segunda-feira, fevereiro 17, 2014

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

APAGÃO DO SETOR ELÉTRICO É TAMBÉM FINANCEIRO

O balanço anual da Eletrobras, a ser divulgado em março, vai registrar rombo superior a R$ 8,7 bilhões. Apesar do tamanho da estatal e do problema, a direção da Eletrobrás não tem interlocução com quem decide no governo, por isso tem procurado políticos governistas para suplicar interferência junto ao ministro Guido Mantega (Fazenda), para drenar recursos do Tesouro a fim de salvar a empresa da bancarrota.



CONTA CARA

A Eletrobras foi prejudicada com a renovação onerosa das concessões, para Dilma “faturar” politicamente a redução da conta de luz em 20%.


QUEBROU

Já não há dinheiro na Eletrobras, em fevereiro, para despesas com pessoal, material e serviços. Por ano, totalizam R$ 9,4 bilhões.


PINDAÍBA

A situação da Eletrobras é tão ruim que a empresa nem sequer pode recorrer a crédito bancário. Nem tem um centavo para investimento.


TERRA ARRASADA

Lula prometeu fazer da Eletrobras “uma Petrobras”. Conseguiu: como na petroleira, o prejuízo na holding do sistema elétrico é bilionário.


LULISTAS NÃO QUEREM GIM NO TRIBUNAL DE CONTAS

Lulistas do PT não gostaram da notícia transmitida pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) a Gim Argello (PTB-DF), de que a presidenta Dilma decidiu indicar o senador para o Tribunal de Contas da União, na vaga do ministro Valmir Campello, que completará 70 anos em outubro. Há uma possibilidade de Campelo antecipar sua aposentadoria para março. Ligado ao PTB, ele é cotado para disputar mandato de senador.


APOIO FORTE

O senador Gim Argello tem o apoio dos senadores Renan Calheiros e José Sarney, ambos do PMDB, e já faz campanha aberta no plenário.


REBELIÃO

De olho na vaga do TCU, lulistas espalham no Congresso que, se Gim for nomeado, o TCU estaria disposto a não lhe dar posse.


PRECEDENTE

O ex-senador Luiz Otávio (PMDB-PA) foi indicado ao TCU, com apoio de Renan Calheiros, mas os ministros do TCU rejeitaram a sua posse.


MÃO DE FERRO

Membros do Conselho Nacional de Justiça querem ver pelas costas o presidente Joaquim Barbosa, que os teria “engessado” nas decisões administrativas. Estão ansiosos pela gestão de Ricardo Lewandowski.


TORTURA EMOCIONAL

Vítimas de assédio moral e sexual do embaixador Américo Fontenelle, ex-cônsul-geral em Sidney (Austrália), não sabem mais a quem apelar pela divulgação do resultado do processo no Itamaraty, iniciado há quase um ano. Um dos atingidos ameaça suicídio.


CARTÃO-VANDALISMO

Depois do Bolsa Família, Bolsa Escola, Cartão-Gás e do Cartão-Material, o advogado do black bloc Caio Silva revelou a mais recente criação da esquerdopatia nacional: o cartão-vandalismo, de R$ 150.


A VOLTA DE MAIA

O deputado Rodrigo Maia (DEM) garante que o pai, César Maia, segue firme para disputar o governo do Rio: “A candidatura ao Senado é mais difícil sem o governador puxando. É melhor sair ao governo logo”, diz.


VAI QUE COLA

O governador André Puccinelli (PMDB-MS) tem defendido Tereza Cristina Corrêa da Costa para ministra da Agricultura. Esquece de avisar que ela é filiada ao PSB, do presidenciável Eduardo Campos.


QUEM MANDA

Cristovam Buarque (PDT-DF) comentou o abaixo-assinado para fazê-lo candidato a presidente. “Só precisa de uma assinatura, a do Lupi”, disse o senador que gosta de falar em “ética”, referindo-se a Carlos Lupi, suspeito de exigir propina na liberação de cartas sindicais.


SÓ DESGASTE

Líder do PSD na Câmara, Moreira Mendes (RO) acredita que não vale a pena o partido assumir ministério no governo Dilma em ano eleitoral: “Já estamos na base; um cargo agora só daria pecha de oportunista”.


SEM SAÍDA

Membros da Executiva Nacional do PMDB saíram da reunião esta semana certos de que o partido terá de liberar os diretórios a se coligar com oposição. Até agora, PT e PMDB só estão juntos no DF, AM e SE.


PENSANDO BEM…

…os chineses se enganaram. Pelo menos no Brasil, 2014 é o Ano da Vaquinha, não do Cavalo.



PODER SEM PUDOR

EXAME DE VISTA

O ex-presidente Jânio Quadros estava no meio disputa eleitoral entre Collor e Lula, em 1989. Um jornalista desavisado e audacioso, resolveu perguntar:

- Presidente, o senhor “Colloriu”?

Jânio observou-o atentamente e não teve dúvida:

- Não senhor! Continuo daltônico.

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