domingo, junho 15, 2014

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Não consegui unir nem o meu partido em torno da candidatura”
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP),que desistiu de se lançar candidato a presidente


LAVA-JATO: MPF ‘SEGUIU O DINHEIRO’ DE CAMPANHAS

A Operação Lava-Jato é produto da estratégia do Ministério Público Federal de adotar o lema “siga o dinheiro”, para investigar a origem do financiamento eleitoral. A Lava-Jato pôs na cadeia doleiros que atuam para grandes partidos, lavando dinheiro sujo da corrupção, e até o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que a PF acredita ser um “banco central” de políticos que há anos comandam o Congresso.

RESOLVEDOR-GERAL

Investigadores acham que Costa seria “resolvedor-geral” de problemas para figurões da política, inclusive financiar campanhas.

MAPEAMENTO

Procuradores fazem cruzamento de dados para mapear negócios obtidos no setor público por financiadores de campanhas eleitorais.

COMEÇA ASSIM

No Brasil, é comum os políticos compensarem os financiadores de suas campanhas garantindo-lhes negócios com o Estado brasileiro.

PRIORIDADES

De um leitor indignado: “tantos helicópteros para a segurança da Copa, e quase nenhum para acudir as vítimas das enchentes no PR e SC”.

R$ 8,4 BILHÕES NA ‘VEIA’

Em pleno ano de eleição, o governo Dilma distribuiu R$ 8,45 bilhões diretamente a famílias “em condição de pobreza e extrema pobreza”, nos primeiros quatro meses, através do Bolsa Família. Em 2010, último ano de governo, Lula destinou R$ 14,4 bilhões. Se continuar no mesmo ritmo, Dilma deve gastar, no seu último ano de governo, quase o dobro do antecessor.

ANO ELEITORAL

Em 2013, Dilma gastou R$ 24,8 bilhões com o Bolsa Família. Este ano, pode ultrapassar R$ 27 bilhões.

DEZ BI A MAIS

No primeiro ano de governo Dilma, os gastos com o Bolsa Família foram de R$ 17,3 bilhões. Em 2013, R$ 7,5 bilhões a mais.

MONITORAMENTO

A turma do “comitê popular da Copa” denunciou à Anistia Internacional e à OAB que tem sido monitorada e procurada em casa e no trabalho.

BATEU, LEVOU

O deputado Marco Maia (PT-RS), relator da CPMI da Petrobras, encontrou o colega Fernando Francischini (SDD), que levou uma pizza para a reunião da comissão, e alfinetou: “Lugar de palhaço é no circo”. O oposicionista reagiu na bucha: “E o de ladrão, é na cadeia”.

MISSÃO IMPOSSÍVEL

Membros da CPMI da Petrobras defendem obstrução da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias para impedir o recesso no Congresso e manter na ativa a comissão de inquérito. Difícil é os partidos aceitarem.

SEM DINHEIRO NO BALCÃO

Deputados do PR dizem que o ministro César Borges (Transportes) quer a cabeça do diretor-geral do DNIT, mas eles já não têm o mesmo interesse de antes, porque, em ano eleitoral, o órgão fica “engessado”.

NEM PENSAR

Pré-candidato ao governo do Amazonas, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB) já avisou ao governo que não vê hipótese de oferecer a vaga de vice para o desafeto Alfredo Nascimento (PR-AM).

JOGOU A TOALHA

O senador João Vicente Claudino (PTB) não aceitou as ponderações feitas pelo ex-presidente Lula em visita ao Piauí, na sexta-feira (13) e manteve a decisão de renunciar à reeleição. A preocupação do PT é que isso fragiliza a candidatura do senador Wellignton Dias ao governo.

FIO DA NAVALHA

O senador Benedito Lira (PP-AL) acha “natural” apoiar Dilma (PT) em Brasília e Eduardo Campos (PSB) em Alagoas. Ele prefere um presidente “comprometido com o Nordeste”.

SOLUÇÃO

O tucano Aécio Neves pressiona os correligionários Simão Jatene e Cássio Cunha Lima para lançar duas candidaturas ao Senado, no Pará e Paraíba. Aécio prefere a reeleição de Cícero Lucena e Mário Couto.

FERA FERIDA

Assessores do Planalto se depararam com o nervosismo da presidente Dilma após as sonoras vaias e xingamentos na abertura da Copa do Mundo. “Ela soltou os cachorros com os assessores e ministros”, conta um deles.

INGRATOS

Comentários on-line do jornal Granma torceram pela Croácia, no jogo contra o Brasil. E dizem preferir Alemanha e Uruguai, na Copa.


PODER SEM PUDOR

TEMPO ESGOTADO

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fazia duras críticas à indicação de Tereza Grossi para a diretoria de fiscalização do Banco Central, quando foi interrompido pelo senador Antônio Carlos Magalhães, o ACM, que presidia a sessão:

- O seu tempo acabou, senador.

Simon foi rápido no gatilho, como sempre:

- Eu excedi nove minutos e 22 segundos, senhor presidente; d. Tereza vai ficar no cargo por quatro anos.

Ela acabaria abatida pelo escândalo dos bancos Marka e Fonte Cidam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário