quinta-feira, janeiro 02, 2014

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“É um hábito social da classe média”
Tarso Genro, governador petista do Rio Grande do Sul, sobre o uso da maconha


Skaf antecipa campanha na TV por conta da Fiesp

Já em campanha para governador, o ex-industrial Paulo Skaf (PMDB) antecipou sua campanha por meio de comerciais pagos pela Fiesp, a Federação das Indústrias de São Paulo, que ele preside. A Fiesp, que integra o “Sistema S”, é destinatária de recursos públicos e por isso está sujeita a fiscalização do Tribunal de Contas da União. A campanha antecipada de Skaf na TV pode configurar abuso de poder econômico.

Fiesp é partido?

Skaf usa recursos do Sesi e do Senai para manter o marqueteiro Duda Mendonça à frente do seu projeto político, tocando sua campanha.

Sobrando

Entre novembro a maio de 2012 (seis meses), Sesi e Senai gastaram R$ 16 milhões em propaganda, mais do que muitas grandes empresas.

Oportunismo

Sem voto e pouco conhecido, Skaf faz sua campanha tentando faturar decisões do governo Dilma, como se tivesse algo a ver com elas.

Como?

Paulo Skaf não se deixou alcançar para falar sobre sua campanha antecipada. Até sua assessoria esquivou-se, alegando recesso.

Militares querem general Heleno para presidente

Militares tentam convencer o general da reserva Augusto Heleno a disputar a presidência da República, em 2014. De integridade jamais questionada, ele tem um currículo para poucos. É “tríplice coroado”: foi primeiro lugar nas exigentes Academia das Agulhas Negras, Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e Escola de Comando e Estado-Maior no Exército. E comandou a Minustah, missão militar da ONU no Haiti.

Perseguição

Comandante Militar da Amazônia, Heleno chamou a política indigenista da era Lula de “caótica”. Por isso foi perseguido até ir para a reserva.

Para criticar, ele...

A crítica de Heleno era segura: “Não sou da esquerda escocesa, que, atrás de um copo de uísque 12 anos, resolve os problemas do Brasil”.

...estudou o assunto

Antes de chamar a política indigenista de “caótica”, Heleno estudou o assunto e visitou mais de quinze comunidades indígenas.

Tenta sobreviver

O PV identificou perda de eleitorado após Marina Silva, ainda vinculada à sigla pelo povo, ter anunciado desistência de disputar a Presidência. Na tentativa de retomar o posto, o PV insiste na candidatura nacional de Eduardo Jorge, que tem forte apelo em classe A-B de perfil urbano.

Antenado

O deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP) lançou aplicativo para dispositivos móveis onde o eleitor pode acompanhar as atividades de seu mandato e acessar o Manual Jurídico de Proteção Animal.

Deputado inválido

Nos nove meses em que ocupou a cadeira de deputado federal em 2013, o mensaleiro José Genoino não apresentou um projeto sequer, mas não poupou o dinheiro do contribuinte e torrou R$ 1,04 milhão.

Ideias de Ouro

Mensaleiros João Paulo Cunha e Valdemar Costa Neto tem projetos muito valiosos. Os nove de Cunha e os quatro de Costa Neto custaram R$ 9,3 milhões aos cofres públicos. R$ 714 mil por projeto desde 2011.

Palhaço aprende rápido

Motivo de piadas, o deputado Tiririca começou bem e apresentou mais projetos que a maioria dos colegas. Porém, a cota parlamentar que era de R$ 118 mil no primeiro ano de mandato passou para R$ 228 mil/ano

Devo, não nego

O governo rompeu uma má tradição e previu a correção, pelo IPCA, das dívidas de precatórios para 2014. Para o presidente da Comissão de Precatórios da OAB Federal, Marco Antonio Innocenti, a medida é “história” e beneficia milhares de aposentados, idosos e indenizados.

Casa dos exs

Na Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) o que mais se encontra são “ex-empresários”: Paulo Villares (ex-Villares), Fernando Greiber (ex-Ferragens Brasil), Yvonne Capuano (ex-panelas Clock), e Cláudio Bardella (ex-Bardella).

Pinga-pinga

De acordo com o Portal da Transparência do governo federal, o Espírito Santo recebeu este ano R$ 3 milhões para drenagem e manejo de águas pluviais na área metropolitana e cidades com mais de 50 mil habitantes.

Pensando mais ou menos

A sonegação fiscal superou os R$ 415 bilhões em 2013, segundo o sonegômetro. É o dobro do orçamento previsto para a Saúde e a Educação.


PODER SEM PUDOR

A lei do paredón

Fidel Castro visitava o Brasil logo após assumir o poder e foi homenageado em jantar na casa dos Mello Franco Nabuco, no Rio. Conta Pedro Rogério Moreira, em seu livro "Jornal Amoroso" (Thesaurus, Brasília, 356 pp.), que o ditador não tirava o olho de Vivi e Nininha, belas filhas solteiras dos anfitriões, mas sempre surgia algum "comuna chato" falando mal de Carlos Lacerda. Fidel perdeu a paciência e indagou ao sociólogo Roland Corbusier:

- Diga-me: este senhor Lacerda é um homem normal? Sai à rua?

- É claro que sai. Inclusive está aqui na festa.

- Entonces, hombre de Diós, por que non lo mátan?

E voltou a paquerar Vivi e Nininha.

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