terça-feira, março 11, 2014

Fora do jogo - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 11/03


A cúpula do PMDB fechou com a presidente Dilma e resolveu tirar de campo seu líder na Câmara, Eduardo Cunha (RJ). A direção diz que há insatisfação, mas nega que o clima seja de ruptura. A radicalização de Cunha não agrada ao comando. Este o acusa de jogar só, sem combinar nada com ninguém. E o criticam por tentar mergulhar o PMDB nacional no conflito regional do Rio.

No estilo Sérgio Cabral
A atitude do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, não é uma surpresa na direção nacional. A conduta do governador Sérgio Cabral no debate sobre a distribuição dos royalties do petróleo também não foi pautada pelo equilíbrio. A preocupação dos dirigentes é a de deixar aberto o caminho para a recomposição, que deve ocorrer após a reforma ministerial e as convenções de junho. Mas essa postura conflitante tem seu público interno. "O PMDB não pode acoelhar-se por causa de um projeto de reeleição de um vice-presidente, por mais respeito que tenha o Michel Temer", resume o candidato do PMDB ao governo da Bahia, Geddel Vieira Lima.



“O país não quer uma discussão de ministério A ou B para C ou D. Quer partidos que tenham unidade e coerência com os desafios do futuro”
Henrique Alves
Presidente da Câmara dos Deputados (PMDB-RN)

Apertem os cintos
Inquietação no Itamaraty. A economia atingiu a remoção dos diplomatas no exterior. Os gastos com passagens aéreas, aluguéis e transporte de bens pesam. A estimativa é que essas remoções custem cerca de dez milhões de dólares.

Ritmo de campanha
O governador Eduardo Campos, candidato do PSB à Presidência, aproveitou o mote do carnaval para fazer uma campanha nacional, em todos os aeroportos do Brasil, para difundir uma das marcas de sua gestão: "O melhor ta em Pernambuco".
Os petistas, como fazem seus adversários com o governo Dilma, planejam acionar a Justiça Eleitoral.

Segurança nacional
Oficiais superiores das três forças, ontem no Rio, na Escola de Comando do Estado Maior do Exército, crivaram de perguntas parlamentares sobre a manutenção de projetos estratégicos: Sisfron, o avião KC-390 e o submarino nuclear.

Sindicalismo em guerra
Um grupo de garis acaba de fazer uma greve à revelia de seu sindicato no Rio de Janeiro. O Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) vive drama semelhante. Uma ala dos trabalhadores está há um mês em greve contra a posição do sindicato.
Militantes do PSOL e do PSTU estão passando por cima dos sindicalistas.

Trabalhando em silêncio
No fim de semana, os ministérios das Cidades, da Saúde, do Esporte e do Turismo ficaram envolvidos com a liberação de emendas, segundo um ministro, resolvendo "com muito carinho" as dos peemedebistas. É a "Operação Convenção".

Como fazer
A Secretaria da Aviação Civil lança até o fim do mês um manual de procedimento para a Copa. Será um guia para orientar os diversos escalões do governo sobre como receber turistas, voos charter, delegações e chefes de Estado.

PARTIDOS DE ESQUERDA preparam manifestação na quinta-feira, na Central do Brasil (RJ), para lembrar o comício pelas reformas de base (1964).

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