quinta-feira, janeiro 09, 2014

Os blocos da oposição - DENISE ROTHENBURG

CORREIO BRAZILIENSE - 09/01

Recém-chegado ao quadro partidário, o Solidariedade se prepara para montar um bloco na Câmara dos Deputados com o PSDB, do senador Aécio Neves, e assim aumentar seu cacife no sentido de conquistar espaço nas comissões técnicas da Casa. O Solidariedade também planeja para breve o alinhamento eleitoral ao PSDB como forma de se colocar primeiro na aliança tucana e participar das composições de palanques e de chapa. O movimento pode inclusive deslocar o DEM, que até aqui era o aliado preferencial do PSDB. Os dois têm quase o mesmo número de deputados, sendo que o Solidariedade tem uma estrutura maior que os democratas em estados como São Paulo, praça importantíssima na hora da eleição.

Paralelamente aos movimentos do Solidariedade em direção aos tucanos, o PPS ruma para uma relação mais coesa com o PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

“Eu vou cumprir. É preciso ter responsabilidade com o país. Se alguém furar, não serei eu”

Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB, referindo-se ao acordo fechado entre os partidos aliados e o governo Dilma Rousseff no sentido de não aprovar este ano qualquer projeto que eleve a despesa pública sem a respectiva contrapartida de receita. O acordo vale até o fim de 2014.

Arruma aqui…
Vice-presidente do Banco do Brasil, o ex-deputado Benito Gama é o nome do PTB para compor o governo da presidente Dilma Rousseff na temporada de reforma ministerial. Se for escolhido, obviamente, não será candidato a deputado federal pelo partido na Bahia. Um dos cargos que o PTB mira é a Secretaria Especial de Portos. Mas se contenta com Turismo.

…Desarruma lá
Ocorre que a bancada do PMDB na Câmara não admite perder o Ministério do Turismo para outro partido. E também não vê o senador Vital do Rêgo, cotado para a Integração, como alguém que os represente.

O executivo
Dilma Rousseff pretende nomear uma espécie de secretário executivo da campanha, ou seja, alguém que possa,
de pronto, responder sobre os programas governamentais. Até aqui, esse nome era Aloizio Mercadante. Como ele está cada dia mais ministro da Casa Civil, essa busca continua.

Uma coisa, outra coisa/ O presidente do PT, Rui Falcão (foto), tem uma frase pronta para evitar que os presidentes dos partidos queiram envolvê-lo ou cobrar o apoio dele na discussão da reforma ministerial: “Partido é partido, governo é governo. Eu cuido do partido”. E assim, muita gente boa recolhe os flaps e muda o rumo da conversa.

Por falar em PT…/ Alguns aliados de Dilma lembravam ontem que tudo o que o Lula pediu aos petistas em conversas reservadas foi que preservassem Eduardo Campos de ataques diretos, para não dificultar a vida do partido e da presidente num possível segundo turno. O apelo não resistiu à primeira semana de janeiro. Sinal de que 2014 vai mesmo ferver. O texto “a balada de Eduardo Campos”, chamando o governador de “tolo”, acabou por transformar o presidente do PSB em vítima e afastá-lo ainda mais.

Enquanto isso, no horário de almoço…/ Está assim ó de carro oficial parando em frente a shoppings da cidade para pegar algumas autoridades na hora do almoço. Ontem, num shopping no Centro Comercial Norte de Brasília, próximo à W3, em apenas cinco minutos, entre as 14h40 e as 14h45, os carros placas JKA 9489 e JGL 0991 estavam lá para buscar funcionários.

Resta um/ O ex-presidente do PTB Roberto Jefferson é hoje o único político condenado no processo do mensalão que ainda não tem uma definição sobre o pedido de prisão. Enquanto isso, respira política. A pausa de fim de ano se restringe ao blog.

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