaliar posturas e organizar seus "exércitos" para a parte final da campanha, que terá apenas cerca de dois meses. Não há ainda uma certeza sobre a frieza da campanha eleitoral, se ela representa um amadurecimento do eleitorado ou uma rejeição ao mundo político tal nós o conhecemos. No primeiro caso, tudo entrará nos eixos nos próximos dias quando a propaganda oficial estiver em ação.
Ao contrário, se a falta de empolgação do eleitorado com a campanha representar um repúdio à maneira como a política é feita no Brasil, o número de votos em branco e nulos será maior do que o normal, e será difícil definir se os votos válidos poderão definir o final da disputa no primeiro turno com a vitória de Dilma, apesar da rejeição verificada à sua candidatura e à baixa aprovação ao seu governo. Seria uma vitória da máquina partidária sobre o sentimento geral do eleitorado que, mal informado ou desanimado, não votará e acabará elegendo quem rejeita. Os principais candidatos da oposição, senador Aécio Neves do PSDB e ex-governador Eduardo Campos do PSB, terão que falar mais do futuro do que do presente para chamar a atenção dos eleitores desanimados se não quiserem perder a eleição mais possível de ganhar nos últimos 12 anos de petismo.
A aparição no "Jornal Nacional" da campanha nas ruas tem levado a milhares de lares brasileiros as imagens de Aécio e Campos e suas ideias, ampliando o conhecimento dos adversários de Dilma Rousseff, que até o momento reinava soberana no noticiário, como quer o marqueteiro João Santana. O papel de "rainha" tem sido exercido sem grandes charmes e com um linguajar tão confuso que já ganhou a alcunha de "dilmês".
Mas na propaganda oficial surgirá outra Dilma, iluminada com técnica pela equipe de marketing, que poderá ser desconstruída nos debates eleitorais a que ela não recusará a presença pelo simples fato de que não tem tanta gordura assim para queimar. Lula que era Lula, mais do que é hoje, pagou caro por não ter ido ao último debate na Globo em 2006, que dirá Dilma, uma candidata tão frágil quanto o governo que comanda, que só se sustenta pela máquina partidária infiltrada em todos os setores do governo, trabalhando incessantemente para manter as prerrogativas que conseguiu nesses 12 anos de petismo.
O candidato do PSB, que tem atingido um público mais amplo com suas mensagens que voltaram a estar mais próximas do liberalismo econômico do que dos dogmas de sua vice Marina Silva, poderá aproveitar a propaganda oficial para melhorar seus índices de aprovação.
Já o candidato do PSDB, senador Aécio Neves, pretende focar mais os projetos futuros do que se voltar para o passado, para evitar a armadilha do PT que pretende comparar os 12 anos do petismo no poder com os 8 anos do PSDB, sem contextualizar os momentos históricos para incutir o receio no eleitorado de que a vitória dos tucanos será uma volta ao passado, e não um salto para o futuro.
Aécio vai colocar em pauta os quatro anos de Dilma, e o que representaria uma repetição do mesmo, tentando isolar o tempo de Dilma do passado de Lula, que a todo momento será revisitado pelo próprio, em carne e osso nos programas do PT.
Eduardo Campos terá a vantagem de se colocar entre os dois contendores, afirmando que ambos têm razão, para se mostrar como a alternativa viável.
Correção
O ministro José Jorge, relator no Tribunal de Contas da União (TCU) do processo sobre a compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos pela Petrobras, não foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique, como informei na coluna.
Ele entrou por indicação do Congresso, já no governo Lula, derrotando um candidato apoiado pelo governo.
As análises internas das campanhas oposicionistas também levam em consideração essa resistência da candidatura oficial para reavaliar posturas e organizar seus "exércitos" para a parte final da campanha, que terá apenas cerca de dois meses. Não há ainda uma certeza sobre a frieza da campanha eleitoral, se ela representa um amadurecimento do eleitorado ou uma rejeição ao mundo político tal nós o conhecemos. No primeiro caso, tudo entrará nos eixos nos próximos dias quando a propaganda oficial estiver em ação.
