quinta-feira, fevereiro 20, 2014

De volta ao holofote - VERA MAGALHÃES - PAINEL


FOLHA DE SP - 20/02

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, escolheu o atual secretário de Logística e Transportes, Saulo de Castro, para substituir Edson Aparecido na Casa Civil, principal pasta da administração. A troca não será imediata, pois Alckmin quer preservar Aparecido, citado no inquérito que investiga cartel em contratos de trem e metrô no Estado. Saulo de Castro, um dos auxiliares mais próximos do tucano, foi o czar da Segurança Pública em sua passagem anterior pelo Bandeirantes.

Cimento Depois de "reinventar" o amigo na pasta de Transportes, Alckmin tem elogiado sua gestão. A avaliação do tucano é que Castro "entrega" obras, o que não ocorre em outras secretarias. A duplicação da Tamoios é citada como exemplo.

Devagar Aparecido só deve deixar a Casa Civil depois dos demais secretários-candidatos, cujos substitutos ainda não foram definidos.

Plim... A Rede Globo apresentou ontem a partidos políticos as regras para a cobertura da eleição em São Paulo: assim como na disputa nacional, a participação em debates e entrevistas será restrita a quatro candidatos. Houve chiadeira de nanicos.

... plim Os debates acontecerão em 30 de setembro e 28 de outubro, se houver segundo turno. As entrevistas nas duas edições do "SPTV" serão nas semanas de 18 de agosto e 15 de setembro.

Ecumênico Alexandre Padilha participou ontem do Café de Pastores, evento evangélico organizado por Jabes Alencar, líder da Assembleia de Deus Bom Retiro. O petista tenta se aproximar de igrejas que deram apoio a Geraldo Alckmin em 2010.

O sonho... A decisão do coordenador-geral da seção paulista da Rede, Celio Turino, de deixar o cargo foi precedida por tensa discussão no grupo de e-mails dos sonháticos. Dirigentes ainda tentariam convencê-lo a ficar no posto em reunião ontem.

... acabou A discussão girou em torno da presença de dirigentes da Rede em outras siglas e da negociação de alianças para o governo paulista. O grupo, que não aceita Márcio França (PSB) como candidato, também repudia a aproximação com o PV.

Tá liberado O vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, se manifestou pela rejeição de representação do PT contra as propagandas veiculadas pelo PSDB em setembro de 2013. Aragão afirmou que o protagonismo de Aécio Neves nas peças não teve caráter eleitoral.

Sem aval Petistas receberam recado de que Lula não vai participar de atos de pré-campanha do partido em Estados onde há conflagração da sigla com outras legendas da base de Dilma. Por isso, o ex-presidente não deve aparecer no evento do PT cearense marcado para 29 de março.

Canelada Foi tensa a reunião entre o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), e o representante da Fifa Charles Botta, anteontem. O pedetista lembrou atraso em outras sedes e cobrou retratação da entidade sobre as críticas feitas à cidade pelo andamento das obras, mas o emissário da federação se recusou.

‌Isca Ao receber o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para discutir apoio do banco à pesca na Amazônia, a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) atacou pelo estômago: serviu apenas pratos que levam pirarucu, peixe típico da região.

Visita à Folha Márcio Elias Rosa, procurador-geral de Justiça de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava com Arnaldo Hossepian Júnior, subprocurador-geral, e José Francisco Pacóla, assessor de comunicação.

tiroteio
"Depois de anos apontando para o PT, caiu o manto de ética tucano. O que se vê, nem a manobra da renúncia poderá esconder."
DE LUIZ CLÁUDIO MARCOLINO (PT-SP), líder na Assembleia, sobre ação aberta pela Justiça no caso Alstom e a renúncia de Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

contraponto


No microondas

A secretária municipal do Planejamento de São Paulo, Leda Paulani, conversava com o vereador tucano Floriano Pesaro em reunião para discutir demandas de associações de bairros, quando fustigou o adversário:
-Se vocês tivessem aprovado o novo IPTU, teríamos dinheiro para atender seu pleito...
-É só melhorar a gestão do gasto -retrucou o tucano.
Para firmar posição, a secretária rebateu outra crítica.
- E tem mais: não criamos 1.200 cargos sem concurso. Criamos 348. O restante nós descongelamos -afirmou, provocando risos tímidos até dos demais governistas.

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