FOLHA DE SP - 08/01
Auxílio para expatriado é discutido em empresas
Um dos maiores custos que compõem o pacote de expatriações nas empresas, o benefício de auxílio moradia tem sido discutido nas mesas de RH de grupos brasileiros.
Para controlar os gastos, companhias em processo de internacionalização avaliam a possibilidade da coparticipação, modelo em que o funcionário expatriado contribui com suas despesas de habitação no país de destino, segundo estudo da consultoria EY (antiga Ernst & Young) realizado a pedido da coluna.
"É um tema que tem sido discutido pelos grupos de RH em suas reuniões de mobilidade. O benefício de moradia e a escola dos filhos são dois pontos que pesam muito", diz Daniela Brites, gerente-sênior da área de capital humano da EY especializada em mobilidade internacional.
A prática da coparticipação é comum entre organizações americanas, mas ainda é nova entre companhias brasileiras, de cultura mais protecionista, segundo Brites.
O debate levanta o argumento de que o expatriado não deve ser beneficiado ou prejudicado por estar em uma designação internacional, ou seja, se o profissional pagava por sua residência no país de origem, poderia contribuir com o custo da moradia em seu destino no exterior.
Cada caso, porém, deve ser avaliado separadamente. O subsídio para o aluguel do expatriado faz mais sentido nos casos em que o profissional precisa manter sua residência no país de origem.
Sobe número de países de alto risco para investidores
O número de países que apresentam alta ameaça aos recursos de investidores estrangeiros deverá subir para 54 neste ano, em comparação com os 38 em 2013, segundo mapeamento da corretora Marsh, que realiza estudos anuais sobre o tema.
Turquia, Líbia, Nigéria, Tanzânia e Moçambique registraram as maiores variações negativas e aparecem entre as nações com extremo risco político.
"Neste ano, percebemos um agravamento na instabilidade do Oriente Médio e das regiões norte e leste da África", afirma o executivo Kiyoshi Watari, da Marsh.
Nos países da América Latina, quesitos como corrupção, problemas em infraestrutura e falta de visão a longo prazo --como é o caso do Brasil-- derrubam a pontuação, segundo Watari.
Na região, predominam os tons de amarelo claro e escuro, que representam risco médio e alto. "O único vizinho que apresenta baixo risco é o Uruguai", acrescenta.
Apesar das manifestações ocorridas no ano anterior, o Brasil se manteve estável, com risco mediano.
O país tem a posição mais segura entre os Brics, entretanto não está entre os 20 mercados globais com melhores oportunidades econômicas para investidores.
A Índia aparece na liderança dos países mais propícios para se investir, seguida por China, Indonésia, Malásia e Bangladesh.
"Os três primeiros da lista apresentam riscos políticos elevados, mas com tendência de melhora, como é o caso da Índia, ou situação considerada estável, a exemplo da China e da Indonésia."
SOLUÇÃO AMPLIADA
A Resolve Franchising, dona da rede Doutor Resolve, que oferece reparos, reformas e limpeza de imóveis, inicia neste ano uma nova etapa em sua expansão internacional, com a entrada em México, Peru e Chile.
O objetivo é abrir 300 unidades nos três países.
A atuação no exterior começou em 2013 pela Colômbia com a marca Doctor Solución, a mesma que será usada na ampliação pela América Latina.
"Nossa meta era fechar o ano com 50 franquias na Colômbia, mas chegamos a 110", diz David Pinto, fundador e presidente do grupo.
"Encontramos uma mão de obra mais capacitada fora do país, o que tem sido um facilitador para a expansão."
Além dos 300 pontos no exterior, mais 370 devem ser abertos no Brasil neste ano, principalmente no Norte e no Nordeste. O número inclui o Instituto da Construção, de cursos de capacitação.
Para abrir cada franquia, o custo é de cerca de R$ 80 mil --o que resultará em um total de R$ 53,6 milhões.
EUA no aguardo
A Copa do Mundo do Brasil é o acontecimento menos aguardado pelos americanos (22%) neste ano, aponta pesquisa realizada pelo Pew Research Center, que ouviu 1.005 pessoas
Entre os eventos esportivos que também acontecem neste ano, a Olimpíada de Inverno de Sochi, na Rússia, é o mais esperado, com 58% de respostas positivas.
O Super Bowl, final do campeonato de futebol americano e uma das maiores audiências do ano na televisão do país, gera expectativa em 55% dos entrevistados.
Logo abaixo, com 51%, estão as eleições legislativas de meio de mandato, marcadas para novembro.
A pesquisa também filtrou os acontecimentos mais esperados de acordo com o perfil político dos entrevistados. Para os republicanos, a espera maior é pelo pleito no fim do ano (63%). Nos campos democrata e independente, é pela Olimpíada, com 65% e 54%, respectivamente.
O Mundial anima menos os republicanos (18%) do que democratas e independentes, ambos com 23%.
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