sábado, dezembro 21, 2013

Mercadante 2018 - DENISE ROTHENBURG

CORREIO BRAZILIENSE - 21/12

Há quem vislumbre a possível transferência de Aloizio Mercadante da Educação para a Casa Civil como um nome a ser incluído nas possibilidades de aposta do PT de São Paulo no quesito candidato a presidente da República. A preços de hoje, nada indica que Lula será o candidato mais adiante, nem que Fernando Haddad emplacará no futuro. Tampouco pode-se prever que Alexandre Padilha, hoje pré-candidato ao governo de São Paulo, estará pronto para concorrer à Presidência. Mercadante é hoje um sobrevivente do grupo paulista que ascendeu com Lula e sucumbiu na esteira do mensalão. Portanto, já está na hora de ele entrar nessa fila. Afinal, se tem algo que o PT paulista não deseja é dar lugar de candidato a presidente a representantes de outros estados, ainda que petista.

Quem defende Mercadante, entretanto, relata o perigo da maldição que pesa sobre aqueles que ocupam a Casa Civil pensando em ocupar o principal gabinete do Palácio do Planalto. No PT, os dois que planejavam esse jogo sucumbiram, José Dirceu, no governo Lula, e Antonio Palocci, no começo da gestão de Dilma. A única que deu certo foi Dilma Rousseff, que chegou ali sem querer nada que não fosse ajudar Lula e terminou dona do gabinete presidencial.

É o cara

Na sua movimentação pela Casa Civil, Mercadante conquistou o PMDB. O líder peemedebista na Câmara, Eduardo Cunha, tem dito em conversas reservadas que o ministro ajudou a debelar a crise aberta a partir da MP dos Portos. Ali, PMDB e governo ficaram em campos opostos e o partido rompeu com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Depois, quem reassumiu as negociações palacianas com o partido foi a ministra Gleisi Hoffmann.

É o outro cara
Apesar dos atributos de Mercadante, se depender da torcida da ministra Gleisi, o seu sucessor será o secretário executivo da Previdência, Carlos Gabas. O motivo é um só: Gabas é a certeza de continuidade de toda a equipe da Casa Civil. Com Mercadante, muda a maioria.

Entre altos & baixos…

Apesar das turbulências, o ano termina bem para a cúpula da Petrobras. Graça Foster e o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, dividem o 10º lugar na lista dos 100 personalidades mais influentes do setor naval no mundo. A lista é elaborada pela influente revista britânica Lloyds List.

…Estão todos bem
Em 2012, Foster e Machado ocupavam a 17ª posição. Hoje, o Brasil é a quarta maior carteira de petroleiros e a terceira de embarcações do mundo. Só o Programa de Modernização da Frota (Promef) representa investimentos de R$ 11,2 bilhões, com encomendas de 49 navios e 20 comboios hidroviários a estaleiros nacionais, até 2020.

CURTIDAS 

Diz o ditado/ Ao comentar os planos de Luiz Inácio Lula da Silva, de obrigar Eduardo Campos a permanecer todo o tempo de campanha em Pernambuco, o senador Rodrigo Rollemberg é direto: “Pau que dá em Chico, dá em Francisco. Se ele ficar lá, não terá como alavancar Dilma em outros estados”.

Desta vez…/ Ives Gandra acompanhava o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, na visita ao Supremo Tribunal Federal, quando, de repente, cruza com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (foto, à direita). “Ives, a gente sempre em lados diferentes. E eu sempre ganho!”, brincou Haddad. Menos de 24 horas depois, a sequência de vitórias teria fim, com a decisão do Supremo de manter a liminar que impede o aumento do IPTU em São Paulo.

Docinha/ A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon promete incrementar os jantares do PSBV. No primeiro encontro que manteve com representantes do partido em Brasília, ela chegou com a sobremesa e ganhou fãs. Encomendas virão.

Os tenores/ Nas festas de fim de ano dos congressistas, o senador Waldemir Moka (PMDB-MT) e os deputados Alceu Moreira (PMDB-RS) e Chico Alencar (Psol-RJ) foram as revelações musicais. Substituem assim o ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro, que raramente frequenta as festividades parlamentares.

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