sábado, fevereiro 08, 2014

Questão de honra - DENISE ROTHENBURG


CORREIO BRAZILIENSE - 08/02

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, terá reuniões separadas com todos os governadores de estados que têm suas capitais destinadas a sediar os jogos da Copa de 2014. A ideia é preparar a segurança dos estádios e suas imediações. Onde a polícia estadual e a guarda municipal não derem conta do serviço, a Força Nacional e as Forças Armadas serão acionadas. A ordem da presidente Dilma Rousseff é não correr o risco de ver o país marcado como o protagonista da Copa mais violenta fora dos gramados. Tampouco ver repetido o caso do cinegrafista Santiago Andrade, que permanecia em estado grave, até o fechamento desta edição, depois de ter sido atingido por um rojão durante a manifestação de quinta-feira no centro do Rio.

A ideia do ministro é promover esses encontros o mais rápido possível, dependendo apenas da agenda dos governadores. Logo, irá encontrar Eduardo Campos, o governador de Pernambuco, um dos adversários de Dilma Rousseff nas eleições deste ano.

A aposta de Magela
Empenhados e confiantes na reeleição de Dilma Rousseff, alguns petistas já vislumbram o tratamento de “ministro” num futuro governo da presidente. Um deles é o secretário Geral do PT, Geraldo Magela, apontado dentro do Movimento PT, como o primeiro da fila para ocupar um cargo de alto escalão.

Ou vai ou racha
Se o PSB insistir em ficar longe da campanha pela reeleição de Geraldo Alckmin em São Paulo corre o risco de ver o PPS fraturado na corrida presidencial. É que a maioria do diretório paulista do PPS deseja a aliança com o PSDB de forma a garantir alguma vaga na eleição de deputados federais e estaduais.

Apoio impositivo
Os políticos viram com uma certa desconfiança a definição de 8 de maio para as liberações de recursos dentro do Orçamento Impositivo. Quem fez as contas, garante que dificilmente os recursos pingarão nos municípios antes da eleição. Ou seja: os políticos ficarão presos à campanha de Dilma para garantir a liberação das verbas no período pós-eleitoral.

Depois da tempestade
O senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) só ocupará um ministério se houver espaço extra para o PMDB. Mantido o atual número de pastas, a correlação Câmara-Senado no governo não mudará. Essa é a premissa de uma tentativa de acordo em fase de desenho para a semana que vem.

Saldo da estreia
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, nem bem assumiu o acompanhamento das ações de governo e já trombou com o ministro da Fazenda, Guido Mantega (foto). O motivo foi a troca de diretores do Banco do Nordeste (BNB). Juntando com o imbroglio no PMDB, as crises parecem ter vencido a primeira semana.

Nova prova
Há quem diga que Mercadante só conseguirá se redimir e calar seus críticos se conseguir salvar a relação entre a presidente Dilma e o PMDB. Do jeito que a semana termina, parece ser bem mais fácil passar nos exames do Enem, do Enad, do vestibular e por aí vai.

Dúvidas dissipadas
Depois da prisão de Henrique Pizzolato por uso de documentos falsos na Itália, ninguém da cúpula petista se levantou para defender o ex-diretor do Banco do Brasil.

Enquanto isso, no PSDB...
Os tucanos se manterão unidos na defesa do ex-senador Eduardo Azeredo e na inocência dele quanto à Ação Penal 536, que tratou de irregularidades na campanha do ex-senador ao governo de Minas Gerais, em 1998. Mas, nos bastidores, há quem diga ser interessante frisar que não tem relação com a alta cúpula partidária.

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