terça-feira, novembro 26, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 26/11

Grupo de call centers projeta expansão maior fora do país
Para acompanhar o crescimento nas operações de call center no exterior, o grupo brasileiro Contax abrirá novas unidades em países onde atua na América do Sul.

A companhia, que tem como sócios Andrade Gutierrez, La Fonte (Grupo Jereissati) e Portugal Telecom, planeja uma nova base em Lima, no Peru, em 2014. Outra, em Medellín (Colômbia), será inaugurada nesta semana.

"Enquanto no Brasil [o negócio] cresce entre 7% e 10%, fora [do país] o avanço ocorre a taxas de 30% a 35% ao ano, em média", afirma o presidente, Carlos Zanvettor.

No Peru, a alta para 2014 será ainda maior do que a média --cerca de 50%, de acordo com o executivo.

O mercado menos concentrado do que o brasileiro e a ampliação na exportação de serviços explicam a evolução em ritmo mais acelerado.

A partir de unidades no Peru e na Colômbia, a Contax faz atendimentos para empresas no Chile, na Espanha e nos Estados Unidos.

O grupo também opera na Argentina e avalia entrar no México. Do faturamento total, hoje 24% vêm do exterior. "Esse percentual tende a chegar aos 40% nos próximos anos", diz Zanvettor.

No Brasil, onde a empresa detém um terço do mercado, também haverá expansões. Em 2014, a companhia chegará a João Pessoa --a unidade terá 3.000 funcionários.

Uma nova planta em Salvador está em obras, com mais 6.000 vagas. "A gente investe cerca de R$ 180 milhões ao ano, uma parte para atualizar projetos antigos e outra para expandir [o grupo]."

MERGULHO EM MADRI
O atendimento a empresas na Espanha fez a Contax criar no Peru e na Colômbia uma rotina para os funcionários do call center que vai além da adaptação ao fuso horário.

Com a diferença de até seis horas em relação a Madri, os operadores passam por uma ambientação, que inclui leitura de jornais espanhóis.

"Antes de começar a trabalhar, o funcionário que está em Lima mergulha' em Madri. Ele vai ler manchetes de jornais, verificar como está a temperatura e o trânsito", afirma o presidente da companhia, Carlos Zanvettor.

"Quando [o operador] pega o telefone e vai falar com um consumidor que está em um dia de chuva torrencial em Madri, ele já sabe e está preparado", diz.

Para amenizar diferentes sotaques, os atendentes passam por treinamento, o que também ocorre no Brasil. "É comum ter um nordestino falando com um gaúcho. O objetivo é ter um atendimento o mais neutro possível."

PNEU ECONÔMICO
A Lanxess, que tem fábricas no Brasil, promoveu um teste na Alemanha com a TÜV Rheinland, organismo certificador alemão, que comprovou a economia de R$ 4,5 milhões por ano de combustível em uma frota de 300 caminhões com "pneus verdes".

Esses pneus se caracterizam pela baixa resistência à rolagem e pela redução de emissão de CO2.

A etiquetagem dos pneus, que permitirá ao consumidor conhecer a qualidade do produto, será obrigatória a partir de 2016.

A Lanxess adiou para dezembro de 2016 o projeto de conversão da produção de borracha E-SBR na fábrica de Triunfo (BA) para S-SBR, usada nos pneus verdes.

Mas a produção virá de outras unidades da empresa, frisa o presidente da companhia no Brasil, Marcelo Lacerda.

"Com a demanda mundial um pouco mais fraca, fizemos um ajuste", diz.

A conclusão do plano, que demandará investimentos de cerca de € 80 milhões, era, de início, esperada para o final de 2014.

INVESTIMENTO FEMININO
Oito em cada dez mulheres paulistanas da classe A recebem mais do que o necessário para pagar suas contas mensais, de acordo com levantamento da QuorumBrasil feito com 800 pessoas.

Nas classes B e C, são 67% e 52%, respectivamente. Na D, a parcela não alcança 40%, mostra a pesquisa.

A caderneta de poupança é o principal investimento feminino em todas as classes sociais, atingindo 67% das entrevistadas pertencentes à classe B.

O seguro de vida aparece na segunda posição na lista dos principais destinos dos recursos.

Das mulheres ouvidas da classe A, 37% têm uma apólice. Na classe B, são 33% e, na C, 24%. Entre as com renda mais baixa, no entanto, apenas 10% possuem uma.

Previdência privada, fundos de investimentos, ações e consórcios também recebem aportes das mulheres mais ricas, com 33%, 23%, 18% e 8%, respectivamente.

Ainda nessa classe social, 32% pagam hoje a prestação de algum imóvel.

Geladeira... Apenas 0,2% dos eletrodomésticos da linha branca fiscalizados pelo Inmetro durante uma operação nacional realizada neste mês apresentaram irregularidades em etiquetas de eficiência energética.

...fiscalizada No total, foram 280 produtos com problemas na identificação. No ano passado, o índice de irregularidade chegou a 1,25%. As empresas foram notificadas e poderão ser multadas em até R$ 1,5 milhão.

Visita Investidores de 22 países árabes, entre eles Qatar e Arábia Saudita, estarão no Brasil na próxima semana. Eles se reunirão com 150 empresários brasileiros na sede da CNI, em Brasília, em um fórum econômico.

NATAL À VISTA
A maior parte dos consumidores pagam as despesas de Natal em dinheiro, segundo pesquisa do McCann Worldgroup realizada em 13 países da América Latina.

Dos 2.500 entrevistados, 70% usam a moeda na hora de realizar as compras. Em seguida estão os cartões de crédito (52%) e débito (44%) e o crédito de loja (24%).

O salário do mês dezembro é a principal origem dos recursos (78%).

Uma parte dos entrevistados (40%) economiza antecipadamente, enquanto 28% utilizam os bônus e gratificações do trabalho.

A amostra foi composta por homens e mulheres de 30 a 60 anos, pais e mães de família de todas as classes sociais.

No Brasil, foram realizadas mil entrevistas.

Números
69%
das pessoas ouvidas costumam comprar os presentes em lojas de shopping centers

35%
dos entrevistados compram em média mais de oito presentes no Natal

Exportações de eletrônicos caem 5,4% em nove meses
Enquanto as exportações do setor de eletroeletrônicos caíram 5,4% entre janeiro e outubro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2012, as importações cresceram 7,7%.

Dados levantados pela Abinee (associação brasileira da indústria) com o Ministério do Desenvolvimento apontam que, só em outubro, houve expansão de 9,7% nos desembarques, em relação ao mês anterior.

As vendas para outros países, por outro lado, alcançaram US$ 657,7 milhões --retração de 0,5%.

Diante dos resultados apurados até agora, a entidade prevê que o deficit do setor seja 9% superior ao do ano passado, fechando 2013 em US$ 35 bilhões.

A desvalorização do real registrada neste ano não ajudou a indústria a amenizar o deficit. Para a entidade, o setor só ganharia competitividade se o câmbio ficasse entre R$ 2,60 e R$ 2,70.

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