Ao contrário, se a falta de empolgação do eleitorado com a campanha representar um repúdio à maneira como a política é feita no Brasil, o número de votos em branco e nulos será maior do que o normal, e será difícil definir se os votos válidos poderão definir o final da disputa no primeiro turno com a vitória de Dilma, apesar da rejeição verificada à sua candidatura e à baixa aprovação ao seu governo. Seria uma vitória da máquina partidária sobre o sentimento geral do eleitorado que, mal informado ou desanimado, não votará e acabará elegendo quem rejeita. Os principais candidatos da oposição, senador Aécio Neves do PSDB e ex-governador Eduardo Campos do PSB, terão que falar mais do futuro do que do presente para chamar a atenção dos eleitores desanimados se não quiserem perder a eleição mais possível de ganhar nos últimos 12 anos de petismo.
A aparição no "Jornal Nacional" da campanha nas ruas tem levado a milhares de lares brasileiros as imagens de Aécio e Campos e suas ideias, ampliando o conhecimento dos adversários de Dilma Rousseff, que até o momento reinava soberana no noticiário, como quer o marqueteiro João Santana. O papel de "rainha" tem sido exercido sem grandes charmes e com um linguajar tão confuso que já ganhou a alcunha de "dilmês".
Mas na propaganda oficial surgirá outra Dilma, iluminada com técnica pela equipe de marketing, que poderá ser desconstruída nos debates eleitorais a que ela não recusará a presença pelo simples fato de que não tem tanta gordura assim para queimar. Lula que era Lula, mais do que é hoje, pagou caro por não ter ido ao último debate na Globo em 2006, que dirá Dilma, uma candidata tão frágil quanto o governo que comanda, que só se sustenta pela máquina partidária infiltrada em todos os setores do governo, trabalhando incessantemente para manter as prerrogativas que conseguiu nesses 12 anos de petismo.
O candidato do PSB, que tem atingido um público mais amplo com suas mensagens que voltaram a estar mais próximas do liberalismo econômico do que dos dogmas de sua vice Marina Silva, poderá aproveitar a propaganda oficial para melhorar seus índices de aprovação.
Já o candidato do PSDB, senador Aécio Neves, pretende focar mais os projetos futuros do que se voltar para o passado, para evitar a armadilha do PT que pretende comparar os 12 anos do petismo no poder com os 8 anos do PSDB, sem contextualizar os momentos históricos para incutir o receio no eleitorado de que a vitória dos tucanos será uma volta ao passado, e não um salto para o futuro.
Aécio vai colocar em pauta os quatro anos de Dilma, e o que representaria uma repetição do mesmo, tentando isolar o tempo de Dilma do passado de Lula, que a todo momento será revisitado pelo próprio, em carne e osso nos programas do PT.
Eduardo Campos terá a vantagem de se colocar entre os dois contendores, afirmando que ambos têm razão, para se mostrar como a alternativa viável.
Correção
O ministro José Jorge, relator no Tribunal de Contas da União (TCU) do processo sobre a compra da refinaria de Pasadena nos Estados Unidos pela Petrobras, não foi nomeado pelo ex-presidente Fernando Henrique, como informei na coluna.
Ele entrou por indicação do Congresso, já no governo Lula, derrotando um candidato apoiado pelo governo.
Os candidatos de Oposição se mostram sem a estatura e sem projeto, isso leva ao eleitor comum achar que mudar, não a solução pois, na dúvida o melhor é manter.
ResponderExcluirExceto o PT, os demais partidos não têm programa...... o que há é aglomerado de investidores inescrupulosos, tentando voltar ao poder e devorarem o que poderem. .....o povo que se lixe.
ResponderExcluirA mídia, em especial a Globo, presta um desserviço ao Brasil, mentindo e aterrorizando à nação brasileira.