sexta-feira, novembro 01, 2013

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 01/11

Campinas planeja PPP para processamento de lixo
A Prefeitura de Campinas, no interior paulista, vai lançar no início de 2014 uma PPP (parceria público-privada) para a construção de três usinas de processamento de lixo.

O grupo que vencer a licitação terá de investir cerca de R$ 300 milhões para tratar e reaproveitar 100% dos resíduos do município.

Além de construir as usinas, o setor privado ficará responsável pela operação do sistema, segundo Ernesto Dimas Paulella, secretário de Serviços Públicos da cidade.

"A prefeitura vai pagar à empresa uma tarifa por tonelada de lixo tratado", afirma.

"A remuneração também será calculada sobre a venda de subprodutos que serão gerados nas usinas, como recicláveis e fertilizantes."

O período de concessão ainda não foi definido.

A primeira etapa será a publicação do edital, no início de 2014, que abrirá o projeto para manifestação de interesse do setor privado. Só depois será feita a seleção da empresa ou do consórcio.

Campinas recolhe por dia cerca de mil toneladas de lixo. Hoje, os detritos são levados para um aterro localizado na cidade, mas cuja vida útil vai expirar em abril.

A primeira usina, a de reciclagem, deve entrar em operação em 2015. As outras duas --de compostagem e combustível-- devem ficar prontas até 2017, segundo Paulella.

"Para esse intervalo [entre a lotação do depósito atual e a construção das usinas] teremos de abrir uma licitação e enviar o lixo da cidade para um aterro privado."

Mercado de cartão de benefícios deve crescer acima de 10% neste Natal
O segmento de cartões de benefícios para o fim de ano, como vales e bônus concedidos pelas empresas aos funcionários, deve crescer ao menos 10% em 2013, na comparação com o ano passado.

Na Alelo, que tem como sócios Banco do Brasil e Bradesco, a estimativa é que o montante movimentado terá um incremento de 25%.

"O cartão substitui as cestas que eram ofertadas, o que também reduz custos de armazenagem e transporte", diz a diretora, Ellen Muneratti.

A Sodexo projeta avanço acima de 10%. Além dos tradicionais (alimentação e presentes), uma novidade do grupo é o cartão que permite oferecer experiências, como passeio de balão e jantar.

"A empresa escolhe uma das soluções e o valor que será creditado", diz Simone Perretti, da companhia.

A Unik, que tinha uma bandeira própria, lançou um novo cartão com a Mastercard. "O número de estabelecimentos credenciados é maior, o que permitirá um avanço expressivo", diz o presidente, José Roberto Kracochansky.

De olho na legislação
Com a aprovação da lei anticorrupção, aumentou a preocupação com compliance (que zela pelo cumprimento de normas internas e legislação) também entre empresas de médio porte.

Para atender à demanda, o escritório Machado Meyer dobrou sua equipe no setor.

"Seja uma padaria ou uma grande companhia, todas precisam se relacionar com autoridades públicas e estão sujeitas à nova lei", afirma Lonardo Machado, sócio da Machado Meyer.

O escritório Demarest projeta um crescimento global (médias e grandes empresas) de 20% a 30% após a vigência da lei, em janeiro de 2014.

"Se a regulamentação da lei vier detalhada, a demanda poderá dobrar ou crescer até 70%", diz Bruno Drago, sócio do Demarest.

No escritório Alonso Leite Groch + Heloisa Estellita, a demanda cresceu 25% nos últimos dois meses.

"Antes, as médias empresas não se preocupavam tanto porque não obedecem legislações estrangeiras", diz o sócio Leonardo Alonso.

O perfil é formado por empresas com receita bruta anual de até R$ 200 milhões e com 100 a 500 funcionários.

Multinacionais cautelosas
Os executivos das grandes corporações transnacionais têm consciência dos riscos persistentes da economia global, mostra relatório da Unctad (braço da ONU para o comércio e o desenvolvimento).

Uma pesquisa do órgão apontou que metade dos entrevistados estavam indecisos em relação aos investimentos internacionais que seriam feitos neste ano. Para 2015, no entanto, 54% deles disseram estar otimistas.

A situação econômica dos Brics e dos EUA é o motivo visto de forma mais positiva para a realização de investimentos estrangeiros diretos. Na outra ponta, está a economia europeia, citada como grande fator negativo.

Interações regionais e mudanças nos regimes tributários também aparecem com destaque entre os itens que devem favorecer os aportes internacionais até 2015.

China e EUA estão entre os principais destinos para esses investimentos, ambos foram lembrados por cerca de 45% dos entrevistados.

O Brasil ficou em quinto lugar, depois de Índia e Indonésia. Quase 20% dos executivos se referiram ao país.

DECORAÇÃO RÁPIDA
Home It, um e-commerce de decoração brasileiro, começa a operar na próxima terça-feira.

Será um "fast décor" a preços mais acessíveis do que os de mercado, segundo os sócios Fabiana Saad, Alessandra Saddi, Gui Haji-Touma e Mica Rocha, todos entre 26 e 28 anos de idade.

"O tíquete médio [no segmento on-line] é de R$ 350. O nosso será de R$ 180, exceto alguns produtos com assinatura especial, que sairão por R$ 700", diz Saddi.

A empresa terá produtos especialmente criados para a marca.

"Convidamos conforme as afinidades: como caixas para pertences de Caroline Celico, mulher do jogador Cacá, que é muito ordeira, e "organizers" de escovas de Marcos Proença [dono do salão com seu nome]."

Grifes emprestarão estampas de suas coleções para almofadas e outras peças.

"O investimento inicial foi baixo, de R$ 120 mil --R$ 40 mil para a plataforma e R$ 80 mil para as parcerias com as grifes."

Massa A rede de pizzarias Patroni planeja abrir mais 50 unidades até 2014. Hoje, a empresa tem 154 lojas. O grupo estima faturar R$ 400 milhões neste ano, um crescimento de 35% na comparação com 2012.

Eleição O advogado Marcelo Gômara, sócio do escritório TozziniFreire, (áreas trabalhista e previdenciária), será o presidente do Sindicato das Sociedades de Advogados dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro na gestão 2013/2015.

Nas nuvens A colombiana Avanxo, que atua com computação em nuvem, assumiu o controle da brasileira Orizonta, que tem unidades no Rio de Janeiro e em São Paulo. O valor do negócio não foi informado.

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