O GLOBO - 23/12
A Igreja Católica denuncia a amoralidade e o materialismo pelo vazio espiritual da moderna civilização. A decomposição das famílias, a violência, a corrupção, as drogas, a dissolução dos costumes e a falta de solidariedade com os menos afortunados seriam sintomas de um mundo sem fé.
"Ao lado do racionalismo grego, nada influenciou tanto a história do Ocidente quanto o cristianismo", registra o filósofo Karl Popper. "O cristianismo foi o principal ingrediente do pensamento europeu. Mesmo sob ataque, manteve seus críticos em sua órbita. São ainda condenados a esgrimir com a ética e a mentalidade cristã até mesmo os ateus", observa o historiador Fernand Braudel. Humanistas prisioneiros de métodos científicos, desamparados pela fé, celebram também com o Papa Francisco "o Natal como anúncio de alegria, esperança e ternura".
O historiador Paul Johnson argumenta que "a ascensão cristã não foi acidental, mas sim o atendimento de uma ampla, urgente e mal formulada necessidade de um culto monoteísta no mundo greco-romano. As divindades tribais não forneciam mais explicações satisfatórias para uma sociedade cosmopolita em expansão, com crescentes padrões de vida e pretensões intelectuais". Era a versão mediterrânea da globalização derrubando deuses locais.
O mesmo pode ser dito da contaminação viral das ideias socialistas. A "morte" de Deus e o "desencantamento" do mundo exigiram uma nova religião secular e universal. O marxismo e suas pretensas bases científicas revelaram-se não apenas um formidável equívoco intelectual mas também um trágico experimento político, social e econômico. Mas disseminaram-se por seu apelo a nossos ancestrais instintos de solidariedade e altruísmo, heranças da moralidade dos pequenos bandos e das grandes religiões.
Pois, afinal, "a predisposição à crença religiosa é a mais complexa, poderosa e provavelmente irremovível força da natureza humana", considera o biólogo Edward Wilson.
Por outro lado, apesar de criticados por sua impessoalidade e incompreendidos pelas massas, os mercados globais formam uma extensa rede de cooperação social abrangendo bilhões de indivíduos.
"Nossas dificuldades resultam de que precisamos ajustar nossas vidas, pensamentos e emoções a esses dois mundos diferentes", diagnostica o economista Friedrich von Hayek.
"Ao lado do racionalismo grego, nada influenciou tanto a história do Ocidente quanto o cristianismo", registra o filósofo Karl Popper. "O cristianismo foi o principal ingrediente do pensamento europeu. Mesmo sob ataque, manteve seus críticos em sua órbita. São ainda condenados a esgrimir com a ética e a mentalidade cristã até mesmo os ateus", observa o historiador Fernand Braudel. Humanistas prisioneiros de métodos científicos, desamparados pela fé, celebram também com o Papa Francisco "o Natal como anúncio de alegria, esperança e ternura".
O historiador Paul Johnson argumenta que "a ascensão cristã não foi acidental, mas sim o atendimento de uma ampla, urgente e mal formulada necessidade de um culto monoteísta no mundo greco-romano. As divindades tribais não forneciam mais explicações satisfatórias para uma sociedade cosmopolita em expansão, com crescentes padrões de vida e pretensões intelectuais". Era a versão mediterrânea da globalização derrubando deuses locais.
O mesmo pode ser dito da contaminação viral das ideias socialistas. A "morte" de Deus e o "desencantamento" do mundo exigiram uma nova religião secular e universal. O marxismo e suas pretensas bases científicas revelaram-se não apenas um formidável equívoco intelectual mas também um trágico experimento político, social e econômico. Mas disseminaram-se por seu apelo a nossos ancestrais instintos de solidariedade e altruísmo, heranças da moralidade dos pequenos bandos e das grandes religiões.
Pois, afinal, "a predisposição à crença religiosa é a mais complexa, poderosa e provavelmente irremovível força da natureza humana", considera o biólogo Edward Wilson.
Por outro lado, apesar de criticados por sua impessoalidade e incompreendidos pelas massas, os mercados globais formam uma extensa rede de cooperação social abrangendo bilhões de indivíduos.
"Nossas dificuldades resultam de que precisamos ajustar nossas vidas, pensamentos e emoções a esses dois mundos diferentes", diagnostica o economista Friedrich von Hayek.
Rio de Janeiro, 23dez2013.
ResponderExcluirPrezado.
Considero o Paulo Guedes como Economista com E maiúsculo por sua formação e capacidade intelectual na forma como escreve seus textos e por sua formação como liberal. Tenho alguns programas do Henry Maksoud & Voce sendo ele o entrevistado na época da inflação e dos malditos planos heterodoxos que nos infortunaram nos anos 80 onde ele sempre foi radicalmente contra tudo aquilo que foi feito.
Atenciosamente.
UilsonJC.